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terça-feira, 5 de julho de 2016

O Que É Ser Médium


Você se indaga, às vezes, se as sensações que tem sentido são realmente de caráter mediúnico ou apenas estados emocionais ou, ainda, se certos acontecimentos não seriam meras fantasias ou suposições erradas, por ficar impressionado em demasia com tudo o que lhe ocorre.
Porém como saber? Afinal, o que é ser médium?
Usualmente, denomina-se médium aquele em quem a faculdade mediúnica se mostra de forma ostensiva. Entretanto é bom saber que todos os seres humanos têm mediunidade em estado latente, como um princípio, uma semente, que poderá ou não desabrochar no curso da existência terrena.
Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, explica que todos os indivíduos são mais ou menos médiuns, no sentido de que somos influenciáveis pelas sugestões alheias, podendo estas partir de espíritos desencarnados que nos desejam influenciar. Isto se dá através da sintonia mental, de forma espontânea e natural, surgindo na mente do indivíduo como uma idéia, um pressentimento, que são também chamados de “intuição”. Isto pode estar sendo lançado por um espírito desencarnado, e a pessoa aceitará a idéia ou não, dependendo do seu livre arbítrio.
Voltemos ao termo “médium”. É importante saber que esta palavra significa “aquilo que está no meio”. Allan Kardec propôs esta terminologia, inclusive as palavras “Espiritismo”, “espírita”, etc. Para designar coisas novas trazidas pelos Espíritos Superiores à Humanidade.
Assim, médium é o intermediário, aquele que intermedia a comunicação de um espírito com as demais pessoas.
A eclosão da mediunidade não depende de religião, idade, raça ou sexo. Muitas criaturas, não conhecendo nada sobre o assunto, ficam amedrontadas, outras temem as responsabilidades que são inerentes ao exercício mediúnico e recusam-se a conscientizar-se acerca da sua faculdade. Evitam de todas as maneiras qualquer conversa ou situação relacionadas com o tema, mas, se os sinais de mediunidade forem muito evidentes, intensos e freqüentes, essas pessoas ficam sujeitas a alguns problemas mais graves decorrentes das presenças espirituais ao seu lado, as quais captam sem saber como se defender ou precaver-se contra assédios negativos.
Mas, afinal, como saber se sou médium ostensivo? É a pergunta que lhe ocorre.
Existem indícios que caracterizam a presença da mediunidade de forma expressiva. O Espiritismo aclara e orienta todo esse processo, auxiliando o médium principiante e possibilitando o exercício da mediunidade de maneira equilibrada e serena, que lhe confere bem-estar e paz interior.
Alguns dos indícios do desabrochar da mediunidade podem ser relacionadas. São eles:
alterações emocionais súbitas;
acentuada sensibilidade emotiva;
vidências;
necessidade compulsiva e inoportuna de escrever idéias que não lhe são próprias;
calafrios, sensação de formigamento nas mãos e na cabeça;
mal-estar em determinados ambientes ou em presença de certas pessoas;
sensações de enfermidades inexistentes.
Estes sintomas podem surgir de forma associada, com maior ou menor intensidade, prevalecendo um ou outro ou vários, conforme a condição espiritual do indivíduo.
Que fique bem claro que alguns desses sintomas citados podem ocorrer, sem que seja necessariamente um sinal de predisposição mediúnica. Outro ponto que merece ser ressaltado é que mediunidade não é doença. Também não deve ser encarada como um privilégio ou, sob outro aspecto, como uma sobrecarga de responsabilidade de tal teor, que somente uns poucos conseguirão levá-la adiante.
O desabrochar da mediunidade representa para o ser humano um horizonte novo que se abre para ele. É um chamamento, um convite a fim de que se volte para o bem, que desperte para as realidades maiores da vida. É uma responsabilidade sim, mas, sendo vivenciada com seriedade, com amor e disciplina, será sempre fonte de benefícios, em primeiro lugar para o próprio médium.
Às vezes as pessoas têm uma impressão distorcida acerca do Espiritismo pelo que a mídia apresenta, ou seja, pessoas que são médiuns mas que, na verdade, não são espíritas, embora assim se apresentem, e que se utilizam da sua faculdade para aparecerem, para divulgarem suas produções mediúnicas, mas que não têm as características espíritas, cujas orientações são sempre voltadas para fins sérios, altruísticos e renovadores, sem qualquer conotação de rituais ou de lucros materiais.
Se você apresenta as características acima mencionadas, se o que lhe está acontecendo se encaixa nestes pontos relacionados, é provável que a mediunidade lhe esteja sinalizando a busca de uma nova vida, de um caminho novo, espiritualizado, para que você encontre, enfim, o sentido transcendente da vida terrena.

“A mediunidade não veio em minha vida por acaso. É um compromisso que assumi perante a Espiritualidade Maior. É como um convite para reavaliar tudo o que fiz até hoje e recomeçar em bases espiritualizadas e seguras, descobrindo através do intercâmbio com os seres invisíveis um novo caminho para ser feliz.”


Suely Caldas Schubert

terça-feira, 11 de novembro de 2014

MÉDIUNS E INSTRUTORES(...)"não podemos compelir os irmãos de ideal, nos variados setores de nossa edificação, a proceder nesse ou naquele padrão de conduta, de vez que os princípios do Espiritismo são claros para nós todos..."(...)essa verdade é a de que Jesus não nos abandona em razão de nossas fraquezas, de que a Doutrina Espírita continuará brilhando sempre por chave de luz do Evangelho,..."



Irmão X

Ante os enigmas da mediunidade entre os homens, você pergunta, espantadiço: “Não dispõem os Espíritos Benevolentes e Sábios de recursos suficientes para impedir o abuso e a má fé? Estaremos sempre à mercê de médiuns infelizes, capazes de amplo comércio com as forças da sombra, a tisnarem de lodo o serviço nobre dos medianeiros honestos? Por que não instituir o estudo metódico da Doutrina Espírita nos templos de nossa fé, plasmando-se o caráter do instrumento mediúnico, antes de guinda-lo à publicidade?”
Suas inquirições realmente chegam a comover pela sinceridade em que se expressam;no entanto, meu caro, respondemos com a mesma clareza que os amigos desencarnados não escravizam as faculdades dos companheiros que permanecem no mundo.
Somente as entidades inferiores avocam para si o privilégio da posse temporária sobre as inteligências enfermiças, nos tristes processos da obsessão. Entrosadas entre si, partilham, na Terra, a loucura e a delinqüência, provocando, onde passam, os mais estranhos sentimentos, que variam do ridículo à compaixão.
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Todavia, entre os que despertaram para a responsabilidade, a governança tem o seu justo limite.
Os instrutores espirituais, qual acontece aos professores da escola comum, esclarecem e auxiliam sem constranger aos que lhes recebem assistência e bondade, encaminhando-os para a educação sem, contudo, violentar-lhes o livre arbítrio.
Do que posso deduzir, pelos estudos a que me consagro presentemente, milhares de tarefeiros da mediunidade foram conduzidos à Esfera Humana, durante o primeiro século do Espiritismo, todos eles munidos de honrosas designações de trabalho, em diversos países do Globo. Doutrinadores, materializadores, escreventes, assistentes, enfermeiros e condutores de opinião receberam preciosos títulos mediúnicos, renascendo na coletividade terrestre com a missão de servi-la, à feição de operários da luz; entretanto, raros atingiram o objetivo a que se propunham.
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Muitos desertaram, receando as preocupações do caminho; outros se distraíram excessivamente com as fascinações marginais; alguns esqueceram a conta que lhes seria pedida no Plano Divino, colocando-se na disputa ao poder humano; e alguns outros, ainda, preferiram acomodar-se a propostas menos dignas, descansando em felicidades ilusórias do mundo, como se pudessem fugir à sacudidela da morte.
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Partilhando as energias e os recursos dos Espíritos Benevolentes que os sustentavam, assim como pupilos amparados pelo prestígio e pela bolsa dos benfeitores que lhes estendem proteção e carinho, supuzeram-se donos de possibilidades que lhes não pertenciam e, superestimando o próprio valor, entregaram-se a aventuras particulares, nas quais se iniciaram em dolorosas experiências, quando não se afundaram em escabrosos precipícios de frustração.
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Nessas circunstâncias, o médium está sempre na posição de criatura que sacou valioso empréstimo no Banco da Bondade Divina com determinada finalidade, gastando o dinheiro a benefício próprio, com agravo dos próprios débitos.
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E, como a administração de qualquer instituto bancário não pode interferir na consciência dos seus devedores, sob pena de coartar-lhes a ação, também a Espiritualidade não subtraíra de nenhum modo, a iniciativa dos espíritos que se reencarnaram, com esse ou aquele mandato específico, porquanto, é da Lei que a colheita corresponda à espécie da plantação.
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No entanto, o último tópico de seus apontamentos merece anotação especial. Efetivamente, compete às organizações espíritas indiscutível responsabilidade na formação e observação dos médiuns, com mais ampla tarefa na divulgação doutrinária. Isso, porque a mediunidade, interpretada no ponto de vista de sintonia, só por si não constitui galardão. Há médiuns de todo feitio, inclusive aqueles que, por força de seu próprio passado, ainda suportam pesada influência das sombras, esperando que a Doutrina Espírita lhes envolva o campo mental na bênção de sua luz, a fim de que possam executar as próprias obrigações.
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Ainda aqui, todavia, não podemos compelir os irmãos de ideal, nos variados setores de nossa edificação, a proceder nesse ou naquele padrão de conduta, de vez que os princípios do Espiritismo são claros para nós todos.
De qualquer modo, porém, não se atenha ao desânimo.
Cada noite é a introdução de nova manhã.
De uma verdade inconteste, podemos guardar absoluta convicção, e essa verdade é a de que Jesus não nos abandona em razão de nossas fraquezas, de que a Doutrina Espírita continuará brilhando sempre por chave de luz do Evangelho, acima de quaisquer desacertos humanos, e de que todos nós, seja onde for, receberemos sempre da vida, de acordo com as próprias obras.
 
 
Livro – Histórias e Anotações – Francisco Cândido Xavier – Irmão X
Digitado por – Valeria Guida

 

EVANGELIZAÇÃO. (...)"O Evangelho, todavia, é como um Sol de espiritualidade..."(...)"a iluminação de seu mundo intuitivo o conduz aos mais elevados planos de inspiração, onde a inteligência se prepara, em face das generosas realizações que lhe compete atingir no imenso futuro espiritual...."

Emmanuel
 
Todos os estudiosos que solicitam de amigos do Além um roteiro de orientação não devem esquecer o Evangelho de Jesus, roteiro das almas em que cada coração deve beber o divino ensinamento para a marcha evolutiva.
 
Habitualmente, invoca-se a velhice de sua letra e a repetição de seus enunciados. O Espírito do Evangelho de Cristo, porém, é sempre a luz da vida. Determinados companheiros buscam justificar o cansaço das fórmulas, alegando que em Espiritismo, temos obras definitivas da revelação, com o sabor de novidade preciosa, em matéria de esclarecimento geral e esforço educativo. O Evangelho, todavia, é como um Sol de espiritualidade. Todas essas obras notáveis dos missionários humanos, na sua tarefa de interpretação, funcionam como telescópios, aclarando-lhe a grandeza. É que a sua luz se dirige à atmosfera interior da criatura, intensificando-se no clima da boa vontade e do amor, da sinceridade e da singeleza.
 
A missão do Espiritismo é a do Consolador, que permanecerá entre os homens de sentimento e de razão equilibrados, impulsionando a mentalidade do mundo para uma esfera superior. Vindo em socorro da personalidade espiritual que sofre, nos tempos modernos, as penosas desarmonias do homem físico do planeta, estabelece o Consolador a renovação dos valores mais íntimos da criatura e não poderá executar a sua tarefa sagrada, na hipótese de seus trabalhadores abandonarem o esforço próprio, no sentido de operar-se o reajustamento das energias morais de cada indivíduo.
 
A capacidade intelectual do homem é restrita ao seu aparelhamento sensorial; todavia, a iluminação de seu mundo intuitivo o conduz aos mais elevados planos de inspiração, onde a inteligência se prepara, em face das generosas realizações que lhe compete atingir no imenso futuro espiritual.
 
A grande necessidade, ainda e sempre, é a da evangelização íntima, para que todos os operários da causa da verdade e da luz conheçam o caminho de suas atividades regeneradoras, aprendendo que toda obra coletiva de fraternidade, na redenção humana, não se efetua sem a cooperação legítima, cuja base é o esclarecimento sincero, mas também é a abnegação, em que o discípulo sabe ceder, tolerar e amparar, no momento oportuno.
 
Para a generalidade dessa orientação moral faz-se indispensável que todos os centros de estudo doutrinário sejam iluminados pelo Espiritismo evangélico, a fim de que a mentalidade geral se aplique à luta da edificação própria, sem fetichismos e sem o apoio temporal de forças exteriores, mesmo porque se Jesus convocou ao seu coração magnânimo todos os que choram com o “vinde a mim, vós os que sofreis”, também asseverou “tomai a vossa cruz e segui-me!...”, esclarecendo a necessidade de experiências edificantes no círculo individual.
 
Resumindo, somos compelidos a concluir que, em Espiritismo, não basta crer. É preciso renovar-se. Não basta aprender as filosofias e as ciências do mundo, mas sentir e aplicar com o Cristo.
 
De “Relicário de Luz”, de Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

USP aponta novos rumos para a ciência através da mediunidade


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Escrito por Redação   
uspUma pesquisa pioneira, concluída recentemente na Universidade de São Paulo, investigou em um estudo multidisciplinar através de pós-doutorado a mediunidade de Chico Xavier.
Alexandre Caroli Rocha, especialista em análise textual e Denise Paraná, especialista em elaboração de biografias pelo método de história oral, realizaram estudo sobre o tema em âmbito multidisciplinar e as portas do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP se abriram para a realidade empírica das capacidades mediúnicas, demonstrando a necessidade de um novo entendimento sobre a relação mente – cérebro através de teorias não-reducionistas.Sob a supervisão do professor dr. Francisco Lotufo Neto e do professor dr. Alexander Moreira-Almeida, da Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, o estudo obteve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP. Foram dois anos de pesquisa que resultou em uma série de estudos, cuja divulgação o Correio Fraterno antecipa com exclusividade.
O primeiro artigo acaba de ser publicado pela revista científica internacional Explore, com o título "Investigating the Fit and Accuracy of Alleged Mediumistic Writing: A Case Study of Chico Xavier's Letters" ("Investigando a adequação e a acuidade da alegada escrita mediúnica: um estudo de caso das cartas de Chico Xavier", em tradução livre). Também assina este artigo a doutora Elizabeth Schmitt Freire, da Universidade de Abedeen, na Escócia, pesquisadora que somou esforços com a equipe.
O objetivo do pós-doutorado foi verificar, usando métodos acadêmicos, se na produção das cartas psicografadas de Chico Xavier havia indícios de obtenção 'anômala' de informações, ou seja, se Chico poderia ter acesso àquelas informações que escrevia em suas cartas psicografadas. "Investigamos se aqueles dados objetivos que tantas vezes traziam consolo aos familiares em luto eram verdadeiramente inacessíveis ao médium por vias comuns, ou seja, como por leituras, conversas etc. Além disso, fizemos um amplo levantamento bibliográfico sobre a relação mente – cérebro e a prática da mediunidade", explica Denise Paraná.
Para atingir esse objetivo, os pesquisadores tiveram um longo trabalho. "Era preciso verificar se a eventual fragilidade emocional dos parentes que procuravam consolo nas cartas de Chico os levava à crença de que o falecido era o autor das cartas, ou se havia nas cartas, de fato, registros dos falecidos", explicam os pesquisadores. Por isso, eles investigaram detidamente a veracidade das informações presentes nas cartas, fizeram longas e detalhadas entrevistas e buscaram documentos relativos aos casos estudados em arquivos particulares, acervos de jornais, cartórios etc.
Também compararam nas cartas psicografadas o estilo linguístico, as descrições físicas e de personalidade do autor espiritual (desencarnado) com seus traços quando ainda 'vivo'. Também foi analisado o conjunto de cartas produzidas por Chico Xavier para entender suas principais características, verificando-se o que havia de genérico e subjetivo nas psicografias, "tudo o aquilo que poderíamos aplicar a qualquer situação de morte, mas também aquilo que existia de particular a quem o texto foi atribuído".
Por fim, sistematizaram os dados, analisaram as informações coletadas e produziram artigos. No primeiro deles, já citado, descobriram que dos 99 itens de informações verificáveis, identificados em um conjunto de 13 cartas psicografadas, 98% tinham adequação clara e precisa e não havia nenhum item não adequado. Segundo os pesquisadores, concluiu-se que explicações comuns para tal acuidade de informação, como fraude, acaso, vazamento de informação e leitura fria seriam possibilidades apenas remotamente plausíveis.
Mesmo para os espíritas, que têm convicção na imortalidade da alma, os resultados da pesquisa são surpreendentes. "Sabemos que médiuns são humanos e, portanto, passíveis de erros". O próprio Chico costumava se lembrar disso e gostava de checar com os seus consulentes alguns dados das cartas particulares que psicografava. Entretanto, pesquisas como estas, que nos trazem evidências da sua fantástica capacidade mediúnica são muito bem-vindas. Somadas a outras pesquisas, elas ajudam a ampliar os horizontes da ciência em busca de novos modelos de entendimento da consciência humana e de nosso papel no universo", concluem.
A questão da mediunidade é fato para os espíritas e esse trabalho é uma das formas de sensibilizar a academia para isso, principalmente a comunidade internacional, que ainda desconhece quem foi Chico Xavier.

Publicado no jornal Correio Fraterno - edição 458 - julho/agosto 2014
 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Médiuns Irresponsáveis - Manoel Philomeno de Miranda

Médiuns Irresponsáveis - Manoel Philomeno de Miranda

Associou-se indevidamente à pessoa portadora de mediunidade ostensiva a qualidade de Espírito elevado.

O desconhecimento do Espiritismo ou a informação superficial sobre a sua estrutura deu lugar a pessoas insensatas considerarem que, o fato de alguém ser possuidor de amplas faculdades medianímicas, caracteriza-se como um ser privilegiado, digno de encômios e projeção, ao mesmo tempo possuidor de um caráter diamantino, merecendo relevante consideração e destaque social.


Enganam-se aqueles que assim procedem, e agem perigosamente, porquanto, a mediunidade é faculdade orgânica, de que quase todos os indivíduos são portadores, variando de intensidade e de recursos que facultem o intercâmbio com os Espíritos, encarnados ou não.

Neutra, do ponto de vista moral, em si mesma, a mediunidade apresenta-se como oportunidade de serviço edificante, que enseja ao seu portador os meios de auto-iluminar-se, de crescer moral e intelectualmente, de ampliar os dons espirituais, sobretudo, preparando-se para enfrentar a consciência após a desencarnação.

Às vezes, Espíritos broncos e rudes apresentam admiráveis possibilidades mediúnicas, que não sabem ou não querem aproveitar devidamente, enquanto outros que se dedicam ao Bem, que estudam as técnicas da educação das faculdades psíquicas, não conseguem mais do que simples manifestações, fragmentárias, irregulares, quase decepcionantes.

Não se devem entristecer aqueles que gostariam de cooperar com a mediunidade ostensiva, porquanto a seara do amor possui campo livre para todos os tipos de serviço que se possa imaginar.

Ser médium da vida, ajudando, no lar e fora dele, exercitando as virtudes conhecidas, constitui forma elevada de contribuir para o progresso e desenvolvimento da Humanidade.

Através da palavra, oral e escrita, quantos socorros podem ser dispensados, educando-se as criaturas, orientando-as, levando-as à edificação pessoal, na condição de médium do esclarecimento?!

Contribuindo, nas atividades espirituais da Casa Espírita, pela oração e concentração durante as reuniões especializadas de doutrinação, qualquer um se torna médium de apoio.

Da mesma forma, através da aplicação dos passes, da fluidificação da água, brindando a bioenérgia, logra-se a posição de médium da saúde.

Na visita aos enfermos, mantendo diálogos confortadores, ouvindo-os com paciência e interesse, amplia-se o campo da mediunidade de esperança.

Mediante o dialogo com os aturdidos e perversos, de um ou do outro plano da vida, exerce-se a mediunidade fraternal da iluminação de consciência.

Neste mister, aguça-se a percepção espiritual e desenvolvem-se os pródromos das faculdades adormecidas, que se irão tornando mais lúcidas, a fim de serem usadas dignamente em futuros cometimentos das próximas reencarnações.

Ser médium é tornar-se instrumento; e, de alguma forma, como todos nos encontramos entre dois pontos distantes, eis-nos incursos na posição de intermediários.

Ter facilidade, porém, para sentir os Espíritos é compromisso que vai além da simples aptidão de contatá-los.

Desse modo, à semelhança da inteligência que se pode apresentar em indivíduos de péssimo caráter, que a usam egoística, perversamente, ou como a memória, que brota em criaturas desprovidas de lucidez intelectual, e perde-se, pela falta de uso, também a mediunidade não é sintoma de evolução espiritual.

Requisitos para o Médium Seguro - João Cleofas

Requisitos para o Médium Seguro - João Cleofas

A fim de colimar êxito no empreendimento das comunicações espirituais inteligentes, deve o médium que se candidata ao ministério socorrista preencher, no mínimo, as seguintes condições:

Equilíbrio – Sem uma perfeita harmonia entre a mente e as emoções, dificilmente conseguem, os filtros psíquicos, coar a mensagem que provém do Mundo Maior.

Conduta – Não fundamentada a vida em uma conduta de austeridades morais, só mui raramente logra, o intermediário dos Espíritos, uma sintonia com os Mentores Elevados.

Concentração – Após aprender a técnica de isolar-se do mundo externo para ouvir interiormente, e sentir a mensagem que flui através das suas faculdades mediúnicas, poderá conseguir, o trabalhador honesto, registrá-la com fidelidade.

Oração – Não exercitando o cultivo da prece como clima de serenidade interior, ser-lhe-á difícil abandonar o círculo vicioso das comunicações vulgares, para ascender e alcançar uma perfeita identificação com os Instrutores da Vida Melhor.

Disposição – Não se afeiçoando à valorização do serviço em plena sintonia com o ideal espírita, compreensivelmente, torna-se improvável a colheita de resultados satisfatórios no intercâmbio medianímico.

Humildade – Escasseando o autoconhecimento, bem poucas possibilidades o médium disporá para uma completa assimilação do ditado espiritual, porquanto, nos temperamentos rebeldes e irascíveis a supremacia da vontade do próprio instrumento anula a interferência das mentes nobres desencarnadas.

Amor – Não estando o Espírito encarnado aclimatado à compreensão dos deveres fraternos em nome do amor que desculpa, do amor que ajuda, do amor que perdoa, do amor que edifica, torna-se, invariavelmente, medianeiro de Entidades perniciosas com as quais se compraz afinar.

O ministério do intercâmbio mediúnico é, sobretudo, um labor de auto-burilamento, no qual o encarnado mais se beneficia.

Quem não pretende domar-se, não consegue ajudar os que se debatem na indocilidade, sob as vergastadas da frustração e do equilíbrio.

Aquele que se recusa ascender por esta ou aquela razão, na teimosia das paixões em que se demora, sincroniza mentalmente com os Espíritos rebelados que o martirizam, e cuja companhia se lhe torna habitual.

Mediunidade é faculdade psíquica que se pode considerar meio, instrumento, ponte que faculta o intercâmbio entre duas situações vibratórias.

Aquele que não prepara este meio convenientemente, jamais logra sair de si mesmo, tão vencido se encontra pela predominância da personalidade em desalinho.

Ofertemos as nossas disposições a Jesus Cristo, o Amigo Operante, que soube transformar-se no excelente Médium de Deus, deixando que a suprema vontade do Pai se lhe fizesse a própria vontade, até o momento do holocausto por amor a todos nós.

Se não formos capazes de manter o nosso concurso mediúnico em forma de testemunho de amor pelo nosso próximo, na esfera física, não teremos condição de abrir a alma em flor ao sol da misericórdia divina, em benefício dos nossos irmãos infelizes do Mundo Espiritual, que esperam por nós.

Pelo Espírito de: João Cléofas
Psicografado por: Divaldo Pereira Franco
Livro: Intercâmbio Mediúnico – Salvador, BA: LEAL, 1986, cap. 12
 
Fonte: http://mediunsemediunidade.blogspot.com.br/2012/02/requisitos-para-o-medium-seguro-joao.html

Rivalidade entre os Médiuns

Rivalidade entre os Médiuns - Vianna de Carvalho


Remanescentes dos instintos agressivos, a rivalidade é presença negativa no caráter humano, que a criatura deve superar.

Se a competição saudável é estimuladora para desenvolver os valores humanos, potenciais momentaneamente adormecidos, a rivalidade decorre do primarismo animal, que atira as criaturas umas contra as outras.

O rival é antagonista apaixonado, a um passo da violência, na qual derrapa, facilmente, facultando-se a explosão de danos graves para si mesmo, bem como para os outros.

Infelizmente, perturbando a sociedade, na luta pela predominância do egoísmo, a rivalidade entre os homens leva-os aos estados belicosos, quando a solidariedade os engrandeceria, propiciando bênçãos a toda a comunidade.


É natural que, também, entre os médiuns, o morbo das rivalidades injustificáveis irrompa, virulento, enfermando quantos lhe permitem o contágio.
Invigilantes, olvidam-se da terapia do amor e deixam-se infelicitar, asfixiados pela inveja, pela mágoa, pelo ciúme, contribuindo para as lutas inglórias que, lamentavelmente, se instalam nos Grupos, nos quais esses se encontram em serviço.

No contubérnio que se estabelece, a rede de insensatez divide os membros do trabalho, que passam a antagonizar-se, embora abraçando os ideais da liberdade, da tolerância, do amor, da caridade.

Tais rivalidades têm sido responsáveis pelo malogro de empreendimentos significativos, elaborados com carinho através dos anos e que se desgastam, se desorganizam com facilidade, tornando-se redutor de decepções e amarguras.

A rivalidade é um mal que aguarda solução, combate de urgência.

Surge de forma sutil; instala-se com suavidade, qual erva parasita em tronco generoso, e passa a roubar a energia de que se nutre, terminando por prejudicar o hospedeiro que lhe dá guarida.

O médium deve ser um servidor da Vida, em benefício de todas as vidas.

A sua, há que se tornar a luta pelo auto aprimoramento, observando as mazelas e estudando as deficiências, a fim de mais crescer na escala dos valores morais, de modo a sintonizar com as Entidades Venerandas, nem sempre as que se tornaram famosas no Mundo, mas, que construíram as bases da felicidade pelo amanho do solo dos corações na execução do bem.

A ele cabe disputar a honra de servir e não a de aparecer; de ceder e nunca de impor; de amar e jamais a de fruir, apagando-se, para que fulja a luz da verdade imortal de que se faz instrumento.

Como do homem de bem se esperam a preservação e vivência dos valores éticos, do instrumento mediúnico se aguarda o perfeito entrosamento emocional e existencial entre o de que se faz portador e o comportamento cotidiano.

O médium espírita é simples, sem afetação, desprovido do tormento de provar a sua honestidade aos outros, porque sabe, que, no mundo, somente se experimenta, aflições, conforme o ensinou Jesus. Ademais, ele reconhece que está a serviço do bem, ao qual lhe cumpre atender com naturalidade e paz.

Médiuns rivais são antagonistas em justas infelizes, buscando vitória em nome das vaidades que corrompem o coração e envenenam a razão.

Se alguém se apresenta mais bem aquinhoado para o serviço mediúnico, mais endividado, certamente, o será, porquanto, a mediunidade a serviço do bem é via de acesso e de redenção para o Espírito e não moldura brilhante para as fulgurações terrestres.

Ao invés de rivalidade competitiva, as orações e os auxílios fraternais entre todos, a fim de que o êxito se apresente, não pelo aplauso humano, porém, pela abnegação e largo trabalho de edificação do bem entre os homens.
Vianna de Carvalho
(Página psicografada pelo médium Divaldo pereira Franco, em 06.03.1989, no Centro Espírita “Caminho da Redenção”, em Salvador, Bahia e publicada em “Reformador” de julho de 1990, e no livro "Médiuns e Mediunidade")

Glossário:
Amanho: lavoura, cultivo;
Contubérnio: Vida em comum, convivência, familiaridade, camaradagem, concubinato, mancebia. Tenda de campanha;
Fulgir: resplandecer, sobressair;
Justa: na idade média, combate entre dois cavaleiros, torneio, combate;
Morbo: estado patológico; doença.


Fonte: http://mediunsemediunidade.blogspot.com.br/2011/05/rivalidade-entre-os-mediuns-vianna-de.html

Mediunidade Espírita

Mediunidade Espírita - Odilon Fernandes

A mediunidade espírita é a que se alicerça em Jesus e Allan Kardec.
A mediunidade é uma faculdade psíquica que independe de rótulo religioso – encontraremos a sua presença na origem de quase todas as crenças. Os grandes iniciados de todas as religiões eram intérpretes dos espíritos que os inspiravam. Os profetas eram missionários da mediunidade sobre a terra. Os apóstolos, na festa de pentecostes, ficaram mediunizados. Os santos reverenciados pela igreja Católica possuíam o dom de curar, a clarividência, efeitos físicos; caíam em transe com freqüência.
Todavia com Allan Kardec é que a mediunidade se tornou um intercâmbio consciente entre os Dois Mundos. Estudando os mais diversos dons medianímicos, criando terminologia própria, o codificador devassou o Invisível, tornando natural o diálogo dos vivos com os chamados mortos.
Portanto não existe mediunidade legitimamente exercida, fora dos padrões da Doutrina dos Espíritas. O médium espírita é o que se submete à orientação doutrinária, colocando-se a serviço da Causa e não de si mesmo. O médium personalista é um médium rebelado contra os princípios que se consubstanciam no “daí de graça o que de graça recebestes.

“O Espiritismo é toda uma Ciência, toda uma Filosofia. Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição, submeter-se a um estudo sério e persuadir-se de que, mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando.” – Allan KardecInfelizmente, muitos medianeiros promissores acabam por se entregar única e exclusivamente à orientação dos espíritos que se comunicam por seu intermédio – marginalizam os fundamentos básicos de “O Livro dos Médiuns” e adotam uma linha de conduta que conflita com os propósitos do medianeiro bem intencionado.
Há quem busque na mediunidade a satisfação do seu próprio ego; não está movido pela intenção de servir, mas de projetar-se, de ter o seu nome exaltado, de alimentar a vaidade.
O médium presunçoso, mais cedo ou mais tarde, se comprometerá. Sem retaguarda espiritual que lhe garanta o equilíbrio, estará à mercê dos espíritos sem discernimento, que o induzirão a cometer absurdos.
Antes, pois, de cogitar do desenvolvimento mediúnico em si, deve o candidato aos serviços espirituais no campo da mediunidade interessar-se pela sua iluminação no exercício constante da humildade.
Médiuns personalistas são agentes desagregadores; ao invés de somarem esforços, de motivarem os companheiros à prática do bem, inspiram desconfiança e estabelecem a disputa na casa espírita…

A idéia de que seja um espírito missionário tem sido obstáculo ao roteiro que o ser encarnado traçou para si mesmo. Imbuído de tais pensamentos, fascinado quanto às suas próprias possibilidades, foge aos compromissos imediatos, que, então, passa a considerar de natureza inferior, como sejam: o casamento e a constituição da família, o esmero na profissão e a sua participação ativa nos assuntos da comunidade.

Todo médium é um tarefeiro, longe, conforme se imagina, de ser um missionário. Raros são os sensitivos que reencarnam com tarefa definida no campo da mediunidade; para a grande maioria, o trabalho vai se definindo com base no seu devotamento. Alguns renascem com o compromisso, fazendo jus à supervisão espiritual das Altas Esferas; outros se decidem por ele ao travarem contato com o Espiritismo, atraindo a atenção dos Espíritos Superiores que deles se aproximam na medida exata da confiabilidade que externem…
Mediunidade é compromisso de trabalho e oportunidade de resgate. Sobretudo, o médium é um espírito com elevados débitos cármicos que necessita se conscientizar de sua necessidade de servir incondicionalmente!
Livro: Conversando com os Médiuns
Espírito: Odilon Fernandes
Médium: Carlos A. Baccelli
Fonte:  http://mediunsemediunidade.blogspot.com.br/2011/06/mediunidade-espirita-odilon-fernandes.html

OBSESSÃO NO CENTRO ESPÍRITA.


Enganam-se quantos imaginam que os espíritos obsessores não tenham acesso à casa espírita, influenciando os medianeiros que nela trabalham.
Os espíritos têm acesso a qualquer lugar para o qual se sintam atraídos, seja pelas atitudes de invigilância ou pelos pensamentos infelizes de quem lhes ofereça sintonia.
Um centro espírita pode, perfeitamente, estar sob a direção espiritual de entidades não evangelizadas, de espíritos que não tenham comprometimento com o Evangelho. Díriramos mesmo que, determinados núcleos espíritas, ou que se rotulem com tais, são verdadeiros quartéis-generais de espíritos inimigos da Doutrina, entidades pseudo-sábias e sofistas cuja única preocupação é a de estabelecer a cizânia.
Na casa espírita onde predominem os bons sentimentos de seus freqüentadores, o desejo do bem e o estudo da Doutrina, os espíritos obsessores não têm acesso podem até, como na maioria das vezes acontece, mover-lhe uma perseguição externa, na tentativa de atingi-la indiretamente, mas não conseguem varar o bloqueio natural que a preserva do assédio direto das trevas.
Existem pontos no centro espírita sobre os quais os seus dirigentes carecem de exercer uma maior vigilância.
Já tivemos oportunidade de nos referir aos perigos de uma reunião de desobsessão desorganizada, levada a efeito sem os devidos cuidados doutrinários. Uma outra atividade, todavia, que pode dar margem a muita perturbação para o grupo é justamente a relacionada ao passe. Como percebemos sempre uma tarefa ligada ao exercício da mediunidade.
Dentro da cabina de passe, os médiuns carecem estar sempre atentos, cooperando na vigilância uns dos outros. Costuma ser ali que os espíritos obsessores, valendo-se da proximidade física das pessoas, encontram facilidade para se insinuarem com os seus pensamentos maledicentes. Nada, por exemplo, de um médium atender sozinho no passe uma pessoa do sexo oposto ou de sentir necessidade de tocar o corpo de quem está se beneficiando dos recursos terapêuticos dispensados no momento do passe. Nada, ainda, de dar passividade pela incorporação às entidades espirituais que possivelmente estejam acompanhando o assistido… A mediunidade legítima é sempre exercida com discrição.
Costumam ser no instante no passe, devido ao grande afluxo de encarnados na instituição, que os médiuns se fragilizam a obsessão, não raro, pode começar a se instalar por um simples olhar invigilante!
O médium ainda algo personalista, querendo se prevalecer sobre os demais, não se contenta com a transmissão do passe transmite, a todo momento, supostos recados do Mais Além a quem sai, fornece diagnósticos a respeito de enfermidades inexistente, fazem previsões absurdas, descrevem quadros de sua imaginação… Este comportamento necessita ser combatido, para que, por exemplo, um médium de faculdades promissoras não extrapole.
É na cabina de passes que muitos medianeiros começam a acalentar a idéia de um trabalho de cura só para si!
Quando o médium perde a simplicidade sentimento de auto defesa que lhe garante imunidade contra a obsessão -, ele se transfigura em intérprete da perturbação, passando a ser na casa espírita um problema de difícil solução.
Odilon Fernandes
CENTROS MAL ORIENTADOS
Infelizmente, algumas casas espíritas prestam um desserviço à Doutrina dão-nos a impressão de que foram construídas apenas para atender a vaidade dos médiuns que as edificaram.
Não somos contrários aos diretores reconhecidamente bem intencionados e idealistas que permanecem por longo tempo nos cargos que ocupam. A causa espírita necessita dos que não abram mão de seus deveres para com ela. Excesso de liberalidade doutrinária é tão prejudicial à casa espírita quanto aos regimes ditatoriais impostos por alguns diretores, que anseiam por se perpetuar nos postos de direção.
Por vezes, a renovação da diretoria é de vital importância para que a casa espírita se renove em suas atividades, com a descentralização do poder. No entanto precisamos reconhecer que, por outro lado, muitos novos diretores costumam ser um desastre, pois, consentindo que o cargo lhes suba à cabeça, tomam atitudes arbitrárias e passam a ser elementos desagregadores.
Não se admite em um núcleo espírita, a luta pelo poder. Jesus nos advertiu quanto aos perigos de uma casa dividida, afirmando que ela não seria capaz de se manter de pé.
Nos centros espíritas de boa formação doutrinária, prevalece o espírito de equipe; ninguém trabalha com o desejo de aparecer, de reter as chaves da instituição no bolso, de modo que certas portas não sejam abertas sem a sua presença… Não se tecem comentários desairosos sobre os companheiros, como se, o que se pretendesse, fosse desestabilizá-los nas tarefas que permanecem sob a sua responsabilidade.
Os dirigentes de uma instituição espírita necessitam ter pulso firme, transparência nas decisões, fraternidade no trato para com todos, submetendo-se sempre à orientação da Doutrina. Pontos de vista estritamente pessoais não devem ter espaços no Movimento.
Centros espíritas mal orientados passam para a comunidade uma imagem deturpada do Espiritismo. A divulgação da Doutrina começa pela fachada de uma casa espírita. Até o seu ambiente físico carece ser acolhedor, iluminado. Construções suntuosas muitas vezes espiritualmente estão vazias. Os centros espíritas devem ter a preocupação de ser a continuidade da Casa dos Apóstolos, em Jerusalém amparo aos desvalidos e luz para os que vagueiam nas sombras, sempre, em nome do Senhor, de portas descerradas à necessidade de quem quer que seja.
Num templo espírita é indispensável à divisão de tarefas; muitos núcleos permanecem de portas fechadas na maioria dos dias da semana, porque os seus dirigentes não sabem promover os companheiros… O ciúme e o apego injustificável de muitos dirigentes acabam por deixar ocioso o espaço de uma casa espírita, quase a semana inteira. Não vale a justificativa de que os seareiros sejam poucos… Cuide-se das atividades doutrinárias de base a evangelização e a mocidade e não se terá o problema de escassez de braços para o trabalho doutrinário.
Nos centros mal orientados, nos quais o campo de serviço é restrito, os Espíritos Superiores não têm muito que fazer. Quanto mais numerosas, diversificadas e sérias as atividades de uma casa espírita, maior a tutela da Espiritualidade e maior a equipe dos desencarnados que com ela se dispõem a colaborar.
Os dirigentes, médiuns responderão pela sua omissão e arbitrariedade à frente de um núcleo espírita.
REUNIÃO DE DESOBSESSÃO I
Há de ser cautela na organização de uma tarefa ligada à desobsessão. Para tanto, o grupo necessita estar bem estruturado, com um tempo mais ou menos longo de convivência entre os seus componentes. O estudo sério e metódico deve anteceder toda prática mediúnica.
A reunião de desobsessão tanto pode ser útil ao equilíbrio do grupo quanto nociva à sua harmonização.
Existem casas espíritas que começam a se desarticular a partir da reunião mediúnica mal orientada, onde predomina o personalismo dos médiuns e de seus dirigentes.
Convém lembrarmos que os desencarnados apenas agem quando encontram campo de atuação. Os obsessores não podem ser responsabilizados diretamente pela desorganização que impera num trabalho de natureza mediúnica.
Os integrantes de uma casa espírita não devem ser afoitos na instalação de uma reunião de enfermagem espiritual aos desencarnados. Semelhante atividade, para ser levada a efeito de maneira proveitosa, carece de recolhimento e seriedade.
Quanto mais o médium se apague, mais a luz da mediunidade nele resplandecerá!
Infelizmente, companheiros existem que, mal informados, direcionam as tarefas mediúnicas que promovem no sentido de atender os seus caprichos – digamos,promovem uma sessão de desobsessão particular, com o intuito de abordarem o Mundo Espiritual com os seus questionamentos pessoais.
Na reunião de desobsessão é onde o espírita tem a oportunidade de praticar a mais legítima caridade nada de indagações ao espírito comunicante, exigindo provas de autencidade, nada de perguntar a ele sobre a vida de outros confrades, valendo-se da oportunidade para saber de terceiros mais do que deve…
A tarefa mediúnica necessita de ordem, disciplina, sinceridade de propósitos. Se a intenção dos médiuns não for boa, breve estarão a mercê de espíritos que os fascinem, mostrando-se completamente refratários às orientações que recebam em advertência.
Atividades mediúnicas sérias solicitam especialização, ou seja: em alguns tem os espíritas, a reunião de assistência espiritual aos desencarnados mistura-se às chamadas reuniões de cura ou, ainda, dedica-se, registrando a palavras dos espíritos, a solucionar problemas de ordem interna. A reunião de desobsessão é organizada com o propósito de auxiliar no esclarecimento dos espíritos infelizes, ainda apegados a questões materiais, e não para submeter as entidades comunicantes a injustificável interrogatório.
Quando a reunião não tem bases sólidas, dá margem a inúmeras mistificações, ensejando que medianeiros desavisados tomem este ou aquele partido.
A faculdade mediúnica não pode ser direcionada para o interesse particular de quem quer que seja incluindo o do medianeiro. Quando tal acontece, ela perde o que lhe confere maior credibilidade a espontaneidade.
Somos, pois, de opinião que a casa espírita não deve priorizar atividades mediúnicas, em detrimento das tarefas doutrinárias de esclarecimento público, mesmo porque as reuniões consagradas ao estudo da Doutrina se constituem em genuínas sessões de desobsessão, pois obram com base na evangelização de encarnados e desencarnados.
A obsessão é um envolvimento psíquico – o que o obsidiado escuta, o obsessor registra. Ninguém sai de um processo obsessivo, sem que se decida pela reforma interior. Não adianta afastar o verdugo da vítima, sem que a vítima tome a decisão de romper com o verdugo!
ODILON FERNANDES- CONVERSANDO COM OS MÉDIUNS

Fontes:  http://www.batuiranet.com.br/espiritismo/1510/estudando-a-desobsessao-ii-odilon-fernandes-espirito/

sábado, 11 de janeiro de 2014

O CULTIVADOR INFIEL

O  CULTIVADOR  INFIEL

Irmão X

-  Não me conformo – repetia irritado, o Dr. Novais Magalhães – o Espiritismo popular é vespeiro de confusão. Onde já se viu tamanha bagagem de embustes? É verdadeira escola de loucos e, freqüentemente, não se compreende tão elevado número de débeis mentais.
-  Mas, doutor – ponderava o Matos Lessa – há observações interessantes que cumpre não desprezar. Nem tudo é caso grosseiro ou indigno de análise. Claro que no intercÂmbio com o invisível há que destacar deficiências mediúnicas. Se alguém se incumbe de um recado nosso, logicamente misturará suas expressões individuais no esforço de transmissão necessária.É o caso do médium. Se um político ou um cientista, distantes do lar ou do trabalho, apenas encontrassem humilde carregador capacitado à transmissão de uma mensagem à família ou aos colegas, naturalmente não sacrificariam o objetivo essencial ao processo exterior do serviço. É razoável que o portador satisfaça ao encargo, todavia, emprestando à colaboração características que lhe sejam peculiares. O dever, entretanto, estará cumprido, os detalhes, por certo, na maioria das vezes, deixarão a desejar.
-o-
-   Não concordo, porém – reafirma o doutor – A observação justa não dispensa o método rigoroso. A meu ver, a sobrevivência está muito longe de ser provada, através das supostas comunicações com o Além. Temos somente apreciável acervo de fenômenos da própria subconsciência. As mensagens nunca ultrapassam a esfera de cultura do médium, os efeitos físicos são perfeitamente explicáveis pelo conhecimento do magnetismo em nossa época. Nada observo que transceda o paralelismo psico-fisiólogico da ciência oficial.
-o-
Continuava a discussão acalorada, cheia de persuasão por parte do Lessa e de argumentos pesados do rigoroso investigador.
O Dr. Magalhães, entretanto, jamais cedia terreno. Sua mente de pesquisador vivia repleta de conceitos clássicos a derramarem-se-lhe da boca em terminologia científica. Não apenas Matos Lessa vivia a duelar verbalmente com ele. Amigos vários tentavam inutilmente renovar-lhe as interpretações. Novais era, porém, irredutível. Exibia chaves da ciência comum para todos os casos da fenomenologia. De qualquer reunião respeitável a que comparecia, intado pelos companheiros, retirava-se mostrando sorriso irônico e invariável ao canto dos lábios.
-o-
-          Não observou aquela mensagem dirigida à senhora Castanheira? – Indagava o Morais, velho amigo dele. O médium desconhecia as particularidades da comunicação. Notou os nomes familiares? E a descrição da moléstia do filho? Como interpretará você o fenômeno, sem o concurso do Espiritismo?
Sorria o observador renitente, acentuando:
-          Simples transmissão telepática. Nada mais que isto. A ansiedade da família Castanheira envolveu a organização mediúnica e produziram-se as páginas de conselho. Ora, ora, o cérebro humano é aparelho que mal conhecemos...
-          Mas, meu amigo – atalhava o outro -= semelhante conclusão não satisfaz. Além disto, outros casos existem mais surpreendentes.
E Morais desfiava longo rosário de narrações, enquanto o doutor Magalhães de desfazia em comentários sobre automatismo, mecanicismo, subconsciência, patologia, telepatia, criptonesia, telecnesia, psicogênese e outras teses respeitáveis do metapsiquismo contemporâneo.
-o-
Ao fim da longa conversação, o investigador rematava:
-  Afinal de contas, não me farei ao mar da ilusão. Quero fatos tangíveis, expressões palpáveis. O Espiritismo popular com os seus doutrinadores ignorantes e médiuns embusteiros não atrai estudiosos de valor intelectual. Sou honesto, meu caro, e o homem honesto deve ser verdadeiro.
-          Não somos menos leais – aduzia o companheiro serenamente – e não desrespeitamos os postulados científicos. No entanto – e acentuava com inflexão firme – será admissível que a simples enunciação de palavras complicadas resolva problemas grandiosos da existência humana? A teoria não realiza coisa alguma por si só. Você, meu caro Magalhães, pode ser excelente educador, na expressão verbal, mas não é irmão.
-          Que pretendes dizer? – perguntou Novais agastado.
-  O educador explica, retalha, demonstra friamente e, por vezes, não vai além da lição teórica. O irmão é companheiro de luta, partilha as dores e alegrias do trabalho, compreende e consola.
- Alto lá! Não confundamos ciência e fé religiosa, raciocínio e sentimentalidade. A  lógica não toma apartamentos ao coração. Sigamos pelo método. Não tolero as farças mediúnicas, com as velhas exortações descabidas e indigestas.
E toda argumentação tornava-se inútil. Por mais que se falasse de vôos sublimes à Espiritualidade Superior, Novais fixava olhos e pensamentos no chão duro das interpretações sem esperança. Ninguém lhe discutia a honestidade, nem lhe negava inteligência. Mas, a sua atitude mental era sempre irritante. Onde o amor dos espíritos benevolentes e sábios semeava consolações e energia novas, atirava ele dúvidas e desencantos.
-o-
Semelhava-se ao jardineiro infiel que, ao em vez de auxiliar a planta e protege-la, arranca-a da base vital, no intuito de contar-lhe as folhas, observar-lhe a seiva e analizar-lhe as raízes, muito antes da promessa de fruto.
Mas, como toda criatura terrestre, o doutor Novais Magalhães também entregou o corpo às exigências da morte. Com grande surpresa, porém, verificou que continuava vivo como dantes. Grande ansiedade por esclarecimentos particulares, enorme sede espiritual de revelação; entretanto, a solidão era absoluta. Ninguém para atender-lhe  a fome do coração. Novais começou a caminhar a esmo, ponderando agora as barreiras sensoriais.
-o-
Ah! Se encontrasse um médium! Alguém que lhe pudesse levar pequeno recado à família, humilde notícias aos colegas! Ainda que esse médium fosse de vulgar instrução, aproveitar-lhe-ia o concurso sem hesitar... E se algum espírito amigo viesse encaminha-lo a serviços novos? No entanto, o Dr. Magalhães não podia esperar colheitas onde nada havia semeado, no capítulo da fraternidade e da consolação.
O que mais o assombrava, porém, eram as sendas por onde se dirigia ansioso. Apenas divisava árvores mortas, ervas ressequidas, arbustos quebrados e, de quando em quando, a voz de alguém se mantinha invisível lhe gritava,ironicamente, aos ouvidos: “Mau jardineiro! Mau jardineiro! Cultivador infiel!...”
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Novais, que começara indagando, vivia, agora entre a súplica e a lágrima.
Após muitos anos de dor, surgiu, enfim, alguém, na paisagem desolada. Tratava-se também dum jardineiro. O antigo observador fitou-o surpreso. Era um velhinho de olhar muito doce, cabeça aureolada de fios de neve, empunhando instrumentos agrícolas.
Magalhães aproximou-se e lhe pediu socorro, angustiadamente. Face às amorosas interpelações do velho amigo, relatou a própria história, narrando-lhe as indagações do passado e as desilusões a que fora conduzido, afirmando sua honestidade e dedicação extrema ao método.
O ancião sorriu generoso e falou:
-   Quando na Terra, conheceu a formiga?
-  Sim... – respondeu Novais, estanhando a pergunta.
-  Pois é, meu amigo, o seu caso é semelhante ao dela. A formiga é prodígio de inteligência e organização. Edifica o próprio lar, trabalha metodicamente, preserva com rigor o patrimônio que a natureza lhe confere. É minuciosa, mas é também um assombro de operosidade e de método; mas... nunca olha para o alto e, enquanto vive no campo, é sempre a mesma formiga...
-o-
Magalhães compreendeu a alusão e chorou com amargura; mas, o amorável mensageiro tomou-lhe a dextra e murmurou com brandura:
-  Venha comigo. Aprenderá doravante a zelar as plantas de Deus. Compreenderá agora que, se a investigação é justa, a verdade palpita acima dela, pedindo compreensão para as bênçãos da vida. Esqueça a sombra e busquemos a luz. Se a ciÊncia é necessária para o aprendizado de caminhos da Terra, é preciso não esquecer que o amor traça os caminhos o Céu.
 
Livro – Histórias e Anotações – Francisco Cândido Xavier – Irmão X
Digitado por – Valeria Guida

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Divulgação de Mensagens Mediúnicas


                                                                 Marta Antunes Moura

Um dos correspondentes da Revista Espírita enviou a  Allan Kardec, a seguinte pergunta,: “Deve-se publicar tudo quanto dizem os Espíritos?” O Codificador do Espiritismo respondeu a indagação com outra pergunta: “(…) seria bom publicar tudo quanto dizem e pensam os homens?”[1]
Antes, porém, de emitir opinião abalizada sobre o assunto, Kardec  apresenta  ponderadas considerações que merecem ser recordadas, sobretudo porque permanecem atuais:
Quem quer que possua uma noção do Espiritismo, por mais superficial que seja, sabe que o mundo invisível é composto de todos os que deixaram na Terra o envoltório visível. Entretanto, pelo fato de se haverem despojado do homem carnal, nem por isso os Espíritos se revestiram da túnica dos anjos. Encontramo-los de todos os graus de conhecimento e de ignorância, de moralidade e de imoralidade; eis o que não devemos perder de vista. Não esqueçamos que entre os Espíritos, assim como na Terra, há seres levianos, estouvados e zombeteiros; (pseudo sábios); vãos e orgulhosos, de um saber incompleto; hipócritas, malvados e (…) existem os sensuais, os ignóbeis e os devassos, que se arrastam na lama. Ao lado disto, tal como ocorre na Terra, temos seres bons, humanos, benevolentes, esclarecidos, de sublimes virtudes (…); resulta que o mundo dos Espíritos compreende seres mais avançados intelectual e moralmente que os nossos homens mais esclarecidos, e outros que ainda estão abaixo dos homens mais inferiores.[2]
Prosseguindo em suas considerações, Kardec enfatiza a necessidade de aprendermos analisar o teor das mensagens mediúnicas, atentos à linguagem utilizada pelo comunicante desencarnado, principalmente quando esta  comunicação é subscrita com o nome de personalidade conhecida, respeitada e amada.
Desde que esses seres [desencarnados] têm um meio patente de comunicar-se com os homens, de exprimir os pensamentos por sinais inteligíveis, suas comunicações devem ser o reflexo de seus sentimentos, de suas qualidades ou de seus vícios. Serão levianas, triviais, grosseiras, mesmo obscenas, sábias, sensatas e sublimes, conforme o seu caráter e sua elevação. Revelam-se por sua própria linguagem; daí a necessidade de não se aceitar cegamente tudo quanto vem do mundo oculto, e submetê-lo a um controle severo. (…).[3]
Os comentários que se seguem, expõem de forma clara o pensamento de Allan Kardec relativo ao assunto, e as suas ponderações devem servir de modelo para todos nós, espíritas, que cotidianamente recebemos notícias do plano espiritual.
Ao lado dessas comunicações francamente más, e que chocam qualquer ouvido delicado, outras há que são simplesmente triviais ou ridículas. Haverá inconvenientes em publicá-las? Se forem dadas pelo que valem, serão apenas impróprias; se o forem como estudo do gênero, com as devidas precauções, os comentários e os corretivos necessários, poderão mesmo ser instrutivas, naquilo que contribuírem para tornar conhecido o mundo espírita em todos os seus aspectos. Com prudência e habilidade tudo pode ser dito; o mal é dar como sérias coisas que chocam o bom senso, a razão e as conveniências. Neste caso, o perigo é maior do que se pensa. (…).[4]
Surgem, então e muito naturalmente, outras indagações: que riscos podem ocorrer, caso sejam divulgadas mensagens mediúnicas triviais, sem maiores exames?  Que problemas poderiam advir da publicação de mensagens pressupostamente assinadas por entidades veneráveis, mas que, aqui e ali, apresentam pontos discordantes quanto à identificação?  Revelando-se como arguto analista, Kardec esclarece:
Em primeiro lugar, essas publicações têm o inconveniente de induzir em erro as pessoas que não estão em condições de aprofundá-las nem de discernir o verdadeiro do falso, especialmente numa questão tão nova como o Espiritismo. Em segundo lugar, são armas fornecidas aos adversários, que não perdem tempo em tirar desse fato argumentos contra a alta moralidade do ensino espírita; porque, insistimos, o mal está em considerar como sérias coisas que constituem notórios absurdos. Alguns mesmos podem ver uma profanação no papel ridículo que emprestamos a certas personagens justamente veneradas, e às quais atribuímos uma linguagem indigna delas.[5]
Em suma, assevera Allan Kardec, como conclusão da análise deste assunto, tão útil quanto necessário:
(…) As comunicações grosseiras e inconvenientes, ou simplesmente falsas, absurdas e ridículas, não podem emanar senão de Espíritos inferiores: o simples bom senso o indica.  (…) A importância que, pela publicidade, é concedida às suas comunicações, os atrai, excita e encoraja. O único e verdadeiro meio de os afastar é provar-lhes que não nos deixamos enganar, rejeitando impiedosamente, como apócrifo e suspeito, tudo que não for racional, tudo que desmentir a superioridade que se atribui ao Espírito que se manifesta e de cujo nome ele se reveste. Quando, então, vê que perde seu tempo, afasta-se.[6]
Os espíritas esclarecidos estão compromissados com a Causa, onde quer que se encontrem. Pontuam fidelidade à Doutrina Espírita e não se afastam do propósito de se transformarem em pessoas de bem.  Não se deixam enganar por informações infelizes, mentirosas mesmo, presentes em algumas publicações, supostamente espíritas, mas que não resistem a uma análise séria, e o que é mais grave: contrariam a mais elementar conceituação espírita: o controle universal do ensino dos Espíritos que, brilhantemente, Allan Kardec inseriu no primeiro capítulo de A Gênese. Os Milagres e as Predições, que trata do Caráter da Revelação Espírita. É importante conferir.

Assim, nada mais justo, e necessário, portanto, seguir este conselho de Bezerra de Menezes: “(…) Mantenhamo-nos, por isso, vigilantes. Jesus na Revelação e Kardec no esclarecimento resumem para nós códigos numerosos de orientação e conduta. (…).”[7]


[1] Allan Kardec. Revista Espírita- Jornal de estudos Psicológicos.  Ano II, novembro de 1859, pág. 423.
[2] Ibid., pág. 423/424.
[3] Ibid., pág. 424.
[4] Ibid., pág. 425.
[5] Ibid. ibid., pág. 425.
[6] Ibid., pág. 427.
[7] Juvanir Borges de Souza (coord.). Bezerra de Menezes: Ontem e Hoje. Pt. 3,, cap. 16, pág. 153. (mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, publicada em Reformador de abril de 1977, pág. 104.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KARDEC, Allan. Revista Espírita. Jornal de Estudos Psicológicos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Poesias traduzidas por Inaldo Lacerda Lima. 2ª  ed.  Ano II. Novembro de 1859. Nº 11. Rio de Janeiro: FEB Editora, 2004.
SOUZA, Juvanir Borges (coordenador). Bezerra de Menezes: Ontem e Hoje. 4ª ed. 4ª imp. Brasília: FEB Editora, 2013.


Fonte : FEB