Tiradentes nos braços de Ismael
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quarta-feira, 21 de abril de 2021
TIRADENTES NOS BRAÇOS DE ISMAEL.
Tiradentes nos braços de Ismael
terça-feira, 13 de abril de 2021
CIVILIZAÇÃO COM JESUS: "Se quisermos um mundo melhor, saibamos construí-lo. Progresso espiritual não vem por osmose. Não vale a melhoria de alguns sobre o estrangulamento de milhões. Amemo-nos para instruir-nos reciprocamente, começando pelo respeito de uns aos outros."
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021
INFLUXOS MENTAIS : HARMONIA E PADRÃO VIBRATÓRIO - - - - - - - "Quanto mais nos avizinhamos da esfera animal, maior é a condensação obscurecente de nossa organização, e quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no rumo das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nosso envoltório, que passa a combinar-se facilmente com a beleza, com a harmonia e com a luz reinantes na Criação Divina.
O INSTRUTOR CLARENCIO,
NOS OFERECE UMA VERDADEIRA AULA SOBRE NOSSOS PENSAMENTOS E VONTADES ATUANDO EM
NOSSOS CENTROS DE FORÇA , TANTO NA MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO QUANTO NO DESEQUILÍBRIO, ,FALA A RESPEITO DO PADRÃO VIBRATÓRIO QUE DETERMINA NOSSO
PESO ESPECÍFICO E POR CONSEQUÊNCIA NOSSO HABITAT NO PLANO ESPIRITUAL, TECENDO COMENTÁRIOS SOBRE A FISIOLOGIA DO PERISPÍRITO! APRECIEM!
[...]”Como
não desconhecem, o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por
sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder
diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células
elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético,
no qual o pensamento vibra em circuito fechado. Nossa posição mental
determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, conseqüentemente,
o “habitat” que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual
de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela
a condição da mente, mais fraco é o influxo vibratório do pensamento, induzindo
a compulsória aglutinação do ser às regiões da consciência embrionária ou
torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhe são afins. O
crescimento do influxo mental, no veículo eletromagnético em que nos movemos,
após abandonar o corpo terrestre, está na medida da experiência adquirida e
arquivada em nosso próprio espírito. Atentos a semelhante realidade, é fácil
compreender que sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas
manifestações, conforme o tipo de pensamento que nos
flui da íntima. Quanto mais nos
avizinhamos da esfera animal, maior é a condensação obscurecente de
nossa organização, e quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no
rumo das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nosso
envoltório, que passa a combinar-se facilmente com a beleza, com a harmonia
e com a luz reinantes na Criação Divina.
[...]
Tal seja a viciação do pensamento, tal será a
desarmonia no centro de força, que reage em
nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais. Apliquemos à nossa
aula rápida, tanto quanto nos seja possível, a terminologia trazida do mundo,
para que vocês consigam fixar com mais segurança os nossos apontamentos.
Analisando a fisiologia do
perispírito, classifiquemos os seus centros de força, aproveitando a
lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre. Temos, assim, por
expressão máxima do veículo que nos serve presentemente, o “centro coronário” que, na Terra, é considerado
pela filosofia hindu como sendo o lótus de mil pétalas, por ser o mais
significativo em razão do seu alto potencial de radiações, de vez que nele
assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência. Esse centro recebe em primeiro lugar os estímulos do espírito, comandando
os demais, vibrando todavia com eles em justo regime de interdependência.
Considerando em nossa exposição os fenômenos do corpo físico, e satisfazendo
aos impositivos de simplicidade em nossas definições, devemos dizer que dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas
subdivisões, sendo o responsável pela alimentação das células do pensamento e o
provedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabilidade
orgânica. É, por isso, o grande assimilador das energias
solares e dos raios da Espiritualidade Superior capazes de favorecer a
sublimação da alma. Logo após, anotamos o “centro cerebral”,
contíguo ao “centro coronário”, que ordena as percepções de variada
espécie, percepções essas que, na vestimenta carnal, constituem
a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que
dizem respeito à palavra, à cultura, à arte, ao saber. É no “centro cerebral”
que possuímos o comando do núcleo endocrínico, referente aos poderes psíquicos.
Em seguida, temos o “centro laríngeo”, que preside aos fenômenos vocais, inclusive às atividades do timo, da
tireóide e das paratireóides. Logo após, identificamos o “centro
cardíaco”, que sustenta os serviços da emoção e do
equilíbrio geral. Prosseguindo em nossas observações, assinalamos o “centro
esplênico” que, no corpo denso, está sediado no
baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em
todos os escaninhos do veículo de que nos servimos. Continuando,
identificamos o “centro gástrico”, que se responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização e,
por fim, temos o “centro genésico”, em que se localiza o santuário do sexo, como templo modelador de formas e
estímulos.
O
instrutor fez pequena pausa de repouso e prosseguiu: – Não podemos olvidar,
porém, que o nosso veículo sutil, tanto quanto o corpo de carne, é criação mental no caminho evolutivo, tecido com recursos
tomados transitoriamente por nós mesmos aos celeiros do Universo, vaso de que
nos utilizamos para ambientar em nossa individualidade eterna a divina luz da
sublimação, com que nos cabe demandar as esferas do Espírito Puro. Tudo é trabalho da mente no espaço e no tempo, a
valer-se de milhares de formas, a fim de purificar-se e santificar-se para a Glória
Divina.
[...]–
Quando a nossa mente, por atos contrários à Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força
de nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante,
obrigando-se ao trabalho de reajuste.
Fonte: Livro Entre a Terra e o Céu- Francisco Cândido Xavier em parceria com Espírito de André Luiz.
CAP. 20 CONFLITOS DA ALMA 36§ À 40 §
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
O INSTRUTOR GÚBIO, NOS ALERTA DAS RELAÇÕES : PENSAMENTO, VONTADE , SINTONIA E DOENÇAS -------[...]Dirija um homem a sua vontade para a idéia de doença e a moléstia lhe responderá ao apelo, com todas as características dos moldes estruturados pelo pensamento enfermiço, porque a sugestão mental positiva determina a sintonia e receptividade da região orgânica, em conexão com o impulso havido, e as entidades microbianas, que vivem e se reproduzem no campo mental das milhões de pessoas que as entretêm, acorrerão em massa...
[...]O
espírito encarnado respira numa zona de vibrações mais lentas, enfaixado num
veículo constituído de trilhões de células que são outras tantas vidas
microscópicas inferiores. Cada vida, porém, por mais insignificante, possui
expressão magnética especial. A vontade, não obstante condicionada por
leis cósmicas e morais, inclinará a comunidade dos corpúsculos vivos que
permanecem a seu serviço por tempo limitado, à maneira do eletricista que liga
as forças da usina para atividades num charco ou para serviços numa torre.
Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e
atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através
da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas
possíveis, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem.
Abstendo-nos de mobilizar a vontade, seremos invariáveis joguetes das
circunstâncias predominantes, no ambiente que nos rodeia; contudo, tão logo
deliberemos manobrá-la, é indispensável resolvamos o problema de direção,
porquanto nossos estados pessoais nos refletirão a escolha íntima. Existem
princípios, forças e leis no universo minúsculo, tanto quanto no universo
macrocósmico. Dirija um homem a sua vontade para a idéia de doença e a
moléstia lhe responderá ao apelo, com todas as características dos moldes
estruturados pelo pensamento enfermiço, porque a sugestão mental positiva
determina a sintonia e receptividade da região orgânica, em conexão com o
impulso havido, e as entidades microbianas, que vivem e se reproduzem no campo
mental das milhões de pessoas que as entretêm, acorrerão em massa, absorvidas
pelas células que as atraem, em obediência às ordens interiores, reiteradamente
recebidas, formando no corpo a enfermidade idealizada. Claro que nesse
capítulo temos a questão das provas necessárias, nos casos em que determinada
personalidade renasce, atendendo a impositivos das lições expiatórias, mas,
mesmo aí, o problema de ligação mental é infinitamente importante, porquanto
o doente que se compraz na aceitação e no elogio da própria decadência acaba na
posição de excelente incubador de bactérias e sintomas mórbidos, enquanto que o
espírito em reajustamento, quando reage, valoroso, contra o mal, ainda mesmo
que benéfico e merecido, encontra imensos recursos de concentrar-se no bem,
integrando-se na corrente de vida vitoriosa.[...]
[...]–
Nossa mente é uma entidade colocada entre forças inferiores e superiores, com
objetivos de aperfeiçoamento. Nosso organismo perispiritual, fruto sublime da
evolução, quanto ocorre ao corpo físico na esfera da Crosta, pode ser comparado
aos pólos de um aparelho magneto-elétrico. O espírito encarnado sofre a
influenciação inferior, através das regiões em que se situam o sexo e o
estômago, e recebe os estímulos superiores, ainda mesmo procedentes de almas
não sublimadas, através do coração e do cérebro. Quando a criatura busca
manejar a própria vontade, escolhe a companhia que prefere e lança-se ao
caminho que deseja. Se não escasseiam milhões de influxos primitivistas,
constrangendo-nos, mesmo aquém das formas terrestres a entreter emoções e
desejos, em baixos círculos, e armando-nos quedas momentâneas em abismos do
sentimento destrutivo, pelos quais já peregrinamos há muitos séculos, não nos
faltam milhões de apelos santificantes, convidando-nos à ascensão para a
gloriosa imortalidade.
Trecho da Palestra de Gúbio , retirada do Livro Libertação de Francisco Cândido Xavier em parceria com André Luiz.
FONTE:LIBERTAÇÃO-CAP.2 " A palestra do Instrutor"
15º§ à 17º§
sexta-feira, 28 de julho de 2017
O DEVER "SEGUNDO EMMANUEL":[...]a faixa de ação no bem que o Supremo Senhor nos traça à responsabilidade, para a sustentação da ordem e da evolução em Sua Obra Divina, no encalço de nosso próprio aperfeiçoamento.Cada consciência bafejada pelo sol da razão será interpretada, assim, à conta de raio na esfera da vida[...]cada espírito plasma os reflexos de si mesmo, por onde passa, abrindo-se aos reflexos das mentes mais elevadas que o impulsionam à contemplação de mais vastos horizontes do progresso e à adequada assimilação de mais altos valores da vida.
O Dever
Para viver em segurança, ninguém desprezará a disciplina.
Obedecem as partículas elementares no mundo atômico, obedece a constelação na glória da Imensidade.
O homem viajará pelo firmamento, a longas distâncias do lar em que se lhe vincula o corpo físico; no entanto, não logrará fazê-lo sem obediência aos princípios que vigem para os movimentos da máquina que o transporta.
Dessa forma, pode-se simbolizar o dever como sendo a faixa de ação no bem que o Supremo Senhor nos traça à responsabilidade, para a sustentação da ordem e da evolução em Sua Obra Divina, no encalço de nosso próprio aperfeiçoamento.
Cada consciência bafejada pelo sol da razão será interpretada, assim, à conta de raio na esfera da vida, evolvendo da superfície para o centro, competindo-lhe a obrigação de respeitar e promover, facilitar e nutrir o bem comum, atitude espontânea que lhe valerá o auxilio natural de todos os que lhe recolhem a simpatia e a cooperação. Com semelhante atitude, cada espírito plasma os reflexos de si mesmo, por onde passa, abrindo-se aos reflexos das mentes mais elevadas que o impulsionam à contemplação de mais vastos horizontes do progresso e à adequada assimilação de mais altos valores da vida.
Desse modo, pela execução do dever — região moral de serviço em que somos constantemente alertados pela consciência —, exteriorizamos a nossa melhor parte, recolhendo a melhor parte dos outros.
Acontece, porém, que muitas vezes criamos perturbações na linha das atividades que o Senhor nos confia, e não apenas desconjuntamos a peça de nossa existência, como também colocamos em desordem muitas existências alheias, desajustando outras muitas peças na máquina do destino.
Surge então para nós o inexorável constrangimento à luta maior, que podemos nomear como sendo o dever-regeneração, pelo qual somos compelidos a produzir reflexos inteiramente renovadores de nossa individualidade, à frente daqueles que se fizeram credores das nossas quotas de sacrifício.
É dessa maneira que recebemos, por imposição das circunstâncias, a esposa incompreensiva, o esposo atrabiliário, o filho doente, o chefe agressivo, o subalterno infeliz, a moléstia pertinaz ou a tarefa compulsória a beneficio dos outros, como gleba espiritual para esforço intensivo na recuperação de nós mesmos.
E por esse motivo que de nada vale desertar do campo de duras obrigações em que nos vejamos sitiados, por força dos acontecimentos naturais do caminho, de vez que na intimidade da consciência, ainda mesmo que a apreciação alheia nos liberte desse ou daquele imposto de devotamento e renúncia, ordena a razão estejamos de sentinela na obra de paciência e de tolerância, de humildade e de amor, que fomos chamados intimamente a atender; sem isso, não obstante a aparência legal de nosso afastamento da luta, somos invencivelmente onerados por ocultas sensações de desgosto ante as nossas próprias fraquezas, que, começando por ligeiras irritações e pequeninos desalentos, acabam matriculando-nos o espírito nos institutos da enfermidade ou na vala da frustração.
sábado, 22 de abril de 2017
Aniversário do Brasil "[...]É lastimável que as paixões políticas aí permaneçam, intoxicando inteligências e corações. A esses sentimentos nefastos deve-se a sensação de angustiosa expectativa que o País vem experimentando, nestes anos derradeiros, perturbando os seus surtos de trabalho e empobrecendo as suas fontes de produção. Os espíritos, que aí se entregam ao vinho sinistro do interesse e da ambição, andam esquecidos de que são criminosos todos aqueles que destroem um abrigo diante da tempestade furiosa sem apresentar um refúgio melhor aos náufragos desesperados. Como inaugurar-se uma nova experiência de novos regimes políticos no País, se o próprio princípio democrático ainda não foi devidamente assimilado? Contudo, o que vemos no Brasil, nos últimos tempos, é a tendência para a desagregação das forças construtivas da nacionalidade, em lutas esterilizadoras[...]A política brasileira dos últimos anos tem sido a repetição do mesmo quadro. Sempre um Amurat escalando o caminho da glória e da evidência, sobre as humilhações dos seus semelhantes, e sempre um Miloch saindo do seu anonimato para desferir-lhe o golpe supremo.[...]No dia de aniversário do Brasil, recordemos que o professor Tyndall acaba de anunciar os dez problemas mais importantes que a ciência terrestre terá de resolver nos próximos cem anos, neles incluindo a viagem à Lua e a alimentação química, lembrando ao ilustre catedrático da Pensilvânia que, não obstante as suas mestranças, esqueceu a questão da vitória do Evangelho.
(.Irmão X)
quinta-feira, 20 de abril de 2017
Pedro, o Apóstolo [...]Ignoro a razão por que revestiram a minha figura, na Terra, de semelhantes honrarias. Como homem, não fui mais que um obscuro pescador da Galileia e, como discípulo do Divino Mestre, não tive a fé necessária nos momentos oportunos. O Senhor não poderia portanto, conferir-me privilégios, quando amava todos os seus apóstolos com igual amor.[...] Nada desejais dizer ao mundo sobre a autenticidade dos Evangelhos? — Expressão autêntica da biografia e dos atos do Divino Mestre, não seria possível acrescentar qualquer coisa a esse livro sagrado. Muita iniquidade se tem verificado no mundo em nome do estatuto divino, quando todas as hipocrisias e injustiças estão nele sumariamente condenadas. — E no capítulo dos milagres? — Não é propriamente milagre o que caracterizou as ações práticas do Senhor. Todos os seus atos foram resultantes do seu imenso poder espiritual. Todas as obras a que se referem os Evangelistas são profundamente verdadeiras.[...]Qual o vosso objetivo, atualmente, no Brasil? — Venho visitar a obra do Evangelho aqui instituída por Ismael, filho de Abraão e de Agar e dirigida dos Espaços por abnegados apóstolos da fraternidade cristã.[...]O Reino de Deus ainda é a promessa para todos os pobres e para todos os aflitos da Terra. A Igreja romana, cujo chefe se diz possuidor de um trono que me pertence, está condenada no próprio Evangelho, com todas as suas grandezas bem tristes e bem miseráveis. A cadeira de São Pedro é para mim uma ironia muito amarga… Nestes templos faustosos não há lugares para Jesus, nem para os seus continuadores…
(.Irmão X)
domingo, 25 de setembro de 2016
D. Pedro II "Apenas quero dizer que não só os republicanos, mas também nós, os da monarquia, estávamos redondamente enganados. O erro da nossa visão, quando na Terra, foi supor no Brasil o mesmo espírito anglo-saxônio que a Inglaterra legara aos norte-americanos. Eu também fui apaixonado pelo liberalismo, mas a verdade é que, em nossa terra, prevaleciam outros fatores mesológicos e, até agora, não temos sabido conciliar os interesses da nação com esses imperativos."[...]Não posso aplaudir nenhum movimento de destruição, pois entendo que, sobre a revolução, deve pairar o sentimento nobre da evolução geral de todos, dentro da maior concórdia espiritual. 19 Considere que, examinando a minha consciência, não me lembro de haver fortalecido nenhum sentimento de rebeldia nos meus tempos de governo; entretanto, muito sofri, verificando que eu poderia ter suavizado a luta entre os nossos estadistas e os políticos da América espanhola.
Novas mensagens — Humberto de Campos ©
2 D. Pedro II
1 Enquanto os vivos se reuniam em torno do monumento que o Brasil erigiu ao Patriarca da Independência, no Rio de Janeiro, os grandes “mortos” da pátria igualmente se colocavam entre os encarnados, aliando-se ao povo carioca nas suas comovedoras lembranças.2 Também acorri ao local da festa votiva dos brasileiros, acompanhado do meu amigo José Porfírio de Miranda, antigo milionário do Pará, que a borracha elevara às culminâncias da fortuna, conduzindo-o, em seguida, aos declives da miséria, nos seus caprichosos movimentos.3 Os vivos e os mortos do Brasil se reuniam na mesma vibração afetiva das recordações suaves, enviando ao nobre organizador da vida política da nacionalidade um pensamento de amizade e de veneração.4 Antigo companheiro nosso, também no Plano Invisível, em plena via pública acercou-se de mim, exclamando:— Chegas um pouco tarde. José Bonifácio já não está presente mas poderás ainda conseguir uma proveitosa entrevista para os teus leitores. Sabes quem saiu daqui neste momento?— Quem? pergunto eu, na minha fome de notícias.— O Imperador.— D Pedro II?— Ele mesmo. Após lembrar a grande figura do Patriarca, dirigiu-se com alguns amigos para Petrópolis, a reavivar velhas lembranças…5 Em meu íntimo, havia um alvoroço de emoções. Lembrei-me de que, em toda a minha existência de jornalista no mundo, só enxergara um monarca diante dos meus olhos: o rei Alberto I, dos Belgas, quando, no Clube dos Diários, a elite dos intelectuais do país lhe oferecera a homenagem de uma comovida admiração. E ponderei se haveria mérito em consultar o pensamento de um rei, no outro mundo, onde todas as majestades desaparecem. Recordei a figura do grande imperador que Victor Hugo considerava o monarca republicano. Com os olhos da imaginação, vi-o, de novo, na intimidade dos Paços de São Cristóvão: o perfil heráldico, onde um sorriso de bondade espalhava o perfume da tolerância; as barbas compridas e brancas, como as dos santos das oleografias católicas; o olhar cheio de generosidade e de brandura, irradiando as mais doces promessas.6 Um vivo, em havendo de ir a Petrópolis, é obrigado ao trajeto penoso dos ônibus, embora as perspectivas maravilhosas do mais belo trecho de todas as estradas do Brasil; os desencarnados, porém, não necessitam de semelhantes sacrifícios. Num abrir e fechar de olhos, eu e o meu amigo nos encontrávamos na encantadora cidade das hortênsias, onde os milionários do Rio de Janeiro podem descansar nas mais variadas épocas do ano.7 Não fomos encontrar o Imperador nos antigos edifícios em que estabelecera a residência patriarcal de sua família mas justamente num recanto de jardim, contemplando as deliciosas paisagens da Serra da Estela e apreciando o sabor das recordações amigas e doces.8 Acerquei-me da sua individualidade, com um misto de curiosidade e de profundo respeito, procurando improficuamente identificar os dois companheiros que o rodeavam.— Majestade! — tentei chamar-lhe a atenção com a minha palavra humilde e obscura.— Aproximem-se, meus amigos! — respondeu-me com benevolência e carinho. — Aqui não existe nenhuma expressão de majestade. Cá estão, fraternalmente comigo, o Afonso n e o Luís, n como três irmãos, sentindo eu muito prazer na companhia de ambos. Se o mundo nos irmana sobre a Terra, a morte nos confraterniza no Espaço infinito, sob as vistas magnânimas do Senhor.9 E, fazendo uma pausa, como quem reconhece que há tempo de falar e tempo de ouvir, conforme nos aconselha a sabedoria da Bíblia, exclama o Imperador com bondade:— A que devo o obséquio da sua interpelação?10 — Majestade! — respondi, confundido com a sua delicadeza — desejara colher a vossa opinião com respeito ao Brasil e aos brasileiros. Estamos no limiar do cinquentenário de República e seria interessante ouvir o vosso conselho paternal para os vivos de boa vontade. Que pensais destes quarenta e tantos anos de novo regime?— Minha palavra — retrucou D. Pedro — não pode ter a importância que a sua generosidade lhe atribui. Que poderia dizer do Brasil, senão que continuo a amá-lo com a mesma dedicação de todos os dias! Do Plano Invisível, para o mundo, prosseguimos no mesmo labor de construção da nacionalidade. 11 As convenções políticas dos homens não atingem os Espíritos desencarnados. O exílio termina sempre na sepultura, porque a única realidade é o amor, e o amor, eliminando todas as fronteiras, nos ligou para sempre ao torrão brasileiro. Não tenho o direito de criticar a República, mesmo porque todos os fenômenos políticos e sociais do nosso país tiveram os seus pródromos no mundo espiritual, considerando-se a missão do Brasil dentro do Evangelho. 12 Apenas quero dizer que não só os republicanos, mas também nós, os da monarquia, estávamos redondamente enganados. O erro da nossa visão, quando na Terra, foi supor no Brasil o mesmo espírito anglo-saxônio que a Inglaterra legara aos norte-americanos. Eu também fui apaixonado pelo liberalismo, mas a verdade é que, em nossa terra, prevaleciam outros fatores mesológicos e, até agora, não temos sabido conciliar os interesses da nação com esses imperativos.13 A ausência de tradição nos elementos de nossa origem, como povo, estabeleceu uma descentralização de interesses, prejudicial ao bem coletivo do pais. Para a formação nacional, não vieram da metrópole os espíritos mais cultos. Pesando, de um lado, os africanos, revoltados com o cativeiro, e, de outro, os índios, revoltados com a invasão do estrangeiro na terra que era propriedade deles, a balança da evolução geral ficou seriamente comprometida. Sentimentos excessivos de liberdade não nos permitiram um refinamento de educação política. Todos querem mandar e ninguém se sente na obrigação de obedecer. 14 Quando no Império, possuíamos a autoridade centralizadora da Coroa, prevalecendo sobre as ambições dos grupos partidários que povoavam os nossos oito milhões e meio de quilômetros quadrados; mas, quando os republicanos sentiram de perto o peso das responsabilidades que tomaram à sua conta, os espíritos mais educados reconheceram o desacerto das nossas concepções administrativas. 15 Enquanto as nações da Europa e os Estados Unidos podiam empregar livremente em nosso país os seus capitais, a título de empréstimos vultosos que desbaratavam compulsoriamente a nossa economia, o Brasil podia descansar na monocultura, fazer a política dos partidos e adiar a solução dos seus problemas para o dia seguinte, dentro de um regime para o qual não se achava preparado em 1889. 16 Mas, quando se manifestou a crise mundial de 1929, todas as instituições políticas sofreram as mais amplas renovações, dentro dos movimentos revolucionários de 1930. Os capitais estrangeiros não puderam mais canalizar suas disponibilidades para a nossa terra, controlados pelos governos autárquicos dos tempos que correm, e o Brasil acordou para a sua própria realidade. Aliás, nós, os desencarnados há muito tempo procuramos auxiliar os vivos na sua tarefa.— Sim, de modo indireto, pois não podemos interferir na liberdade deles. Há alguns anos, procurei auxiliar Alberto Torres nas suas elucubrações de ordem social e política. Em geral, nós, os desencarnados, buscamos influenciar, de preferência, os organismos mais sensíveis à nossa ação e Torres era o instrumento de nossas verdades para a administração. A realidade, porém, é que ele falou como Jeremias [Oh! Jerusalém!…]. Somente a gravidade da situação conseguiu despertar o espírito nacional para novas realizações.18 — Majestade, as vossas palavras me dão a entender que aprovais o novo estado de coisas do Brasil. Aplaudistes, então, a queda da denominada república velha, sob as vibrações revolucionárias de 1930?— Com as minhas palavras — disse ele bondosamente — não desejo exaltar a vaidade de quem quer que seja, nem deprimir o esforço de ninguém. Não posso aplaudir nenhum movimento de destruição, pois entendo que, sobre a revolução, deve pairar o sentimento nobre da evolução geral de todos, dentro da maior concórdia espiritual. 19 Considere que, examinando a minha consciência, não me lembro de haver fortalecido nenhum sentimento de rebeldia nos meus tempos de governo; entretanto, muito sofri, verificando que eu poderia ter suavizado a luta entre os nossos estadistas e os políticos da América espanhola. 20 Outra forma de ação n poderíamos ter empregado no caso de Rosas e de Oribe e mesmo em face do próprio Solano López, cuja inconsciência nos negócios do povo ficou evidentemente patenteada. E note-se que o problema se constituía de graves questões internacionais. O nosso mal foi sempre o desconhecimento da realidade brasileira. Os nossos períodos históricos têm sofrido largamente os reflexos da vida e da cultura europeias. 21 Nos tempos do Império, procurei saturar-me dos princípios democráticos da política francesa, tentando aplicá-los, amplamente, ao nosso meio, longe das nossas realidades práticas. Os republicanos, como Benjamim Constant, Deodoro, etc., deram-se a estudar a “República Americana”, de Bryce, distantes dos nossos problemas essenciais. 22 Quando regressei das lutas terrestres, procurei imediatamente colaborar na consolidação do novo regime, a fim de que a divisão e os desvarios de muitos dos seus adeptos não terminassem no puro e simples desmembramento do País. Graças a Deus, conseguimos conduzir Prudente de Morais ao poder constitucional, para acabarmos reconhecendo agora as nossas realidades; mais fortes. 23 Devo, todavia, fazer-lhe sentir que não me reconheço com o direito de opinar sobre os trabalhos dos homens públicos do País. Cabe-me, sim, rogar a Deus que os inspire, no cumprimento de seus austeros deveres, diante da pátria e do mundo. O grande caminho da atualidade é a organização da nossa Economia, em matéria de política, e o desenvolvimento da Educação, no que concerne ao avanço sociológico dos tempos que passam. Os demais elementos de nossas expressões evolutivas dependem de outros fatores de ordem espiritual, longe de todas as expressões transitórias da política dos homens.24 A essa altura, notei que a minha curiosidade jornalística começava a magoar a venerável entidade e mudei repentinamente de assunto.— Majestade, que dizeis da grande figura hoje lembrada?— O vulto de José Bonifácio foi sempre objeto de meu respeito e de minha amizade. E olhe que foi ele o mais sensato organizador da nacionalidade brasileira, cujo progresso acompanha, carinhosamente, com a sua lealdade sincera. Hoje, que se comemora o centenário de sua desencarnação, devemos relembrar o seu regresso de novo ao Brasil, em meados do século passado, tendo sido uma das mais elevadas expressões de cultura, na Constituinte de 1891.25 Dispunha-me a obter novos esclarecimentos; mas o Imperador, acompanhado de amigos, retirava-se quase que abruptamente da nossa companhia, correspondendo fraternalmente a outros apelos sentimentais.Palavras amigas de adeus e votos de ventura no Plano Imortal, e eu e o meu amigo José Porfírio lá ficávamos com a suave impressão da sua palavra sábia e benevolente.— Humberto, os monarquistas tinham razão!… Este velho é um poço de verdade e de experiência da vida! Você deve registar esta entrevista, oferecendo aos vivos estas palavras quentes de conhecimento e de sabedoria!Acreditarão no humilde cronista desencarnado?Não guardo dúvidas nesse sentido. Penso que obteria mais amplos resultados, se fosse ao Cemitério do Caju e gritasse a palavra do Imperador para dentro de cada túmulo..Humberto de Campos(.Irmão X)
[1] Afonso Celso de Assis Figueiredo — Visconde de Ouro Preto. Foi presidente do último gabinete ministerial que teve a monarquia.[2] Luís Filipe Gastão de Orleãns, Conde d’Eu. Foi genro de D Pedro II por ter casado com a princesa Isabel.[3] Outra forma de ação… — Alusão às lutas e à guerra em que se envolveu o Brasil com as Repúblicas do Uruguai, da Argentina e do Paraguai.
sábado, 23 de abril de 2016
Pátria do Evangelho: "Consideremos o valor espiritual do nosso grande destino! Engrandeçamos a pátria no cumprimento do dever pela ordem, e traduzamos a nossa dedicação mediante o trabalho honesto pela sua grandeza! Consideremos, acima de tudo, que todas as suas realizações hão de merecer a luminosa sanção de Jesus, antes de se fixarem nos bastidores do poder transitório precário dos homens! Nos dias de provação, como nas horas de venturas, estejamos irmanados numa doce aliança de fraternidade e paz indestrutível, dentro da qual deveremos esperar as claridades do futuro. ..."
domingo, 10 de janeiro de 2016
Seara do Ódio .(Um caso de Irmãos Siameses)
"- Não! não te quero em meus braços!(...)- Mãe, deixa-me viver!.(...)A sementeira de crueldade atraíra a seara de ódio. E a seara de ódio lhes impunha nefasto desequilíbrio(...)despertaram de novo na Terra, traziam o estigma do clamoroso débito em que se haviam reunido, reaparecendo, entre os homens, como duas almas apaixonadas pela carne, disputando o mesmo vaso físico, no triste fenômeno de um corpo único, sustentando duas cabeças.""