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sábado, 10 de agosto de 2013

CONVITE À ORDEM

CONVITE À ORDEM
“Mas faça-se tudo com decência e ordem.”
(1ª Epístola aos Coríntios: capítulo 14º, versículo 40.)
Ninguém desconsidere o imperativo da ordem, sejam quais forem os
argumentos nos quais estribe as próprias reações.
Ordem é sinônimo de evolução, de equilíbrio. Muitas vezes, constrangidos
pelas circunstâncias, somos convocados à rebelião na pressuposição de que
arrebentando as amarras a que nos atamos poderemos fruir liberdade.
Liberdade, todavia, que não se condiciona a diretrizes de segurança, mui
facilmente se converte em indisciplina que promove a anarquia e favorece a
libertinagem...
A ordem conduz ao entendimento dos deveres que ampliam as
possibilidades do ser a benefício do progresso.
Nesse particular a obediência às normativas superiores é dever
impostergável para os superiores resultados da vida.
Como devem os pais responsabilidade e esforço em prol da educação e da
preservação dos filhos, a estes cabem a submissão e a obediência.
Nem a chocante subserviência às condições arbitrárias, nem a indiferença
em face aos desvarios que se avolumam por toda parte.
Ordem significa, também, subordinação à Divina Vontade sem exigências
nem imposições.
Indispensável compreender a escala da evolução que a todos nos
identifica e a todos nos caracteriza. Assim considerando, há aqueles que são
os responsáveis pelo progresso, impulsionando a conquista e aqueles que são
cooperadores em diversos estágios do trabalho edificante. Contribuindo com
humildade e resignação, o homem se transforma em verdadeiro instrumento do
bem, desdobrando possibilidades e mantendo as condições de eficiência para
o engrandecimento do mundo e das demais criaturas.
Em toda parte a ordem é mensagem de Deus testificando a Sua
Imarcescível Grandeza e Perfeição.

CONVITE AO EXAME

CONVITE AO EXAME
“Ponde tudo à prova, retende o que é bom.”
(1º Tessalonicenses: capítulo 5-21.)
A vida submete-te a cada instante a rigorosos exames, severas provas,
através de cujos resultados credencias-te a investimentos maiores e à
utilização de valores mais expressivos.
Nem sempre consegues discernir quando estás sob testes, tão sutis se
apresentam ou em currículo de aprendizagem, tão profundos e insondáveis são
os misteres da Lei Divina.
Justo que estejas vigilante, em atitude de cuidadoso comportamento.
O rio das oportunidades passa com suas águas sem que retornem nas
mesmas circunstâncias ou situação.
O milagre da hora azada não se repete como seria de desejar, impelindo o
homem ao salutar aproveitamento do instante.
Conveniente examinar, também, as ocorrências, as concessões, as lições
do caminho, de modo a retirar o que seja de bom, para aproveitamento que armazenarás
a benefício próprio.
Não impeças a informação de alguém interessado em auxiliar-te, mesmo
que isto te pareça desagradável. Todos temos algo a ensinar a outrem.
Não sejas aprioristicamente contra isto ou aquilo, antes de conhecer o
conteúdo. Sábio verdadeiramente, é todo aquele que consegue descobrir o
lado útil das pessoas e das coisas.
Não negues a atenção a um problema que te chega, embora a solução
possa esperar um pouco. A cada labor seu necessário cuidado.
Enquanto na Terra todos nos encontramos em reparos, reformas,
aprendizagens.
Examinar o que nos chega, como nos chega e penetrar na fonte do
conhecimento, para, conforme o Apóstolo Tarsense, reter o que é bom,
representa valiosa conquista que nos não cabe subestimar.
Jesus, não obstante a grandeza da Sua tarefa entre os homens, examinou
todos os problemas que lhe chegavam, apresentando soluções simples e carinhosas,
comparando e atendendo às solicitações diversas, perscrutando tudo
todos e tecendo a túnica nupcial do seu perene noivado com a Humanidade,
através das coisas mais insignificantes a que emprestava beleza e magnitude,
conseguindo, inclusive, transformar a cruz da desonra em símbolo de estoicismo
e nobreza, depois que transitou carregando-a e nela deixando-se
martirizar.

Livro Convite a Vida . Joana de Angelis/Divaldo

CONVITE AO EQUILÍBRIO

CONVITE AO EQUILÍBRIO
“... Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e
Honra”.
(1º TESSALONICENSES: capítulo 4º, versículo 4.)
Não há como negá-lo. Profundamente vinculados ao espírito, os hábitos
decorrem do uso correto ou não que se imprimem às funções desta ou daquela
natureza.
No que diz respeito às experiências sexuais, pela imposição procriativa,
atendendo à lei de reprodução, o espírito no corpo engendra as grades do presídio
em forma de viciações escravizantes ou as asas da sublimação
libertadora.
A generalidade das pessoas, no entanto, padece a constrição dos apelos
da retaguarda primitiva, fugindo, a princípio impensadamente, e depois em
consciência às responsabilidades em relação ao aparelho genésico,
mergulhando nos fundos fossos dos vícios cruéis, nos quais a jaula da loucura
aprisiona em longo curso aqueles que nela se adentram precipitadamente.
Por isso, sejam quais forem as chamadas liberações morais que te
facultem o abuso, resguarda-te no equilíbrio.
Não te permitas fascinar pela falsa tolerância que desborda em conivência
de indignidade, porqüanto, mesmo que as condições sociais legalizem estes ou
aqueles atentados à moral e ao pudor, dando-lhes cidadania, a má aplicação
das forças genésicas produzirá em ti mesmo lamentáveis processos de ulceração
espiritual de presença demorada...
Homossexualismo, heterossexualismo, obedecem a programas liberativos
que ao espírito são impostos por indispensável necessidade de disciplina da
vontade e corrigenda moral.
Respeita, assim, nos limites que a vida te coloca ao alcance da evolução,
a oportunidade redentora de que não te podes furtar.
E se te encontras em regime liberativo, sem feridas de qualquer natureza
não resvales nos compromissos negativos, para que não retornes estigmatizado
pelas chagas que hoje são exibidas ao aplauso como ao sarcasmo no
desfile das ruas e nos veículos de comunicação, produzindo cinismo e vilania,
longe de qualquer terapêutica educativa ou saneadora.
Equilíbrio em qualquer circunstância como sinal de vitória sobre as paixões
e de renovação na luta.
Nesse sentido a recomendação do Apóstolo Paulo não dá margem a
qualquer eufemismo: “Que vos abstenhais da prostituição.”

Convite a vida por Joana de Angelis/Divaldo

CONVITE À CONTINÊNCIA

CONVITE À CONTINÊNCIA
“... A vossa santificação que vos abstenhais da prostituição.”
(1º TESSALONICENSES: capítulo 4º, versículo 3.)
Referimo-nos ao equilíbrio no uso das funções sexuais, em face dos
modernos conceitos éticos, estribados nas mais vulgares expressões do
sensualismo e da perversão.
Disciplina moral, como condição de paz fomentadora de ordem física e
psíquica, nos diversos departamentos celulares do corpo que te serve de veículo
à evolução.
A mente atormentada por falsas necessidades, responsabiliza-se por
disfunções glandulares, que perturbam a boa marcha das organizações
fisiológica e psicológica do homem.
Entre as necessidades sexuais normais, perfeitamente controláveis, e as
ingentes exigências do condicionamento a que o indivíduo se permite por educação,
por sociabilidade, por desvirtuamento, há a fuga espetacular para os
prazeres da função descabida do aparelho genésico, de cujo abuso só mais
tarde aparecem as conseqüências físicas, emocionais e psíquicas, em quadros
de grave comprometimento moral.
Em todos os tempos, o desregramento sexual dos homens tem sido
responsável por crises sérias no estatuto das Nações. Guerras cruéis que
assolaram povos, arbitrariedades cometidas em larga escala, em toda parte,
absurdos do poder exorbitante, perseguições inomináveis, contínuas, tragédias
bem urdidas, crimes nefandos têm recebido os ingredientes básicos das
distonias decorrentes do sexo em desalinho, eito de maldições e poste de
suplícios intérminos para quantos se lhe tornam áulicos subservientes.
Quedas espetaculares na rampa da alucinação, homicídios culposos,
latrocínios infelizes e perversões sem conta fazem a estatística dos disparates
nefandos do sexo em descontrole, perfeitamente adotado pela falsa cultura
hodierna.
Continência, portanto, enquanto as forças do equilíbrio íntimo se fazem
condutoras da marcha orgânica.
Dieta salutar, enquanto o matrimônio não se encarrega de propiciar a
harmonia indispensável para a jornada afetiva.
Mesmo na vida conjugal, se desejas estabelecer normas para a felicidade,
cuida-te da licenciosidade perniciosa, do abuso perturbador, da imaginação em
desvario...
Se te parecerem difíceis os exercícios de continência, recorda-te da oração
e mergulha a mente nos rios da prece, onde haurirás resistência contra o mal e
inspiração para o bem.
Quando, porém, te sentires mais açulado e inquieto, a ponto de cair,
refaze-te através do passe restaurador de forças e da água fluidificada, capazes
de ajudar-te na empresa mantenedora da harmonia necessária ao
progresso do teu espírito, na atual conjuntura carnal, evitando a prostituição
dos costumes sempre em voga, responsável por mil desditas desde há muito.

Do Livro Convite a Vida por Joana de Angelis

CONVITE À ALEGRIA


“Mas eu vos tornarei a ver e o vosso coração se encherá de alegria e
essa alegria ninguém vo-la tirará.”
(João: capítulo 16º, versículo 22.)

A constrição(pressão) dos muitos problemas a pouco e pouco vem deixando ressaibos(sinais) de amarguras e tens a impressão de que os melhores planos traçados nos painéis da esperança, agora são lembranças que a dura realidade
venceu.

Tantos esforços demoradamente envidados (empregados) parecem redundar(resultar) em lamentáveis escombros.

A fortuna fácil que alguns amigos granjearam e o êxito na ribalta social por outros lobrigado, afirmam o que consideras o fracasso das tuas aspirações.

Na jornada quotidiana “marcas passos”.

Na disputa das posições segues ladeira acima.

No círculo das amizades cais na “rampa do desprezo”.

No reduto da família és um “estranho em casa Aguilhões e escolhos surgem, multiplicam-se e estás a ponto de desistir.

Mesmo assim, cultiva a alegria.
Sorri ante a dadivosa oportunidade de ascender em espírito, quando outros estacionam ou decaem.

Exulta por dispores do tesouro que é a oportunidade feliz de não apenas te libertares das dívidas como também granjeares títulos de enobrecimento interior.

Rejubila-te com a honra de liberar-te quando outros se comprometem.

Triunfos e lauréis são antes responsabilidades e empréstimos de que somente poucos, quase raros espíritos conseguem desincumbir-se sem gravames ou insucessos dolorosos.

O sol que oscula a fonte e rocia a pétala da rosa é o mesmo que aquece o charco e o transforma, em nome do Nosso Pai, como a dizer-nos que o Seu amor nos chega sempre em qualquer situação e lugar em que nos encontremos.

Recorda a promessa de Jesus de voltar a encontrar-se contigo, dando-te a alegria que ninguém poderá tomar.

Cultiva, assim, a alegria, que independe das coisas de fora, mas que nasce na fonte cantante e abençoada do solo do coração e verte linfa abundante como rio de paz, por todos os dias até a hora da libertação — começo feliz da via por onde seguirás na busca da ventura plena.

Do Livro Convite a Vida . Joana de Angelis

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

CIVILIZAÇÃO E SOLIDARIEDADE


Emmanuel
 
Numerosos os companheiros que se crêem modelos acabados de humanismo. São repositórios vivos da cultura de todos os tempos. Descerram ilimitados horizontes à inteligência e, debruçados sobre publicações, falam de ciência e filosofia, dominando os mais altos conhecimentos.
*
Entretanto, não toleram o mínimo contato com os sofrimentos do próximo.
*
Nada sabem acerca das criaturas que se arrastam, em torno das peças primorosas que pronunciam.
Supõem-se líderes de educação e progresso, mas admitem como sendo indignidade para eles o trato pessoal com o homem calejado no trabalho que o alfabeto ainda não alcançou; julgam impropriedade, na altura em que se encontram, qualquer atenção caridosa para com as mães abandonadas em telheiros de angustia; acreditam que lhes é inconveniente assumir responsabilidade na proteção à criança que abordou o plano físico pelo renascimento considerado ilegal e categorizam por marginais pobres irmãos que tombam na estrada, enfermos e subnutridos...
Emitem conceitos profundos, em matéria de espiritualidade e religião, mas desconhecem totalmente os desesperados, os ignorantes, os obsessos, os toxicômanos, as vítimas do aborto, os desempregados, os descrentes, os velhos banidos do lar, os recalcados quase sempre no rumo de penitenciárias ou manicômios, os parias sociais de todas as procedências...
*
Exaltemos a técnica e desenvolvamos o saber, sem os quais a vida terrena jazeria indefinidamente na selva, mas inclinemo-nos na direção dos que carregam fardos mais pesados do que os nossos, honorificando a solidariedade.
Penetremos os recessos da psicologia da nossa época, auscultemos os problemas, as aflições, as provas e as necessidades que nos rodeiam, oferecendo o concurso de que sejamos capazes à solução e ao amparo de que careçam nossos irmãos ainda infelizes.
*
Não somos chamados tão-somente a viver e aprender, mas também a conviver e auxiliar.
*
Civilização sem amor é subida espetacular para salto nas trevas.
Cultura que não guia a retaguarda, por intermédio de compaixão e serviço, é comparável à indiferença do pastor que entrega o rebanho aos lobos da violência.
 
Fonte: Do Livro “Seguindo Juntos” Francisco Cândido Xavier/Espíritos Diversos
Digitalizado por: Cleusa Marcusso

 

ADULTÉRIO E PROSTITUIÇÃO

 Emmanuel

Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado, disse Jesus.
Esta sentença faz da indulgência um dever para nós outros porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência.
Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos.
Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.
Do item 13, do Cap. X, de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
 
É curioso notar que Jesus, em se tratando de faltas e quedas, nos domínios do espírito, haja escolhido aquela da mulher, em falhas do sexo, para pronunciar a sua inolvidável sentença: "aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra".
Dir-se-ia que no rol das defecções, deserções, fraquezas e delitos do mundo, os problemas afetivos se mostram de tal modo encravados no ser humano que pessoa alguma da Terra haja escapado, no cardume das existências consecutivas, aos chamados "erros do amor".
Penetre cada um de nós os recessos da própria alma, e, se consegue apresentar comportamento irrepreensível, no imediatismo da vida prática, ante os dias que correm, indague-se, com sinceridade, quanto às próprias tendências.
Quem não haja varado transes difíceis, nas áreas do coração, no período da reencarnação em que se encontre, investigue as próprias inclinações e anseios no campo íntimo, e, em sã consciência, verificará que não se acha ausente do emaranhado de conflitos, que remanescem do acervo de lutas sexuais da Humanidade.
Desses embates multimilenares, restam, ainda, por feridas sangrentas no organismo da coletividade, o adultério que, de futuro, será classificado na patologia das doenças da alma, extinguindo-se, por fim, com remédio adequado, e a prostituição que reúne em si homens e mulheres que se entregam às relações sexuais, mediante paga, estabelecendo mercados afetivos.
Qual ocorre aos flagelos da guerra, da pirataria, da violência homicida e da escravidão que acompanham a comunidade terrestre, há milênios, diluindo-se, muito pouco a pouco, o adultério e a prostituição ainda permanecem, na Terra, por instrumentos de prova e expiação, destinados naturalmente a desaparecer, na equação dos direitos do homem e da mulher, que se harmonizarão pelo mesmo peso, na balança do progresso e da vida.
Note-se que o lenocínio de hoje, conquanto situado fora da lei, é o herdeiro dos bordéis autorizados por regulamentação oficial, em muitas regiões, como sucedia notadamente na Grécia e na Roma antigas, em que os estabelecimentos dessa natureza eram constantemente nutridos por levas de jovens mulheres orientais, direta ou indiretamente adquiridas, à feição de alimárias, para misteres de aluguel.
Tantos foram os desvarios dos Espíritos em evolução no Planeta – Espíritos entre os quais muito raros de nós, os companheiros da Terra, não nos achamos incluídos - que decerto Jesus, personalizando na mulher sofredora a família humana, pronunciou a inesquecível sentença, convocando os homens, supostamente puros em matéria de sexualidade, a lançarem sobre a companheira infeliz a primeira pedra.
Evidentemente, o mundo avança para mais elevadas condições de existência.
Fenômenos de transição explodem aqui e ali, comunicando renovação.
E, com semelhantes ocorrências, surge para as nações o problema da educação espiritual, para que a educação do sexo não se faça irrisão com palavras brilhantes mascarando a licenciosidade.
Quando cada criatura for respeitada em seu foro íntimo, para que o amor se consagre por vínculo divino, muito mais de alma para alma que de corpo para corpo, com a dignidade do trabalho e do aperfeiçoamento pessoal luzindo na presença de cada uma, então os conceitos de adultério e prostituição se farão distanciados do cotidiano, de vez que a compreensão apaziguará o coração humano e a chamada desventura afetiva não terá razão de ser.
Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Vida e Sexo
 

UNIÃO INFELIZ


 Emmanuel
Pergunta - Qual o fim objetivado com a reencarnação?
Resposta - Expiação.melhoramento progressivo da Humanidade.
Sem isto, onde a justiça?
Item n° 167, de "O livro dos Espíritos".

Dolorosa, sem dúvida, a união considerada menos feliz.
E, claro, que não existe obrigatoriedade para que alguém suporte, a contragosto, a truculência ou o peso de alguém, ponderando-se que todo espírito é livre no pensamento para definir-se, quanto às próprias resoluções.
Que haja, porém, equilíbrio suficiente nos casais unidos pelo compromisso afetivo, para que não percam a oportunidade de construir a verdadeira libertação.
Indiscutivelmente, os débitos que abraçamos são anotados na Contabilidade da Vida; todavia, antes que a vida os registe por fora, grava em nós mesmos, em toda a extensão, o montante e os característicos de nossas faltas.
A pedra que atiramos no próximo talvez não volte sobre nós em forma de pedra, mas permanece conosco na figura de sofrimento.
E, enquanto não se remove a causa da angústia, os efeitos dela perduram sempre, tanto quanto não se extingue a moléstia, em definitivo, se não a eliminamos na origem do mal.
Nas ligações terrenas, encontramos as grandes alegrias; no entanto, é também dentro delas que somos habitualmente defrontados pelas mais duras provações.
Isso porque, embora não percebamos de imediato, recebemos, quase sempre, no companheiro ou na companheira da vida intima, os reflexos de nós próprios.
É natural que todas as conjunções afetivas no mundo se nos figurem como sendo encantados jardins, enaltecidos de beleza e perfume, lembrando livros de educação, cujo prefácio nos enleva com a exaltação dos objetivos por atingir.
A existência física, entretanto, é processo específico de evolução, nas áreas do tempo, e assim como o aluno nenhuma vantagem obterá da escola se não passa dos ornamentos exteriores do educandário em que se matricula, o espírito encarnado nenhum proveito recolheria do casamento, caso pretendesse imobilizar-se no êxtase do noivado.
Os princípios cármicos desenovelam-se com as horas.
Provas, tentações, crises salvadoras ou situações expiatórias surgem na ocasião exata, na ordem em que se nos recapitulam oportunidades e experiências, qual ocorre à semente que, devidamente plantada, oferece o fruto em tempo certo.
O matrimônio pode ser precedido de doçura e esperança, mas isso não impede que os dias subseqüentes, em sua marcha incessante, tragam aos cônjuges os resultados das próprias criações que deixaram para trás.
A mudança espera todas as criaturas nos caminhos do Universo, a fim de que a renovação nos aprimore.
A jovem suave que hoje nos fascina, para a ligação afetiva, em muitos casos será talvez amanhã a mulher transformada, capaz de impor-nos dificuldades enormes para a consecução da felicidade; no entanto, essa mesma jovem suave foi, no passado - em existências já transcorridas -, a vítima de nós mesmos, quando lhe infligimos os golpes de nossa própria deslealdade ou inconseqüência, convertendo-a na mulher temperamental ou infiel que nos cabe agora relevar e retificar.
O rapaz distinto que atrai presentemente a companheira, para os laços da comunhão mais profunda, bastas vezes será provavelmente depois o homem cruel e desorientado, suscetível de constrangê-la a carregar todo um calvário de aflições, incompatíveis com os anseios de ventura que lhe palpitam na alma.
Esse mesmo rapaz distinto, porém, foi no pretérito - em existências que já se foram – a vítima dela própria, quando, desregrada ou caprichosa, lhe desfigurou o caráter, metamorfoseando-o no homem vicioso ou fingido que lhe compete tolerar e reeducar.
Toda vez que amamos alguém e nos entregamos a esse alguém, no ajuste sexual, ansiando por não nos desligarmos desse alguém, para depois somente depois - surpreender nesse alguém defeitos e nódoas que antes não víamos, estamos à frente de criatura anteriormente dilapidada por nós, a ferir-nos justamente nos pontos em que a prejudicamos, no passado, não só a cobrar-nos o pagamento de contas certas, mas, sobretudo, a esmolar-nos compreensão e assistência, tolerância e misericórdia, para que se refaça ante as leis do destino.
A união suposta infeliz deixa de ser, portanto, um cárcere de lágrimas para ser um educandário bendito, onde o espírito equilibrado e afetuoso, longe de abraçar a deserção, aceita, sempre que possível, o companheiro ou a companheira que mereceu ou de que necessita, a fim de quitar-se com os princípios de causa e efeito, liberando-se das sombras de ontem para elevar-se, em silenciosa vitória sobre si mesmo, para os domínios da luz.
Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Vida e Sexo

A CARNE É FRACA?


 Emmanuel

Não olvides que a boa palavra é combustível de amor para que a chama da prece te clareie o caminho.
Guarda-a contigo por talento da caridade e a simpatia da vida prestigiar-te-á todas as petições.
Em casa, será o pão de alegria com que entreterás a confiança na lareira doméstica.
Na via pública, angariar-te-á o socorro da gentileza para que teu passo seja mantido com segurança.
Junto aos amigos, dar-te-á de retorno o estímulo ao trabalho que o mundo te solicita desempenhar.
Perante os adversários, transformar-se-á em respeito e admiração no ânimo de quantos ainda te não possam compreender.
Ante o ministério público dos que foram chamados a administrar, ser-te-á nota de crédito e gratidão na justiça que pede o amparo e o entendimento de todos.
Lembra-te de que a palavra edificante será sempre doação de teu pensamento e de tua boca, beneficiando a senda em que transites, e, seja ensinando nas assembléias ou conversando na intimidade, omite toda a imagem do mal para que o bem reine sempre.
A frase construtiva e generosa é princípio de solução nos mais complicados processos de sofrimento.
Unge o dom de falar no bálsamo que lhe flui da faculdade de levantar e servir, e a tua oração, quando proferida, influenciará todas as almas que te partilham a marcha, à feição de luz fendendo o espaço em raio ascendente de esperança, para trazer-te a resposta do Céu, por intermédio daqueles que te acompanham, com a força da realização e com a suavidade da bênção.
 
Fonte: Livro “Trevo de idéias” – Autor Francisco Cândido Xavier pelo Espírito de Emmanuel
Digitado por: Lílian Figueiredo Silva

JESUS E KARDEC

 Emmanuel

Ante a Revelação Divina, assevera Jesus:
- “Eu não vim destruir a Lei.”
E reafirma Allan Kardec:
- “Também o Espiritismo diz: - não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução.”
Perante a grandeza da vida, exclama o Divino Mestre:
- “Há muitas moradas na casa de meu Pai.”
E Allan Kardec acentua:
- “A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem aos Espíritos, que neles reencarnam, moradas correspondentes ao adiantamento que lhes é próprio.”
Exalçando a lei de amor que rege o destino de todas as criaturas, advertiu-nos o Senhor:
- “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”
E Allan Kardec proclama:
- “Fora da caridade não há salvação.”
Destacando a necessidade de progresso para o conhecimento e para a virtude, recomenda o Cristo:
- “Não oculteis a candeia sob o alqueire.”
E Allan Kardec acrescenta:
- “Para ser proveitosa, tem a fé que ser ativa; não deve entorpecer-se.”
Encarecendo o imperativo do esforço próprio, sentencia o Senhor:
- “Buscai e achareis.”
E Allan Kardec dispõe:
- “Ajuda a ti mesmo que o Céu te ajudará.”
Salientando o impositivo da educação, disse o Excelso Orientador:
- “Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai Celestial.”
E AIlan Kardec adiciona:
- “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar as inclinações infelizes.”
Enaltecendo o espírito de serviço, notificou o Eterno Amigo:
- “Meu Pai trabalha até hoje e eu trabalho também’’
E Allan Kardec confirma:
- “Se Deus houvesse isentado o homem do trabalho corpóreo, seus membros ter-se-iam atrofiado, e, se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal.”
Louvando a responsabilidade, ponderou o Senhor:
- “Muito se pedirá a quem muito recebeu.”
E Allan Kardec conclui:
- “Aos espíritas muito será pedido, porque muito hão recebido.”
Exaltando a filosofia da evolução, através das existências numerosas que nos aperfeiçoam o ser, na reencarnação necessária, esclarece o Excelso Instrutor:
- “Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo.”
E Allan Kardec conclama:
- “Nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.”
Consagrando a elevada missão da verdadeira ciência, avisa o Mestre dos Mestres:
- “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres.”
E Allan Kardec anuncia:
- ‘‘Fé inabalável só é aquela que pode encarar a razão face a face.’’
Tão extremamente identificado com o Mestre Divino surge o Apóstolo da Codificação, que os augustos mensageiros, que lhe supervisionam a obra, foram positivos nesta síntese que recolhemos da Resposta à Pergunta número 627, em O Livro dos Espíritos:
- “Estamos incumbidos de preparar o Reino do Bem que Jesus anunciou.”
Eis por que, ante o primeiro centenário das páginas basilares da Codificação, saudamos no Espiritismo – Chama da Fé Viva a resplender sobre o combustível da Filosofia e da Ciência – o Cristianismo Restaurado ou a Religião do Amor e da Sabedoria, que, partindo do Espírito Sublime de Nosso Senhor Jesus Cristo, encontrou em Allan Kardec o fiel refletor para a libertação e ascensão da Humanidade inteira.
 
 
Fonte: Livro “Trevo de idéias” – Autor Francisco Cândido Xavier pelo Espírito de Emmanuel
Digitado por: Lílian Figueiredo Silva