União e Unificação
Filhas e filhos da alma, que Jesus nos abençoe!
A união dos espíritas é ação que não pode ser postergada e a unificação é o laço de segurança dessa união.
A união vitaliza os ideais dos trabalhadores, mas a unificação conduz com equilíbrio pelas trilhas do serviço.
A
união demonstra a excelência da qualidade da Doutrina Espírita nos
corações, mas a unificação preserva essa qualidade, para que passe à
posteridade conforme recebemos do ínclito Codificador.
Em união somos felizes. Em unificação estamos garantindo a preservação do Movimento Espírita aos desafios do futuro.
Em
união teremos resistência para enfrentar o mal que existe em nós e
aquele que cerca o nosso caminho, tentando impossibilitar-nos o avanço.
Em unificação estaremos consolidando as atividades que o futuro coroará
de bênçãos.
Em
união marcharemos ajudando-nos reciprocamente. Em unificação estaremos
ampliando os horizontes da divulgação doutrinária em bases corretas e
equilibradas.
Com
união demonstraremos a nós mesmos que é possível amar sem exigir nada.
Com unificação colocaremos as ideias pessoais em planos secundários,
objetivando a coletividade.
Com
união construiremos o bem, o belo e o nobre. Com Unificação traremos de
volta o pensamento do Codificador, preservando a unidade da Doutrina e
do Movimento Espírita. Com união entre os companheiros encarnados,
tornaremos mais fácil o intercâmbio entre nós outros, os que os
precedemos na viagem de volta, e eles, que rumam pela estrada difícil.
Com unificação estaremos vivenciando o Evangelho de Jesus quando o
Mestre assevera: Um só rebanho , um só pastor.
Unindo-nos,
como verdadeiros irmãos, estabeleceremos o laço de identificação com os
propósitos dos Mentores da Humanidade, que esperam a influência que o
Espiritismo provocará no mundo, à medida que seja conhecido e adotado
nas áreas da ciência, das artes, do pensamento filosófico e das
religiões.
União para unificação, meus filhos, é o desafio do momento.
Rogando a Jesus que nos abençoe e nos dê a sua paz, o servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra
Mensagem
psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, por ocasião do
encerramento do 1º Congresso Espírita do Estado do Rio de Janeiro, na
manhã de 25.01.2004, na sede da Federação Espírita do Rio de Janeiro, em
Niterói, RJ.
Em 29.12.2009.
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Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!
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quarta-feira, 27 de março de 2013
União e Unificação
terça-feira, 19 de março de 2013
Curiosidade e renovação .(..)" Há outra forma de curiosidade, bem intencionada e às vezes piedosa, não há dúvida, mas improdutiva, porque não sai da rotina, não opera qualquer mudança de ideias ou de hábitos. É o caso, por exemplo, das pessoas que vão ao centro espírita somente por causa dos guias espirituais e, por isso mesmo, toda a atenção se dirige ao médium, a ninguém mais. De certo tempo em diante, a curiosidade rotineira termina criando a "idolatria do médium" e a "devoção dos guias". E o aprendizado? E a renovação da criatura? E a mudança de hábitos? Nada. Há pessoas que frequentam centros espíritas há cinco ou dez anos, ouvindo a palavra dos guias, pedindo mensagens e comparecendo religiosamente às sessões mediúnicas, mas continuam pensando como pensavam antes: ainda têm medo de "azar", ainda acreditam no inferno, ainda fazem penitência...", (...)"certas pessoas são capazes de caminhar muitos quilômetros à procura de um médium, com chuva ou com sol quente, seja lá onde for, mas não têm a paciência nem o interesse de ficar meia hora pelo menos no recinto de um centro para ouvir uma palestra, uma elucidação doutrinária". ...
Curiosidade e renovação |
Escrito por Deolindo Amorim |
Seg, 23 de Janeiro de 2012 14:07 |
Disse
Allan Kardec, em relação ao espiritismo, que "o período da curiosidade
já passou". Estávamos na segunda metade do século 19. A observação de Kardec está na parte final de O livro dos espíritos – Conclusão 5. Teria passado mesmo? É a pergunta que muita gente ainda faz. Como não existe conceito absoluto na linguagem humana, devemos considerar que o período da pura curiosidade realmente já passou para aqueles que não se prendem mais à mesa mediúnica nem aos médiuns como o único ponto de interesse pelo espiritismo; mas ainda não passou para quantos ainda estão na fase inicial, durante anos a fio, consultando os mentores espirituais, sem um passo sequer no conhecimento aprofundado. Tudo é relativo, todos sabem disto. Claro que o codificador se referia ao desenvolvimento natural do conhecimento através de etapas: primeiramente a curiosidade, o desejo de ver com os próprios olhos, a vontade incontida de falar com espíritos; depois naturalmente o raciocínio analítico, a reflexão; por fim, e pela ordem lógica, vem a convicção, a integração na doutrina. E daí por diante, não se pára mais de estudar e observar, pois a "sede de saber" não admite limitações. Houve, de fato, um período de curiosidade, aliás necessário, e foi o período em que todas as preocupações se concentraram na parte mediúnica do espiritismo. O elemento mediúnico nunca deixou nem deixaria de ser necessário e sempre importante, mas a fixação exclusiva no fenômeno, como se não houvesse mais motivação, com o tempo cedeu lugar a outra ordem de cogitações, que se polarizaram exatamente na Doutrina e suas consequências. Um campo novo, que se abriu para muita gente no ciclo histórico das primeiras obras espíritas. E, por isso mesmo, Allan Kardec frisou muito bem: a curiosidade passou. Claro que há curiosidade no sentido comum de apenas querer ver, sem qualquer objetivo sério, e curiosidade no sentido especial de procurar a verdade ou adquirir conhecimento. Esta última expressão de curiosidade revela bom senso e honestidade de propósitos. É, enfim, uma curiosidade que a própria doutrina espírita suscita a cada passo. Mas o que ainda se nota, em grande parte, é a curiosidade vulgar, sem a mínima preocupação de estudo ou de enriquecimento espiritual, isto é, a curiosidade dos que procuram apenas espetáculo, e nada mais. Há outra forma de curiosidade, bem intencionada e às vezes piedosa, não há dúvida, mas improdutiva, porque não sai da rotina, não opera qualquer mudança de ideias ou de hábitos. É o caso, por exemplo, das pessoas que vão ao centro espírita somente por causa dos guias espirituais e, por isso mesmo, toda a atenção se dirige ao médium, a ninguém mais. De certo tempo em diante, a curiosidade rotineira termina criando a "idolatria do médium" e a "devoção dos guias". E o aprendizado? E a renovação da criatura? E a mudança de hábitos? Nada. Há pessoas que frequentam centros espíritas há cinco ou dez anos, ouvindo a palavra dos guias, pedindo mensagens e comparecendo religiosamente às sessões mediúnicas, mas continuam pensando como pensavam antes: ainda têm medo de "azar", ainda acreditam no inferno, ainda fazem penitência. Os hábitos religiosos continuam sendo os mesmos. Isto quer dizer que não aprenderam espiritismo, não receberam ou não absorveram esclarecimentos da doutrina. Ainda permanecem na fase inicial da curiosidade comum, não deram um passo adiante, pois não apresentam qualquer mudança. É o caminho para o fanatismo. Mas o espiritismo é uma doutrina renovadora. À medida que se estuda a doutrina e que se absorve o ensino espírita, naturalmente alguma coisa começa a mudar, aos poucos: a visão da vida e das coisas, a concepção de Deus e sua suprema justiça; a noção de responsabilidade e assim por diante. Já se disse, e não faz mal repetir, que certas pessoas são capazes de caminhar muitos quilômetros à procura de um médium, com chuva ou com sol quente, seja lá onde for, mas não têm a paciência nem o interesse de ficar meia hora pelo menos no recinto de um centro para ouvir uma palestra, uma elucidação doutrinária. No entanto, como ainda ensina Allan Kardec, que o espiritismo progrediu sobretudo desde que foi compreendido em sua "essência íntima". É realmente a essência da Doutrina, o conhecimento da doutrina que se aprende a valorizar a comunicação dos espíritos e sua significação no progresso moral. Enquanto a mesa mediúnica for apenas objeto de curiosidade ou simples motivo de devoção, não há renovação, não há progresso no conhecimento do espiritismo. Mas temos de reconhecer, finalmente, que a orientação de origem tem muita influência, sob este ponto de vista. Há centros que fazem questão de dar preferência aos trabalhos mediúnicos, como se fossem a razão de ser de sua existência, enquanto a doutrina fica em segundo plano e às vezes nem é comentada nas reuniões... Então, os frequentadores assíduos, se habituam à rotina e não entendem o espiritismo a não ser pela via mediúnica. Se é assim que entendem o espiritismo, evidentemente não se interessam pelas explanações doutrinárias. Lembro-me bem de um centro espírita, que frequentei no bairro de São Cristóvão, há muitos anos, nos primeiros contatos que tive com o espiritismo. O presidente era o médium da casa e fazia tudo: doutrinava mediunizado, dirigia o serviço de passes, cuidava das desobsessões etc. Nenhum livro da doutrina. Toda a assistência via o centro exclusivamente pela pessoa do médium. Tudo se fazia em função do médium. Tempos depois, apareceu alguém, que começou a colaborar no centro e conseguiu introduzir o estudo doutrinário, semanal. Então, ficou reservado um dia especialmente para a explanação da Doutrina. Pois bem, a maior parte da assistência, que já estava mal acostumada, reagiu desagradavelmente. Lembro-me bem, como se fosse hoje, de que certa vez um dos frequentadores, daqueles que nunca faltavam às sessões mediúnicas, ao chegar à sala, assim que viu no quadro de aviso que aquela noite seria de estudo doutrinário, voltou imediatamente e ainda falou assim, quase afrontado: "Isto não interessa!" e se foi mesmo... Em parte, alguns centros são responsáveis por essa discrepância, justamente porque não criam desde cedo o hábito do estudo, sem desprezar a parte fenomênica. O equilíbrio antes de tudo. Texto publicado no jornal Correio Fraterno, edição 108, dezembro de 1979 |
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
No Templo Espírita
No Templo Espírita
Autor: Salvador Gentile
Algumas regras de convivência espírita
O Centro Espírita deve ser, essencialmente, um templo de estudo e de trabalho; nestas condições, quem deseje engajar-se em suas fileiras deve estar sinceramente disposto a aprender e a servir.
Considerando que a Mensagem Espírita se dirige ao povo, desde as camadas mais humildes, o centro Espírita, conquanto guardando todas as instalações indispensáveis, não deve se revestir de pompa, nem incentivar privilégios pessoais, sendo um dos imperiosos deveres dos seus freqüentadores, qualquer que seja sua posição social ou cultural, aprender a viver com todos, igual a todos, com alegria e proveito.
Em razão de uma lei natural, os grupos resultam da reunião de pessoas afins, não só quanto à sua natureza interior, mas também quanto às suas condições exteriores; por isso, por mais precário seja o nível espiritual, ou social, que lhes transpareça, as pessoas que os integram convivem em relativa paz e com proveito, em nada importando suas limitações. Em face disso, antes de se definir por este ou aquele Centro Espirita onde se integrar, é mister examinar o problema fundamental da afinidade, a fim de que não se venha a experimentar contrariedades ou perturbar os que poderiam estar vivendo bem.
Do mesmo modo que na família, onde os laços afetivos são poderosos, cada pessoa precisa ceder um pouco de si mesma em razão dos defeitos e limitações de que somos ainda portadores; no Templo Espírita, onde as pessoas se refluem na qualidade de irmãos diante da Vida, o nosso comportamento necessita de um índice maior de sociabilidade. Por isso, quem queira se integrar na sua vida comunitária, precisa não perder de vista os imperativos da compreensão, da paciência e da tolerância, que os outros naturalmente, também estarão exercitando a seu respeito.
Todo trabalho de equipe, para que resulte em alta produtividade, pede ordem e participação integral. O Templo Espírita autêntico deve abrigar um grupo de pessoas trabalhando em equipe, e que lhe é sangue a vitalizar todos os departamentos da organização. Assim, pois, quem faça parte dessa equipe espírita-cristã de estudo e de trabalho, deve levar em linha de conta que, se falhar, fugindo aos imperativos da ordem e da participação integral, o trabalho conjunto pode se perder, da mesma forma que um simples dente quebrado de uma engrenagem leva a máquina à inércia.
Cada homem e um mundo em si mesmo e, por isso, difere dos demais. Inevitavelmente, assim, todo grupo, por mais homogêneo, é formado de indivíduos diferentes entre si, mas ligados por afinidade quanto às qualidades mais gerais, não estando, em conseqüência, isento de divergência ou mesmo de disputas, entre seus membros. O Templo Espírita que se estrutura num grupo, não foge à regra. Contudo aquele que detém a responsável qualidade de espírita, não pode olvidar que, se os remédios para essa perturbação passageira, que são a compreensão, a tolerância e a paciência, nos outros são virtudes, para ele fazem parte do dever, já que a base fundamental da instituição é o amor ao próximo.
Conquanto pareça um paradoxo, há espíritas excessivamente egoísta: são os que apenas estudam a mensagem dos Espíritos para si mesmos no recesso e na tranqüilidade do lar. Não há se negar que, conhecendo profundamente os princípios da vida eterna, já percorreram metade do caminho ou que sejam espiritas pela metade. Isto porque sendo o Espiritismo uma mensagem de verdade e de amor, necessita de cérebro para discernir e de coração para atuar, ou seja, é necessário que a verdade, contida na cabeça, caia coração e o transforme em fonte inesgotável de recursos para a efetivação do amor, desse amor cristão que se evidencia nas suas manifestações exteriores. Assim. ninguém guarde a ilusão de ser espírita porque conhece Espiritismo; espírita é aquele que conhece e trabalha, sendo o Templo Espírita a sua oficina, onde estuda e serve, aprende e ama.
Sendo o Templo Espírita um posto avançado da fraternidade humana na Terra, todas as suas atividades devem extravasar amor e proveito permanentemente, sendo justo que, com a sucessão dos indivíduos e o decurso do tempo, ele se aperfeiçoe cada vez mais no seu mister de ensinar e de servir. Em assim sendo, cada um deve fazer o melhor hoje, dentro do possível ao seu alcance, relegando ao tempo a solução das deficiências que, certamente, sempre existirão, consciente de que, se todos são passíveis de crítica diante da perfeição, cada um é credor pelo que sabe e faz cumprindo o seu dever.
Depois de ter contribuído decisivamente para a consolidação da Doutrina Espírita, a mediunidade ainda é o seu melhor instrumento de ação, uma vez que permite o intercâmbio com o mundo espiritual e o recolhimento de todas as bênçãos que é permitido aos Espíritos derramarem em beneficio do homem. Podemos distinguir duas ordens de mediunidades: a que fornece provas espetaculares da ação dos Espíritos com fenômenos extraordinários, e a que simplesmente revela os Espíritos em ação, no socorro aos indivíduos. Geralmente, a primeira, que entusiasma e deslumbra, conquanto deixe saldo favorável pelo abalo que causa às criaturas, é como a chuva pesada cuja enxurrada desgasta o solo, carreando-lhe os recursos de fertilidade, deixando atrás de si marcas profundas de erosão. A segunda, que consola, liberta e cura, é como chuva fertilizante que, ao invés de tirar, enriquece o solo em que se derrama. Quem se disponha, pois, a analisar o trabalho mediúnico no Templo Espírita, não pode perdem de vista que, com a mediunidade que socorre e ajuda, ele estará sempre regorgitante de gente em busca de amor, e, com o simples fenômeno, por mais espetacular que seja, extinguindo-se este, ele fenecerá também, porque os curiosos não vivem e não vibram sem as grandes emoções...
A descoberta da imprensa, que permitiu a vulgarização dos conhecimentos através do livro, não dispensou a existência de escolas, que ministram o estudo sistemático; muito pelo contrário, estimulou a sua proliferação. Que ninguém, se engane, pois, que o problema do saber se resolve com a existência do livro, pois se assim fora, há séculos, não teríamos mais escolas no Planeta; nem que a existência da escola dispensa a presença do livro, pois, se assim fora, à medida que surgiram as escolas, os livros teriam desaparecido, o que não é verdade, tendo sucedido exatamente o contrário.
O Espiritismo, como toda religião, está nos livros; o livro, no entanto, ainda aqui, não dispensa a existência de escolas e cursos, de estudo sistemático, que lhes analise o conteúdo dentro de métodos adequados. Por isso, se o Templo Espírita deve erigir-se em escola, ministrando os cursos que forem possíveis, não pode, no entanto, deixar de estimular a divulgação e a distribuição do livro espírita, pois, da mesma forma que nos outros ramos do saber, a presença do livro valorizará a escola e ampliará sua eficiência.
Anuário Espírita 1976
Autor: Salvador Gentile
Algumas regras de convivência espírita
O Centro Espírita deve ser, essencialmente, um templo de estudo e de trabalho; nestas condições, quem deseje engajar-se em suas fileiras deve estar sinceramente disposto a aprender e a servir.
Considerando que a Mensagem Espírita se dirige ao povo, desde as camadas mais humildes, o centro Espírita, conquanto guardando todas as instalações indispensáveis, não deve se revestir de pompa, nem incentivar privilégios pessoais, sendo um dos imperiosos deveres dos seus freqüentadores, qualquer que seja sua posição social ou cultural, aprender a viver com todos, igual a todos, com alegria e proveito.
Em razão de uma lei natural, os grupos resultam da reunião de pessoas afins, não só quanto à sua natureza interior, mas também quanto às suas condições exteriores; por isso, por mais precário seja o nível espiritual, ou social, que lhes transpareça, as pessoas que os integram convivem em relativa paz e com proveito, em nada importando suas limitações. Em face disso, antes de se definir por este ou aquele Centro Espirita onde se integrar, é mister examinar o problema fundamental da afinidade, a fim de que não se venha a experimentar contrariedades ou perturbar os que poderiam estar vivendo bem.
Do mesmo modo que na família, onde os laços afetivos são poderosos, cada pessoa precisa ceder um pouco de si mesma em razão dos defeitos e limitações de que somos ainda portadores; no Templo Espírita, onde as pessoas se refluem na qualidade de irmãos diante da Vida, o nosso comportamento necessita de um índice maior de sociabilidade. Por isso, quem queira se integrar na sua vida comunitária, precisa não perder de vista os imperativos da compreensão, da paciência e da tolerância, que os outros naturalmente, também estarão exercitando a seu respeito.
Todo trabalho de equipe, para que resulte em alta produtividade, pede ordem e participação integral. O Templo Espírita autêntico deve abrigar um grupo de pessoas trabalhando em equipe, e que lhe é sangue a vitalizar todos os departamentos da organização. Assim, pois, quem faça parte dessa equipe espírita-cristã de estudo e de trabalho, deve levar em linha de conta que, se falhar, fugindo aos imperativos da ordem e da participação integral, o trabalho conjunto pode se perder, da mesma forma que um simples dente quebrado de uma engrenagem leva a máquina à inércia.
Cada homem e um mundo em si mesmo e, por isso, difere dos demais. Inevitavelmente, assim, todo grupo, por mais homogêneo, é formado de indivíduos diferentes entre si, mas ligados por afinidade quanto às qualidades mais gerais, não estando, em conseqüência, isento de divergência ou mesmo de disputas, entre seus membros. O Templo Espírita que se estrutura num grupo, não foge à regra. Contudo aquele que detém a responsável qualidade de espírita, não pode olvidar que, se os remédios para essa perturbação passageira, que são a compreensão, a tolerância e a paciência, nos outros são virtudes, para ele fazem parte do dever, já que a base fundamental da instituição é o amor ao próximo.
Conquanto pareça um paradoxo, há espíritas excessivamente egoísta: são os que apenas estudam a mensagem dos Espíritos para si mesmos no recesso e na tranqüilidade do lar. Não há se negar que, conhecendo profundamente os princípios da vida eterna, já percorreram metade do caminho ou que sejam espiritas pela metade. Isto porque sendo o Espiritismo uma mensagem de verdade e de amor, necessita de cérebro para discernir e de coração para atuar, ou seja, é necessário que a verdade, contida na cabeça, caia coração e o transforme em fonte inesgotável de recursos para a efetivação do amor, desse amor cristão que se evidencia nas suas manifestações exteriores. Assim. ninguém guarde a ilusão de ser espírita porque conhece Espiritismo; espírita é aquele que conhece e trabalha, sendo o Templo Espírita a sua oficina, onde estuda e serve, aprende e ama.
Sendo o Templo Espírita um posto avançado da fraternidade humana na Terra, todas as suas atividades devem extravasar amor e proveito permanentemente, sendo justo que, com a sucessão dos indivíduos e o decurso do tempo, ele se aperfeiçoe cada vez mais no seu mister de ensinar e de servir. Em assim sendo, cada um deve fazer o melhor hoje, dentro do possível ao seu alcance, relegando ao tempo a solução das deficiências que, certamente, sempre existirão, consciente de que, se todos são passíveis de crítica diante da perfeição, cada um é credor pelo que sabe e faz cumprindo o seu dever.
Depois de ter contribuído decisivamente para a consolidação da Doutrina Espírita, a mediunidade ainda é o seu melhor instrumento de ação, uma vez que permite o intercâmbio com o mundo espiritual e o recolhimento de todas as bênçãos que é permitido aos Espíritos derramarem em beneficio do homem. Podemos distinguir duas ordens de mediunidades: a que fornece provas espetaculares da ação dos Espíritos com fenômenos extraordinários, e a que simplesmente revela os Espíritos em ação, no socorro aos indivíduos. Geralmente, a primeira, que entusiasma e deslumbra, conquanto deixe saldo favorável pelo abalo que causa às criaturas, é como a chuva pesada cuja enxurrada desgasta o solo, carreando-lhe os recursos de fertilidade, deixando atrás de si marcas profundas de erosão. A segunda, que consola, liberta e cura, é como chuva fertilizante que, ao invés de tirar, enriquece o solo em que se derrama. Quem se disponha, pois, a analisar o trabalho mediúnico no Templo Espírita, não pode perdem de vista que, com a mediunidade que socorre e ajuda, ele estará sempre regorgitante de gente em busca de amor, e, com o simples fenômeno, por mais espetacular que seja, extinguindo-se este, ele fenecerá também, porque os curiosos não vivem e não vibram sem as grandes emoções...
A descoberta da imprensa, que permitiu a vulgarização dos conhecimentos através do livro, não dispensou a existência de escolas, que ministram o estudo sistemático; muito pelo contrário, estimulou a sua proliferação. Que ninguém, se engane, pois, que o problema do saber se resolve com a existência do livro, pois se assim fora, há séculos, não teríamos mais escolas no Planeta; nem que a existência da escola dispensa a presença do livro, pois, se assim fora, à medida que surgiram as escolas, os livros teriam desaparecido, o que não é verdade, tendo sucedido exatamente o contrário.
O Espiritismo, como toda religião, está nos livros; o livro, no entanto, ainda aqui, não dispensa a existência de escolas e cursos, de estudo sistemático, que lhes analise o conteúdo dentro de métodos adequados. Por isso, se o Templo Espírita deve erigir-se em escola, ministrando os cursos que forem possíveis, não pode, no entanto, deixar de estimular a divulgação e a distribuição do livro espírita, pois, da mesma forma que nos outros ramos do saber, a presença do livro valorizará a escola e ampliará sua eficiência.
Anuário Espírita 1976
sábado, 29 de dezembro de 2012
O Médium e o Estudo
- O Médium e o Estudo
"Que o médium que não sinta com forças de perseverar no ensino espírita se abstenha, pois, não tornando proveitosa a luz que o esclareceis, será mais culpado e terá de expiar a sita cegueira."
Pascal - "O Livro dos Médiuns ", Allan Kardec, cap. XXXI - Dissertação nº 13
Toda empresa humana responsável exige de seu operário que seja esforçado e atencioso, que estude sempre e aprenda continuadamente para se desenvolver, adquirindo competência e eficiência. Da mesma forma, o Espiritismo isto espera de seus profitentes
A Doutrina Espírita não alimenta ilusões nem fantasias de menor esforço para nenhum adepto, muito menos para aqueles que pertencem ao quadro de trabalhadores efetivos. No trecho em referência, o espírito Pascal em outras palavras quer nos dizer: ao médium que não se interessar pelo conhecimento da Doutrina Espírita, melhor será para ele abster-se da prática medianímica, ou seja, que paralise suas atividades, porque assim estará se isentando de cometer absurdos doutrinários, por permanecerem voluntária cegueira espiritual.
Não se justifica nenhum médium ficar longo período da vida em estado de ignorância doutrinária e estagnação moral, pois necessita alcançar a posição respeitável de bom instrumento psíquico afinado com as notas divinas da Doutrina dos Espíritos, para agir proveitosamente, tirando o máximo de crédito e lucros espirituais.
O médium espírita não poderá contar somente com a luz de seus guias espirituais. Indispensável conquistar sua própria luz interior, porque o guia nem sempre estará de sentinela, protegendo-o e livrando-o das dificuldades e tentações. Como manter o médium a sintonia mental elevada, a inspiração superior e a intuição construtiva, se pouco se interessa pelo estudo sério e aprofundado do Espiritismo, muito especialmente as obras de Allan Kardec? Como amar uma doutrina que muito mal conhece? O espírito Emmanuel no livro "O Consolador", na questão n° 392, afirma, quanto ao dever de todo medianeiro espírita:
"O médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalharem todos os instantes pela sua própria iluminação".
Quem serão esses médiuns? Obviamente, são todos aqueles engajados na casa espírita, principalmente das equipes de desobsessão, trabalho de passes, tratamento e cura espirituais.
Aqueles que se destacam pela sua força mediúnica e faculdades psíquicas avantajadas deveriam, com maior devotamento, se entregar à sagrada obrigação de estudar com mais seriedade e disciplina as obras espíritas, pois estão se posicionando como orientadores da multidão e aglutinadores das atenções para o Espiritismo.
No contato com dirigentes de centros espíritas, conversando sobre grupos mediúnicos, chegamos à conclusão de que diminuta é a percentagem de medianeiros que verdadeiramente gostam de estudar e aprender manuseando, principalmente, as obras básicas do Espiritismo.
Na atualidade, o médium espírita precisa estudar Kardec com método e perseverança, seja em particular - em sua residência - ou em equipe, principalmente na casa espírita, na forma de "Círculo de Estudos", onde encontrará a luminosa oportunidade de dialogar, debater, opinar, ouvir diversas interpretações e dar também o seu entendimento, tudo dentro de um ambiente fraterno e familiar, promovendo luzes de verdade para todos.
Os médiuns que não gostam de estudar a Doutrina estão numa posição muito estranha, porque desejam servir com os espíritos da luz para consolar e esclarecer multidões de criaturas ignorantes, sendo que, por sua vez, permanecem com o cérebro embotado ao discernimento kardequiano. Os médiuns levianos fogem do esclarecimento espírita, alegando:
"Eu gosto mesmo é de trabalhar na mediunidade e ajudar os que mais sofrem, enfim fazer a caridade que Jesus nos ensinou. Não gosto da teoria! É muita falação! Eu prefiro a prática!
O que conheço de Espiritismo, somado à minha experiência, já é o bastante. Não preciso de mais estudo. Estudar muito a Doutrina perturba minha mente e o meu trabalho".
Quanto de presunção e de vaidade encontramos nestas palavras saídas da boca de médiuns orgulhosos!
Devido aos médiuns, em grande maioria, não buscarem a pureza dos ensinos kardecistas, encontramos com facilidade por toda parte, centros espíritas realizando trabalhos mediúnicos os mais absurdos e exóticos, com absoluta ausência de disciplina, discernimento e prudência tão apregoados por Allan Kardec.
Alguém poderá indagar: Por que o bom médium precisa estudar, se ele sempre está com os mentores espirituais? Responderemos: Naturalmente, porque ele não é uma criatura infalível e nem possui privilégios e proteção especial dos Espíritos Superiores. O médium espírita é um aprendiz como qualquer outro companheiro de fé; um aluno necessitado de se iluminar constantemente; um discípulo chamado a conquistar as virtudes cristãs; um canal mediúnico sujeito a receber e aceitar tanto a inspiração de entidades benfazejas como das inteligências perversas e mistificadoras, dependendo sempre da direção e uso que dê à sua força mediúnica.
O estudo sério nunca perturbou ou fez adoecer pessoa alguma. Sendo assim, o médium precisa amar mais a Doutrina Espírita, estudando-a com prazer e disciplina, aplicação e perseverança.
("Mediunidade e Discernimento")
Walter Barcelos
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Trabalho Maior na Casa Espírita:"A evangelização das criaturas constitui a função mais importante dentro do centro espírita..."
Trabalho Maior na Casa Espírita
"Urge, contudo, que os espiritistas, esclarecidos no Evangelho, procurem compreender a feição educativa dos postulados doutrinários, reconhecendo que o trabalho imediato dos tempos modernos é o da iluminação interior do homem, melhorando-se-lhe os valores do coração e da consciência. "
Emmanuel
O Consolador", Francisco Cândido Xavier, questão n. 255, cap. V - "Evolução", Editora FEB
A missão primordial do Espiritismo é a melhoria moral da Humanidade.
A evangelização das criaturas constitui a função mais importante dentro do centro espírita. Com este entendimento, cabe aos trabalhadores espíritas colocarem o Evangelho como instrução básica e fonte de iluminação de si mesmos, visando primeiramente: sua transformação moral, sua renovação íntima, seu aprimoramento do coração, sua educação cristã dos hábitos, seu desenvolvimento dos sentimentos de caridade e fraternidade, antes de se entregarem às tarefas de divulgação junto ao povo.
Todo espírita atuante, mormente os dirigentes, os expositores doutrinários, os explicadores do Evangelho, os evangelizadores da criança, os samaritanos abnegados da caridade nas atividades de assistência e os cooperadores na divulgação doutrinária necessitam refletir, seriamente, quanto à finalidade do Evangelho no mundo.
Inadiável ao espírita educar-se no Evangelho, transformando sua vida para melhores padrões de espiritualidade superior. Reformados em Jesus Cristo, possamos ensinar e iluminar, esclarecer e compreender, trabalhar e servir, objetivando a elevação da moral e do caráter das pessoas que adentram a casa espírita - a grande oficina do Bem na educação das almas.
Cultuemos Kardec e Jesus no santuário da consciência e do coração. Esta tarefa individual de kardequização do raciocínio e cristianização dos sentimentos em nós não é conquista muito fácil, pois demanda muita força de vontade e esforço perseverante para aprender e desenvolver-se nas linhas mestras do Evangelho de Luz Eterna.
Kardec é o mestre maior do pensamento lógico, do conhecimento doutrinário e dos tesouros inestimáveis da fé raciocinada.
Jesus é o mestre por excelência dos corações. Ofertou-nos, em seu Evangelho de tesouros celestes, os fundamentos do amor universal, as normas de boa conduta, as regras para correção de nossos defeitos, os princípios fraternais das boas maneiras, as disciplinas de aprimoramento dos sentimentos e os processos profundos de reeducação da alma, de modo livre e consciente.
Casa espírita é lar cristão dos trabalhadores de boa vontade, cujo Comandante Supremo é Jesus. E escola sublime das almas, é oficina abençoada do Bem Eterno e hospital atencioso aos espíritos atormentados.
Quem chega à casa espírita, pedindo apoio, não é mais um elemento, nem mais um adepto, nem mais um paciente, nem mais um doente, nem mais um cliente, nem mais um contribuinte financeiro, nem mais uma pessoa pobre: é, especialmente e acima de tudo, um irmão que Jesus enviou aos nossos corações, esperando a migalha do amor.
Toda movimentação de amor, verdade e luz na casa espírita, mais cedo ou mais tarde, provocará o despertar do espírito humano, por mais descrente e embrutecido seja, favorecendo suas necessidades de renovação e reforma íntima perante o Evangelho.
"Urge, contudo, que os espiritistas, esclarecidos no Evangelho, procurem compreender a feição educativa dos postulados doutrinários, reconhecendo que o trabalho imediato dos tempos modernos é o da iluminação interior do homem, melhorando-se-lhe os valores do coração e da consciência. "
Emmanuel
O Consolador", Francisco Cândido Xavier, questão n. 255, cap. V - "Evolução", Editora FEB
A missão primordial do Espiritismo é a melhoria moral da Humanidade.
A evangelização das criaturas constitui a função mais importante dentro do centro espírita. Com este entendimento, cabe aos trabalhadores espíritas colocarem o Evangelho como instrução básica e fonte de iluminação de si mesmos, visando primeiramente: sua transformação moral, sua renovação íntima, seu aprimoramento do coração, sua educação cristã dos hábitos, seu desenvolvimento dos sentimentos de caridade e fraternidade, antes de se entregarem às tarefas de divulgação junto ao povo.
Todo espírita atuante, mormente os dirigentes, os expositores doutrinários, os explicadores do Evangelho, os evangelizadores da criança, os samaritanos abnegados da caridade nas atividades de assistência e os cooperadores na divulgação doutrinária necessitam refletir, seriamente, quanto à finalidade do Evangelho no mundo.
Inadiável ao espírita educar-se no Evangelho, transformando sua vida para melhores padrões de espiritualidade superior. Reformados em Jesus Cristo, possamos ensinar e iluminar, esclarecer e compreender, trabalhar e servir, objetivando a elevação da moral e do caráter das pessoas que adentram a casa espírita - a grande oficina do Bem na educação das almas.
Cultuemos Kardec e Jesus no santuário da consciência e do coração. Esta tarefa individual de kardequização do raciocínio e cristianização dos sentimentos em nós não é conquista muito fácil, pois demanda muita força de vontade e esforço perseverante para aprender e desenvolver-se nas linhas mestras do Evangelho de Luz Eterna.
Kardec é o mestre maior do pensamento lógico, do conhecimento doutrinário e dos tesouros inestimáveis da fé raciocinada.
Jesus é o mestre por excelência dos corações. Ofertou-nos, em seu Evangelho de tesouros celestes, os fundamentos do amor universal, as normas de boa conduta, as regras para correção de nossos defeitos, os princípios fraternais das boas maneiras, as disciplinas de aprimoramento dos sentimentos e os processos profundos de reeducação da alma, de modo livre e consciente.
Casa espírita é lar cristão dos trabalhadores de boa vontade, cujo Comandante Supremo é Jesus. E escola sublime das almas, é oficina abençoada do Bem Eterno e hospital atencioso aos espíritos atormentados.
Quem chega à casa espírita, pedindo apoio, não é mais um elemento, nem mais um adepto, nem mais um paciente, nem mais um doente, nem mais um cliente, nem mais um contribuinte financeiro, nem mais uma pessoa pobre: é, especialmente e acima de tudo, um irmão que Jesus enviou aos nossos corações, esperando a migalha do amor.
Toda movimentação de amor, verdade e luz na casa espírita, mais cedo ou mais tarde, provocará o despertar do espírito humano, por mais descrente e embrutecido seja, favorecendo suas necessidades de renovação e reforma íntima perante o Evangelho.
Desunião e Divergência:"Uma comunidade que não admite o diálogo está condenada, por si mesma, a ficar parada no tempo..."
Nem sempre divergência significa desunião. Se é verdade que as divergências ou discordâncias algumas vezes já comprometeram a união entre pessoas e grupos, não se deve dar a este fato a extensão de uma regra geral, pois é apenas um episódio discrepante. Onde há duas pessoas frente a frente sempre há o que ou em que discordar. Seria impossível a existência de um grupo humano, por menor que fosse, sem um pensamento discordante, sem uma opinião contrária a qualquer coisa. Entre dois amigos, como entre dois irmãos muito afins pode haver divergência frontal ou inconciliável em matéria política, religiosa, social etc., sem que haja qualquer “arranhão” na amizade. Discutem, discordam, assumem posições opostas, mas continuam unidos.
Justamente por isso e pelo que observo na vida cotidiana, não creio que seja necessário abafar as divergências ou evitar qualquer discussão, ainda que em termos altos, simplesmente para preservar a união de um grupo ou de uma coletividade inteira. Seria o caso, em última hipótese, de acabar de vez com o diálogo e adotar logo um tipo de vida conventual. O diálogo é uma necessidade, pois é dialogando que trocamos idéias e permutamos opiniões e experiências. Uma comunidade que não admite o diálogo está condenada, por si mesma, a ficar parada no tempo. Cada qual naturalmente deve preparar-se ou educar-se espiritualmente para discutir ou divergir sem prevenções ou ressentimentos. O fato de não concordarmos com a opinião de um companheiro neste ou naquele sentido ou de não adotarmos a linha de pensamento de uma instituição deve ser encarado com naturalidade, mas não deve servir de motivo (jamais!) para que mudemos a maneira de tratar ou viremos as costas a alguém. Seria o caso de perguntar: e onde está o Evangelho, que se prega a todo momento?... Como falar em Evangelho, que é humildade e amor, e fugir a um abraço sincero ou negar um aperto de mão por causa de uma divergência ou de um ponto de vista?
Então, não é a divergência aqui ou ali que porventura “cava o abismo da desunião”, é a incompreensão, o personalismo, o radicalismo do elemento humano em qualquer campo do pensamento. Já ouvi dizer mais de uma vez que os espíritas são desunidos por causa das divergências internas. Sinceramente, não acompanho este ponto de vista. Acho que não há propriamente desunião, mas apenas desencontro de idéias, fora dos pontos cardeais da Doutrina. Somos uma comunidade composta de gente emancipada e, por isso mesmo, o campo está sempre aberto ao estudo e à crítica. Certos observadores gostariam, por exemplo, que o Movimento Espírita fosse um “bloco maciço sem nenhuma nota fora do conjunto. É uma pretensão utópica, pois não há um movimento religioso, político ou lá o que seja sem alguma voz discordante, aqui ou ali.
Tomava-se como referência, até bem pouco tempo, a “unidade monolítica” da Igreja Católica. Unidade relativa, diga-se de passagem. E o que se vê hoje? O fracionamento cada vez mais acentuado. Os grupos conservadores, porque se batem pela manutenção da Igreja tradicional, estão enfrentado os grupos renovadores, partidários de modificações estruturais; grupos que querem a Igreja fora da política estão em conflito com os grupos que querem justamente uma Igreja participante no campo político. Há, portanto, demanda de alto a baixo, com programas de reforma na teologia, como na administração e na disciplina eclesiástica. Logo, a Igreja não oferece hoje a unidade doutrinária que nos apontam às vezes, como modelo. E o Protestantismo, que é outro grande movimento religioso, não se divide em denominações e seitas, com características diferentes entre si? Batistas, presbiterianos, adventistas, congregacionistas etc. Não desejo criticar procedimentos religiosos, pois todos os cultos são respeitáveis, mas estou anotando fatos.
Voltemo-nos para mais longe, fora da faixa ocidental, e lá está o Budismo, também um movimento expressivo. Não cabe, aqui, discutir se o Budismo é ou não religião. Seja como for, ocupa um espaço considerável, mas também se ramificou. Existe, hoje, pelo menos mais de uma escola budista. O Positivismo, que viera da França, teve muita força no Brasil, mas não se manteve íntegro, pois o grande bloco se desmembrou entre científicos e religiosos no século passado. Sobrevive, hoje, uma religião sem Deus, sem cogitação acerca da vida futura, mas um culto ritualizado, com sacerdócio.
Muitos discípulos de Augusto Comte não queriam, de forma alguma, que o Positivismo se transformasse em religião e, por isso, eram chamados de científicos, ao passo que muitos outros absorveram logo o Positivismo como Religião da Humanidade. E realmente implantaram um culto religioso no Apostolado Positivista. Logo, também o Positivismo não conseguiu sustentar um padrão uniforme.
O fenômeno que se observa no meio espírita é muito diferente.
Sempre houve divergências, mas não se quebrou a unidade doutrinária, que é fundamental. O Espiritismo continua a ser um só, inconfundível, não se dividiu em diversos espiritismos. Há, entre nós, opiniões discordantes em determinados aspectos, porém, os princípios são os mesmos, não se alteraram. Não formamos seitas nem correntes à parte, apesar das divergências. Então, não há motivo para que estejamos vendo desunião onde há simplesmente desacordo de idéias.
Deolindo Amorim.
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Trabalho
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Não foi no Centro Espírita!
ORSON PETER
CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br Matão, São Paulo (Brasil) |
|
A finalidade
essencial do
Espiritismo é a
melhoria das
criaturas
Se você indagar de qualquer pessoa que exerça a função de caixa num supermercado, farmácia, padaria etc. sobre onde aprendeu o procedimento de registrar a compra do cliente e sua quitação com dinheiro vivo, cartão de crédito ou cheque, cada modalidade com suas características próprias de encaminhamento e processamento, ela não dirá que foi na escola, mas sim na própria rotina de trabalho, através de alguém que lhe repassou o conhecimento.
O mesmo exemplo
pode ser
ampliado para
outras práticas
profissionais,
onde o
aprendizado
ocorre na
própria prática
da atividade.
E o mesmo
raciocínio
também ocorre na
prática espírita
das
instituições.
Sempre houve
alguém que
repassou o
conhecimento,
orientou e
encaminhou, com
sua experiência,
alguém que
inicia e começa
a trabalhar na
seara espírita.
Essa transmissão
de conhecimento,
todavia, está
sujeita aos
condicionamentos,
vícios e pontos
de vista
alcançados na
compreensão dos
postulados do
Espiritismo.
Assim como a
Escola deveria
possuir
estrutura para
transmitir a
experiência da
preparação
profissional, ao
invés de se
deterem apenas
na transmissão
do conhecimento
(nem sempre
devidamente
assimilado), as
instituições
espíritas
possuem
objetivos
definidos e
claros de serem
os construtores
e geradores do
conhecimento,
mas nem sempre
esta é a
realidade que se
apresenta.
Muitas vezes,
limita-se à
transmissão de
informações com
base em pontos
de vista
pessoais, sempre
sujeitos aos
equívocos de
entendimento,
vícios e
condicionamentos
a que todos,
alunos em
aprendizado que
somos, estamos
sujeitos.
Por esta razão
surgem as
deturpações e
práticas
incoerentes,
frutos diretos
da inexata
compreensão do
Espiritismo, de
seus fundamentos
e objetivos,
misturando-se
misticismos,
hábitos
estranhos à
Doutrina,
disputas,
vaidades e seus
consequentes
desdobramentos.
Embora pareça
paradoxal,
referidas crises
existentes nas
instituições são
naturais e
benéficas,
porque elas
proporcionam
crescimento e
aprendizado,
levando à busca
dos verdadeiros
parâmetros. Mas
é fato real que
muitas
afirmações e
práticas não
foram
transmitidas no
centro espírita,
embora sua
tribuna e
estrutura,
possivelmente,
tenham sido
utilizadas.
Foram
transmitidas na
ausência do
conhecimento,
através de
nossos equívocos
de entendimento.
A construção do
conhecimento
solicita
debates,
questionamentos,
troca de
informações,
análise
ponderada de
conceitos,
dispensa de
preconceitos,
entendimento
correto de
palavras,
parágrafos,
gramática e,
mesmo, é óbvio,
a exata
compreensão do
Espiritismo e
seus
fundamentos.
Referidos
conhecimentos,
para serem
adquiridos e
assimilados, e,
portanto,
construídos
interiormente,
requerem firmeza
e perseverança
dos grupos e
seus
integrantes,
pois a mera
transmissão de
informações
assemelha-se a
alguém que
abrisse o
próprio cérebro
e colocasse sua
massa cerebral
para
distribuir...
Vejamos,
todavia, com
bons olhos, esse
conflito e
aparente
disparate na
diversidade de
entendimento e
práticas. Isso é
salutar.
Faz-nos pensar,
convida à
reflexão e
oferece a
multiplicidade
das experiências
para que,
igualmente, elas
sejam
analisadas.
Mas há que se
ater ao momento
aflitivo com que
se depara a
Humanidade. O
instante
presente
solicita
“menos
competição e
mais cooperação.
Esta deve ser a
preocupação de
todos os
espíritas
sinceros, a fim
de transferir a
Doutrina para as
futuras
gerações,
conforme a
receberam do
Codificador e
dos seus
iluminados
trabalhadores
das primeiras
horas”, como
acentua o
Espírito Vianna
de Carvalho e
outros
Espíritos-espíritas,
na oportuna
mensagem
“Campeonato da
Insensatez”,
publicada pela
revista
“Reformador”,
páginas 8 a 10
da edição de
Outubro de 2006,
na psicografia
de Divaldo
Franco.
É que, acentua o
Espírito: “Estais
comprometidos,
desde antes da
reencarnação,
com o
Espiritismo que
agora conheceis
e vos fascina a
mente e o
coração. Tende
cuidado! Evitai
conspurcá-la com
atitudes
antagônicas aos
seus
ensinamentos e
imposições não
compatíveis com
o seu corpo
doutrinário.
Retornar às
bases e vivê-las
qual o fizeram
Allan Kardec e
todos aqueles
que o seguiram
desde o primeiro
momento é dever
de todo espírita
que travou
contato com a
Terceira
Revelação
judaico-cristã,
porque o tempo
urge e a hora é
esta, sem lugar
para o
campeonato da
insensatez”.
“Pois
(e vale muito
transcrever mais
este parágrafo)
– continua o
Espírito –,
não se dispõe de
tempo (...) para
a assistência
aos sofredores e
necessitados que
aportam às casas
espíritas,
relegados a
segundo plano,
nem para a
convivência com
os pobres e
desconhecedores
da Doutrina, que
são encaminhados
a cursos, quando
necessitam de
uma palavra de
conforto moral
urgente... Os
corações
enregelam-se e a
fraternidade
desaparece”.
Não é, pois, no
Centro que
surgem tais
dificuldades. É
dentro de nós
mesmos,
Espíritos-espíritas,
encarnados mesmo
(embora
integrantes das
instituições),
necessitados
todos da
autêntica
compreensão dos
autênticos
objetivos do
Espiritismo, que
não são outros
senão os
indicados no
item 292 de O
Livro dos
Médiuns:
“Não esqueçais
que o fim
essencial,
exclusivo, do
Espiritismo é a
vossa
melhora...”.
Tratemos, pois,
com a máxima
urgência, de nos
adequarmos ao
Espiritismo e
não tentarmos
adequar o
Espiritismo ao
nosso estreito,
limitado e
imperfeito ponto
de vista
pessoal, nem
sempre coerente
com o autêntico
conhecimento à
nossa
disposição.
Revista Eletrônica O Consolador
Revista Eletrônica O Consolador
domingo, 9 de dezembro de 2012
4 PERFIL DO ATENDENTE FRATERNO-" Atendimento Fraterno Parte 5"
Equipe do Projeto
Uma descoberta importante feita por profissionais da Psicologia foi que a
eficácia da ajuda possível de ser prestada a alguém por um terapeuta não
depende tanto da escola psicológica a que o mesmo está vinculado mas,
sobretudo, a valores subjetivos relacionados com o seu comportamento —
diríamos, seu carisma, o amor que irradia — que o torna uma pessoa dotada
de qualidades inter-pessoais relevantes e qualidades intímas (força interior)
que o credenciam para o trabalho.
Em sendo uma pessoa tolerante (sem ser conivente), expressará um
respeito e uma aceitação incondicionais em relação ao ajudado, separando
sempre o ser, o Espírito, da problemática que o inquieta, que deverá ser vista
como um jugo, um acessório incômodo que a personalidade assumiu e,
portanto, temporário, que nada tem a ver com aquele ser de humanas paixões,
mas de essência divina, que lhe cabe amar com todas as veras de seu sentimento.
De posse dessa compreensão terá facilidade em ser autêntico (sem ser
grosseiro), pois no espaço do Atendimento Fraterno não há campo para
dissimulação da parte de quem atende, que deverá expressar sentimentos com
sinceridade e interesse real de ajudar. Quando dizemos sinceridade, não
estamos aconselhando que a pretexto de ser real, se deixe de guardar as
conveniências e o bom tom.
O atendente fraterno será sempre uma pessoa comedida e discreta,
dosando aquela informação cujo teor integral o ajudado não teria ainda
condições de suportar. Somente assim ele inspirará confiança e perceberá
adequadamente os sentimentos e emoções do outro a quem ajuda, recebendo
a inspiração dos bons Espíritos e transformando aquela vivência confusa e
deformada da pessoa a quem atende em algo compreensível e passível de
renovação.
É um dos objetivos do Atendimento Fraterno levar o atendido a essa
compreensão de si mesmo (ainda que em níveis superficiais, no início) para
que ele atendido — seja capaz de flexibilizar suas crenças pouco racionais e
lógicas e alterar os seus valores, a forma de ver a vida e a própria situação,
tornando-se mais otimista, para, a partir daí, fazer uma programação de vida,
traçar um roteiro evolutivo que envolva a superação das dificuldades na
ocasião apresentadas.
Não cabe ao atendente fraterno passar receitas prontas, encaminhar
soluções que saiam exclusivamente de sua cabeça. É preciso a adesão, a “cumplicidade”
do atendido, que deverá
estar disposto a assumir a rédea da própria vida. Bom mesmo será quando o
ajudado tomar a orientação que recebe (discretamente) como uma descoberta
sua, porque, nesse caso, ele se aplicará com mais energia ao esforço pela
superação de obstáculos. Voltaremos a esse assunto mais adiante, no capítulo
seguinte.
É da responsabilidade da Direção da Casa estabelecer o perfil ideal do
atendente fraterno, que será passado ao Coordenador do serviço que, por sua
vez, se incumbirá de organizar um processo seletivo capaz de identificar esses
valores humanos e incorporá-los ao trabalho.
Digamos que um perfil apropriado englobaria duas ordens de requisitos: os
humanos básicos e os de natureza doutrinária.
Entre os primeiros alinham-se as seguintes qualidades: saber ajudar-se, ou
seja, a pessoa já ter uma equação de vida bem delineada; interesse fraternal
por outras pessoas, que sintetizaremos com a expressão: gostar de gente; bom
repertório de conhecimentos, não apenas do ponto de vista informativo mas
também vivencial; hábito de oração e de estudo — oração para mantê-lo na
sintonia com os bons Espíritos, e estudo para mantê-lo atualizado e em
condição de compreender as pessoas; ser pessoa moralizada, ou seja, estar
conscientemente vivendo mais em função da essência — o Espírito — que da
aparência — a vida transitória do corpo e dos prazeres —; eqüanimidade,
ponderação, equilíbrio emocional, paciência e segurança, que constituem um
leque de conquistas emocionais e psíquicas que o capacitam a lidar
com situações desafiadoras.
Entre os requisitos doutrinários ou relacionados com a vivência espírita
incluiríamos: integração nas atividades do Centro e conhecimento da sua
estrutura de funcionamento; familiaridade com o Evangelho de Jesus;
conhecimento da Doutrina Espírita — obras básicas da Codificação e obras
complementares sobre mediunidade e obsessão/desobsessão, especialmente
as de André Luiz e de Manoel Philomeno de Miranda; obras sobre educação e
comportamento humano — e, por fim, competência para aplicar passes.
No primeiro grupo de requisitos, os referentes às qualidades humanas,
inúmeras outras além das apresentadas poderiam ser aventadas. Em verdade,
toda e qualquer qualidade humana soma para a eficiência do atendimento. A
nossa intenção não é, nem poderia ser, esgotálas, mas levantar o rol das
principais, segundo nossa óptica.
Algumas qualidades e requisitos não foram inclui-dos por estarem
relacionados com o próprio crescimento do atendente na tarefa e que se
adquirem com a prática. Entre estes está a empatia que é o sentir dentro, ou
seja profundamente, a sensibilidade para intuir ou perceber a experiência do
outro. Este tema será objeto de um estudo mais detalhado no capítulo 7.
O Atendimento Fraterno, conquanto seja uma atividade que requer dos
atendentes a posse de habilidades interpessoais, na dinâmica da Casa Espírita
assume um caráter eminentemente inspirativo, em que atendentes e atendidos
são auxiliados pelos bons Espíritos que se vinculam
à tarefa, os primeiros, recebendo intuições quanto à natureza dos problemas
enfocados e as sugestões a serem fornecidas para a solução dos mesmos e os
segundos, recebendo o apoio emocional indispensável, a fim de que tenham
confiança para se desvelarem.
Livro: Atendimento Fraterno ( Divaldo) - Projeto Manoel Philomeno de Miranda
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quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Espíritos a Distância
O médium há que ter muita firmeza no cumprimento do dever.
Os companheiros que participam de uma reunião mediúnica necessitam estar integrados, unidos na mesma comunhão de pensamentos.
Os espíritos que aqui vieram, por mais rebelados se mostrem, são todos espíritos enfermos, enfermos e necessitados de auxílio espiritual...
Por mais ergam a voz em desespero, por mais chorem em rebeldia e por mais blasfemem, são espíritos doentes, por assim dizer, indigente da Vida Espiritual que aqui são trazidos em busca de lenitivo; no entanto, além dos limites materiais e espirituais do templo que nos recebe, permanecem aquelas entidades mais ou menos conscientes quanto à sua situação de revolta diante das Leis Divinas...
Essas entidades, a distância, dardejam vibrações contra o grupo no intuito de atrapalhar o bom andamento de suas atividades. Esses nossos irmãos, ainda mais infelizes do que aqueles que aqui se encontram, enviam constantes emissões mentais negativas com o propósito de envolver o médium que se dispõe ao serviço de intercâmbio; é como se, lá fora, ao longe, alguém estivesse, caprichosamente, nos arremessando pedras contra o telhado...
Neste sentido é que tomamos a liberdade de chamar-lhes a atenção, porquanto, em contato com as entidades que aqui foram trazidas ou que aqui vieram espontaneamente, muitos talvez se admirem da condição espiritual desses irmãos desenfaixados do corpo físico, mas, se aqui vieram, é porque se encontram em condições melhores do que aqueles que não puderam vir, e tramam, a distância, nas dimensões espirituais em que erram, o comprometimento da tarefa em que todos nos encontramos empenhados. Daí ser imperioso que o médium tenha firmeza e não se intimide, não tenha receio do contato com essas entidades infelizes que lhe batem as portas do psiquismo, mas que se acautele contra esses outros nossos irmãos que aqui não vêm e que permanecem, à espreita, tramando, ao longe, a ruína do grupo.
Odilon Fernandes
Carlos A. Baccelli
Mediunidade Corpo e Alma
Os companheiros que participam de uma reunião mediúnica necessitam estar integrados, unidos na mesma comunhão de pensamentos.
Os espíritos que aqui vieram, por mais rebelados se mostrem, são todos espíritos enfermos, enfermos e necessitados de auxílio espiritual...
Por mais ergam a voz em desespero, por mais chorem em rebeldia e por mais blasfemem, são espíritos doentes, por assim dizer, indigente da Vida Espiritual que aqui são trazidos em busca de lenitivo; no entanto, além dos limites materiais e espirituais do templo que nos recebe, permanecem aquelas entidades mais ou menos conscientes quanto à sua situação de revolta diante das Leis Divinas...
Essas entidades, a distância, dardejam vibrações contra o grupo no intuito de atrapalhar o bom andamento de suas atividades. Esses nossos irmãos, ainda mais infelizes do que aqueles que aqui se encontram, enviam constantes emissões mentais negativas com o propósito de envolver o médium que se dispõe ao serviço de intercâmbio; é como se, lá fora, ao longe, alguém estivesse, caprichosamente, nos arremessando pedras contra o telhado...
Neste sentido é que tomamos a liberdade de chamar-lhes a atenção, porquanto, em contato com as entidades que aqui foram trazidas ou que aqui vieram espontaneamente, muitos talvez se admirem da condição espiritual desses irmãos desenfaixados do corpo físico, mas, se aqui vieram, é porque se encontram em condições melhores do que aqueles que não puderam vir, e tramam, a distância, nas dimensões espirituais em que erram, o comprometimento da tarefa em que todos nos encontramos empenhados. Daí ser imperioso que o médium tenha firmeza e não se intimide, não tenha receio do contato com essas entidades infelizes que lhe batem as portas do psiquismo, mas que se acautele contra esses outros nossos irmãos que aqui não vêm e que permanecem, à espreita, tramando, ao longe, a ruína do grupo.
Odilon Fernandes
Carlos A. Baccelli
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Centros Mal – Orientados
Infelizmente, algumas casas espíritas prestam um desserviço à Doutrina
dão-nos a impressão de que foram construídas apenas para atender a
vaidade dos médiuns que as edificaram.
Não somos contrários aos diretores reconhecidamente bem intencionados e idealistas que permanecem por longo tempo nos cargos que ocupam. A causa espírita necessita dos que não abram mão de seus deveres para com ela. Excesso de liberalidade doutrinária é tão prejudicial à casa espírita quanto aos regimes ditatoriais impostos por alguns diretores, que anseiam por se perpetuar nos postos de direção.
Por vezes, a renovação da diretoria é de vital importância para que a casa espírita se renove em suas atividades, com a descentralização do poder. No entanto precisamos reconhecer que, por outro lado, muitos novos diretores costumam ser um desastre, pois, consentindo que o cargo lhes suba à cabeça, tomam atitudes arbitrárias e passam a ser elementos desagregadores.
Não se admite em um núcleo espírita, a luta pelo poder. Jesus nos advertiu quanto aos perigos de uma casa dividida, afirmando que ela não seria capaz de se manter de pé.
Nos centros espíritas de boa formação doutrinária, prevalece o espírito de equipe; ninguém trabalha com o desejo de aparecer, de reter as chaves da instituição no bolso, de modo que certas portas não sejam abertas sem a sua presença... Não se tecem comentários desairosos sobre os companheiros, como se, o que se pretendesse, fosse desestabilizá-los nas tarefas que permanecem sob a sua responsabilidade.
Os dirigentes de uma instituição espírita necessitam ter pulso firme, transparência nas decisões, fraternidade no trato para com todos, submetendo-se sempre à orientação da Doutrina. Pontos de vista estritamente pessoais não devem ter espaços no Movimento.
Centros espíritas mal orientados passam para a comunidade uma imagem deturpada do Espiritismo. A divulgação da Doutrina começa pela fachada de uma casa espírita. Até o seu ambiente físico carece ser acolhedor, iluminado. Construções suntuosas muitas vezes espiritualmente estão vazias. Os centros espíritas devem ter a preocupação de ser a continuidade da Casa dos Apóstolos, em Jerusalém amparo aos desvalidos e luz para os que vagueiam nas sombras, sempre, em nome do Senhor, de portas descerradas à necessidade de quem quer que seja.
Num templo espírita é indispensável à divisão de tarefas; muitos núcleos permanecem de portas fechadas na maioria dos dias da semana, porque os seus dirigentes não sabem promover os companheiros... O ciúme e o apego injustificável de muitos dirigentes acabam por deixar ocioso o espaço de uma casa espírita, quase a semana inteira. Não vale a justificativa de que os seareiros sejam poucos... Cuide-se das atividades doutrinárias de base a evangelização e a mocidade e não se terá o problema de escassez de braços para o trabalho doutrinário.
Nos centros mal orientados, nos quais o campo de serviço é restrito, os Espíritos Superiores não têm muito que fazer. Quanto mais numerosas, diversificadas e sérias as atividades de uma casa espírita, maior a tutela da Espiritualidade e maior a equipe dos desencarnados que com ela se dispõem a colaborar.
Os dirigentes, médiuns responderão pela sua omissão e arbitrariedade à frente de um núcleo espírita.
Livro: Conversando com os Médiuns.
Espírito: Odilon Fernandes.
Médium: Carlos A. Baccelli.
Não somos contrários aos diretores reconhecidamente bem intencionados e idealistas que permanecem por longo tempo nos cargos que ocupam. A causa espírita necessita dos que não abram mão de seus deveres para com ela. Excesso de liberalidade doutrinária é tão prejudicial à casa espírita quanto aos regimes ditatoriais impostos por alguns diretores, que anseiam por se perpetuar nos postos de direção.
Por vezes, a renovação da diretoria é de vital importância para que a casa espírita se renove em suas atividades, com a descentralização do poder. No entanto precisamos reconhecer que, por outro lado, muitos novos diretores costumam ser um desastre, pois, consentindo que o cargo lhes suba à cabeça, tomam atitudes arbitrárias e passam a ser elementos desagregadores.
Não se admite em um núcleo espírita, a luta pelo poder. Jesus nos advertiu quanto aos perigos de uma casa dividida, afirmando que ela não seria capaz de se manter de pé.
Nos centros espíritas de boa formação doutrinária, prevalece o espírito de equipe; ninguém trabalha com o desejo de aparecer, de reter as chaves da instituição no bolso, de modo que certas portas não sejam abertas sem a sua presença... Não se tecem comentários desairosos sobre os companheiros, como se, o que se pretendesse, fosse desestabilizá-los nas tarefas que permanecem sob a sua responsabilidade.
Os dirigentes de uma instituição espírita necessitam ter pulso firme, transparência nas decisões, fraternidade no trato para com todos, submetendo-se sempre à orientação da Doutrina. Pontos de vista estritamente pessoais não devem ter espaços no Movimento.
Centros espíritas mal orientados passam para a comunidade uma imagem deturpada do Espiritismo. A divulgação da Doutrina começa pela fachada de uma casa espírita. Até o seu ambiente físico carece ser acolhedor, iluminado. Construções suntuosas muitas vezes espiritualmente estão vazias. Os centros espíritas devem ter a preocupação de ser a continuidade da Casa dos Apóstolos, em Jerusalém amparo aos desvalidos e luz para os que vagueiam nas sombras, sempre, em nome do Senhor, de portas descerradas à necessidade de quem quer que seja.
Num templo espírita é indispensável à divisão de tarefas; muitos núcleos permanecem de portas fechadas na maioria dos dias da semana, porque os seus dirigentes não sabem promover os companheiros... O ciúme e o apego injustificável de muitos dirigentes acabam por deixar ocioso o espaço de uma casa espírita, quase a semana inteira. Não vale a justificativa de que os seareiros sejam poucos... Cuide-se das atividades doutrinárias de base a evangelização e a mocidade e não se terá o problema de escassez de braços para o trabalho doutrinário.
Nos centros mal orientados, nos quais o campo de serviço é restrito, os Espíritos Superiores não têm muito que fazer. Quanto mais numerosas, diversificadas e sérias as atividades de uma casa espírita, maior a tutela da Espiritualidade e maior a equipe dos desencarnados que com ela se dispõem a colaborar.
Os dirigentes, médiuns responderão pela sua omissão e arbitrariedade à frente de um núcleo espírita.
Livro: Conversando com os Médiuns.
Espírito: Odilon Fernandes.
Médium: Carlos A. Baccelli.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
VIOLÊNCIA NO LAR - Entrevista de Raul Teixeira - Sobre a família
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