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sábado, 29 de dezembro de 2012

MAIOR QUE SALOMÃO. . .


“E eis aqui está quem é maior do que Salomão.”
(Lucas, 11:31)
Nínive era uma cidade cuja população vivia subvertida pela imoralidade e desregramentos de toda a sorte.
Um Espírito do Senhor apresentou-se ao médium Jonas e ordenou-lhe que fosse lançar uma advertência à sua população. Jonas obedeceu, e, visando a cidade, conclamou os seus habitantes a interromperem a prática daqueles atos escândalos, sugerindo que todos elevassem rogativas a Deus, suplicando-lhe que poupasse Nínive de uma eventual destruição.
Dizia então o médium: “Quem sabe se Deus mudará os seus desígnios e desistirá de destruir a cidade”.
O povo de Nínive aceitou a admoestação de Jonas e se penitenciou, segundo os
costumes da época, vestindo-se com sacos e assentando-se na cinza, prometendo não
mais reincidirem no erro.
Em face dessa atitude da população, Deus poupou a cidade, uma vez que ele está sempre pronto a dar novas oportunidades a seus filhos.
O médium Jonas, vendo que a cidade não fora destruída, ficou ressentido.
Segundo o seu modo de pensar passaria aos olhos da população de Nínive como
autêntico falso profeta. Essa situação levou-o a lastimar-se amargamente de ter assumido aquela incumbência.
Retirando-se, edificou uma cabana e abrigou-se nela, na expectativa de uma
reconsideração dos Céus. Pensava ele que, devido ao seu modo de pensar e ao seu
protesto, Deus voltaria atrás em seus propósitos e destruiria a cidade, dando
autenticidade às suas palavras e evitando que passasse aos olhos dos ninivitas como
embusteiro e mentiroso.
Os Espíritos do Senhor, diante desse mesquinho capricho de Jonas, resolveram propiciar-lhe um edificante ensinamento: fizeram brotar perto da cabana de Jonas uma aboboreira, a qual, crescendo, cobriu-a, produzindo agradável sombra.
Esse fato causou grande satisfação a Jonas, o qual passou a nutrir afeição pela
planta. Entretanto, logo surgiu um bichinho que cortou a aboboreira perto da raiz e ela secou-se.
Logo surgiu um sol causticamente que fez com que Jonas desmaiasse. O profeta insurgiu-se contra os Céus, protestando contra aquele ato de fazer secar a planta que o resguardava do sol.
Nisso os Espíritos do Senhor lhe ponderaram: “Tiveste compaixão da aboboreira, que surgiu sem lhe dar qualquer trabalho e para cuja efêmera vida nada fizeste. E acha razoável que Deus não tenha compaixão da grande cidade de Nínive, cuja população soma cento e vinte mil almas, sem contar os animais, e cujos
habitantes não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua esquerda?”
O ponto alto desta passagem do Velho Testamento foi o fato de ter o povo de Nínive aceitado a advertência de Jonas e se encaminhado para a reforma, a ponto de evitar a destruição da cidade. Aproveitou Jesus essa ocorrência a fim de pôr em confronto a maleabilidade do povo de Nínive e o endurecimento do povo de Israel.
Os israelitas esperavam um Messias, entretanto o queriam nos moldes vaticinados por Moisés — “Um profeta igual a mim”. Um Cristo guerreiro e conquistador igual a Moisés e a Davi. Um Cristo que levasse a dor e a destruição a todos os povos que não comungassem com os ideais monopolistas dos escribas e
fariseus.
Quando surgiu um Cristo dócil, meigo, amoroso, fraternal, combatendo a
guerra e o ódio, os israelitas o repeliram. Passaram a exigir comprovações! Queriam
sinais. Aquele não era o Messias que eles aguardavam.
Mas o Mestre não quis dar-lhes outros sinais senão os que estava dando. Por isso exclamou: “Maligna é esta geração, ela pede um sinal; e não lhe será dado outro sinal, senão o sinal do profeta Jonas”.
O endurecimento do povo de Israel foi posto em confronto com o do povo de Nínive. Os ninivitas aceitaram Jonas e ali estava quem era maior do que Jonas.
O coração empedernido do povo de Israel repeliu o Cristo e o levou ao Calvário, apesar de ter dado ele a mais patente demonstração da sua autoridade, a despeito de enquadrar-se perfeitamente nos vaticínios de todos os antigos profetas e de estar produzindo fatos espantosos de curas de todos os matizes, de pleno
conhecimento de toda a cidade de Jerusalém.
O Mestre, por si só, era um sinal. Preenchia tudo aquilo que dele estava escrito.
Expulsava maus Espíritos, curava cegos, limpava leprosos e fazia levantar os paralíticos, e, além disso, discorria sobre a excelência do Reino de Deus. Nem assim conseguiu abalar o preconceito e o falso zelo religioso dos escribas, dos fariseus e do sumo sacerdote.
Na atualidade os homens ainda persistem na recalcitrância, não aceitando os sinais propiciados pelos Evangelhos, continuando a aguardar o advento de um Cristo moldado segundo os figurinos das velhas teologias: um Cristo intolerante, unilateral e eivado de imperfeições.
O Consolador prometido, novo sinal dos Céus, já está entre nós, personificado no Espiritismo, e com a missão primária de restabelecer todos os ensinamentos de
Jesus Cristo em seus devidos lugares.
A mensagem do Espírito de Verdade está em pleno processo de implantação na Terra e assim como “o Espírito sopra onde quer e nós não sabemos de onde vem e nem para onde vai”, segundo o dizer judicioso de Jesus a Nicodemos, essa mensagem fará com que a Humanidade descortine novos horizontes, fato novo que fará com que ele se liberte do jugo do fanatismo, dos dogmas e dos formalismos da letra que mata.
E, assim como: “a rainha de Sabá veio dos confins da Terra para apreciar a sabedoria de Salomão”, e a população de Nínive ouviu a advertência do profeta
Jonas, torna-se imperioso que demos guarida aos ensinamentos de Jesus, que é muito
maior do que Jonas e que Salomão.
Não aconteça que “os homens de Nínive” se levantem para também julgar esta
geração, pela sua inépcia e falta de assimilação dos preceitos evangélicos, contidos as
verdades reveladas há quase vinte séculos.

Os padrões Evangélicos
Paulo Alves de Godoy

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