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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Matrimônio e divórcio (Chico Xavier)

Matrimônio e divórcio (Chico Xavier)
“Em nossa reunião pública, o ponto oferecido à assembleia de amigos foi o item 4 do capítulo XXII de O Evangelho segundo o Espiritismo. As opiniões expostas pelos comentaristas foram as mais diversas, todas elas, porém, denotando o propósito de acer-tarmos no bem, na esfera de nossas atitudes domésticas, especi-almente sobre matrimônio e divórcio.
“Como sempre sucede, na fase terminal de nossas tarefas o nosso caro Emmanuel escreveu a página que se intitula “Casar-se”. Algumas senhoras presentes, alegando desejar a continuida-de dos mesmos estudos sobre o tema nas cidades em que resi-dem, solicitaram seja a mensagem do nosso Amigo Espiritual enviada às suas mãos para os seus abençoados comentários.
“Cumpro, assim, com muito prazer, o que prometi às nossas irmãs.”

Casar-se (Emmanuel)
Não basta casar-se. Imperioso saber para quê.
Dirás provavelmente que a resposta é óbvia, que as criaturas abraçam o matrimônio por amor.
O amor, porém, reclama cultivo. E a felicidade na comunhão afetiva não é prato feito e sim construção do dia-a-dia.
* * *
As leis humanas casam as pessoas para que as pessoas se u-nam segundo as Leis Divinas.
* * *
Se desposaste alguém que te constituía o mais belo dos so-nhos e se encontras nesse alguém o fracasso do ideal que acalen-taste, é chegado o tempo de trabalhares mais intensivamente na edificação dos planos que ideaste de início.
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Ergueste o lar por amor e tão-só pelo amor conseguirás con-servá-lo.
Não será exigindo tiranicamente isso ou aquilo de quem te compartilha o teto e a existência que te desincumbirás dos com-promissos a que te empenhaste.
Unicamente doando a ti mesmo em apoio da esposa ou do es-poso é que assegurarás a estabilidade da união em que investiste os melhores sentimentos.
Se sabes que a tolerância e a bondade resolvem os problemas em pauta, a ti cabe o primeiro passo a fim de patenteá-las na vi-vência comum, garantindo a harmonia doméstica.
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Inegavelmente não se te nega o direito de adiar realizações ou dilatar o prazo destinado ao resgate de certos débitos, de vez que ninguém pode aceitar a criminalidade em nome do amor. Entre-
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tanto, nos dias difíceis do lar recorda que o divórcio é justo, mas na condição de medida articulada em última instância. E nem te esqueças de que casar-se é tarefa para todos os dias, porquanto somente da comunhão espiritual gradativa e profunda é que sur-girá a integração dos cônjuges na vida permutada, de coração para coração, na qual o casamento se lança sempre para o Mais Alto, em plenitude de amor eterno.

O cultivo do amor (J. Herculano Pires)
A lei civil do casamento, segundo lemos no item 4 do capítu-lo XXII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, “tem por fim regular as relações sociais e os interesses familiares, segundo as exigências da civilização”. E a seguir vem esta observação: “Mas nada, absolutamente, impede que ela seja um corolário da lei de Deus”. E a lei de Deus, no caso, é a lei do amor. Quer dizer que o casamento civil deve efetuar-se por amor e não por conveniên-cia de qualquer espécie. A falta de conjugação dessas duas leis, a humana e a divina, é a causa principal dos fracassos no casamen-to.
Entre os interesses que podem influir na determinação do ca-samento figuram também a vaidade e a atração sexual, ambos elementos estranhos ao amor e por isso mesmo de natureza efê-mera. Em casos dessa natureza, como em vários outros, a sepa-ração se torna inevitável e o divórcio aparece então como a lei civil que serve de remédio à separação dos casais, permitindo aos pares frustrados a reconstrução do lar em bases legítimas com outros cônjuges. “Um dia se perguntará – diz ainda o trecho citado – se uma cadeia indissolúvel não aumentará o número das uniões irregulares”.
Mas quando o lar se formou com base no amor as decepções que podem surgir têm o remédio no próprio amor. Quem ama sabe tolerar e perdoar. As dificuldades serão superadas dia a dia pelo cultivo do amor. Basta que cada cônjuge se lembre de que as frustrações são recíprocas. O mesmo acontece com o artista na realização de sua obra. O ideal está sempre acima do real. Mas o verdadeiro artista sabe disso e procura superar a sua frustração pelo esforço constante de aperfeiçoamento. O cultivo do amor é como o cultivo da arte. E quem romper um casamento de amor, por simples intolerância, não encontrará mais remédio para a sua solidão.

Livro: Na era do Espírito
Chico Xavier, Herculano Pires, e espíritos diversos

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