Todos
os que se encontram estagiando neste orbe, verdadeiro planeta de provas e expiação,
onde a imperfeição é generalizada, já experimentamos esse sentimento que,
conquanto seja natural no ser humano, traz perniciosas conseqüências quando
manifestado de forma exacerbada e constante.
Tornou-se comum em nosso cotidiano nos defrontarmos com noticiários e relatos de fatos que nos revoltam, tamanha a injustiça e o ardil com que pessoas inescrupulosas conseguem promover a maldade, praticando atos indignos.
Tornou-se comum em nosso cotidiano nos defrontarmos com noticiários e relatos de fatos que nos revoltam, tamanha a injustiça e o ardil com que pessoas inescrupulosas conseguem promover a maldade, praticando atos indignos.
Nesse
momento, a maior parte das pessoas se esquecem de que, também, são espíritos
devedores (por débitos assumidos em tempos passados) e,
acreditando-se melhores do que o irmão que promoveu a injustiça,
se desequilibram, permitindo que essa revolta, inicialmente natural, se eleve
fazendo eclodir a ira intensa.
Aliás,
acreditar-se melhor do que o outro nada mais é do que demonstração de
orgulho, que dá origem à cólera.
Esse sentimento de cólera, em relação ao irmão que praticou a injustiça, passa a orbitar nosso psiquismo, ocasião em que passamos a relatar para outros irmãos em Cristo o lamentável fato que deu origem à indignação.
Dessa maneira, a revolta se agiganta dentro de nós e passamos a contaminar outros irmãos com o mesmo pensamento de revolta e indignação, fazendo com que o conflito psíquico permaneça em nós, além das pessoas com quem repartimos esse fato nocivo.
Esse sentimento de cólera, em relação ao irmão que praticou a injustiça, passa a orbitar nosso psiquismo, ocasião em que passamos a relatar para outros irmãos em Cristo o lamentável fato que deu origem à indignação.
Dessa maneira, a revolta se agiganta dentro de nós e passamos a contaminar outros irmãos com o mesmo pensamento de revolta e indignação, fazendo com que o conflito psíquico permaneça em nós, além das pessoas com quem repartimos esse fato nocivo.
A
partir daí, o efeito deletério provocado por essa raiva, a permitir que esse
conflito psíquico passe para o corpo, faz emergir a doença no físico, como
decorrência da somatização.
E mais uma vez, o desavisado irmão passa a sofrer as conseqüências de seu próprio ato, pela incúria na manutenção da sua paz, como efeito da intensificação da indignação pelos atos praticados por outros irmãos.
De início, não podemos nos olvidar de que somos espíritos com superlativa imperfeição (ricos de vícios e defeitos e pobres de virtudes) que, por diversas encarnações, preferimos nos afastar das leis de justiça, amor e caridade, que emanam do Criador, não sendo outro, senão esse, o motivo de permanecermos, ainda, neste santo educandário, que é o planeta Terra.
E mais uma vez, o desavisado irmão passa a sofrer as conseqüências de seu próprio ato, pela incúria na manutenção da sua paz, como efeito da intensificação da indignação pelos atos praticados por outros irmãos.
De início, não podemos nos olvidar de que somos espíritos com superlativa imperfeição (ricos de vícios e defeitos e pobres de virtudes) que, por diversas encarnações, preferimos nos afastar das leis de justiça, amor e caridade, que emanam do Criador, não sendo outro, senão esse, o motivo de permanecermos, ainda, neste santo educandário, que é o planeta Terra.
É
importante lembrar, também, de que qualquer desequilíbrio irá toldar nossa
visão, obscurecendo nosso pensamento,
o que, de igual forma, nos impedirá de agir com acerto.
Ensina-nos o Evangelho de Jesus Cristo que devemos ser indulgentes para com o próximo e severos para conosco, o que torna evidente que qualquer juízo que venhamos a lançar contra o autor da injustiça será equivocado, pois, desconhecemos tudo a respeito desse irmão.
A propósito, confira-se a orientação do Evangelho Segundo o Espiritismo, na mensagem de José, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.), a saber:
Ensina-nos o Evangelho de Jesus Cristo que devemos ser indulgentes para com o próximo e severos para conosco, o que torna evidente que qualquer juízo que venhamos a lançar contra o autor da injustiça será equivocado, pois, desconhecemos tudo a respeito desse irmão.
A propósito, confira-se a orientação do Evangelho Segundo o Espiritismo, na mensagem de José, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.), a saber:
Oh homens! Quando
será que julgareis os vossos próprios corações, os vossos próprios
pensamentos, os vossos próprios atos, sem vos ocupardes com o que fazem vossos
irmãos? Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos? Sede, pois,
severos para convosco, indulgentes para com os outros. Lembrai-vos daquele que
julga em última instância, que vê os pensamentos íntimos de cada coração e
que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou condena
o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembrai-vos de que vós,
que clamais em altas vozes: anátema! tereis, quiçá, cometido faltas mais
graves. Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma,
ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita.
- José, Espírito protetor (Bordéus, 1863).
Pode-se
argumentar que a injustiça é sempre injustiça, o que é certo. Porém, a
indignação nasce justamente do severo julgamento que realizamos a respeito do
autor dos fatos, esquecendo, mais uma vez, nossa imperfeição e nossas dívidas
do pretérito.
Conquanto
a indignação possa revelar uma atitude elevada da pessoa, diante de injustiças
cometidas por outrem, o fato é que sempre nos arvoramos em juizes implacáveis
desses irmãos que praticam atos deploráveis e que, nesta encarnação,
deixamos de praticar.
Entretanto,
quem poderá ser tão implacável assim, a ponto de esquecer que ainda está no
planeta Terra, onde se situam espíritos
endividados que aqui se encontram para o devido resgate das dívidas do pretérito
tenebroso?
Pelas
dores físicas e morais que suportamos, podemos ter uma pálida idéia de nossas
dívidas do passado, ao passo que nada sabemos a respeito do autor das injustiças.
É
oportuna, também, a conclusão do espírito
HAMMED, através da psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, em o livro
RENOVANDO ATITUDES, editora Boa Nova, que diz:
“Julgar uma ação é
diferente de julgar a criatura. Posso julgar e considerar a prostituição
moralmente errada, mas não posso e não devo julgar a pessoa prostituída”.
sic
O Iluminado espírito de HAMMED, no mencionado livro, nos traz a lição do Aposto dos Gentios, a saber:
O Iluminado espírito de HAMMED, no mencionado livro, nos traz a lição do Aposto dos Gentios, a saber:
“Segundo
Paulo de Tarso, “é indesculpável o homem, quem quer que seja, que se
arvora em ser juiz. Porque julgando os outros, ele condena a si mesmo, pois
praticará as mesmas coisas, atraindo-as para si, com seu julgamento”. sic[2]
Não
se está aqui fazendo a apologia da inação diante das injustiças. O que é
preciso entender é que a alteração emocional não permitirá a ninguém um juízo
de valor equilibrado, prestando-se, apenas, à sua somatização.
É necessário,
pois, tentar aplicar a lição que Santo Agostinho, em o livro O LIVRO DOS ESPÍRITOS,
na resposta à pergunta n. 919, nos oferta sobre o conhecimento de si mesmo como
meio para se obter a reforma íntima, avaliando a cada dia nossos pensamentos,
palavras e atos, pois, certamente, encontraremos muito o que mudar em nossa
vida.
O iluminado espírito de Joana de Angelis, através da psicografia de Divaldo Pereira Franco, em o livro LEIS MORAIS DA VIDA, esclarece que: “Quando existe harmonia interior os ruídos de fora não ecoam pertubadoramente”. sic
No mesmo livro encontramos, também, a advertência seguinte: “Crês que mereces mais do que eles, os insensatos e perversos, que galopam sobre a fortuna e a glória, sem te dares conta de que as determinações divinas são sábias e jamais erram”.sic
Além do mais, não podemos olvidar da lição do Mestre Divino que disse: “Vós julgais segundo a carne, e eu a ninguém julgo”.sic
Portanto, diante dos lamentáveis fatos que assistimos diariamente, devemos alterar a maneira de ver e observar, de modo a evitar um julgamento equivocado que produzirá desequilíbrios, afastando-nos da paz interior.
Que Jesus Cristo, nosso amado e Divino Mestre, nos felicite a todos com a Sua infinita PAZ.
César Luiz de Almeida
Grupo Espírita Fraternidade
[1]
1
Sentimento
de cólera ou de desprezo experimentado diante de indignidade, injustiça,
afronta; repulsa, revolta
2 Derivação: por extensão de sentido.ira intensa; ódio, raiva
2 Derivação: por extensão de sentido.ira intensa; ódio, raiva
Fonte: http://www.netluz.org/textos/msg/msg24.htm
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