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sábado, 29 de dezembro de 2012

MUITO MAIS QUE PROFETA


“Convém que ele cresça e que eu diminua.”
(João, 3:30)
Foi João Batista um dos mais destacados médiuns do passado. Sua atuação foi das mais marcantes, principalmente pela circunstância de ter sido o precursor do
advento de Jesus Cristo.
O Mestre corroborou esta assertiva quando disso: “entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João” (Lucas, 7: 28), deixando transparecer a importância da vinda do Batista à Terra e o caráter singular da sua missão.
O filho de Zacarias, a exemplo de Jesus, era manso e tolerante para com os humildes e os desajustados, e enérgico e incisivo para com os orgulhosos e hipócritas.
Os escribas e fariseus eram, no dizer do Cristo, “os cegos que não queriam ver e os surdos que não queriam ouvir”. Palavras de brandura certamente não lhes tocavam os corações, Estas tinham que ser fortes, severas e veementes.
Exclamou João, quando alguns escribas e fariseus foram atraídos às margens do Rio Jordão, buscando as vantagens espirituais que ele oferecia: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira porvindoura? Produzi, pois, frutos dignos do arrependimento, e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão: porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
Os escribas e fariseus procuravam João mais por temor da influência espiritual que o Batista pudesse exercer do que propriamente porque estivessem contagiados pelas verdades por ele apregoadas.
A prisão de João foi também motivada pelo seu extremado zelo em salvaguardar os bons princípios de moral. Verberando publicamente o procedimento do rei Herodes, o seu arrojo lhe valeu a prisão e conseqüentemente a degolação. Em todos os tempos, todos os grandes missionários que ousaram atacar frontalmente a mentira e os interesses mais imediatos dos potentados, tiveram como resposta a
espada, a cruz ou a fogueira.
A mais apoteótica afirmação do valor e da importância da missão desempenhada pelo Batista, partiu do próprio Jesus, quando obtemperou: Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Os que se vestem bem e vivem no luxo assistem nos palácios dos reis. Sim, que saístes a ver? Um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta.
João não era um caniço agitado pelo vento dos interesses humanos, curvando para um lado ou para outro, ao sabor das conveniências dos grandes da Terra.

Ele foi mais que profeta, porque foi o precursor da vinda de Jesus Cristo. As antigas profecias já rezavam, no tocante à sua missão: Eis aí envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti. — Voz do que clama no deserto; Endireitai o caminho do Senhor. — Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor (Malaquias, 4:6).
As profecias asseveravam que um anjo viria na frente do Mestre, com as virtudes de Elias. Como a virtude não se transfere, mas é inerente a quem a tenha conquistado, é óbvio que João foi a reencarnação de Elias, o que é confirmado por Jesus quando descia do Monte Tabor: De fato Elias virá e restaurará todas as coisas.
Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram, antes fizeram com
ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do homem há de padecer nas mãos deles. Então os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista
(Mateus, 17:9).
A missão de João foi algo mais que um roteiro de profecias, pois, conforme assevera Lucas, no Capítulo 3, versículo 9, do seu evangelho: E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada ao fogo. O Batista veio para colocar o machado na raiz da árvore de um sistema religioso impregnado de imperfeições e tradições inócuas, sistema esse
representado pela velha religião judaica.
Dizia Jesus: Na cadeira de Moisés se assentaram os escribas e os fariseus.
Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Se os escribas e fariseus não praticavam as boas obras é lógico que o machado do qual falava o Batista estava colocado de modo a derrubar “essas árvores”, para que em seu lugar fosse lançada a semente da Boa Nova revelada pelo Nazareno.
Foi João o primeiro profeta (médium) do Cristianismo, e o seu advento entre os homens traduz bem a extensão do amor de Deus para com todas as criaturas. Tanto o precursor que foi João, como o próprio Cristo, pagaram com a vida, pela espada ou pela cruz, a ousadia de trazerem ao gênero humano uma mensagem de amor e luz.

Livro: Os Padrões Evangélicos
Paulo Alves de Godoy

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