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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

18 Ciúme


Tipificando insegurança psicológica e desconfiança sistemática, a
presença do ciúme na alma transforma-se em algoz implacável do ser. O
paciente que lhe tomba nas malhas estertora em suspeitas e verdades, que
nunca encontram apoio nem reconforto.
Atormentado pelo ego dominador, o paciente, quando não consegue
asfixiar aquele a quem estima ou ama, dominando-lhe a conduta e o
pensamento, foge para o ciúme, em cujo campo se homizia a fim de entregarse
aos sofrimentos masoquistas que lhe ocultam a imaturidade, a preguiça
mental e o desejo de impor-se à vitima da sua psicopatologia.
No aturdimento do ciúme, o ego vê o que lhe agrada e se envolve apenas
com aquilo em que acredita, ficando surdo à razão, à verdade.
O ciúme atenaza quem o experimenta e aquele que se lhe torna alvo
preferencial.
O ciumento, inseguro dos próprios valores, descarrega a fúria do estágio
primitivista em manifestações ridículas, quão perturbadoras, em que se consome.
Ateia incêndios em ocorrências imaginárias, com a mente exacerbada pela
suspeita infeliz, e envenena-se com os vapores da revolta em que se rebolca,
insanamente.
Desviando-se das pessoas e ampliando o círculo de prevalência, o ciúme
envolve objetos e posições, posses e valores que assumem uma importância
alucinada, isolando o paciente nos sítios da angústia ou armando-o com
instrumentos de agressão contra todos e tudo.
O ciúme tende a levar sua vítima à loucura.
O ego enciumado fixa o móvel da existência no desejo exorbitante e
circunscreve-se à paixão dominadora, destruindo as resistências morais e
emocionais, que terminam por ceder-lhe as forças, deixando de reagir.
Armadilha do ego presunçoso, ele merece o extermínio através da
conquista de valores expressivos, que demonstrem ao próprio indivíduo as
suas possibilidades de ser feliz.
Somente o self pode conseguir essa façanha, arrebentando as algemas a
que se encontra agrilhoado, para assomar, rico de realizações interiores, superando
a estreiteza e os limites egóicos, expandindo-se e preenchendo os
espaços emocionais, as aspirações espirituais, vencidos pelos gases
venenosos do ciúme.
Liberando-se da compressão do ciúme, a pouco e pouco, o eu profundo
respira, alcança as praias largas da existência e desfruta de paz com alguém
ou não, com algo ou nada, porém com harmonia, com amor, com a vida.

O Ser Consciente
Divaldo/Joana de Angelis

13- Queixas


O golfo de Corinto, na Grécia, é região de beleza ímpar. As suas águas,
em tonalidade azul-turquesa, parecem um espelho, emoldurado pelas
montanhas que lhes resguardam a tranqüilidade multimilenaria.
No monte Parnaso, em lugar de destaque, erguia-se o santuário de Delfos,
o mais importante da época, onde se cultuava Apolo, o deus da razão, da cultura,
da luz.
Na mitologia grega arcaica, Apolo era o símbolo do conhecimento,
eqüacionador dos enigmas e dos conflitos. Para o seu templo, em
conseqüência, acorriam multidões aturdidas e ansiosas em busca de
orientação, de segurança emocional, de solução para os problemas.
Psicanaliticamente, era um reduto onde nasciam as identificações
inconscientes do ser, organizadoras do eu. Ali, as sibilas, que transmitiam as
repostas do deus evocado, desempenhavam papel importante no
comportamento dos consulentes, bem como das cidades-estados que lhes
buscavam ajuda, inspiração.
Era o santuário no qual se sucediam os apelos, e se multiplicavam as
queixas dos desesperados, dos que necessitavam de soluções imediatas para
a sobrevivência moral, financeira, social, emocional...
Hoje, reduzido a escombros, ainda permanece a sua mensagem no
inconsciente da criatura, herdeira do arquétipo arcaico, que prossegue
buscando soluções fáceis, miraculosas, sem o contributo do esforço pessoal,
que deve ser desenvolvido.
Permanecendo na infância psicológica, aquele que de tudo se queixa tem
a personalidade desestruturada, permanecendo sob constantes bombardeios
do pessimismo, do azedume e dos raios destruidores da mente rebelde.
A queixa de que se faz portador é reação mental e emocional patológica,
refletindo-lhe a insegurança e a perturbação, responsáveis pelas ocorrências
negativas que procura ignorar ou escamotear.
Ocultando os conflitos perturbadores, transfere para as demais pessoas as
causas dos seus insucessos, sem conseguir enunciá-las, porque destituídas de
lógica, passando as acusações para os tempos nos quais vive, às autoridades
governamentais, à má sorte, aos fados perversos, assim acalmando-se e tornando-
se vítima, no que se compraz.
Os mitos trágicos, que remanescem no inconsciente, assomam-lhe, e
personificam-se nas criaturas, que passa a detestar ou nas circunstâncias, que
são denominadas como aziagas.
Certamente, há fatores humanos e ocasionais que respondem pelas
dificuldades e problemas humanos. São, no entanto, a fragilidade e a
insegurança do paciente que ocasionam o insucesso, que poderia ser
transformado em êxito, caso, no qual, abandonando a queixa, perseverasse na
ação bem direcionada.
Não consideramos sucesso apenas o triunfo econômico, social, político,
religioso, artístico, quase sempre responsável por expressões de profundo
desequilíbrio no comportamento, gerador de estados neuróticos e de
perturbações lastimáveis, que se agravam com as queixas.
Referimo-nos a sucesso, quando o indivíduo, em qualquer circunstância,
mantém a administração dos seus problemas com serenidade, conserva-se em
harmonia no êxito social ou na dificuldade, sem nenhuma perturbação ou
desagregação da personalidade, através dos bem aceitos recursos de evasão
da responsabilidade.
Por isso, o santuário de Delfos ensinava o conhece-te a ti mesmo como
psicoterapia relevante, e mediante esta contribuição o ser amadureceria,
crescendo interiormente, assegurando-se da sua fatalidade histórica, a
plenitude.
A queixa, como ferrugem na engrenagem do psiquismo, é cruel verdugo
de quem a cultiva.
Substitui-la pela compreensão, perante os fenômenos da vida, constitui
mecanismo valioso de saúde psicológica.
Diante de quaisquer injunções perturbadoras, o enfrentamento tranqüilo
com as ocorrências deve ser a primeira atitude a ser tomada, qual se se
buscasse Apoio — o discernimento —, deixando-se conduzir pela razão lúcida
— a sibila — e descobrisse a real finalidade de todos os fatos existenciais.

Livro: O Ser Consciente
Divaldo/Joana de Angelis.

Cap. 7 Fatores de desequilíbrio


A saúde da criatura humana resulta de fatores essenciais que lhe
compõem o quadro de bem-estar: equilíbrio mental, harmonia orgânica e
ajustamento sócio-econômico. Quando um desses elementos deixa de existir,
pode-se considerar que a saúde cede lugar à perturbação, que afeta qualquer
área do conjunto psicofísico.
Sendo, a criatura humana, constituída pela energia que o Espírito envia a
todos os departamentos materiais e equipamentos nervosos, qualquer distonia
que a perturbe abre campo para a irrupção de doenças, a manifestação de
distúrbios, que levam aos vários desconsertos patológicos, conhecidos como
enfermidades.
Por isso, é possível que uma criatura, em processo degenerativo, possa
aparentar saúde, face à ausência momentânea dos sintomas que lhe permitem
o registro, a percepção do insucesso.
Da mesma forma, podemos considerar que, escrava da mente, a criatura
transita do cárcere dos sofrimentos aos portões da liberdade — das doenças à
saúde ou vice-versa — através da energia direcionada ao bem, à harmonia, ou
sob distonias, conflitos e traumas.
De relevantes significados são os conteúdos negativos do comportamento
emocional, geradores das disritmias energéticas, que passam a desvitalizar os
campos nos quais se movimentam, enfraquecendo-os e abrindo-os à sintonia
com os microorganismos degenerativos.
Entre os muitos fatores de destruição do equilíbrio, anotemos o amor, a
angústia, o rancor, o ódio, que se convertem em gigantes da vida psicológica,
com poderes destrutivos, insuspeitáveis.
A mente desordenada, que cultiva paixões dissolventes, perde o rumo,
passando a fixações neuróticas e somatizadoras, infelizes, que respondem
pelos estados inarmônicos da psique, da emoção e do corpo.
Os conteúdos do equilíbrio expressam-se no comportamento, propiciando
modelos de criaturas desidentificadas com as manifestações deletérias do meio
social, das constrições de vária ordem, das dominações bacterianas.
A auto-análise, trabalhada pela insistência de preservação dos ideais
superiores da vida, é o recurso preventivo para a manutenção do bem-estar e
da saúde nas suas várias expressões.
O amor
Confundidas as sensações imediatas do prazer com as emoções
emuladoras do progresso moral, o amor constitui o grande demolidor das
estruturas celulares, pela força dos desejos de que se faz portador.
Certamente, referimo-nos ao amor bruto, asselvajado, possessivo, que
situa no desejo a sua maior carga de aspiração.
Ocultando frustrações pertinazes e gerando mecanismos de transferência
neurótica, as personalidades atormentadas aferram-se ao amor-desejo, ao
amor-sexo, ao amor-posse, ao amor-ambição, deixando-se consumir pelos
vapores da perturbação, que a insistência mental e insensata do gozo
desenvolve em forma de incêndio voraz.
O atormentado fixa a sua identidade na necessidade do que denomina
amor e projeta-se, inconscientemente, sobre quem ele diz amar, impondo-se
com sofreguidão irrefreável, ou acalentando intimamente a realização do que
anela, em terrível desarmonia interior. A quanto mais aspira e frui, mais exige e
sofre; se não logra a realização, mais se decompõe, perdendo ou matando,
com os raios venenosos da mente em desalinho, as defesas imunológicas e a
vibração de harmonia mental, logo tombando nos estados enfermiços.
A angústia
A insegurança pessoal, decorrente de vários fatores psicológicos, gera
instabilidade de comportamento, facultando altas cargas de ansiedade e de
medo.
Sentindo-se incapaz de alcançar as metas a que se propõe, o indivíduo
transita entre emoções em desconserto, refugiando-se em fenômenos de
angústia, como efeito da impossibilidade de controlar os acontecimentos da
sua vida.
Enquanto transite nos primeiros níveis de consciência, a carência de
lucidez dos objetivos essenciais da vida levá-lo-á a incertezas, porqüanto, as
suas, serão as buscas dos prazeres, das aspirações egoístas, das promoções
da personalidade, sentindo-se fracassado quando não alcança esses
patamares transitórios, equivocados, em relação à felicidade.
Aprisionando-se em errôneos conceitos sobre a plenificação do eu, que
confunde com as ambições do ego, pensa que ter é de relevante importância,
deixando de ser iluminado, portanto, superior aos condicionamentos e
pressões perturbadoras.
A angústia, como efeito de frustração, é semelhante a densa carga tóxica
que se aspira lentamente, envenenando-se de tristeza injustificável, que termina,
às vezes, como fuga espetacular pelo mecanismo da morte anelada, ou
simplesmente ocorrida por efeito do desejo de desaparecer, para acabar com o
sofrimento.
Normalmente, nos casos de angústia cultivada, estão em jogo os
mecanismos masoquistas que, facultando o prazer pela dor, intentam inverter a
ordem dos fenômenos psicológicos, mantendo o estado perturbador que, no
paciente, assume características de normalidade.
O recurso para a superação dos estados de angústia, quando não têm um
fator psicótico, é a conquista da autoconfiança, delineamento de valores reais e
esforço por adquiri-los ou recorrendo ao auxílio de um profissional competente.
As ocorrências de insucesso devem ser avaliadas como treinamento para
outras experiências, recurso-desafio para o crescimento intelectual,
aprendizagem de novos métodos de realizações humanas.
Exercícios de autocontrole, de reflexões otimistas, de ações
enobrecedoras, funcionam como terapia libertadora da angústia, que deve ser
banida dos sentimentos e do pensamento.
O rancor
Fenômeno natural decorrente da insegurança emocional, o rancor produz
ácidos destruidores de alta potencialidade, que consomem a energia vital e
abrem espaços intercelulares para a distonia e a instalação das doenças.
Entulho psíquico, o rancor acarreta danos emocionais variados, que levam
a psicoses profundas e a episódios esquizofrênicos de difícil reparação.
A criatura humana tem a destinação da plenitude. O seu passo existencial
deve ser caracterizado pela confiança, e os acontecimentos desagradáveis
fazem-se acidentes de percurso, que não interrompem o plano geral da
viagem, nunca impeditivos da chegada à meta.
Por isso, os acontecimentos impõem, quando negativos, a necessidade de
uma catarse libertadora, a fim de não se transformarem em resíduos de mágoas
e rancores que, de contínuo, assumem mais danoso contingente de
ocorrência destrutiva.
A psicoterapia do perdão, com os mecanismos da renúncia dinâmica,
consegue eliminar as seqüelas do insucesso, retirando o rancor das paisagens
mentais e emocionais da criatura, sem o que se desarticulam os processos de
harmonia e equilíbrio psíquico, emocional e físico.
O ódio
Etapa terminal do desarranjo comportamental, o ódio é tóxico fulminante
no oxigênio da saúde mental e física.
Desenvolve-se, na sua área, mediante a análise injusta do comportamento
dos outros em relação a si, e nunca ao inverso. Fazendo-se vítima, porque
passou a um conceito equivocado sobre a realidade, deixa-se consumir pelo
complexo de inferioridade, procedente da infância castrada, e descarrega,
inconscientemente, a sua falta de afetividade, a sua insegurança, o seu medo
de perda, a sua frustração de desejo, em arremessos de ondas mentais de
ódio, até o momento da agressividade física, da violência em qualquer forma
de manifestação.
O ódio é estágio primevo da evolução, atavicamente mantido no psiquismo
e no emocional da criatura, que necessita ser transformado em amor, mediante
terapias saudáveis de bondade, de exercícios fraternais, de disciplinas da
vontade.
Agentes poluidores e responsáveis por distúrbios emocionais de grande
porte, são eles os geradores de perturbações dos aparelhos respiratório,
digestivo, circulatório. Responsáveis por cânceres físicos, são as matrizes das
desordens mentais e sociais que abalam a vida e o mundo.
A saúde da criatura humana procede do ser eterno, vem das experiências
em vidas anteriores, conforme ocorre com as enfermidades cármicas, no
entanto, dependendo da consciência, do comportamento, da personalidade e
da identificação do ser com o que lhe agrada e com aquilo a que se apega na
atualidade.

Livro: O Ser Consciente
Divaldo / Joana de Angelis

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

As enfermidades espirituais

 Marta Antunes Moura

As enfermidades espirituais produzem  distúrbios ou lesões no corpo físico decorrentes de desarmonias
psíquicas originadas das condições pessoais do enfermo, da influência de entidade espiritual, ou por ação conjunta de ambos.
Podem ser consideradas como de baixa, média ou de alta gravidade.
As de baixa gravidade, mais fáceis de serem controladas, costumam surgir em momentos específicos
da vida, quando a pessoa passa por algum tipo de dificuldade: perdas afetivas ou materiais; doenças
físicas; insucesso profissional, entre outras. São situações em que as emoções afloram impetuosamente,
gerando diferentes tipos de somatizações: ansiedade, angústia, dores musculares, enxaqueca, distúrbios
na digestão (náuseas, cólicas, azia, má absorção alimentar etc.). Ocorrem
distúrbios do sono, da atenção e do controle emocional. Nessa situação, a prece representa um poderoso
instrumento de auxílio, pois eleva o padrão vibratório do necessitado.
A mudança vibratória permite que a assistência dos benfeitores espirituais favoreça o reajuste psíquico, emocional e físico. A pessoa recupera, então, as rédeas sobre si mesma, rompendo com as idéias
perturbadoras, próprias ou de outrem.
As doenças espirituais de média gravidade podem prolongar-se por anos a fio, mantendo-se dentro
de um mesmo padrão ou evoluindo para algo mais grave. Com o passar do tempo, podem apresentar
um quadro sintomatológico característico de um tipo específico de patologia: insônia persistente; gastrite
e ulceração gástrica; infecções microbianas repetidas; crises alérgicas costumeiras; dores musculares
penosas, formadoras de nódulos ou pontos de tensão; dificuldades respiratórias seguidas da desagradável
“falta de ar”; hipertensão; obesidade ou magreza; crises de enxaqueca prolongadas, não controláveis por
medicamentos; humor claramente afetado, oscilante entre crises de irritabilidade e impaciência incomuns
e momentos de indiferentismo e submissão emocionais; episódios depressivos repetidos seguidos
de euforia exagerada. Se não ocorre a desejável assistência espiritual em benefício do necessitado,
nessa fase da evolução da enfermidade, os doentes podem desenvolver comportamentos caracterizados,
sobretudo, por “manias” e pelo isolamento social. As idéias e os
desejos do enfermo ficam girando dentro de um círculo vicioso, conduzindo à criação de formas-
-pensamento, alimentadas pela vontade do próprio necessitado e pela dos Espíritos desencarnados, sintonizados nesta faixa de vibração.
As orientações espíritas, se aceitas e seguidas, proporcionam imenso conforto, podendo reduzir ou eliminar
o quadro geral de perturbações, sobretudo se associada às ações médicas e psicológicas. Assim, faz-se
necessário desenvolver persistente trabalho de renovação mental e comportamental da pessoa necessitada
de auxílio. A prece, o passe, a água fluidificada, o estudo do Evangelho no lar, a assistência espiritual
(atendimento e diálogo fraterno, freqüência às reuniões de explanação do Evangelho e de irradiações
espirituais), o estudo espírita, entre outros, representam instrumentos de auxílio e de renovação psíquica,
em geral disponibilizados pelas nossas Casas Espíritas.
As enfermidades espirituais, classificadas como graves, são encontradas em pessoas que revelam
perdas temporárias ou permanentes da consciência. A perda da consciência, lenta ou repentina, pode estar
associada a uma causa fisiológica (velhice) ou a uma patologia (lesões cerebrais de etiologias diversas).
Nessa situação, o enfermo vive períodos de alheamentos ou alienações mentais, alternados com outros
de lucidez. Esses períodos são particularmente difíceis, pois a pessoa passa a viver numa realidade
estranha e dolorosa, sobretudo quando o Espírito enfermo vê-se associado a outras mentes enfermas,
em processos de simbioses espirituais.
O doente requisita atendimento  médico especializado, no campo da psiquiatria. A fluidoterapia
espírita suaviza a manifestação da doença, auxiliando o tratamento médico. A assistência espiritual,
oferecida pela Casa Espírita, age como bálsamo, minorando o sofrimento dos encarnados – doente, familiares e amigos – e dos desencarnados envolvidos na problemática.
O atendimento ao perturbador espiritual nas reuniões de desobsessão, assim como as irradiações mentais
em benefício do obsessor e do obsidiado produzem resultados significativos, fundamentais ao processo
de libertação espiritual.
As enfermidades espirituais representam uma realidade, impossível de ser ignorada, sobretudo nos
tempos atuais, quando sabemos da existência de um alerta superior que nos aponta para a urgente necessidade de avaliarmos a nossa conduta moral, desenvolvendo ações e atitudes compatíveis com a Lei de Amor, Justiça e Caridade.
As enfermidades espirituais deixarão de existir, esclarecem-nos os benfeitores espirituais, quando nos
renovarmos para o bem. Nesse sentido, são oportunas as elucidações do Espírito André Luiz: “A enfermidade, como desarmonia espiritual (...) sobrevive no perispírito.
As moléstias conhecidas no mundo e outras que ainda escapam ao diagnósticohumano, por muito tempo
persistirão nas esferas torturadas da alma, conduzindo-nos ao reajuste.
A dor é o grande e abençoado remédio.
Reeduca-nos a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instrumentação e polindo os
fulcros anímicos de que se vale a nossa inteligência para desenvolver- -se na jornada para a vida eterna.
Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-
-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execução não
poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos.”**XAVIER, Francisco Cândido. Entre a Terra e
o Céu, pelo Espírito André Luiz. 21. ed., Rio
de Janeiro: FEB, 2003, cap. 21, p. 174.

A subjugação
A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que
a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob
um verdadeiro jugo.
A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado
é constrangido a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprometedoras
que, por uma espécie de ilusão, ele julga sensatas: é uma
como fascinação. No segundo caso, o Espírito atua sobre os órgãos materiais
e provoca movimentos involuntários. Traduz-se, no médium escrevente,
por uma necessidade incessante de escrever, ainda nos momentos
menos oportunos. Vimos alguns que, à falta de pena ou lápis,
simulavam escrever com o dedo, onde quer que se encontrassem, mesmo
nas ruas, nas portas, nas paredes.
Vai, às vezes, mais longe a subjugação corporal; pode levar aos mais
ridículos atos. Conhecemos um homem, que não era jovem, nem belo
e que, sob o império de uma obsessão dessa natureza, se via constrangido,
por uma força irresistível, a pôr-se de joelhos diante de uma
moça a cujo respeito nenhuma pretensão nutria e pedi-la em casamento.
Outras vezes, sentia nas costas e nos jarretes uma pressão enérgica,
que o forçava, não obstante a resistência que lhe opunha, a se
ajoelhar e beijar o chão nos lugares públicos e em presença da multidão.
Esse homem passava por louco entre as pessoas de suas relações;
estamos, porém, convencidos de que absolutamente não o era,
porquanto tinha consciência plena do ridículo do que fazia contra a
sua vontade e com isso sofria horrivelmente.
Fonte: KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. 72. ed., Rio de Janeiro: FEB, 2004,
cap. XXIII, item 240, p. 309.

Revista O Reformador de junho de 2004

sábado, 29 de setembro de 2012

5 - REMINISCÊNCIAS E TENDÊNCIAS



"As tendências instintivas do homem sendo uma reminiscência do seu passado, conclui-se que, pelo estudo dessas tendências, ele poderá conhecer as faltas que cometeu? — Sem dúvida, até certo ponto, mas é necessário ter em conta a melhora que se possa ter operado no Espírito e as resoluções que ele tomou no seu estado errante. A existência atual pode ser muito melhor que a precedente. "
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Capítulo VII. Retorno à Vida Corporal. Pergunta 398.)

"Sendo as vicissitudes da vida corpórea, ao mesmo tempo, uma expiação das faltas passadas e provas para o futuro, segue-se que, da natureza dessas vicissitudes, possa induzir-se o gênero da existência anterior? — Muito frequentemente, pois cada um é punido naquilo em que pecou. Entretanto, não se deve tirar disso uma regra absoluta; as tendências instintivas são um índice mais seguro, porque as provas que um Espírito sofre tanto se referem ao futuro quanto ao passado. "(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Capítulo VII. Retorno à Vida Corporal. Pergunta 399.)


De que modo poderemos compreender melhor alguns traços ou disposições que parecem ser natos em nosso comportamento? -Certamente reconhecemos, por vezes, em nossa maneira de reagir, algumas manifestações que são típicas e que não temos nítida consciência do "porquê" de elas acontecerem incontroladamente. Essas manifestações podem estar contidas num enorme quadro de configurações de nossas reações interiores, assim chamadas predisposições, tendências, inclinações, pendores, impulsos compulsivos, e estão estreitamente relacionadas com os nossos hábitos e vícios, erros e defeitos.

O princípio da reencarnação, um dos fundamentos do Espiritismo, abre amplamente o entendimento dessas tendências instintivas, que constituem grande parte da atividade mental do homem, de forma inconsciente, incontrolada, impulsiva, irresistível. É muito grande o acervo de experiências marcantes que se gravaram em nosso espírito através das múltiplas reencarnações passadas, e que constitui o material adquirido e arquivado nas suas camadas magnéticas sutis.
Considerando-se a mente como nossa central geradora de forças, sediada no espírito, nela registram-se as impressões criadas nas experiências vividas em todas as épocas, de forma semelhante às trilhas magnéticas deixadas numa película plástica, ou como num computador eletrônico, que reúne incontáveis informações que permanecem guardadas por um processo de memorização (Memória de um aparelho computador, é a sua capacidade de processar, responder e guardar certo número de informações ou dados. O computador de fato processa informações ou dados, mas através do recebimento de informações. E também responde, emitindo os resultados. Porém, a "memória" do computador — para guardar dados - é externa ao aparelho, e se faz através de fitas, discos ou cartões).

Do mesmo modo, esses dados registrados na memória de certos aparelhos, quando indicam valores de carga acima ou abaixo de padrões estabelecidos, emitem sinais que vão provocar ações corretivas no complexo sistema de automatismos controladores, que podem regular o funcionamento de uma central abastecedora de energia elétrica, entre outros exemplos de aplicação. Ora, a nossa mente tem também o seu potencial de registro, de processamento e de resposta àquelas experiências vividas, que devem igualmente se acumular em microcamadas magnéticas sutis, inter-relacionadas, possivelmente em outras dimensões, capazes de reter sons, imagens, emoções, idéias.
Do mesmo modo, quando essas emoções e idéias ferem e comprometem certos padrões estabelecidos pelas leis morais, que constituem as leis divinas, ainda é a própria mente que, atingida no supraconsciente por aquelas perturbações do seu equilíbrio, vai emitir respostas corretivas em direção àqueles sulcos ou focos que permanecem em agitação enquanto não forem corrigidos: são os distúrbios, as desarmonias, distonias, inquietações, que a própria consciência guarda e acumula, superpondo no tempo os indeléveis registros carentes de renovação.

Aqueles pontos em desequilíbrio passam a comprometer o fluir normal das energias do espírito, criando tensões nas microcamadas magnéticas multidimensionais da mente, manifestando-se nas formas de afloramentos, de lampejos, de impulsos, que emergem das profundidades do inconsciente para o presente, de forma viva e atuante.

Para o espírito encarnado, condicionado ao novo equipamento orgânico e à atual programação reencarnatória, a lembrança daquelas experiências desagradáveis ficou momentaneamente submersa, e ele não se recorda, portanto, das ocorrências propriamente, mas elas agem, pois são de sua propriedade e foi a sua própria consciência que as registrou para voluntária ou compulsoriamente corrigi-las. Formam elas os processos e os conteúdos do nosso inconsciente e as suas manifestações acontecem de forma velada para o nosso consciente. Representam, assim, as reminiscências, que se caracterizam pelas tendências instintivas que trazemos.

Como poderemos, então, pelo conhecimento, no estudo e na análise dessas tendências, trabalhar voluntariamente para retificá-las, corrigindo os acontecimentos transgressores? O Prof. Carlos Toledo Rizzini, em seu livro Evolução para o Terceiro Milênio (Capítulo 5. Desequilíbrios. Enfermidades. Item 18. Impulsos; impulsos convulsivos), trata com detalhes dos mecanismos de atuação dessas tendências instintivas que o mestre Kardec indagou aos Espíritos, como indicativas das nossas faltas cometidas no passado (O Livro dos Espiritos. Pergunta 398).
Diz-nos Carlos Rizzini (Parágrafo 2): impulso é um "estado de excitação do sistema nervoso central, que surge em resposta a um estímulo interno ou externo, o qual poderá ser uma pessoa, uma cena, uma conversa, uma palavra, insultos, bebida, etc." e, assim, "originado por forças inconscientes, aparece, posto isso, na área do consciente"... "Inúmeras vezes não sabemos a que coisa o inconsciente reagiu tão fortemente, a ponto de criar um impulso, que será sentido em forma de súbita emoção ou comando imperioso".
O parágrafo 6 do já citado item 18, pela sua importância no objetivo de dilatar o entendimento pessoal para as manifestações intempestivas do nosso ser, é transcrito abaixo:

"Um impulso pode renascer muitas vezes, fazendo com que o sujeito sinta o choque emocional sem ter conhecimento consciente da situação desagradável que está representada em sua mente inconsciente. Ocorre, portanto, uma dissociação entre a emoção sentida e as imagens correspondentes. Estas permanecem ignoradas, enquanto aquela se liberta diante do novo fato que serve de estímulo, e vem afetar o consciente. Nesse caso, a pessoa, diante de outra ou de algum acontecimento, sente-se invadida por imperioso impulso de agredir, ofender, fugir, tremer, gritar, calar-se, etc., sem compreender a razão do que está se passando com ela, razão que jaz no inconsciente sob a forma de recordação completa de um evento semelhante (ou equivalente), desta ou mais comumente de outra vida. O que sobe ao consciente, por obra do estímulo, é parte da energia ligada às lembranças, a qual vai desencadear o estado emotivo incompreendido".

"Mediante a exposição acima, compreende-se que, conforme as experiências gravadas no espírito, uma pessoa mantenha-se calma diante de situações desagradáveis que envolvam certos indivíduos, e profundamente irritada em face de outras sem importância, mas relacionadas com determinadas pessoas. E. G., o pai que não ouve o insulto de um filho e zanga-se com outro porque se atrasou cinco minutos para o jantar. Uns fatos atingem porções sensibilizadas do inconsciente (ou agitam certos conteúdos dele), e outros não encontram ressonância ali."

Diante dos vários estímulos que — no convívio com familiares, colegas de trabalho e pessoas em sociedade — podem desencadear os impulsos decorrentes de ódios, vinganças, orgulho ferido, inveja, ciúmes, personalismo, intolerâncias, impaciências, urdidos do passado, temos duas opções: 1° o perdão que corrige o desequilíbrio provocado na própria consciência e harmoniza o espírito com as leis divinas; e 2° a repetição do erro, que intensifica e agrava a transgressão, mantendo-nos infelizes e presos a resgates compulsórios em novas experiências, nessa ou em outra existência.

Essas tendências que trazemos de nascença, refletem a nossa realidade espiritual, estão ligadas à nossa história evolutiva, encerram a verdade que cada um traz dentro de si mesmo, no hoje, no agora, e que pode manifestar-se a qualquer instante, basta apenas haver um incentivo, uma provocação. Desse modo, a observação, o estudo, a análise desse nosso mundo de tantas cenas passadas, que se esconde no inconsciente, e que apenas se deixa conhecer pelos lampejos de nossos impulsos, são os meios que temos para desvendar nossos pontos fracos, que possivelmente vêm se repetindo de existência em existência, e com os quais temos lutado, procurando melhorar nesse plano e, quando na Espiritualidade, pelas resoluções tomadas de renovação.

André Luiz diz-nos ainda que os citados impulsos são facilmente superexcitados por estímulos constantes produzidos por espíritos desencarnados, cujas emissões mentais são idênticas às do encarnado que perseguem. Apresentamos, quase sempre, resquícios de nossas fraquezas ainda não superadas, oferecendo pasto fácil aos atentos inspetores invisíveis do mal que, inteligentemente, recorrem às nossas antigas debilidades para torpedear nossa resistência, induzindo-nos de forma envolvente, hipnótica, a repetir as mesmas reações que estamos assim a elas predispostos.

E nem sequer nos damos conta disso. Quando percebemos, já cometemos as mesmas intemperanças e novos esforços empenhamos para não repeti-las. Trazemos também, para a presente vida, certas inclinações de repetir hábitos e necessidades alimentados numa vida anterior mal conduzida, tais como os costumes de beber, fumar, comer demasiado, jogar, cometer gastos supérfluos e exageros no vestir, irresistível atração pelo sexo oposto, comodismo ocioso, preguiça, conquista de prestígio social, desejo de domínio, aquisição de riqueza, aumento de propriedades, etc.

De alguma forma somos testados, até sem saber, nas resoluções que tomamos quando na Erraticidade e na melhora que possamos ter operado no nosso Espírito, ao defrontarmo-nos com semelhantes experiências na presente vida. A correção, retificação do erro, ou o reequilíbrio de nossa consciência, não se realiza apenas com bons propósitos. É necessário dar provas, isto é, ao passar pelas mesmas ocorrências do ontem distante, refrear os nossos impulsos retrógrados com a luz do entendimento e transformá-los em impulsos evolutivos que nos libertam a alma.

É muito suave, reconfortante e tranquilizador o que sentimos ao superar uma má inclinação, um impulso de rancor, de irritação, um hábito desagradável, uma deficiência de conduta, um defeito moral, um vício ou costume. É como se fôssemos fortalecidos e agraciados dentro de nós mesmos por uma batalha vencida, uma conquista realizada.

Esse conteúdo emocional robustece o nosso espírito e amplia nossa consciência, equilibra nossas energias e restaura, nas camadas profundas do inconsciente, a saúde mental. Recuperamos nosso bem-estar e ampliamos nossa capacidade de amar.

A TERAPIA DAS VIDAS PASSADAS

Interessante trabalho vem sendo realizado há catorze anos por um psicólogo americano, Dr. Morris Netherton, que descreve, em seu recente livro "Past Lives Therapy" (Terapia das Vidas Passadas), como tem tratado, em seu consultório de psicoterapia, casos de traumas, fobias, distúrbios de comportamento, problemas sexuais, alcoolismo, enxaquecas, úlceras, epilepsias, gerados em acontecimentos e experiências muito marcantes de vidas anteriores. Segundo o Dr. Netherton, aqueles fatos ficaram indelevelmente registrados, como cicatrizes, no "inconsciente", passando a exercer pressões emocionais no indivíduo, até que conscientemente ele possa compreender o desenrolar histórico e o encadeamento dos fatos que lhe causam os problemas do presente.
O autor comenta que cada um traz registrada em si mesmo toda a sua história, encerrando as próprias verdades que, uma vez aceitas e deliberadamente assumidas como de nossa responsabilidade pessoal, começam então a funcionar, auxiliando-nos nas mudanças de comportamento. A partir disso, o processo de reequilíbrio tem sequência, os indivíduos compreendem as causas e os mecanismos dos seus males e realizam a própria cura na mudança das atitudes.

Desaparecem os sintomas e as criaturas voltam à normalidade, passando de apáticas a joviais, de agressivas a sociáveis, de introspectivas a comunicativas, de esquisitas a simpáticas, de enfermas a sãs. Há uma melhora geral nas pessoas, fruto da própria renovação mental. Comentamos esses resultados por encontrar importante subsídio comprobatório das reminiscências que todos apresentamos e que só depende de nós mesmos atenuá-las pelo trabalho consciente nas próprias mudanças de atitudes.

Inicia-se, então, todo o seu esforço de renovação, pelas mudanças íntimas no seu comportamento, que ele mesmo realiza naturalmente. O que lhe era obscuro e nebuloso no seu mundo interior passa a ser compreendido e explicado dentro de uma realidade que lhe é própria, vivida, sentida, percebida. Ele mesmo entende o que deve e precisa corrigir, e o faz deliberadamente, exatamente nos aspectos que ele, melhor do que ninguém, conhece. É, portanto, um "impacto esclarecedor" vivido com todas as cores, emoções, imagens e percepções.

PARA APLICAÇÃO: IDENTIFIQUE AQUI AS CONSEQUÊNCIAS INDIVIDUAIS DO SEU PASSADO

O espírito de Emmanuel, no livro Leis de Amor, nos enseja todo um conjunto de respostas que esclarecem, de modo prático e objetivo, as consequências de nossas faltas do passado, e os seus processos de retificação, regeneração, reabilitação ou emendas. Vejamos, então, como identificá-los em nós e tiremos o necessário proveito do que a seguir condensamos.
(Nota: Leia a cada Causa, nas Doenças, e procure nas páginas adiante, o seu Efeito correspondente, no item de igual número, de l à 7. Leia o Ontem, Na Família, Na Profissão e no Mundo, e procure adiante, na numeração correspondente, o resultado em cada Hoje, de 8 à 20.)


NAS DOENÇAS

CAUSA

1. Ação errada em diferentes setores da vida:

a) ódios, vinganças, agressões;
b) irritação, intolerância, intemperança;
c) extravagâncias no comer;
d) alcoolismo, entorpecentes;
e) maledicência, calúnia;
f) desequilíbrios do sexo;
g) crimes;
h) fumo.

2. Intelectuais que aplicaram mal ou deterioraram o conhecimento e os recursos do sentimento com prejuízos à coletividade.

3. Artistas que corromperam a inteligência alheia nos abusos da imaginação viciosa provocados pelas suas obras ao próximo.

4. Oradores, tribunos e pessoas que influenciaram mal pela palavra, caluniando, ferindo, comprometendo criaturas na maledicência.

5. Utilização desregrada do sexo, no terreno das paixões irresponsáveis, prejudicando corações e provocando tragédias.

6. Casos profundos de cometimentos graves, nos crimes, suicídios, sacrifícios físicos a pessoas, atos de delinquência, abusos da força.

7. Imprudência, desmazelo, revolta, preguiça, embriaguez, cólera, ociosidade, desânimo.

Na Família

Ontem

8. Filhos do passado, onde inoculamos o egoísmo e a intolerância.

9. Irmãos que arrojamos à intemperança e à delinquência.

10. Jovem que induzimos ao desequilíbrio e à crueldade.

11. Esposo que precipitamos na deserção, com os próprios desenganos e traições.

12. Mulher que menosprezamos, obrigando-a a resvalar no poço da loucura.

13. Amigos com os quais construímos sólida amizade e entendimento no reconforto da segurança recíproca.

Na Profissão Ontem

14. Pensadores que corrompiam a mente popular com as depravações.

15. Conquistadores militares, tiranos que forjaram a miséria física e moral dos semelhantes.

16. Dominadores políticos que dilapidaram a confiança do povo.

17. Guerreiros e soldados que usavam as armas para praticar seus instintos destruidores.

18. Carrascos rurais, agiotas desnaturados, defraudadores da economia pública e mordomos do solo, convertidos em agentes do furto.

19. Mulheres ocupadas na maledicência e na intriga, prejudicando a liberdade e o progresso.

No Mundo

Ontem

20. Protagonistas de tragédias passionais, criminosos de guerra, aproveitadores de lutas civis, exploradores do sofrimento humano, caluniadores, empreiteiros do aborto e da devassidão, malfeitores.

NAS DOENÇAS

EFEITO

1. Vinca o perispírito com desequilíbrios que o predispõem a determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido:

a) cardiopatias;
b) doenças hepáticas;
c) ulcerações, gastralgias;
d) loucura, idiotia;
e) surdez, mudez;
f) cansaço precoce, distrofia muscular, epilepsia, câncer;
g) mutilações dolorosas;
h) asmas, bronquites, doenças pulmonares.

2. Impedimentos cerebrais como alavancas coercitivas contra as tendências do mau uso da intelectualidade.

3. Moléstias ou mutilações que os incapacitem de cair nos mesmos erros.

4. Deficiências vocais e auditivas para não repetirem as mesmas inclinações.

5. Doenças inibidoras das funções genéticas, como meios de contenção dos impulsos inferiores das paixões.

6. Idiotia, loucura, cegueira, paralisias congênitas irreversíveis, deformações irremediáveis, como celas regenerativas para correção compulsória dos delitos cometidos.

7. Desequilíbrios e moléstias nessa mesma existência, consequentes dos prejuízos das funções dos órgãos físicos.

Na Família
Hoje

8. Pais despóticos.

9. Filhos rebeldes e viciados.

10. Filha desatinada nos desregramentos do coração.

11. Marido desleal ou ingrato.

12. Esposa desorientada e incompreensiva.

13. Parentes abnegados que nos auxiliam.

Na Profissão
Hoje

14. Professores laboriosos aprendendo a ministrar disciplinas.

15. Administradores capacitados à distribuição de valores e tarefas edificantes.

16. Comerciantes e agricultores auxiliando as mesmas comunidades que deprimiram.

17. Mecânicos, operários metalúrgicos e carpinteiros, dignificando o metal e a madeira que perverteram.

18. Servidores humildes do solo, no preparo, no plantio e colheita, nas zonas rurais com o suor as dividas que antes contraíram.

19. Servidoras domésticas, presas a obrigações caseiras, junto de caçarolas e tanques de lavar.
No Mundo

Hoje

20. Voltam em tribulações compatíveis com os débitos assumidos, às vezes junto às próprias no mesmo familiar, ou sofrem desastres dolorosos, acidentes, flagelos, incêndios, nas ocorrências individuais ou coletivas.
Ney P. Peres

sábado, 1 de setembro de 2012

As matrizes das enfermidades encerram suas genealogias no arcabouço psicossomático

Crônicas e Artigos
Ano 6 - N° 276 - 2 de Setembro de 2012
JORGE HESSEN
jorgehessen@gmail.com
Brasília, DF (Brasil)
 

 
Bethany Jordan, uma adolescente da cidade inglesa de Stourbridge, sofre da Síndrome de Ivemark, caracterizada, também, por problemas cardiovasculares, que é uma síndrome patológica de etiologia desconhecida. (1) Jordan nasceu com alguns de seus órgãos invertidos. O fígado, o intestino e o baço estavam posicionados de trás para frente. O fenômeno foi descoberto em exames de ultrassom enquanto ela ainda estava no útero de Lisa, sua mãe. Na época, os médicos disseram que Jordan teria poucas chances de sobreviver ao parto. A garota Bethany, além de ter os órgãos mal posicionados, também nasceu com outros problemas de saúde, como os dois pulmões que convergiam em um formato, apenas, do pulmão esquerdo, e um buraco no coração. Porém, os pesquisadores se surpreenderam ao constatar que a menina sobrevivera até completar seis anos de idade.

O fato nos leva a cogitações sobre o perispírito, a Lei da Causa e Efeito, reencarnação, suicídio, entre outros assuntos que a Doutrina Espírita nos apresenta. Antes de renascermos, examinando nossas próprias necessidades de aperfeiçoamento moral, muitas vezes, exoramos a limitação psicomotora na nova experiência física, para que essa condição nos induza à ascensão de sentimentos. Solicitamos aos Benfeitores a enfermidade de longa duração, capaz de nos educar os impulsos; esse ou aquele dano físico que nos exercite a disciplina; decidida mutilação que nos bloqueie o arrastamento à agressividade exagerada; o complexo psicológico que nos remova as ideias etc. É a lógica de justiça da Reencarnação, o que nos remete a analisar as patologias congênitas pelo Princípio de Causa e Efeito. Em verdade, já vivemos, aqui na Terra, inúmeras vezes e trouxemos armazenados os registros de nossas aquisições antecedentes e desvarios, quais suportes energéticos em núcleos de potenciação, e, na união do perispírito ao óvulo, espelharam, nessa célula feminina de reprodução, o nível do nosso processo evolutivo.

Nossa posição moral é que originará os renascimentos com anormalidades congênitas ou não. A partir da fecundação do óvulo, sob o comando da lei, o Espírito reencarnante transmite, através da ação do perispírito, a integração da sua própria herança espiritual com o espólio genético dos genitores. A formação do respectivo DNA individualizado – composto de genes dominantes e recessivos – conduzido pelas sagradas Leis da Hereditariedade, provindas do Criador, configurará o novo corpo físico daquele particular Espírito imortal, que "renascerá" conforme o programa, previamente estabelecido e subordinado, inicialmente e voluntariamente, a fatores como família, raça, etnia, nacionalidade, predisposições para determinados estados de saúde ou doença – física ou espiritual – e inúmeras outras especificidades individuais.

O mestre Chico Xavier opinou certa vez: "sobre as reencarnações mais difíceis, lembrando que, muitas vezes, encontramos determinados casos de suicídio, e, às vezes, suicídio acompanhado de homicídio, obrigando o autor a um angustiante complexo de culpa levado para além desta vida e, depois, esse trauma de culpa renascendo com ele, através da reencarnação". (2) O médium de Pedro Leopoldo explica o seguinte: "Muitas vezes, temos encontrado irmãos nossos suicidas que dispararam um tiro contra o coração e que voltam com a cardiopatia congênita ou com determinados fenômenos que a medicina classifica dentro da chamada Tetralogia de Fallow; nós vemos companheiros que quiseram morrer pelo enforcamento e que voltam com a Paraplegia Infantil; nós vemos muitos daqueles que preferiram o veneno e que voltam com más formações congênitas; outras pessoas que violentaram o próprio ventre e que voltam, também, com as mesmas tendências e que, às vezes, acabam desencarnando com o chamado enfarto mesentérico. Nós vemos, por exemplo, aqueles que preferiram morrer pelo afogamento, num ato de rebeldia contra as leis de Deus e que voltam com o chamado enfisema pulmonar. Vemos, ainda, aqueles que dispararam tiros contra o próprio crânio e voltam com fenômenos dolorosos, como, por exemplo, a idiotia, quando o projétil alcança a hipófise; todas essas consequências, porque estamos em nosso corpo físico, mas subordinados ao nosso corpo espiritual. Então, principalmente os fenômenos decorrentes do suicídio, por tiro no crânio, são muito dolorosos, porque vemos a surdez, a cegueira, a mudez, e vemos esse sofrimento em crianças também, o que nos afigura incompatíveis com a misericórdia de Deus, porque nós sabemos que Deus não quer a dor". (3)

Os pesquisadores, que reduzem os fenômenos da vida ao exclusivo universo da matéria densa, insistem em explicar a vida como uma complexa reação química, e nada mais do que isso, prestes a penetrar nos seus profundos mistérios e propiciar a sua criação pela mão do homem, assim como, até hoje, creem ser o pensamento mera excreção do cérebro e que todas as funções psíquicas morrem com o corpo físico. Os fenômenos vitais não podem ser atribuídos à exclusiva ação mecânica da hereditariedade genética, no comando da montagem dos três bilhões de nucleotídeos que constituem os degraus do DNA humano. Infelizmente, "não há ainda lugar para o espírito na ciência pesquisacional acadêmica, empírico-indutiva, a qual, por isso, continua tomando como causa o que é efeito, fazendo das leis da hereditariedade genética as únicas presentes ao ato da vida, juízas exclusivas e inconscientes do futuro patrimônio apolíneo e saudável, ou disforme e enfermiço do ser humano, apenas concedendo algumas influências aos efeitos ambientais e ao psicossomatismo, ainda que cerebral, calcadas nas predisposições genéticas". (4)

As matrizes das moléstias têm suas raízes na estrutura do psicossoma. Ainda que esteja aparentemente saudável, uma pessoa pode trazer, nos seus Centros Vitais (chacras para os hindus), disfunções latentes adquiridas nesta ou em outras vidas, que, mais cedo ou mais tarde, virão à tona no corpo físico, sob a forma de doenças mais ou menos graves, conforme a extensão da lesão e a posição mental do devedor. Somos herdeiros de nossas ações pretéritas, tanto boas quanto más. O "Carma" (5) ou "conta do destino criada por nós mesmos" está impresso no corpo psicossomático. (6) Esses registros fluem para o corpo físico e culminam por determinar o equilíbrio ou o desequilíbrio dos campos vitais e físicos. "Só o reconhecimento – que um dia chegará – da primazia do espírito sobre a matéria, associada essa primazia ao princípio reencarnacionista, isto é, a integração da herança espiritual à hereditariedade genética, comandada pelo Espírito, via perispírito, regida pela Lei de Causa e Efeito, é que permitirá que se identifiquem, no Espírito imortal, as causas verdadeiras dos desequilíbrios que eclodem no corpo físico, mata-borrão e fio-terra que ele é, sob o nome de doenças, incluindo-se os distúrbios da psique humana." (7)

Quando forem descobertas tecnologias muito mais sofisticadas, que nos possibilitem um exame aprofundado da estrutura funcional do perispírito, a medicina transformar-se-á, radicalmente. Os hospitais, possuindo instrumentos de altíssima resolução, muito além daqueles que existem hoje, os diagnósticos serão, inequivocamente, precisos, o que possibilitará a cura real das doenças. Os profissionais da saúde trabalharão muito mais de forma preventiva, evitando, assim, por exemplo, as intervenções cirúrgicas alargadas, invasivas, realizadas, abusivamente, nos dias de hoje. Os médicos terão oportunidade de conhecer, com detalhes, a estrutura transdimensional do corpo perispiritual, compreendendo melhor o modo como se imbricam as complexas estruturas do psicossoma, nas chamadas sinergias, para melhor auxiliar na terapia e manutenção da saúde mento-física-espiritual de seus pacientes.
 

Referências bibliográficas:

(1) A Síndrome de Ivemark consiste de más formações de diferentes órgãos, e a expectativa de vida depende de como cada órgão, principalmente o coração, é afetado.

(2) Xavier, Francisco Cândido. Pinga Fogo, São Paulo: Ed. Edicel, 1975.

(3) idem.

(4) Artigo de Raphael Rios, intitulado Lei de Causa e Efeito, determina os Efeitos da Hereditariedade usando os Registros do Perispírito, publicado na Revista Internacional de Espiritismo – dez/2000.

(5) Carma, ou Karma (do sânscrito karman, em pali, kamma), significa ação. O termo tem um uso religioso dentro das doutrinas budista, hinduísta e jainista. Foi posteriormente utilizada também pela teosofia, pelo Espiritismo e por um subgrupo significativo do movimento New Age.

(6) Sugerimos leitura do livro Ação e Reação, ditado pelo Espírito André Luiz, todo ele dedicado ao estudo do compromisso cármico das vidas sucessivas.

(7) Artigo de Raphael Rios, intitulado Lei de Causa e Efeito, determina os Efeitos da Hereditariedade usando os Registros do Perispírito, publicado na Revista Internacional de Espiritismo – dez/2000.

sábado, 4 de agosto de 2012

Síndrome de Pilatos

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Estamos ouvindo um companheiro em sofrimento externando a própria dor através das lágrimas e aqui estamos com a nossa palavra de fé e de incentivo ao trabalho de uma casa espírita, que, assim, pode ser comparada a um hospital erguido entre dois lados Vida...
Desencarnados enfermos e encarnados doentes, todos, ao mesmo tempo, necessitando do concurso do Divino Médico... Mas os enfermeiros, por vezes, também adoecem os médicos, não raro, igualmente, são pacientes; todos somos necessitados de tratamento dentro desse grande hospital...
Às vezes, temos a impressão de que estamos em pleno campo de batalha: granadas e metralhas, companheiros feridos, esvaindo-se em sangue, fraturas expostas... Precisamos de amparo mútuo, aquele que possui o movimento das pernas pode carregar aquele que, ferido, se arrasta. E o que está ferido nas pernas, se ainda enxerga, pode guiar quem teve a visão prejudicada...
Aparemo-nos uns aos outros, compreendamo-nos nas fraquezas que nos dizem respeito, entendamos a necessidade individual de aprimoramento e nos esforcemos pelo melhor no cotidiano.
As dificuldades existem, existirão sempre, a luta prosseguirá... Vez por outra, podemos escutá-los refletindo no silêncio do próprio recolhimento: - Meu Deus, por que tantos conflitos?!...
Saibam que quem não incomoda não é incomodado; quem não incomoda o mal não é incomodado por ele; o acomodado permanece inerte, no lugar que lhe diz respeito...
Reparemos a história do Cristianismo... Séculos de intrigas, de lutas, ambição pelo poder, sempre o interesse de alguns prevalecendo sobre o de muitos, o interesse do Senhor sendo postergado... Interesses que, infelizmente, ainda prevalecem sobre os interesses divinos... Se não interesse material, emocional; se não interesse emocional, intelectual, se não intelectual, interesse social... Deturpamos as palavras, desvirtuamos assuntos, interpretamos de forma equivocada, induzimos a falsas deduções...
Fomentamos a discórdia, melindres e nos consideramos isentos, livres de qualquer responsabilidade... Padecemos da Síndrome de Pilatos: pedimos a bacia com água para lavar as mãos; mergulhamos mãos sujas em águas barrentas...
Compreendamos, de forma superior, os acontecimentos; preservemos a obra defendamos a Doutrina, resguardemos o ideal... Responderemos bem pelas mais pelas nossas intenções do que pelos nossos atos!
Que o Senhor nos fortaleça, mantenha esta casa em paz, este grupo, os companheiros unidos no trabalho e na fraternidade. Não pedimos ao Senhor a paz que não merecemos, mas rogamos à Ele a paz que nos seja possível, pela intercessão de sua infinita misericórdia!

Irmão José

Mediunidade Corpo e Alma
Carlos A. Baccelli