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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 157



QUESTÃO 157 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Parte Segunda
Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos

CAPÍTULO III
DA VOLTA DO ESPÍRITO, EXTINTA A VIDA CORPÓREA, À VIDA ESPIRITUAL

Separação da alma e do corpo

157. No momento da morte, a alma sente, alguma vez, qualquer aspiração ou êxtase que lhe faça entrever o mundo onde vai de novo entrar?

“Muitas vezes a alma sente que se desfazem os laços que a prendem ao corpo. Entrega então todos os esforços para desfazê-los inteiramente. Já em parte desprendida da matéria, vê o futuro desdobrar-se diante de si e goza, por antecipação, do estado de Espírito.”

FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME IV

Questão 157 comentada
CAPÍTULO 04
0157/LE
SENTIDOS AGUÇADOS

No momento em que a alma se desprende do corpo, seus sentidos são aguçados e, em muitos casos, tem visões reais sobre seu futuro. Geralmente, a pessoa tem o pressentimento de que vai morrer, quando se aproxima o momento de sua desencarnação. Sabe que vai partir e não se assusta, no entanto, pode vir a sentir fortes emoções. Raras são as criaturas que mantém tranqüilidade nestas horas.
Esse é um fenômeno natural, mas, somente entrará na naturalidade da vida do homem, quando esse conhecer a verdade que o liberta da ignorância e o prende nos liames materiais. Muitos espiritualistas, mesmo os mais estudiosos, têm, nas fronteiras do túmulo, muitas vezes, medo do nada, principalmente quando saem do corpo com mais lucidez para outra vida. Os casos são variadíssimos, no que toca a desencarnação da alma.
A humanidade está caminhando para a consciência de si mesma, e o tempo, o estudo e a vivência dos conceitos do Cristo iluminarão a consciência interna, de modo que, mesmo na vida sadia, com a maturidade do Espírito, esse fica com possibilidades de sair do corpo em viagem astral consciente, matando, assim, o medo da morte que sempre se tem por ocasião das graves enfermidades e no momento do desenlace. Há muitos Espíritos de alta iluminação trabalhando com os encarnados, para que o sono e os sonhos não sejam somente sono e sonhos, e sim, algo mais, intercalando-se com o desdobramento consciente, para que a vida lhes seja mais feliz. Haja vista a quantidade de escolas, espiritualistas ou não, que estão sendo abertas em todo o mundo, buscando desenvolver estudo sobre a alma.
Não está longe o tempo em que vamos assistir a essa felicidade dos homens, em serem todos conscientes de que a vida continua além do túmulo, e é neste sentido que se dará mais valor ao que se pensa, fala e faz. É, pois, o Cristo retomando as rédeas dos destinos humanos na sua totalidade, por aceitar, a humanidade, Seu comando divino e humano.
A alma pode sentir felicidade no desprendimento, no instante de desatar os laços do fardo físico, se cumpriu bem seus deveres ante a sua consciência. Se somente se desviou das leis naturais, se fechou os olhos à luz do entendimento que o amor inspira, teme a morte, e fica, quando isso acontece, preso à casa física sofrendo as conseqüências do que criou no mundo. Quando não sabemos o caminho por onde transitamos, perdemos o roteiro que deveríamos seguir. Sem Jesus em nossos caminhos, e certamente dentro de nós, como luz de nossos corações, ficamos nos debatendo nas trevas de variados tormentos, sem que consigamos encontrar a luz do entendimento.
Na desencarnação, todos os sentidos se aguçam, mas isso só não basta: é necessário que tenhamos educação espiritual para sabermos discernir e como nos comportar nestas duras provas que nos levam a uma vida melhor. Abracemos a fé com Cristo, porque Cristo nascendo dentro de nós, iluminará todos os nossos caminhos, na vida ou na morte, seja ela como for.

Miramez

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 156



QUESTÃO 156 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Parte Segunda
Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos

CAPÍTULO III
DA VOLTA DO ESPÍRITO, EXTINTA A VIDA CORPÓREA, À VIDA ESPIRITUAL

Separação da alma e do corpo

156. A separação definitiva da alma e do corpo pode ocorrer antes da cessação completa da vida orgânica?

“Na agonia, a alma, algumas vezes, já tem deixado o corpo; nada mais há que a vida orgânica. O homem já não tem consciência de si mesmo; entretanto, ainda lhe resta um sopro de vida orgânica. O corpo é a máquina que o coração põe em movimento. Existe, enquanto o coração faz circular nas veias o sangue, para o que não necessita da alma.”
 FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME IV

Questão 156 comentada
CAPÍTULO 03
0156/LE
DESLIGAMENTO DEFINITIVO

A separação entre a alma e o corpo pode se dar antes que o corpo paralise suas funções orgânicas, porém, isso é muito raro. Depende muito da situação psíquica do Espírito. O mais das vezes, a chama espiritual permanece ligada ao fardo físico por horas, dias ou meses e até anos, chumbada aos restos mortais por provas ou por incapacidade de se libertar do próprio apego à vida física. Isto tem uma variação muito grande. Pode-se dizer que é zero ao infinito.
Não existe uma desencarnação igual a outra. Os processos de desligamento dos laços têm variadas modalidades. Temos a dizer que, na arte de Deus, não existe violência. Os meios de ligar-se à vida corporal e desligar-se dela são regidos por leis que correspondem às necessidades da alma.
Sempre falamos da necessidade dos homens se prepararem, no tocante à vida na Terra, porque a verdadeira moradia é a espiritual. Quantos sofrem duras provas ligados aos restos do corpo por muito tempo, por lhes faltar compreensão das leis divinas!? Sofrem por ignorância. Não é por faltarem escolas; existem muitas que levam as almas a despertar, educando a si mesmas. A vida é, pois, uma escola onde todos devemos aprender como viver.
Os Espíritos elevados descem de altas esferas, por misericórdia de Deus, no sentido de ensinarem aos homens e Espíritos ainda humanizados nos seus instintos, a se libertarem da inferioridade. Eles sabem esperar a maturidade de cada um, entrementes, a melhor escola ainda é a dor. No estágio em que se encontra a humanidade, sofrer é salutar remédio para desprender-se.
Assim, como pode a alma desatar seus laços antes que cesse a vida orgânica, por evolução, pode a vida orgânica cessar e o Espírito ficar ainda por muito tempo preso aos restos carnais, de onde escapou toda a força vital dos órgãos. Assim como os pais têm o dever de preparar seus filhos para a vida na Terra, dando-lhes receitas que lhes possam assegurar uma existência melhor, o dever é o mesmo, ou maior, de prepará-los ante a vida espiritual, diminuindo, portanto, seus sofrimentos para o futuro, conscientizando-os da realidade da vida do Espírito.
O Espírito encarnado está preso às grades da carne, sujeito a inúmeros problemas, que antes eram chamados de castigo, e hoje, em certos meios, provações ou missões, porém, é um aprendizado, onde gradativamente vão se despertando os valores da alma. Essa poderá, com o tempo, ascender para regiões superiores, quando compreender as leis de Deus e passar a vivê-las. A vida física é breve e cheia de obstáculos, por ser o calvário de quem sustenta o corpo, e é nessa engrenagem que aprendemos a escolher os nossos próprios caminhos e a corrigir as nossas deficiências.
É bom que saibamos que não há somente os laços espirituais que prendem a alma ao corpo; há – e sim – os laços psicológicos, que por vezes são mais difíceis de serem rompidos. A educação neste sentido é de grande valor. É por isso que o Espírito renasce como membro de muitas famílias, participando de diversas nações, para que surja o desprendimento e se liberte.
Miramez

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 155



QUESTÃO 155 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Nota da Editora de O Livro dos Espíritos:
O texto colocado entre aspas, em seguida às perguntas, é a resposta que os Espíritos deram. Para destacar as notas e explicações aditadas pelo autor, quando haja possibilidade de serem confundidas com o texto da resposta, empregou-se um outro tipo menor. Quando formam capítulos inteiros, sem ser possível a confusão, o mesmo tipo usado para as perguntas e respostas foi o empregado.

Parte Segunda
Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos

CAPÍTULO III
DA VOLTA DO ESPÍRITO, EXTINTA A VIDA CORPÓREA, À VIDA ESPIRITUAL

Separação da alma e do corpo

155. Como se opera a separação da alma e do corpo?

“Rotos os laços que a retinham, ela se desprende.”

a) - A separação se dá instantaneamente por brusca transição? Haverá alguma linha de demarcação nitidamente traçada entre a vida e a morte?
“Não; a alma se desprende gradualmente, não se escapa como um pássaro cativo a que se restitua subitamente a liberdade. Aqueles dois estados se tocam e confundem, de sorte que o Espírito se solta pouco a pouco dos laços que o prendiam. Estes laços se desatam, não se quebram.”

A.K.: Durante a vida, o Espírito se acha preso ao corpo pelo seu envoltório semimaterial ou perispírito. A morte é a destruição do corpo somente, não a desse outro invólucro, que do corpo se separa quando cessa neste a vida orgânica. A observação demonstra que, no instante da morte, o desprendimento do perispírito não se completa subitamente; que, ao contrário, se opera gradualmente e com uma lentidão muito variável conforme os indivíduos. Em uns é bastante rápido, podendo dizer-se que o momento da morte é mais ou menos o da libertação. Em outros, naqueles sobretudo cuja vida toda material e sensual, o desprendimento é muito menos rápido, durando algumas vezes dias, semanas e até meses, o que não implica existir, no corpo, a menor vitalidade, nem a possibilidade de volver à vida, mas uma simples afinidade com o Espírito, afinidade que guarda sempre proporção com a preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É, com efeito, racional conceber-se que, quanto mais o Espírito se haja identificado com a matéria, tanto mais penoso lhe seja separar-se dela; ao passo que a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida do corpo, de modo que, em chegando a morte, ele é quase instantâneo. Tal o resultado dos estudos feitos em todos os indivíduos que se têm podido observar por ocasião da morte. Essas observações ainda provam que a afinidade, persiste entre a alma e o corpo, em certos indivíduos, é, às vezes, muito penosa, porquanto o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Este caso, porém, é excepcional e peculiar a certos gêneros de vida e a certos gêneros de morte. Verifica-se com alguns suicidas.

FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME IV

Questão 155 comentada
CAPÍTULO 02
0155/LE
DESATANDO LAÇOS

Não existe violência em nenhum campo da vida. Quando o Espírito abandona o corpo que lhe serviu de instrumento na área física, o mais acertado é dizer que esse desligamento é gradativo, visto na vida, resplandecer a harmonia pura, ordem essa que vibra em todo universo de Deus. No entanto, há casos que modificam essa ordem, por não ser ela rígida ao ponto de fazer desaparecer a misericórdia.
O Espírito apegado às coisas materiais, o usuário, o sensual, enfim, o ignorante, fica junto ao corpo o tempo que a natureza animal achar conveniente. O seu afastamento é feito gradativamente,enquanto permanecer alimentando idéias de posse, de medo, de orgulho e de egoísmo. “O Livro dos Espíritos” nos ensina que a alma pode ficar apegada ao corpo, às vezes, por dias e meses, mas, na verdade, há casos em que se verifica que a alma fica ligada aos seus restos mortais por anos a fio, até mesmo envolvida nos próprios ossos, até que desperte em seu coração alguma luz que faça reconhecer que já não pertence mais ao mundo dos homens, tocada pelos sentimentos superiores oriundos do coração. Algumas, por vezes, sofrem com a desintegração do próprio corpo.
Os laços não se quebram: eles se desatam, tal como foram atados na concepção. Há entre a formação do corpo e o perispírito, uma certa sintonia de modo a se fazer a junção de um ao outro. Os laços são ligados no centro de forças de maneira sutil harmoniosa, capaz de, por seu intermédio, dominar todo o complexo fisiológico.
Podemos dizer que o século vinte é o século do Espírito, fase essa que começou no século dezenove, para que a humanidade pudesse entender melhor a vida divina dentro da vida humana. Deves, se ainda não o fazes, passar a meditar na vida espiritual e aprender a orar todos os dias, assim como te alimentas várias vezes, porque o alimento da alma vem pelas vias da oração e da renovação dos sentimentos.
Há nuances em todos os aspectos da vida. Não existe determinismo na ação das leis de Deus, como no caso do Espírito superior que esteja animando um corpo. Ao despertar-se deste, ele sai livremente, sem nenhum sofrimento. È mesmo se como estivesse preso e as grades se abrissem. A morte para ele significa liberdade, e sente-se feliz porque cumpriu seus deveres ante a vida. Mas, sempre ocorre isto desatando laços. E é nesse caso que deves preparar o teu próprio desenlace todos os dias, pela leitura espiritual, pelas orações, e, acima de tudo, pela reforma dos costumes em todos os momentos da tua existência. Quem prepara o próprio coração para essa hora inesperada, recebe o prêmio do bem-estar e a tranqüilidade fornecida pela esperança.
A oração tem uma força poderosa no momento da desencarnação; ela é capaz de atrair almas iluminadas e, nesse ambiente, poder-se-á ajudar o desencarnante a se livrar do velho fardo e, por vezes, ser levado para lugares de recuperação espiritual. Não esperes, meu irmão, a morte chegar, para compreenderes o sentido da vida espiritual; começa hoje mesmo a te educares, a educar o teus impulsos inferiores, para que eles não sirvam de espinhos nos teus caminhos além do tumulo.

fonte: Livro Filosofia Espírita ( Miramez, João Nunes Maia)

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

DO DESÂNIMO : O PODER DAS TREVAS


 
Neio Lúcio
 
Centralizando-se a palestra no estudo das tentações, contou Jesus, sorridente:
— Um valoroso servidor do Pai movimentava-se, galhardamente, em populosa cidade de pecadores, com tamanho devotamento à fé e à caridade, que os Espíritos do Mal se impacientaram em contemplando tanta abnegação e desprendimento. Depois de lhe armarem os mais perigosos laços, sem resultado, enviaram um representante ao Gênio da Trevas, a fim de ouvi-lo a respeito.
Um companheiro de consciência enegrecida recebeu a incumbência e partiu.
O Grande Adversário escutou o caso, atenciosamente, e recomendou ao Diabo Menor que apresentasse sugestões.
O subordinado falou, com ênfase:
— Não poderíamos despojá-lo de todos os bens?
— Isto, não — disse o perverso orientador —; para um servo dessa têmpera a perda dos recursos materiais é libertação. Encontraria, assim, mil meios diferentes para aumentar suas contribuições à Humanidade.
— Então, castigar-lhe-emos a família, dispersando-a e constrangendo-lhe os filhos a enchê-lo de opróbrio e ingratidão... — aventou o pequeno perturbador, reticencioso.
O perseguidor maior, no entanto, emitiu gargalhada franca e objetou:
— Não vês que, desse modo, se integraria facilmente com a família total que é a multidão?
O embaixador, desapontado, acentuou:
— Será talvez conveniente lhe flagelemos o corpo; crivá-lo-emos de feridas e aflições.
— Nada disto — acrescentou o gênio satânico —, ele acharia meios de afervorar-se na confiança e aproveitaria o ensejo para provocar a renovação íntima de muita gente, pelo exercício da paciência e da serenidade na dor.
— Movimentaremos a calúnia, a suspeita e o ódio gratuito dos outros contra ele! — clamou o emissário.
— Para quê? — tornou o Espírito das Sombras. — Transformar-se-ia num mártir, redentor de muitos. Valer-se-ia de toda perseguição para melhor engrandecer-se, diante do Céu.
Exasperado, agora, o demônio menor aduziu:
— Será, enfim, mais aconselhável que o assassinemos sem piedade...
— Que dizes? — redargüiu a Inteligência perversa — A morte ser-lhe-ia a mais doce bênção por reconduzi-lo às claridades do Paraíso.
E vendo que o aprendiz vencido se calava, humilde, o Adversário Maior fez expressivo movimento de olhos e aconselhou, loquaz:
— Não sejas tolo. Volta e dize a esse homem que ele é um zero na Criação, que não passa de mesquinho verme desconhecido...Impõe-lhe o conhecimento da própria pequenez, a fim de que jamais se engrandeça, e verás...
O enviado regressou satisfeito e pôs em prática o método recebido.
Rodeou o valente servidor com pensamentos de desvalia, acerca de sua pretendida insignificância e desfechou-lhe perguntas mentais como estas: “como te atreves a admitir algum valor em tuas obras destinadas ao pó? Não te sentes simples joguete de paixões inferiores da carne? Não te envergonhas da animalidade que trazes no ser? Que pode um grão de areia perdido no deserto? Não te reconheces na posição de obscuro fragmento de lama?”
O valoroso colaborador interrompeu as atividades que lhe diziam respeito e, depois de escutar longamente as perigosas insinuações, olvidou que a oliveira frondosa começa no grelo frágil e deitou-se, desalentado, no leito do desânimo e da humilhação, para despertar somente na hora em que a morte lhe descortinava o infinito da vida.
Silenciou Jesus, contemplando a noite calma...
Simão Pedro pronunciou uma prece sentida e os apóstolos, em companhia dos demais, se despediram, nessa noite, cismarentos e espantadiços.
 
                      -*-
 
 
O homem que se aborrece
Clamando fastio, a esmo,
Encontrou tempo excessivo
Para cuidar se si mesmo.
Casimiro Cunha
 
                      -*-
Pensamento lapidar
Que não se pode esquecer:
Quem pára de trabalhar
Começa logo a morrer.
Leôncio Correia
 
                      -*-
Lembre-se de que você mesmo é:
o melhor secretário de sua tarefa,
o mais eficiente propagandista de seus ideais,
a mais clara demonstração de seus princípios,
o mais alto padrão do ensino superior que seu espírito abraça,
E a mensagem viva das elevadas noções que você transmite aos outros.
 
André Luiz
 
Do livro Idéias e Ilustrações. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

NA EDIFICAÇÃO DA FÉ


Emmanuel

 
Ninguém edificará o santuário da fé no coração, sem associar-se, com toda alma, ao trabalho, naquilo que o trabalho oferece de belo e de superior dentro da vida.
                                                                     *
Para alcançar, porém, a divina construção, não nos basta os primores intelectuais, a eloqüência preciosa, o êxtase contemplativo ou a desenvoltura dos cálculos no campo da inteligência.
                                                                     *
Grandes gênios do raciocínio são, por vezes, demônios da tirania e da morte.
                                                                     *
Admiráveis doutrinadores, em muitas ocasiões, são vitrinas de palavras brilhantes e vazias.
                                                                     *
Muitos adoradores da Divindade, frequentemente, mergulham na preguiça a pretexto de cultuar a Glória Celeste.
                                                                     *
Famosos matemáticos, não raro, são símbolos de sagacidade e exploração inferior.
                                                                     *
Amemos o trabalho que a Eterna Sabedoria nos conferiu, onde nos situamos, afeiçoando-nos à sua execução sempre mais nobre, cada dia, e seremos premiados pela grande compreensão, matriz abençoada de toda a confiança, de toda a serenidade e de todo o engrandecimento do espírito.
                                                                     *
Para penetrar os segredos da estatuária, o escultor repete os golpes do buril milhões de vezes.
                                                                     *
Para produzir o vaso de que se orgulhará em sua missão bem cumprida, o oleiro demora-se infinitamente ao contato da argila.
                                                                     *
Para expor as peças com que enriquecerá o conforto humano, o carpinteiro, de mil modos, recapitulará o aprimoramento do tronco bruto.
                                                                     *
Não te queixes se a fé ainda te não cora a razão.
                                                                     *
Consagra-te aos pequeninos sacrifícios, na esfera de tuas diárias obrigações, à frente dos outros, cede de ti mesmo, exercita a bondade, inflama o otimismo por onde passes, planta a gentileza ao redor de teus sonhos, movimenta-te no ideal de sublimação que elegeste para lavo de teu destino...
                                                                     *
Aprende a repetir para que te aperfeiçoes...
                                                                     *
Não vale fixar indefinidamente as estrelas, amaldiçoando as trevas que ainda nos cercam.
                                                                     *
Acendamos a vela humilde de nossa boa vontade, no chão de nossa pobreza individual, para que as sombras terrestres diminuam e o esplendor solar sintonizar-se-á com a nossa flama singela.
                                                                     *
A tomada insignificante é o refletor da usina, quando ligada aos seus poderosos padrões de força.
                                                                     *
Confessemos Jesus em nossos atos de cada hora, renovando-nos com ELE, avançando felizes em SEU roteiro de renunciação, auxiliando a todos e servindo cada vez mais, em SEU NOME, e, de inesperado, reconheceremos nossa alma inundada por alegria indizível e por silenciosa luz...
                                                                     *
É que o trabalho de comunhão como o Mestre terá realizado em nós a Sua Obra Gloriosa e a fé perfeita e divina, por tesouro inalienável, brilhará conosco, definitivamente incorporada à nossa vida e ao nosso coração.

Da Obra “A Verdade Responde” – Espíritos: Emmanuel E André Luiz – Médium: Francisco Cândido Xavier
Digitado por: Lúcia Aydir