Antonio Cesar Perri de Carvalho
30/07/2013 10h25 - Atualizado em 30/07/2013 10h25
Novos ares para a juventude
No
âmbito da Seara Espírita há algum tempo estamos sentido prenúncios de
novos ares para a juventude. Em eventos de Comissões Regionais do CFN da
FEB e visitas temos ouvido postulações oportunas e até uma consulta foi
realizada durante as quatro reuniões das Comissões Regionais do CFN no
ano de 2011. Neste ínterim concretizou-se a CONBRAJE, proposta do
Departamento de Infância e Juventude da Federação Espírita do Estado de
Goiás, e que conquistou a chancela do CFN da FEB1.
A
CONBRAJE – Confraternização Brasileira de Juventudes Espíritas –
Comissão Regional Centro, efetivada em Goiânia, foi um impacto
extremamente positivo e com repercussões imediatas. Já há propostas e
articulações para que o evento aconteça nas Regiões Sul e Nordeste.
No
evento, sentimos o calor, a espontaneidade e a criatividade do
movimento jovem anterior aos anos 1970. Registramos o fato na nossa
palestra “Protagonismo Juvenil e Movimento Espírita”, proferida no
CONBRAJE, no dia 1º./6/2013.
Poucos
dias depois, identificamos vários jovens da FEDF e da FEB na Marcha
Nacional Em Defesa da Vida – Brasil sem Aborto, realizada na Esplanada
dos Ministérios, em Brasília. Dialoguei com eles, enaltecendo a
participação deles, e, entusiasmados, disseram-me: “É efeito CONBRAJE!”.
Na sequência, na nova forma de comunicação dos jovens, no “Facebook”2 surgiram
as páginas: Conbraje, Juventude FEB e Sou jovem. Esta última com imensa
participação. No âmbito interno da FEB concretizou-se uma experiência
pioneira e inédita: os jovens tiveram uma animada programação
lítero/musical e cinematográfica, incluindo pernoite na sede, num clima
de confraternização e de alegria.
O
conjunto dos fatos recentíssimos nos estimulam a muitas reflexões, para
que caminhem os processos de reflexão e reestudo sobre a análise da
atuação da juventude no Movimento Espírita. Em livro há pouco editado
pela FEB, o idealista Mário da Costa Barbosa já destacava que, muitas
vezes, as propostas e programas estiveram “mais calcado em visão de
evangelização pela instrução do que pela vivência” e destaca que é
importante a “perspectiva de que evangelizar é viver a Boa Nova”3. Por isso sempre trabalhou pela proposta do Espaço de convivência e criatividade e educação pelo trabalho 4.
O
jovem precisa ser compreendido como espírito reencarnado, e que sua
precoce e efetiva inserção no Movimento Espírita é importante para sua
trajetória espiritual. Isto significa real integração do jovem nas
atividades dos centros espíritas, e, dentro do respeito à diversidade e à
individualidade, das características e do potencial de cada um, o
protagonismo juvenil tem muito a contribuir com os centros e o Movimento
Espírita. Haja vista a atuação de jovens em ambientes universitários e
profissionais do mundo moderno, entre outros, a predominância de jovens
nas atuações na informática, mídia e no mercado financeiro.
A
compreensão das condições da vida em sociedade de nossos dias é
indispensável para entendimento do jovem e sua integração no Movimento
Espírita. O jovem não deve ser visto com o chavão “do futuro”. O jovem
deve ser entendido e valorizado como “o agora”, nas lides espíritas e na
sua formação como cidadão. “O
Espiritismo – como “obra de educação”- se assenta na moral do Cristo, e
esta se fundamenta no respeito à vida e ao próximo, na ética e na
moral” que é necessária “para compreendermos e buscarmos as novas
aspirações para uma Humanidade melhor”.5
Referências:
-
Confraternização Brasileira de Juventudes Espíritas – Conbraje. Reformador. Julho de 2013, p. 264; Link no Portal da FEB: http://www.febnet.org.br/blog/geral/movimento-espirita/conselho-federativo-nacional-movimento-espirita/confraternizacao-de-jovens-do-centro-do-pais-2/
-
Links do Facebook: Conbraje (https://www.facebook.com/groups/conbraje/), Juventude FEB (https://www.facebook.com/groups/juventudefeb/) e Sou jovem (https://www.facebook.com/groups/158743187647281/).
-
Sarmento, Helder, B.M.; Pontes, Reinaldo N.; Parolin, Sonia R.H. (Organiz.) Conviver para amar e servir. Baseado em Mário da Costa Barbosa. 1.ed. Brasília: FEB, 2013. p.25.
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