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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

RENUNCIAÇÃO CRISTÃ:"...Renunciemos à satisfação de sermos amados ou compreendidos por nossos familiares, servindo-os e auxiliando-os, cada vez mais..."


Emmanuel
Quando Jesus nos concitava à renunciação aos laços consaguíneos para buscar-lhe o Reino de Amor e Luz, não se propunha implantar entre nós o espinheiro do ódio ou o frio da indiferença. Proclamava, sim, o impositivo de nossa fidelidade a Deus, no cumprimento integral dos nossos deveres para com a Lei Divina que institui a Terra como sendo a nossa própria família.
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O Mestre nunca anulou a personalidade dos discípulos, à maneira do ditador humano que exige cega obediência à sua bandeira egocentrista, na clã política em que se lhe enraíza o precário poder. Preocupava-se, acima de tudo, em soerguer-nos o espírito para a responsabilidade de que somos detentores ante os princípios eternos que nos regem os destinos, em nome de Deus.
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Por isso mesmo, alertava o ânimo dos aprendizes para o leal desempenho dos compromissos que haviam esposado, à frente da Boa Nova, num mundo hostil e atormentado qual aquele em que se expandira o arbítrio romano, poderoso e dominador.
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Urgia estabelecer a coragem e consolidá-la no espírito dos seguidores que seriam compelidos, logo depois de seu sacrifício Supremo, a trezentos anos de suplício e aflição, violência e martírio, humilhação e morte.
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Por vezes, é necessário recorrer ao painel do passado para compreendermos a força de certas expressões que os séculos obscureceram e que hoje se afiguram sem maior significação, de nodo a lançarmos nova claridade no rumo do porvir.
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Estudando a essência da lição, sem as fronteiras acanhadas e asfixiantes da letra, podemos repetir que todos aqueles que se mostrem incapazes de esquecer o conforto doméstico ou de desvencilharem das vantagens e gratificações da existência física para o serviço a causa do bem, a benefício de todos, ainda não se mostram habilitados ao árduo trabalho na charrua do dever cristão bem atendido, porque se revelam excessivamente presos às veludosas algemas dos interesses imediatos na carne que passa breve.
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Quanto ao imperativo de renunciação propriamente considerado, não nos esqueçamos do padrão em que o próprio Mestre renunciou.
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Gênio Celeste, abandona o seu Império Resplendente de Glória para fazer-se escravo das criaturas: Governador da Terá, submete-se às convenções sociais do mundo, satisfazendo-lhe as exigências qual fora cidadão comum e Anjo Crucificado pela ingratidão dos próprios beneficiários, em ressurgindo da morte, fixa-se-lhe a atenção na volta generosa aos companheiros que o haviam esquecido e abandonado, a fim de reerguer-lhe a esperança e restabelecer-lhes a alegria.
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Renunciemos à satisfação de sermos amados ou compreendidos por nossos familiares, servindo-os e auxiliando-os, cada vez mais, tanto quanto o Senhor nos tem auxiliado e servido, não obstante as nossas velhas e reiteradas defecções, e estaremos praticando com segurança e valor, os Excelsos Ensinamentos.

Livro: Moradia de Luz

VELHA SOMBRA:"Em muitas ocasiões, a própria palavra é um asilo à preguiça despistadora, que se envolve no verbalismo fulgurante, para continuar arrojada à inutilidade e à prostração..."


Emmanuel
A grande e velha sombra que oculta habitualmente a candeia bruxuleante de nossa fé, muitas vezes, se exprime na espessa neblina da ociosidade mental, que nos entorpece os melhores impulsos para a construção do bem.
- o -
Preguiça de pensar com a própria cabeça...
Preguiça de sentir com o próprio coração...Preguiça de auxiliar...
Preguiça de fazer...
Preguiça de aprender...
Preguiça de ensinar...
- o -
Não acredites que bastaria a confissão em Cristo para dar aos outros o necessário testemunho de comunhão com o Evangelho de Amor e Luz.
- o -
Em muitas ocasiões, a própria palavra é um asilo à preguiça despistadora, que se envolve no verbalismo fulgurante, para continuar arrojada à inutilidade e à prostração.
- o -
Que a nossa frase se estenda em abençoada luz, revelando o Eterno Benfeitor que nos rege os destinos, mas que não nos exonere do dever do exemplo vivo, de vez que apenas na linguagem convincente das obrigações corretamente cumpridas é que seremos entendidos pelos companheiros de jornada no grande caminho da evolução.
- o –
Dissipemos o nevoeiro da preguiça que nos esconde o ideal de servir e avancemos, com diligência, no terreno da ação.
- o -
Evitemos seja colocada a lâmpada de nosso conhecimento sob o antigo velador do desculpismo e, exumando os braços e os recursos que estejamos conservando no frio da inércia, façamos da inteligência o arado de nosso amor, unindo cérebro e coração, alma e corpo, vida e entendimento, na construção da verdadeira fraternidade sobre a Terra, na certeza de que somente pelo trabalho incansável no bem é que nos transformaremos em instrumentos vivos nas realizações do Senhor.

Livro: Moradia de Luz

EVANGELIZAÇÃO PARA CRIANÇAS


Bezerra de Menezes
Que diz da existência, no Lar, de uma Escola Espírita de Evangelização? E da administração de aulas a crianças num Centro Espírita, no posto mediúnico? (A existência de um Grupo Espírita, para fins mediúnicos, num Lar, sabemos prejudicar a atmosfera psíquica).
“Consideramos que o Culto do Evangelho em casa pode funcionar e deve funcionar em apoio da Escola Espírita de Evangelização, sob amparo e supervisão dos pais que, a rigor, são os primeiros orientadores dos filhinhos.
Somos de opinião que o recinto de evangelização pública, num templo espírita, é sempre o lugar mais adequado à evangelização da criança, porquanto semelhante cenáculo do pão espiritual guarda consigo a natureza da escola.”
Será que uma Escola Espírita de Evangelização em uma entidade espírita corre o risco de prejudicar demais a formação do caráter das crianças, se os orientadores deixarem de observar para consigo mesmos certos requisitos como: cumprimento de horário, preparação criteriosa das aulas, assiduidade, etc.?
- “Perfeitamente. A primeira cartilha da criança, na escola da vida, é o exemplo dos adultos que a cercam”.
(Respostas dadas por Bezerra de Menezes, pelo médium Francisco Cândido Xavier, para a “Didática Especial de Espiritismo” elaborada pela Aliança Municipal Espírita de Juiz de Fora, 1970)

RENOVEMOS NOSSA MENTE


"O homem bom tira coisas boas do bom tesouro de seu coração; e o homem mau tira coisas más do mau tesouro de seu coração."(MATEUS, 12:35.)
Coração, no caso vertente, não é o órgão que exerce as funções de uma bomba impelindo o sangue na irrigação geral do nosso corpo.

Trata-se da natureza dos pensamentos e dos sentimentos que nosso espírito irradia, isto é: do estado de nossa mente; das visões, das imagens que cria e desenvolve; do modo e da maneira com que ela discerne e ajuíza de tudo que vemos, de tudo que cai sob o domínio da nossa percepção.

Da boa ou má função da mente depende a boa ou má direção que tomamos no caminho da vida; o bom ou mau Juízo que emitimos a propósito de todas as coisas; os bons ou os maus atos que praticamos.

Os nossos destinos estão na dependência direta da nossa mente: serão fatalmente o que ela determinar que sejam.
O primeiro passo, portanto, a dar, na obra de nossa salvação, deve constar do estudo meticuloso da nossa mente.
Que espécie de pensamentos engendramos?
Que gênero de visões e de imagens nossa mente se compraz em acalentar?
Como costumamos julgar os atos dos nossos semelhantes?
Que juízo fazemos de Deus e de sua justiça, do amor e do dever?
Que é que de preferência nos afeta mais profundamente?
Em suma, qual o nosso ideal?

Tal é, em resumo, o problema da vida.
Nada conseguiremos no sentido de nossa melhoria e de nosso progresso, sob qualquer aspecto, enquanto não prestarmos acurada atenção às condições de nossa mente.
Não haverá reforma possível em nosso caráter, sem que previamente se tenha verificado uma mudança em nossa mente.

O grande Paulo, profundo conhecedor da psicologia da evolução espiritual, assim escrevia aos romanos (Romanos, 12:1 e 2):
- "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; pois em tal importa o culto racional; e não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que saibais qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".

A doutrina de Paulo é, portanto, a reprodução da de Jesus.
Paulo empregou a palavra mente, e Jesus usou o termo coração.

A fonte de todo o bem é por sua vez a fonte de todo o mal.
É do coração ou da mente que procedem os pensamentos pecaminosos, o orgulho, o ódio, a inveja, o ciúme, as contendas, o dolo, a corrupção, a avareza.
Da mesma sorte, é do coração, é da mente que afloram os ideais puros e elevados, a palavra convincente e sincera, a virtude enfim sob os vários aspectos em que ela se desdobra.
A obra de nossa redenção depende, em síntese, da reforma de nossos corações, ou, na palavra de Paulo, da renovação da nossa mente.
Devemos, pois, cultivá-la, extirpando dela todas as formas de egoísmo, para dar lugar à frutificação das múltiplas modalidades do amor.
Tudo o mais que se pretenda fazer, fora desse trabalho de autoeducação da mente, não passa de um erro religioso, e de uma superstição.
Vinicius
Livro: O Mestre na Educação

EVOLUÇÃO E EDUCAÇÃO

-
Educar é tirar do interior. Nada se pode tirar de onde nada existe.
É possível desenvolver nossas potências anímicas, porque realmente elas existem no estado latente.
A evolução resulta da involução.
O que sobe da Terra é o que desceu do céu.

A diferença entre o sábio e o ignorante, o justo e o ímpio, o bom e o mau, procede de serem, uns, educados, outros não.
O sábio se tornou tal, exercitando com perseverança os seus poderes intelectuais.
O justo alcançou santidade cultivando com desvelo e carinho sua capacidade de sentir.
Foi de si próprios que eles desentranharam e desdobraram, pondo em evidência aquelas propriedades, de acordo com a sentença que o Divino Artífice insculpiu em suas Obras:
- "Crescei e multiplicai".

A verdade não surge de fora, como em geral se im¬gina: procede de nós mesmos.
"O Reino de Deus (que é o da verdade) não se manifestará com expressões externas, por isso que o Reino de Deus está dentro de vós."
Educar e extrair do interior e não assimilar do exterior.
É a verdade parcial, que está em nós, que se vai fundindo gradativamente com a verdade total que a tudo abrange.
É a luz própria, que bruxuleia em cada ser, que vai aumentando de intensidade à medida que se aproxima do Foco Supremo, donde proveio.
É a vida de cada indivíduo que se aprofunda e se desdobra em possibilidades quanto mais se identifica ele com a Fonte Perene da Vida Universal.
"Eu vim a este mundo para terdes vida, e vida em abundância."

O juízo que fazemos de tudo quanto os nossos sentidos apreendem no exterior está invariavelmente de acordo com as nossas condições interiores.
Vemos fora o reflexo do que temos dentro.
Somos como a semente que traz seus poderes germinativos ocultos no âmago de si própria.
As influências externas servem apenas para despertá-los.

Educar é evolver de dentro para fora, revelando, na forma perecível, a verdade, a luz e a vida imperecíveis e eternas, por isso que são as características de Deus, a cuja imagem e semelhança fomos criados.

Vinicius
Mestre na Educação

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

AS PAIXÕES

A Doutrina Espírita nos ensina que todas as paixões têm como princípio originário uma necessidade ou um sentimento natural, colocados em nosso âmago com o fim de estimular-nos ao trabalho e à conquista da felicidade.
"Deus é Amor" e, ao criar-nos, fêz-nos participantes de Sua natureza, isto é, dotados dessa virtude por excelência; carecendo apenas que a desenvolvamos e a depuremos, até a sublimação.
Houve por bem, então, tornar-nos sensíveis ao prazer para que cada um de nós, buscando-o, cultivasse o amor a si mesmo, para, numa outra etapa, ser capaz de estender esse amor aos semelhantes.
Pode parecer que a busca do prazer pessoal seja uma forma errônea, por sumamente egoísta, para que possa conduzir-nos à efetivação desse grandioso desiderato. Deus, porém, em Sua onisciência, sempre escolhe os melhores caminhos possíveis para o nosso progresso, e se assim há determinado é porque sabe que, sem experimentarmos, antes, quanto é bom o amor que nos devotamos e ao qual tudo sacrificamos, jamais chegaríamos ao extremo oposto, de sacrificar-nos por amor a outrem.
Os gozos que o mundo nos proporciona, entretanto, são regulados por leis divinas, que lhes estabelecem limites em função das reais necessidades de nosso corpo físico e dos justos anseios de nossa alma, e transpô-los ocasiona consequências tanto mais funestas quanto maiores sejam os desmandos cometidos.
Nisto, como em todo aprendizado que lhe cumpra fazer, seja de um ofício, de uma arte, ou do exercício de um poder qualquer, o homem começa causando, a si mesmo e ao próximo, mais prejuízos que benefícios.
E' que, em sua imensa ignorância, não sabe distinguir o uso do abuso, exagera suas necessidades e sentimentos, e é aí, no excesso, que aquelas e estes se transformam em paixões, provocando perturbações danosas ao seu organismo e ao seu psiquismo.
Apresentemos alguns exemplos:
Alimentar-nos é um imperativo da natureza, cujo atendimento é coisa que nos dá grande satisfação. Quantos, entretanto, façam dos "prazeres da mesa" a razão de sua existência, rendendo-se à glutonaria, mais dias, menos dias, terão que pagar, com a enfermidade, senão mesmo com a morte, o preço desse mau hábito.
Muito natural o nosso desejo de preparar dias melhores para nós e a nossa família, bem assim as lutas a que nos entregamos e os sacrifícios que nos impomos, visando a tal objetivo. Todavia, é preciso que essa preocupação pelo futuro não ultrapasse os limites do razoável, para que não se converta em obsessão.
A recreação, por outro lado, é uma exigência de nosso espírito, e os entretenimentos ocasionais valem por excelentes fatores de hiigiene mental. Infelizes, no entanto, os que, seduzidos pelas emoções de uma partida de baralho ou de víspora, pelo lucro fácil de um lance na roleta, ou quejandos, se deixem dominar pelo jogo! A desgraça não tardará a abatê-los, como abatidos têm sido todos quantos se escravizam a essa terrível viciação.
Calor excessivo ou frio intenso podem forçar-nos, vez por outra, a um refrigerante gelado ou a uma dose alcoólica, com o que nos dessedentamos, ou nos reconfortamos gostosamente. Mas todo cuidado será pouco para não descambarmos para a bebedice, pois seus malefícios, provam-no as estatísticas, assumem características de verdadeiro flagelo social.
Todos nós sentimos necessidade de dar e receber carinho, já que ninguém consegue ser feliz sem isso. É de todo conveniente, entretanto, repartir nosso afeto com os que pertencem ao nosso círculo familiar, estendê-lo a amigos e outros semelhantes, evitando concentrá-lo em uma só pessoa, fazendo depender unicamente dela o nosso interesse pela vida, pois, ao perder esse alguém, poderemos sofrer um golpe doloroso demais para ser suportado sem perda do equilíbrio espiritual.
Não há quem não deseje autoafirmar-se, mediante a realização de algo que corresponda às suas tendências dominantes, e daí porque alguns se atiram, com inusitado entusiasmo, a determinados estudos, outros se empolgam na procura ou no apuramento de uma nova técnica com que sonham projetar-se na especialidade de sua predileção, e outros ainda descuidam de tudo e de todos para devotar-se, inteiramente, às atividades artísticas ou científicas que os abrasam. Importa, porém, acautelar-nos com o perigo do monoideísmo, responsável por neuroses ou insânias de difícil recuperação.
Como se vê, o princípio das paixões nada tem de mau, visto que "assenta numa das condições providenciais de nossa existência", podendo inclusive, em certos casos e enquanto governadas, levar o homem a feitos nobilitantes.
Todo mal, repetimo-lo, reside no abuso que delas se faz.
Urge, portanto, que, na procura do melhor, do que nos traga maior soma de gozo, aprendamos a respeitar as leis da Vida, para que elas, inexoráveis como são, não se voltem contra nós, compelindo-nos a penosos processos de reajuste e reequilíbrio. (Cap. XII, q. 907 e seguintes.)
Rodolfo Calligaris
Livro: Leis Morais

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

MISSÃO DO ESPIRITISMO


A missão do Espiritismo, tanto quanto o ministério do Cristianismo, não será destruir as
escolas de fé, até agora existentes.
Cristo acolheu a revelação de Moisés.
A Doutrina dos Espíritos apóia os princípios superiores de todos os sistemas religiosos.
Jesus não critica a nenhum dos Profetas do Velho Testamento.
O Consolador Prometido não vem para censurar os pioneiros dessa ou daquela forma de
crer em Deus.
O Espiritismo é, acima de tudo, o processo libertador das consciências, a fim de que a
visão do homem alcance horizontes mais altos.
Há milênios, a mente humana gravita em derredor de patrimônios efêmeros, quais sejam
os da precária posse física, atormentada por pesadelos carnais de variada espécie.
Guerras de todos os matizes consomem-lhe as forças.
Flagelos de múltiplas expressões situam-lhe a existência em limitações aflitivas e
dolorosas.
Com a morte do corpo, não atinge a liberação.
Além-túmulo, prossegue atenta às imagens que a ilusão lhe armou no caminho,
escravizada a interesses inconfessáveis.
Em plena vida livre, guarda, ordinariamente, a posição da criatura que venda os olhos e
marcha, impermeável e cega, sob pesadas cargas a lhe dobrarem os ombros.
A obstinação em disputar satisfações egoísticas, entre os companheiros da carne,
constitui-lhe deplorável inibição e os preconceitos ruinosos, os terríveis enganos do
sentimento, os pontos de vista pessoais, as opiniões preconcebidas, as paixões
desvairadas, os laços enfermiços, as concepções cristalizadas, os propósitos menos
dignos, a imaginação intoxicada e os hábitos perniciosos representam fardos enormes
que constrangem a alma ao passo vacilante, de atenção voltada para as experiências
inferiores.
A nova fé vem alargar-lhe a senda para mais elevadas formas de evolução.
Chave de luz para os ensinamentos do Cristo, explica o Evangelho não como um tratado
de regras disciplinares, nascidas do capricho humano, mas como a salvadora mensagem
de fraternidade e alegria, comunhão e entendimento, abrangendo as leis mais simples da
vida.
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Aparece-nos, então, Jesus, em maior extensão de sua glória.
Não mais como um varão de angústia, insinuando a necessidade de amarguras e
lágrimas e sim na altura do herói da bondade e do amor, educando para a felicidade
integral, entre o serviço e a compreensão, entre a boa-vontade e o júbilo de viver.
Nesse aspecto, vemo-lo como o maior padrão de solidariedade e gentileza, apagando-se
na manjedoura, irmanando-se com todos na praça pública e amparando os malfeitores,
na cruz, à extrema hora, de passagem para a divina ressurreição.
O Espiritismo será, pois, indiscutivelmente, a força do Cristianismo em ação para reerguer
a alma humana e sublimar a vida.
O Espaço Infinito, pátria universal das constelações e dos mundos,é, sem dúvida, o clima
natural de nossas almas, entretanto, não podemos esquecer que somos filhos,
devedores, operários ou companheiros da Terra, cujo aperfeiçoamento constitui o nosso
trabalho mais imediato e mais digno.
Esqueçamos, por agora, o paraíso distante para ajudar na construção do nosso próprio
Céu.
Interfiramos menos na regeneração dos outros e cogitemos mais de nosso próprio
reajuste, perante a Lei do Bem Eterno, e, servindo incessantemente com a nossa fé à
vida que nos rodeia, a vida, por sua vez, nos servirá, infatigável, convertendo a Terra em
estação celestial de harmonia e luz para o acesso de nosso espírito à Vida Superior.

Livro: Roteiro
Chico Xavier/Emmanuel

CONHECE-TE A TI MESMO


A felicidade foi, é e será sempre a maior e a mais profunda aspiração do homem.
Ninguém há que não deseje conquistá-la, tê-la como companheira inseparável de sua existência.
Raros, no entanto, aqueles que a têm connseguido.
E' que grande parte dos terrícolas, não se conhecendo a si mesmos, quais "imagem e semelhança de Deus", e ignorando os altos destinos para que foram criados, não compreendem ainda que a verdadeira felicidade não consiste na posse nem no desfrute de algo que o mundo nos possa dar e que, em nos sendo negado ou retirado, nos torna infelizes.
Com efeito, aquilo que venha de fora ou dependa de outrem (bens materiais, poder, fama, glória, comprazimento dos sentidos, etc) é precário, instável, contingente. Não nos pode oferecer, por conseguinte, nenhuma garantia de continuidade. Além disso, conduz fatalmente à desilusão, ao fastio, à vacuidade.
«O reino dos céus está dentro de vós», proclamou Jesus.
Importa, então, que cultivemos nossa alma, a "pérola" de subido preço de que nos fala a parábola, e cuja aquisição compensa o sacrifício de todos os tesouros de menor valor a que nos temos apegado, porquanto é na auto-realização espiritual, no aprimoramento de nosso próprio ser, que haveremos de encontrar a plenitude da paz e da alegria com que sonhamos.
A Doutrina Espírita, em exata consonância com os ensinamentos do Mestre, elucida-nos que, tanto aqui na Terra como no outro lado da Vida, a felicidade é inerente e proporcional ao grau de pureza e de progresso moral de cada um.
"Toda imperfeição - di-lo Kardec - é causa de sofrimento e de privação de gozo, do mesmo modo que toda perfeição adquirida é fonte de gozo e atenuante de sofrimentos. Não há uma só ação, um só pensamento mau que não acarrete funestas e inevitáveis consequências, como não há uma só qualidade boa que se perca. Destarte, a alma que tem dez imperrfeições, p. ex., sofre mais do que a que tem três ou quatro; e quando dessas dez imperfeições não lhe restar mais que metade ou um quarto, menos sofrerá. De todo extintas, a alma será perfeitamente feliz."
Pela natureza dos seus sofrimentos e vicissitudes na vida corpórea, pode cada qual conhecer a natureza das fraquezas e mazelas de que se ressente e, conhecendo-as, esforçar-se no sentido de vencê-las, caminhando, assim, para a felicidade completa reservada aos justos.

A máxima - "nosce te ipsum" - inscrita no frontão do templo de Delfos e atribuída a um dos mais sábios filósofos da Antiguidade, constitui-se até hoje a chave de nossa evolução, isto é, continua sendo o melhor meio de melhorar-nos e alcançarmos a bem-aventurança.
E' verdade que esse autoconhecimento não é muito fácil, já que nosso amor-próprio sempre atenua as faltas que cometemos, tornando-as desculpáveis, assim como rotula como qualidades meritórias o que não passa de vícios e paixões.
Urge, porém, que aprendamos a ser sinceros com nós mesmos e procuremos aquilatar o real valor de nossas ações, indagando-nos como as qualificaríamos se praticadas por outrem.
Se forem censuráveis em outra pessoa, também o serão em nós, eis que "Deus não usa de duas medidas na aplicação de Sua justiça" .
Será útil conhecermos, igualmente, qual o juízo que delas fazem os outros, principalmente aqueles que não pertencem ao círculo de nossas amizades, porque, livres de qualquer constrangimento, podem estes expressar-se com mais franqueza.
Uma entidade sublimada, em magnífica mensagem a respeito, aconselha-nos:
"Aquele que, possuído do propósito de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como de seu jardim arranca as ervas daninhas, evocasse todas as noites as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si próprio o bem ou o mal que houvera feito, grande força adquiriria para aperfeiçoar-se porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós mesmos, questões nítidas e precisas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou qual circunstância, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: se aprouvesse a Deus chamar-me neste momennto, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado? Examinai o que puderdes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado. Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? Não constitui esse repouso o fim que vos faz suportar fadigas e privações temporárias? Pois bem! que é esse descanso de alguns dias, turbado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem?" ( Cap. XII, q. 919 e seguintes.
Rodolfo Calligaris
Livro: Leis Morais

MULTIDÃO E JESUS


A multidão! Sempre o Senhor esteve visitado pela multidão.

A multidão, porém, são as chagas sociais, as dores superlativas, as agonias e decepções, as lutas e angústias, as dificuldades.

Em toda parte o Mestre esteve sempre cercado pela multidão.

Através das Suas mãos perpassavam as misericórdias, as blandícias, manifestava-se o amor. . .

O seu dúlcido e suave olhar penetrava a massa amorfa sob a dor repleta de aflitos e ansiosos lenindo as desesperações e angústias que penetram as almas como punhais afiados e doridos.

A multidão são o imenso vale de mil nonadas e muitas necessidades humanas mesquinhas, onde fermentam os ódios, e os miasmas da morte semeiam luto e disseminam a peste em avalanche desesperadora num contágio de longo porte. . .

Ele viera para a multidão, que somos todos nós, os sedentos de paz, os esfaimados de justiça, os atormentados pelo pão do corpo e na alma. ..

Todos os grandes Missionários desceram das altas planuras para as multidões que são o nadir da Humanidade.

Por isto sempre encontraremos Jesus cercado pela multidão.
Ele é paz.

Sua presença acalma, diminuindo o fragor da batalha, amainando guerras de fora quanto conflitos de dentro.

Ele é amor.

O penetrar do seu magnetismo dulcifica, fazendo que os valores negativos se convertam em posições refletidas, em aquisições de bênçãos.

Quando Ele passa, asserenam-se as ansiedades. Rei Solar, onde esteja, haverá sempre a claridade de um perene amanhecer.
Ele tomara a barca com os Amigos do ministério e vencera o mar na serenidade do dia.

As águas tépidas, aos ósculos do Astro-rei, refletem o céu azul de nuvens brancas e garças. . .

Há salmodias que cantam no ar, expectativas que dormem e despertam nos espíritos. . .

Chegando às praias de Genesaré, a notícia voa nos pés alígeros da ansiedade e a multidão se adensa. ..

As informações se alargam pelas aldeias vizinhas, pelos povoados ribeirinhos. . .

Todos trazem os seus. . . Os seus pacientes, familiares e conhecidos, problemas e querelas. . .

Exibem chagas purulentas, paralisias, dificuldades morais, misérias e tormentos de toda espécie.

Obsessos ululam e leprosos choram, cegos clamam e surdos-mudos atordoam-se.

A atroada dos atropelos que o egoísmo desatrelado produz, a inquietação individual, o medo de perder-se a oportunidade tumultua todos, os semblantes se angustiam, os ruídos se fazem perturbadores, enquanto Ele, impávido, sereno, acerca-se e toca, deixando-se tocar. . .

Transfiguram-se as faces, sorriem os rostos antes deformados, inovimentam-se os membros hirtos e os sorrisos, em lírios brancos ngastados nas molduras dos lábios arroxeados, abrem-se, exaltam o Rabi, cantam aleluias.

A música da saúde substitui a patética da enfermidade, a paz adorna a fronte fatigada dos guerreiros inglórios.

Partem os que louvam, chegam os que rogam. . .

Há silêncios que se quebram em ribombar de solicitações contínuas. Há vozes que emudecem na asfixia das lágrimas.

Das fímbrias das suas vestes, que brilham em claridade desconhecida, desprendem-se as virtudes e estas curam, libertam, asserenam, felicitam. . .

Genesaré encontra o seu apogeu, encanta-se com o Profeta. . . O Rabi, o Aguardado, reveste-se de misericórdia e todos exultam.

Narram os evangelistas que naquela visita à cidade formosa e humilde ocorreram todos os milagres que o amor produz.

No entanto, por cima de tais expectativas e conquistas transitórias, Jesus alonga o olhar para o futuro e descortina, além dos painéis porvindouros, a Nova Humanidade destituída das cangas atribulatórias, constringentes e justiçadoras com que o homem se libera, marchando na direção do Pai.

Até este momento, o Senhor sabe que os homens ainda são as suas necessidades imediatas e tormentosas em cantochões de agonia lenta. . .

Por muitos séculos soarão as vozes das multidões necessitadas e torpes, no festival demorado das lágrimas.
Mesmo hoje, evocando os acontecimentos de Genesaré, defrontam-se as multidões buscando as soluções imediatas para o corpo, no pressuposto de que estão tentando atender o espírito exculpando-se das paixões, aparentando manter os compromissos com Jesus mediante um comércio infeliz para com as informações e conquistas imperecíveis. . .

Cristianismo, todavia, é Jesus em nós, insculpido no santuário dos sentimentos, esflorando esperança e fé.

Atendamos à enfermidade, à viuvez, ao abandono, à solidão e à fome sem nos esquecermos de que, revivendo o Mestre Insuperável, os Imortais que ora retornam, buscam, essencialmente, libertar o homem de si mesmo, arrebentando os elos escravocratas que os fixam às mansardas soezes do primitivismo espiritual de cada um, a fim de alçá-lo à luz perene e conduzi-lo às praias da nova Genesaré do amor, onde Ele, até hoje, espera por todos nós, a aturdida multidão de todos os tempos.

(*) Mateus 14:34-36. Marcos 6:53-56. (Notas da Autora espiritual).
Amélia Rodrigues
Livro: Quando voltar a Primavera

SIMÃO, O CIRINEU


Nenhuma voz que se erguesse para defendê-lO.

Pessoa alguma que se resolvesse falar a Seu favor.

Todos os verbos estavam calados, e o silêncio era a resposta da frágil gratidão humana Àquele que não titubeava entregar-se em holocausto de amor.

Tudo se realizava como se fosse uma patética entoando as tristes notas de uma mensagem fúnebre.

O medo aparvalhava os amigos e a palidez da covardia moral cobria os rostos dos beneficiados, a distância, com a mortalha da injustificação.

Não obstante as arbitrariedades da Lei, Israel mantinha no seu estatuto que qualquer pessoa podia levantar a voz a favor de um condenado. Isto bastaria para revisar o processo, concedendo outra oportunidade ao réu, embora já estivesse julgado. ..

Com Ele a acorrência se fazia diferente.

Cinco dias apenas eram transcorridos do sucesso que obtivera na Idade regorgitante que O exaltara, dizendo-O o Messias, o Esperado! naquela ocasião todos comentavam publicamente os Seus feitos, enquanto ofereciam tóxico para que os ódios fermentassem, culminando na tragédia que ora se consumava.
Curtos são os sentimentos da gratidão humana e breve o caminho dos que dizem amar. . .

Ele não enganara a ninguém, porquanto sempre se reportava a um reino que não era deste mundo.

Apesar disso, esparzira a ternura e a misericórdia como um Sol generoso aquecendo o pantanal e o transformando em campo fértil.

Agora se encontrava só. . . A sós, com Deus como, aliás, sempre estivera.

Tantos se haviam beneficiado, inobstante permaneciam silentes, distantes. ..

A estranha procissão percorreu a distância inferior a quinhentos metros, atravessou a porta Judiciária, e a silhueta do monte sombrio se desenhou entre o fulgor do dia em plenitude e o fundo azul abrazado da Natureza. ..

Abril já é período de seca, de calor, de sol intenso.. . A terra se torna de cor ocre, morrem as anémonas e os tons de chumbo substituem o verdor que embeleza.

Àquela hora, mais ou menos às onze, a atmosfera carregada alcançava índices de cansaço que desagradavam, abafados. . .

De semblantes sinistros, com varapaus, os membros da peregrinação torturam o Justo, agridem-nO com acrimônia, mordacidade e zombaria.

Sempre se fará assim com aqueles que se elevam acima da craveira da banalidade, com os que se erguem nas grimpas dos ideais de enobrecimento da Humanidade.

Ele viera para isto, para ensinar cada homem a carregar sua cruz conforme o fazia, sem queixas nem murmurações.
Cirenaica, o antigo reino, fora colonizado pelos gregos, que fundaram Cirene. Posteriormente, sob a dinastia que tivera origem com Bato, de Tera, progrediu, nascendo outras cidades. Depois da desencarnação de Alexandre, o Grande, caiu em mãos dos Ptolomeus que passaram a chamá-la Pentápolis, em razão das cinco cidades que a formavam: Arsinoé, Berenice, Ptolomaide, Apolônia e Cirene.

No ano 67 a. C, passou à Província romana. São de Cirene: Aristipo, Calímaco, Eratóstenes...

Cirene, sua capital, passaria à narração evangélica graças a Simão, ali nascido, judeu de família grega que se encontrava acompanhando a sinistra procissão pelas vias estreitas de Jerusalém, naquele dia.

Aquele homem de olhar triste fascinou-o.

A pesada cruz, com quase setenta quilos, a dilacerar os ombros e as mãos do condenado, que cambaleia, comove-o.

A noite de vigília demorada, as viagens entre Anaz e Caifaz, o Pretório exauriram o Filho de Deus.

O centurião fustigava o preso, a fim de que não desfalecesse. A penalidade deveria ser cumprida.

Enfurecido, experimenta o soldado um misto de piedade e dever, ferido pelo amor do prisioneiro pacífico e escravo, serviçal pela paixão a César. No tormento que o vence, deseja diminuir a carga que ameaça esmagá-l0. Perpassa o olhar injetado pelas filas de mudos espectadores e chama o homem de Cirene.

O convocado não reage. Parece até que se rejubila interiormente. Submisso curva-se, oferece o ombro e auxilia o estranho.

A cruz se ergue mais leve. Jesus dirige-lhe um olhar de profundo amor.

Lampeja um lucilar de ternura e de gratidão que penetra o benfeitor inesperado e fá-lo tremer de emoção desconhecida.. .

Pai de dois jovens, Rufo e Alexandre, pensa nos filhos e apiada-se dos pais do condenado, umedecendo os olhos.

Estranha voz balbucia no seu coração uma cantilena de esperança. ..
Tem a impressão de que o Homem lhe devassa o pensamento e responde às inquirições que lhe brotam nalma, espontâneas.

As lágrimas se misturam ao suor que molha o rosto queimado, coberto de pó.

Viera do campo, sendo surpreendido pela alucinação da intolerância e do ódio.

Claro, que ouvira falar de Jesus. Conhecia-O, admirava-O à distância. Agora, porém, O amava.

O amor é um sentimento veloz. Toma do coração e reina absoluto. Dar-lhe-ia a vida se fosse necessário — pensou.

Nesse momento, a comitiva torva chegava ao topo do monte. O crime deveria ser consumado antes do cair do dia, quando se iniciava o sábado, reservado ao repouso, ao esconder-se o Sol. . .
Viu-0 ser preso ao madeiro.

A patética do martelo nos pregos repercutiria nos seus ouvidos por muito tempo. ..

O som metálico e as contrações musculares do Submisso dilaceraram-no, também. Os semblantes suarentos dos crucificadores e os olhares de lince, a agonia e o sangue a fluir abundante, eram a moldura vergonhosa que contrastava com a nobre serenidade dEle.

Quando as cordas O arrastaram nas traves, Ele oscilou no ar. O corpo arriou, rasgado. A linha vertical tombou no fundo da grota calcada por pedras que a impediam de cair. Culminava a injustiça criminosa dos homens que se arrastariam por milênios futuros, tentando repará-la.

Permitiu-se ficar a contemplá-lO...

Percebeu as mulheres que choravam e participou, intimamente, daquela dor honesta e corajosa.

Era, sim, o estoicismo feminino que se Lhe fazia solidário, quando todos O abandonaram. . .

Quedou-se ali, petrificado, a meditar até o Seu último hausto.

Jamais O esqueceria.

Volveu ao lar e penetrou-se do Espírito de Jesus.

Buscou mais tarde os Seus discípulos, ouviu-lhes as narrativas tardias e luminosas, passando a seguí-los e fazendo que seus filhos se convertessem àquele incomparável amor. . .

Simão, o cireneu, é o testemunho da solidariedade que o mundo nos solicita até hoje.

Símbolo e ação de bondade, imortaliza-se e liberta-se da timidez, da escravidão a que se jugula crescendo no rumo do Infinito.

Quinhentos metros eram a distância a percorrer entre o local do julgamento arbitrário e o acume do monte da Caveira. . .

Em curta distância, a impiedade e a zombaria são grandes. Também o testemunho da solidariedade fraternal fez-se enorme.

Todos encontraremos pelo caminho da aflição os cireneus em nome e honra de Jesus. A nosso turno devemos tornar-nos novos homens de Cirene a ajudar os que passam sobrecarregados aguardando, esperando socorro.
Amélia Rodrigues
Livro: Quando voltar a Primavera-Divaldo