Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

As enfermidades espirituais

 Marta Antunes Moura

As enfermidades espirituais produzem  distúrbios ou lesões no corpo físico decorrentes de desarmonias
psíquicas originadas das condições pessoais do enfermo, da influência de entidade espiritual, ou por ação conjunta de ambos.
Podem ser consideradas como de baixa, média ou de alta gravidade.
As de baixa gravidade, mais fáceis de serem controladas, costumam surgir em momentos específicos
da vida, quando a pessoa passa por algum tipo de dificuldade: perdas afetivas ou materiais; doenças
físicas; insucesso profissional, entre outras. São situações em que as emoções afloram impetuosamente,
gerando diferentes tipos de somatizações: ansiedade, angústia, dores musculares, enxaqueca, distúrbios
na digestão (náuseas, cólicas, azia, má absorção alimentar etc.). Ocorrem
distúrbios do sono, da atenção e do controle emocional. Nessa situação, a prece representa um poderoso
instrumento de auxílio, pois eleva o padrão vibratório do necessitado.
A mudança vibratória permite que a assistência dos benfeitores espirituais favoreça o reajuste psíquico, emocional e físico. A pessoa recupera, então, as rédeas sobre si mesma, rompendo com as idéias
perturbadoras, próprias ou de outrem.
As doenças espirituais de média gravidade podem prolongar-se por anos a fio, mantendo-se dentro
de um mesmo padrão ou evoluindo para algo mais grave. Com o passar do tempo, podem apresentar
um quadro sintomatológico característico de um tipo específico de patologia: insônia persistente; gastrite
e ulceração gástrica; infecções microbianas repetidas; crises alérgicas costumeiras; dores musculares
penosas, formadoras de nódulos ou pontos de tensão; dificuldades respiratórias seguidas da desagradável
“falta de ar”; hipertensão; obesidade ou magreza; crises de enxaqueca prolongadas, não controláveis por
medicamentos; humor claramente afetado, oscilante entre crises de irritabilidade e impaciência incomuns
e momentos de indiferentismo e submissão emocionais; episódios depressivos repetidos seguidos
de euforia exagerada. Se não ocorre a desejável assistência espiritual em benefício do necessitado,
nessa fase da evolução da enfermidade, os doentes podem desenvolver comportamentos caracterizados,
sobretudo, por “manias” e pelo isolamento social. As idéias e os
desejos do enfermo ficam girando dentro de um círculo vicioso, conduzindo à criação de formas-
-pensamento, alimentadas pela vontade do próprio necessitado e pela dos Espíritos desencarnados, sintonizados nesta faixa de vibração.
As orientações espíritas, se aceitas e seguidas, proporcionam imenso conforto, podendo reduzir ou eliminar
o quadro geral de perturbações, sobretudo se associada às ações médicas e psicológicas. Assim, faz-se
necessário desenvolver persistente trabalho de renovação mental e comportamental da pessoa necessitada
de auxílio. A prece, o passe, a água fluidificada, o estudo do Evangelho no lar, a assistência espiritual
(atendimento e diálogo fraterno, freqüência às reuniões de explanação do Evangelho e de irradiações
espirituais), o estudo espírita, entre outros, representam instrumentos de auxílio e de renovação psíquica,
em geral disponibilizados pelas nossas Casas Espíritas.
As enfermidades espirituais, classificadas como graves, são encontradas em pessoas que revelam
perdas temporárias ou permanentes da consciência. A perda da consciência, lenta ou repentina, pode estar
associada a uma causa fisiológica (velhice) ou a uma patologia (lesões cerebrais de etiologias diversas).
Nessa situação, o enfermo vive períodos de alheamentos ou alienações mentais, alternados com outros
de lucidez. Esses períodos são particularmente difíceis, pois a pessoa passa a viver numa realidade
estranha e dolorosa, sobretudo quando o Espírito enfermo vê-se associado a outras mentes enfermas,
em processos de simbioses espirituais.
O doente requisita atendimento  médico especializado, no campo da psiquiatria. A fluidoterapia
espírita suaviza a manifestação da doença, auxiliando o tratamento médico. A assistência espiritual,
oferecida pela Casa Espírita, age como bálsamo, minorando o sofrimento dos encarnados – doente, familiares e amigos – e dos desencarnados envolvidos na problemática.
O atendimento ao perturbador espiritual nas reuniões de desobsessão, assim como as irradiações mentais
em benefício do obsessor e do obsidiado produzem resultados significativos, fundamentais ao processo
de libertação espiritual.
As enfermidades espirituais representam uma realidade, impossível de ser ignorada, sobretudo nos
tempos atuais, quando sabemos da existência de um alerta superior que nos aponta para a urgente necessidade de avaliarmos a nossa conduta moral, desenvolvendo ações e atitudes compatíveis com a Lei de Amor, Justiça e Caridade.
As enfermidades espirituais deixarão de existir, esclarecem-nos os benfeitores espirituais, quando nos
renovarmos para o bem. Nesse sentido, são oportunas as elucidações do Espírito André Luiz: “A enfermidade, como desarmonia espiritual (...) sobrevive no perispírito.
As moléstias conhecidas no mundo e outras que ainda escapam ao diagnósticohumano, por muito tempo
persistirão nas esferas torturadas da alma, conduzindo-nos ao reajuste.
A dor é o grande e abençoado remédio.
Reeduca-nos a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instrumentação e polindo os
fulcros anímicos de que se vale a nossa inteligência para desenvolver- -se na jornada para a vida eterna.
Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-
-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execução não
poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos.”**XAVIER, Francisco Cândido. Entre a Terra e
o Céu, pelo Espírito André Luiz. 21. ed., Rio
de Janeiro: FEB, 2003, cap. 21, p. 174.

A subjugação
A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que
a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob
um verdadeiro jugo.
A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado
é constrangido a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprometedoras
que, por uma espécie de ilusão, ele julga sensatas: é uma
como fascinação. No segundo caso, o Espírito atua sobre os órgãos materiais
e provoca movimentos involuntários. Traduz-se, no médium escrevente,
por uma necessidade incessante de escrever, ainda nos momentos
menos oportunos. Vimos alguns que, à falta de pena ou lápis,
simulavam escrever com o dedo, onde quer que se encontrassem, mesmo
nas ruas, nas portas, nas paredes.
Vai, às vezes, mais longe a subjugação corporal; pode levar aos mais
ridículos atos. Conhecemos um homem, que não era jovem, nem belo
e que, sob o império de uma obsessão dessa natureza, se via constrangido,
por uma força irresistível, a pôr-se de joelhos diante de uma
moça a cujo respeito nenhuma pretensão nutria e pedi-la em casamento.
Outras vezes, sentia nas costas e nos jarretes uma pressão enérgica,
que o forçava, não obstante a resistência que lhe opunha, a se
ajoelhar e beijar o chão nos lugares públicos e em presença da multidão.
Esse homem passava por louco entre as pessoas de suas relações;
estamos, porém, convencidos de que absolutamente não o era,
porquanto tinha consciência plena do ridículo do que fazia contra a
sua vontade e com isso sofria horrivelmente.
Fonte: KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. 72. ed., Rio de Janeiro: FEB, 2004,
cap. XXIII, item 240, p. 309.

Revista O Reformador de junho de 2004

Nenhum comentário:

Postar um comentário