Nos
ensinamentos de Jesus em M t 7: 1-5 em que adverte quanto ao hábito de
julgar o próximo, deu-nos o seguinte exemplo:
-
"Por que vês tu, pois, argueiro no olho do teu irmão, e não
vês a trave no teu olho?
Ou
como dizes a teu irmão: deixa-me tirar-te do teu olho um argueiro, quando
tu tens no teu uma trave?
Hipócrita,
tira primeiro a trave do teu olho, e então verás claramente para
tirar o argueiro do olho do teu irmão".
É
hábito bastante generalizado notarmos os defeitos dos nossos semelhantes,
sem atinarmos com os nossos próprios erros e falhas.
No
dizer de Jesus, é muito comum vermos um cisco no olho do nosso irmão
e não sentirmos a trave que está em nosso próprio olho.
No
tocante a esse trecho, o Mestre nos recomendou que procuremos remover os empecilhos
que estão em nossos próprios olhos e, então, com o olho
agora bom poderemos ver as qualidades boas que adornam os nossos irmãos.
O
orgulho e a inveja têm sido a fonte geratriz de muitos males dessa natureza.
Muitas
pessoas, não podendo conformar-se com as qualidades nobres que notam
nos outros, ou que se salientam neles, em vez de procurarem ver nessas pessoas
um paradigma, envidando esforços para igualá-las, preferem denegri-las
apontando falhas irrisórias, quando na realidade possuem outras maiores
em profusão.
Os
acusadores de Israel que perseguiram a mulher adúltera a fim de apedrejá-la,
viram a falha que ela havia cometido, mas nenhum deles se preocupou em ver antes
a montanha de iniqüidades e defeitos que portavam no coração.
Eles
viram o cisco no olho da mulher, mas não notaram as traves que tinham
nos olhos.
Somente após ter Jesus proferido o sentencioso: "quem não
tiver pecados, atire a primeira pedra", eles puderam sentir a extensão
dos defeitos que eles próprios possuíam, resolvendo então
abandonar a idéia de apedrejar a pobre mulher.
Paulo
Alves Godoy
Os quatro Sermões de Jesus
Os quatro Sermões de Jesus
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