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quinta-feira, 26 de maio de 2016

Pais e Evangelização

Pais e Evangelização

Que orientações os Amigos Espirituais dariam aos pais espíritas em relação ao encaminhamento dos filhos à Escola de Evangelização dos Centros Espíritas?
R: Conquanto seja o lar a escola por excelência onde a criatura deva receber os mais amplos favores da educação, burilando-lhe o sentimento e o caráter, não desconhecemos a imperiosidade de os pais buscarem noutras instituições sociais o justo apoio à educação da prole; e, assim, deverão encaminhar os filhos, no período oportuno, para a escola do saber, viabilizando-lhes a instrução. Entretanto, jamais deverão descuidar-se de aproximá-los dos serviços de evangelização em cujas abençoadas atividades se propiciará a formação espiritual da criança e do jovem diante do porvir.
Há pais espíritas que, erroneamente, têm deixado, em nome da liberdade e do livre-arbítrio, que os filhos avancem na idade cronológica para então escolherem este ou aquele caminho religioso que lhes complementem a conquista educativa no mundo. Tal medida tem gerado sofrimento e desespero, luto e mágoa, inconformação e dor. Porque, uma vez perdido o ensejo educativo na idade propícia à sementeira evangélica, os corações se mostram endurecidos, qual terra ressequida, árida, rebelde ao bom plantio, desperdiçando-se valioso período de ajuda e orientação. É então que somente a dor, a duros golpes provacionais, pode despertar para refazer e construir.
Bezerra de Menezes (1982)
Livro: Sublime Sementeira, org. Miriam Masotti Dusi, Feb, 2012.
Fonte: http://www.dij.febnet.org.br/familia/familia-e-evangelizacao/pais-e-evangelizacao/

Dez Maneiras de Amar a Nós Mesmos

Dez Maneiras de Amar a Nós Mesmos


1 – Disciplinar os próprios impulsos.
2 – Trabalhar, cada dia, produzindo o melhor que pudermos.
 3 – Atender aos bons conselhos que traçamos para os outros.
4 – Aceitar sem revolta a crítica e a reprovação.
5 – Esquecer as faltas alheias sem desculpar as nossas.
6 – Evitar as conversações inúteis.
7 – Receber o sofrimento o processo de nossa educação.
8 – Calar diante da ofensa, retribuindo o mal com o bem.
9 – Ajudar a todos, sem exigir qualquer pagamento de gratidão.
10 – Repetir as lições edificantes, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, perseverando no aperfeiçoamento de nós mesmos sem desanimar e colocando-nos a serviço do Divino Mestre, hoje e sempre.
* * *
Xavier, Francisco Cândido.  Da obra: Paz e Renovação.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

A Consciência.[...]Carl Gustav Jung afirma que “a consciência não se cria a si mesma; emana de profundezas desconhecidas. Desperta gradualmente na infância e durante toda a vida desperta, a cada manhã, das profundezas do sono, surgindo de uma condição inconsciente.”

Em uma tentativa simbólica, poderíamos apresentar a consciência da seguinte maneira: em um imenso castelo (psique), com muitos cômodos e empregados, uma rosa plantada em um vaso é colocada à mesa da sala de jantar. Tudo o que a rosa (ego) conhece do castelo é a sala de jantar (consciente); tudo o que ela perceber de si mesma é o vaso (consciência); ela e o vaso são praticamente uma única personalidade, uma mesma coisa. A consciência é então a única parte da psique que é diretamente conhecida por nós, onde todas as sensações, imagens, pensamentos, sentimentos e desejos são percebidos, onde podemos observar, analisar e julgar. O ego (rosa) é, pois, o centro da consciência. Mas esse vaso e a terra nele contida não se criaram a si mesmos: a terra é parte da “grande terra”, que é ao mesmo tempo desconhecida, mas sentida como um vir-a-ser da terra contida no vaso.

Carl Gustav Jung afirma que “a consciência não se cria a si mesma; emana de profundezas desconhecidas. Desperta gradualmente na infância e durante toda a vida desperta, a cada manhã, das profundezas do sono, surgindo de uma condição inconsciente.” Com essa afirmação de Jung podemos observar que a personalidade, ao contrário do que alguns teóricos acreditavam, pode e deve modificar-se constantemente.

A consciência amadurece e desenvolve-se a cada nova experiência, a cada novo conflito. Aliás, é através do conflito que uma nova percepção da vida surge. Joanna de Ângelis (O Homem Integral) afirma: “O nascimento da consciência se opera mediante a conjunção dos contrários, como decorrência de uma variada gama de conteúdos psíquicos, que formam as impressões arquetípicas ao fazerem contato com o ego, dando surgimento à sua substância psíquica e tornando todo esse trabalho um processo de individuação.” E continua, na mesma obra: “sem essa dualidade de opostos, que leva à reflexão, no processo de individuação, não há aumento real de consciência, que somente se opera entrando em contato com os opostos e os absorvendo”.

O confronto entre opostos ocorre sempre que uma atitude consciente entra em luta com desejos inconscientes, por exemplo: uma pessoa educada com muito rigor emocional e que reprime a raiva, quando adulta em uma situação de atrito com o cônjuge fica muda e não consegue expressar sua indignação e logo depois aparece com manchas arroxeadas pelo corpo. O desejo de expressar a emoção e a atitude consciente de reprimir são opostas, e se a pessoa não encontrar um meio-termo entre guardar a raiva e expressá-la, não conseguirá crescer com essa emoção e tenderá a continuar reagindo como reagia na infância. Só o reconhecimento dos conteúdos reprimidos permite uma expansão da consciência, o que contribui para o nosso processo de individuação.

Todo o crescimento acontece de dentro para fora, e é na nossa escuridão que encontramos a luz da consciência. E, é nela que está escrita a Lei de Deus (Questão 621 do L.E.), mas, necessário se faz que essa seja a meta da nossa vida, sermos conscientes da nossa realidade como espíritos e tomarmos consciência da nossa realidade psicológica, assim poderemos compreender quem somos e qual o nosso papel nesse mundo. A Lei de Deus está na “grande terra” e a terra contida no vaso sabe que faz parte dela, embora possua sua individualidade e que depende dela para ser plena.

E para concluirmos: “O ser consciente deve trabalhar-se sempre, partindo do ponto inicial da sua realidade psicológica, aceitando-se como é e aprimorando-se sem cessar. Somente consegue essa lucidez aquele que se autoanalise disposto a encontrar-se sem máscara, sem deterioração. Para isso, não se julga, nem se justifica, não se acusa nem se culpa. Apenas descobre-se.” Joanna de Ângelis (O Ser Consciente).

Autores : Iris / Sinoti
http://www.correioespirita.org.br/categoria-de-materias/artigos-diversos/1113-a-consciencia

A INDIGNAÇÃO[1] E O EFEITO."acreditar-se melhor do que o outro nada mais é do que demonstração de orgulho, que dá origem à cólera. Esse sentimento de cólera, em relação ao irmão que praticou a injustiça, passa a orbitar nosso psiquismo, ocasião em que passamos a relatar para outros irmãos em Cristo o lamentável fato que deu origem à indignação. "



Todos os que se encontram estagiando neste orbe, verdadeiro planeta de provas e expiação, onde a imperfeição é generalizada, já experimentamos esse sentimento que, conquanto seja natural no ser humano, traz perniciosas conseqüências quando manifestado de forma exacerbada e constante.
Tornou-se comum em nosso cotidiano nos defrontarmos com  noticiários e relatos de fatos que nos revoltam, tamanha a injustiça e o ardil com que pessoas inescrupulosas conseguem promover a maldade, praticando atos indignos.
Nesse momento, a maior parte das pessoas se esquecem de que, também, são espíritos devedores (por débitos assumidos em tempos passados) e, acreditando-se melhores do que o irmão que promoveu a injustiça, se desequilibram, permitindo que essa revolta, inicialmente natural, se eleve fazendo eclodir a ira intensa.
Aliás, acreditar-se melhor do que o outro nada mais é do que demonstração de orgulho, que dá origem à cólera.
Esse sentimento de cólera, em relação ao irmão que praticou a injustiça, passa a orbitar nosso psiquismo, ocasião em que passamos a relatar para outros irmãos em Cristo o lamentável fato que deu origem à indignação.
Dessa maneira, a revolta se agiganta dentro de nós e passamos a contaminar outros irmãos com o mesmo pensamento de revolta e indignação, fazendo com que o conflito psíquico permaneça em nós, além das pessoas com quem repartimos esse fato nocivo.
A partir daí, o efeito deletério provocado por essa raiva, a permitir que esse conflito psíquico passe para o corpo, faz emergir a doença no físico, como decorrência  da somatização.
E mais uma vez, o desavisado irmão passa a sofrer as conseqüências de seu próprio ato, pela incúria na manutenção da sua paz, como efeito da intensificação da indignação pelos atos praticados por outros irmãos.
De início, não podemos nos olvidar de que somos espíritos com superlativa imperfeição (ricos de vícios e defeitos e pobres de virtudes) que, por diversas encarnações, preferimos nos afastar das leis de justiça, amor e caridade, que emanam do Criador, não sendo outro, senão esse, o motivo de permanecermos, ainda, neste santo educandário, que é o planeta Terra.
É importante lembrar, também, de que qualquer desequilíbrio irá toldar nossa visão, obscurecendo nosso pensamento, o que, de igual forma, nos impedirá de agir com acerto.
Ensina-nos o Evangelho de Jesus Cristo que devemos ser indulgentes para com o próximo e severos para conosco, o que torna evidente que qualquer juízo que venhamos a lançar contra o autor da injustiça será equivocado, pois, desconhecemos tudo a respeito desse irmão.
A propósito, confira-se a orientação do Evangelho Segundo o Espiritismo, na mensagem de José, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.), a saber:
Oh homens! Quando será que julgareis os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios atos, sem vos ocupardes com o que fazem vossos irmãos? Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos? Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros. Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os pensamentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou condena o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembrai-vos de que vós, que clamais em altas vozes: anátema! tereis, quiçá, cometido faltas mais graves. Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita. - José, Espírito protetor (Bordéus, 1863).
Pode-se argumentar que a injustiça é sempre injustiça, o que é certo. Porém, a indignação nasce justamente do severo julgamento que realizamos a respeito do autor dos fatos, esquecendo, mais uma vez, nossa imperfeição e nossas dívidas do pretérito.
Conquanto a indignação possa revelar uma atitude elevada da pessoa, diante de injustiças cometidas por outrem, o fato é que sempre nos arvoramos em juizes implacáveis desses irmãos que praticam atos deploráveis e que, nesta encarnação, deixamos de praticar.
Entretanto, quem poderá ser tão implacável assim, a ponto de esquecer que ainda está no planeta Terra, onde se situam espíritos endividados que aqui se encontram para o devido resgate das dívidas do pretérito tenebroso?
Pelas dores físicas e morais que suportamos, podemos ter uma pálida idéia de nossas dívidas do passado, ao passo que nada sabemos a respeito do autor das injustiças.
É oportuna, também, a conclusão do espírito HAMMED, através da psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, em o livro RENOVANDO ATITUDES, editora Boa Nova, que diz:
“Julgar uma ação é diferente de julgar a criatura. Posso julgar e considerar a prostituição moralmente errada, mas não posso e não devo julgar a pessoa prostituída”. sic
O Iluminado espírito de HAMMED, no mencionado livro, nos traz a lição do Aposto dos Gentios, a saber:
Segundo Paulo de Tarso, “é indesculpável o homem, quem quer que seja, que se arvora em ser juiz. Porque julgando os outros, ele condena a si mesmo, pois praticará as mesmas coisas, atraindo-as para si, com seu julgamento”. sic[2]
Não se está aqui fazendo a apologia da inação diante das injustiças. O que é preciso entender é que a alteração emocional não permitirá a ninguém um juízo de valor equilibrado, prestando-se, apenas, à sua somatização. É necessário, pois, tentar aplicar a lição que Santo Agostinho, em o livro O LIVRO DOS ESPÍRITOS, na resposta à pergunta n. 919, nos oferta sobre o conhecimento de si mesmo como meio para se obter a reforma íntima, avaliando a cada dia nossos pensamentos, palavras e atos, pois, certamente, encontraremos muito o que mudar em nossa vida.
O iluminado espírito de Joana de Angelis, através da psicografia de Divaldo Pereira Franco, em o livro LEIS MORAIS DA VIDA, esclarece que: “Quando existe harmonia interior os ruídos de fora não ecoam pertubadoramente”. sic
No mesmo livro encontramos, também, a advertência seguinte: “Crês que mereces mais do que eles, os insensatos e perversos, que galopam sobre a fortuna e a glória, sem te dares conta de que as determinações divinas são sábias e jamais erram”.sic

Além do mais, não podemos olvidar da lição do Mestre Divino que disse: “Vós julgais segundo a carne, e eu a ninguém julgo”.sic
Portanto, diante dos lamentáveis fatos que assistimos diariamente, devemos alterar a maneira de ver e observar, de modo a evitar um julgamento equivocado que  produzirá desequilíbrios, afastando-nos da paz interior.
Que Jesus Cristo, nosso amado e Divino Mestre, nos felicite a todos com a Sua infinita PAZ.
César Luiz de Almeida
Grupo Espírita Fraternidade


[1]   1   Sentimento de cólera ou de desprezo experimentado diante de indignidade, injustiça, afronta; repulsa, revolta
 2   Derivação: por extensão de sentido.ira intensa; ódio, raiva

Fonte:  http://www.netluz.org/textos/msg/msg24.htm

Jesus e a Inteligência Emocional



Autor: Suely Caldas Schubert

Afirma Daniel Goleman em seu livro “Inteligência Emocional” que os grandes mestres espirituais como Jesus e Buda “tocaram o coração dos seus discípulos falando na linguagem da emoção, ensinando por parábolas, fábulas e contos”. Segundo o escritor estes mestres espirituais falam no “vernáculo do coração”, o que do ponto de vista racional tem pouco sentido.

Goleman explica ainda que segundo Freud, em seu “conceito primário” de pensamento, essa lógica da mente emocional é a “lógica da religião e da poesia, da psicose e das crianças, do sonho e do mito”. Isto engloba também as metáforas e imagens como as artes, romances, filmes, novelas, música, teatro, ópera, etc., pois tocam de forma direta a mente emocional.

Isto nos leva a entender por que as expressões religiosas e artísticas agradam tanto: é que a imensa maioria das pessoas é dominada pela emoção. Também explica o motivo dessa preferência das multidões a essas crenças novas, rotuladas de evangélicas, que manipulam as emoções como fator de atração e direcionamento de seus adeptos.

Mas, o que é a EMOÇÃO? O dicionário registra: qualquer agitação ou perturbação da mente; sentimento; paixão; qualquer sentimento veemente ou excitado.

Segundo Goleman: “EMOÇÃO se refere a um sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos, e a uma gama de tendências para agir.”

Não podemos perder de vista as sutilezas em que as emoções se manifestam, para melhor entendimento do assunto e encaminhamento do nosso raciocínio.

Os estudiosos do tema propõem famílias básicas (assim co­mo as cores básicas); mencionaremos algumas:

IRA: fúria, revolta, ressentimento, raiva, exasperação, indignação vexame, animosidade, aborrecimento, irritabilidade, hostilidade e, no extremo, ódio e violência patológicos.

TRISTEZA: sofrimento, mágoa, desânimo, desalento, melancolia, autopiedade, solidão, desamparo, desespero e, quando patológica, severa depressão.

MEDO: ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação, consternação, cautela, escrúpulo, inquietação, pavor, susto, terror e, como psicopatologia, fobia e pânico.

PRAZER: felicidade, alegria, alívio, contentamento, deleite, diversão, orgulho, prazer sensual, emoção, arrebatamento, gratificação, satisfação, bom humor, euforia, êxtase e, no extremo, mania.

AMOR: aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação, adoração, paixão, ágape (caridade).

E as virtudes e vícios que vão desde a fé, compaixão, esperança, coragem, altruísmo, perdão, equanimidade até dúvida, preguiça, tédio, etc. Há um debate científico sobre como classificar as emoções, já que podem ser igualmente um estado de espírito, temperamento ou se transformarem em distúrbios emocionais como depressão, angústia, ansiedade, fobias, etc.

Depreende-se, portanto, que em várias circunstâncias de nossa vida as emoções prevalecem e nos dominam. Quantas vezes nos surpreendemos diante de nossas alternâncias de estado de espírito, pois podemos ser muito racionais num momento e irracionais no seguinte quando o calor da emoção passa a comandar nossas atitudes.

É exatamente nos estados extremos das emoções que as pessoas cometem ações das quais se arrependem amargamente no minuto seguinte, quando a mente racional começa a reagir. É este o caminho dos crimes passionais, quando se diz que houve “privação dos sentidos”.

Portanto, emoções são sentimentos a se expressarem em impulsos e numa vasta gama de intensidade, gerando idéias, condutas, ações e reações. Quando burilados, equilibrados e bem conduzidos transformam-se em sentimentos elevados, sublimados, tomando-se, aí sim — virtudes.

O livro de Daniel Goleman traz-nos preciosas contribuições que devem ser analisadas à luz da Doutrina Espirita. Observemos, em princípio, o que consideramos a contribuição fundamental de sua obra: a distinção entre inteligência emocional e racional, em que “linguagem” a primeira se manifesta e todas as conseqüências que daí advêm. Mas, iremos analisar, especificamente, o discurso de Jesus, sob esta ótica.

Segundo o autor e conforme mencionamos linhas atrás, Jesus utilizou-se do “vernáculo do coração”, falava, portanto, a linguagem da emoção, e acrescentamos: do sentimento sublimado — por isto se diz que Ele trouxe a Lei de Amor.

Todavia, para a mentalidade racional que impera no Ocidente, nas elites intelectuais, sobretudo, essa mensagem passou a ser vista como sinônimo de psicose, infantilidade, poesia e utopia. Por outro lado, os principais fatores que geraram esse tipo de leitura foram as distorções, as interpolações e mutilações que o Evangelho sofreu e que o transformaram nesse cristianismo dos tempos atuais, muito distante da verdadeira Boa-Nova.

É exatamente no momento crucial em que a Europa, liderada pela França, entroniza a “deusa Razão”, zombando dos valores espirituais cultivados pela religião dominante, que a Terceira Revelação chega à Terra. O Espiritismo veio fazer uma leitura do Evangelho através da razão. Tendo em suas bases a moral cristã em sua pureza primitiva, interpretada, todavia, na linha do raciocínio a fim de que o seu aspecto emocional passe agora pela mente racional e possa ser aceita, assimilada pela mentalidade que prevalece em nossa época.

Cremos que a resistência na aceitação da Doutrina Espírita por parte dos países europeus (e mesmo norte-americanos), deve-se ao fato de não terem conseguido ainda assimilar essa nova mentalidade, pois destacam, de forma predominante, os valores intelectuais, a linha racional, não admitindo a prevalência da emoção ou a sua equiparação com a razão.

A Doutrina Espírita vem colocar o Evangelho do Cristo na linguagem da razão, com explicações racionais, filosóficas e científicas, mas, vejamos bem, sem abandonar, sem deixar de lado o aspecto emocional que é colocado na sua expressão mais alta, tal como o pretendeu Jesus, ou seja o sentimento sublimado, demonstrando assim que o SENTIMENTO E A RAZÃO podem e devem caminhar pela mesma via, pois constituem as duas asas de libertação definitiva do ser humano: O AMOR E A SABEDORIA.

A questão 627 de “O Livro dos Espíritos” traz-nos primorosa síntese das finalidades do Espiritismo e, a certa altura da resposta transmitida pelos Espíritos Superiores afirma: “O ensino dos Espíritos tem que ser claro e sem equívocos, para que ninguém possa pretextar ignorância e para que todos o possam julgar e apreciar com a razão. Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que Jesus anunciou. Daí a necessidade de que a ninguém seja possível interpretar a lei de Deus ao sabor de suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.”


Esterótipos


Naquele bar, um espelho mágico, destinado a testes femininos.
A mulher que mentisse diante dele sumiria, como num passe de mágica – “poof”!
Se falasse a verdade, seria premiada com a realização de um desejo.
Bela ruiva disse, a mirar-se:
– Pensando, cheguei a conclusão de que sou a mulher mais linda do mundo.
“Poof”!
Atraente morena, contemplando sua imagem, afirmou:
– Penso que sou a mulher mais sexy do mundo.
“Poof!”
Veio uma loira, muito bonita…
– Andei pensando…
“Poof!”

***
Pois é, leitor amigo, estamos diante de um estereótipo, ou lugar-comum, envolvendo uma idéia equivocada:
As loiras não estão acostumadas a pensar.
Atribui-se a Arthur Schopenhauer (1788-1860), filósofo alemão, um estereótipo mais contundente.
A mulher é esse ser de cabelos cumpridos e idéias curtas.
Maldade do filósofo.
Nem todas têm cabelos cumpridos…
Perdoe-me, prezada leitora.
Espero não perder sua amizade, por não perder a oportunidade da pilhéria.

***
Mudemos o enfoque.
Nota-se arraigada tendência em alguns religiosos:
Enxergam, invariavelmente, influências demoníacas, em pessoas com problemas psicológicos e fisiológicos.
É o diabo! – afirmam, convictos, como se fossem dotados de infalível radar para detectar a presença do tinhoso.
Trata-se de um estereótipo da pior espécie, infundado, inspirado na ignorância e no preconceito.
Na ânsia de atrair a atenção da multidão, promovem verdadeiros espetáculos, em rituais de exorcismo.
Não raro, esse “diabo” que pretendem exorcizar é um “pobre diabo”, um sofredor recém-desencarnado, sem a mínima noção do que lhe aconteceu.
Aproxima-se de familiares como um náufrago a pedir socorro e acaba por perturbá-los, imprimindo neles algo de suas angústias.
Precisa de ajuda, de orientação, de um tratamento carinhoso. Imagino sua perplexidade, diante de um exorcista a situá-lo como o tinhoso.
Para Espíritos de atilada inteligência, perfeitamente conscientes do que fazem e que nisso se comprazem, a prática exorcista é inócua. Desperta-lhes o riso.
Podem, eventualmente, afastar-se para satisfazer o ego dos exorcistas e baixar a guarda das vítimas, mas logo voltam ao ataque, com mais força.
Jesus evoca esse problema, quando situa o Espírito perturbador como alguém que deixa uma casa (a mente do obsidiado); depois, volta com sete companheiros, e o estado da vítima fica muito pior.

***
Nessa história de influências espirituais é preciso evitar estereótipos dessa natureza, partindo da idéia mais compatível com a lógica e o bom senso.
Os Espíritos são as almas dos mortos.
O mundo espiritual é uma projeção do mundo físico.
Aqui ficam aqueles que, libertando-se dos liames da matéria, permanecem presos aos interesses humanos.
Não raro aproximam-se dos encarnados para pedir socorro ou induzir ao erro, sempre de conformidade com suas próprias tendências.
Isso não deve nos assustar, nem nos ensejará problemas.
Basta orientar nossa existência por princípios de bondade e integridade, cultivando o estudo e o discernimento em relação ao assunto..
Teremos, então, condições para ajudar Espíritos perturbados ou perturbadores, sem sermos perturbados por eles.
Livro Para Rir e Refletir
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