QUESTÃO 181 - O LIVRO DOS
ESPÍRITOS
Parte Segunda
Do mundo espírita ou mundo
dos Espíritos
CAPÍTULO IV
DA PLURALIDADE DAS
EXISTÊNCIAS
Encarnação nos
diferentes mundos
181. Os seres que habitam
os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos?
“É fora de dúvida que têm
corpos, porque o Espírito precisa estar revestido de matéria para atuar sobre a
matéria. Esse envoltório, porém, é mais ou menos material, conforme o grau de
pureza a que chegaram os Espíritos. É isso o que assinala a diferença entre os
mundos que temos de percorrer, porquanto muitas moradas há na casa de nosso
Pai, sendo, conseguintemente, de muitos graus essas moradas. Alguns o sabem e
desse fato têm consciência na Terra; com outros, no entanto, o mesmo não se
dá.”
FILOSOFIA ESPÍRITA -
VOLUME IV
Questão
181 comentada
CAPÍTULO 28
0181/LE
SEMELHANÇA DE CORPOS
Sabemos que existem muitas
moradas na casa do Pai. São inúmeros os mundos que servem de moradia para
humanidades sem conta. Outros, no entanto, não são habitados, porém, cada um
tem sua função específica. Como na Terra, nem todas as casas são residências de
criaturas humanas, mas, são úteis à mesma sociedade.
Deus, sendo todo inteligência,
não iria fazer mundos somente por querer fazer, sem utilidade na função divina.
Aqueles mundos habitados por Espíritos que usam corpos físicos, se encontram em
várias escalas evolutivas, e os corpos nos mundos nem sempre são iguais na
estrutura material. As diferenciações são inúmeras, contudo, carregam alguma
semelhança uns com os outros. A cada mundo, a sua própria necessidade. E o
Espírito é o mesmo que atua em todos eles; as diferenças das almas são no
aspecto evolutivo.
Em cada mundo por que passa, o
Espírito recolhe dele experiências necessárias para a sua jornada infinita no
paraíso universal de Deus. Quando chegamos em uma nova morada, temos de nos
adaptar a ela e por vezes, gastamos tempo nessa afinidade de ambiente e de
corpos que devemos alcançar; da mesma forma, isso faz parte do aprendizado da
alma em todos os rumos da criação de Deus.
O Senhor nos criou simples e
ignorantes, como nos diz “O Livro dos Espíritos”; não imperfeitos, mas, com
todas as qualidades a serem despertadas. Carregamos em germe todos os dons
inerentes à vida da alma. Com o passar dos tempos, com o passar nos mundos, que
podemos dizer sem conta, gradativamente vamos despertando essas qualidades de
luz e vivendo nelas a nossa glória. Eis porque Deus, que é nosso Pai de bondade
e de amor, não esqueceu de nos dotar das qualidades que dispôs como nosso
atributo na eternidade do tempo.
Os Espíritos vão ascendendo na
escala do progresso, de maneira que podem reencarnar em mundos quase fluídicos,
compatíveis com os seus adiantamentos. São mundos onde reina a felicidade, onde
o paraíso é uma realidade. São os Espíritos bem-aventurados, os puros Espíritos
cujas vidas, nesse ambiente de luz, escapam até à intuição humana. Somente o
tempo nos dará a perceber o que pode ser a vida de Espíritos angélicos. O que
deve interessar, em todos os trabalhos entregues aos homens, por enquanto, é o
aprimoramento espiritual que se manifesta em muitos sentidos, sendo que são
demorados nesses empenhos, por ser a alma um mundo cujos poderes ela mesma
ignora, desconhecendo como pode viver feliz.
Apelemos para o tempo,
poderosa força de Deus que não podemos esquecer de aproveitar. Ele nos amolda
na seqüência da vida; ele nos espera do modo a compreendermos os objetivos da
nossa existência; ele é a mão de Deus nos guiando e devemos compreender o seu chamado.
Esse mesmo tempo trouxe, por misericórdia Divina, Jesus Cristo à Terra, como
sendo a grande esperança para toda a humanidade, dizendo aos cansados e
oprimidos: Na casa de meu Pai há muitas moradas.
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