Quanto mais pensarmos e voltarmos nossa atenção para as calamidades e desastres, mais teremos a impressão de que o mundo está limitado à nossa pessoal maneira catastrófica de vê-lo e senti-lo.
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
MEDO ---- [...]" Quanto mais pensarmos e voltarmos nossa atenção para as calamidades e desastres, mais teremos a impressão de que o mundo está limitado à nossa pessoal maneira catastrófica de vê-lo e senti-lo."
Quanto mais pensarmos e voltarmos nossa atenção para as calamidades e desastres, mais teremos a impressão de que o mundo está limitado à nossa pessoal maneira catastrófica de vê-lo e senti-lo.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021
INFLUXOS MENTAIS : HARMONIA E PADRÃO VIBRATÓRIO - - - - - - - "Quanto mais nos avizinhamos da esfera animal, maior é a condensação obscurecente de nossa organização, e quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no rumo das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nosso envoltório, que passa a combinar-se facilmente com a beleza, com a harmonia e com a luz reinantes na Criação Divina.
O INSTRUTOR CLARENCIO,
NOS OFERECE UMA VERDADEIRA AULA SOBRE NOSSOS PENSAMENTOS E VONTADES ATUANDO EM
NOSSOS CENTROS DE FORÇA , TANTO NA MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO QUANTO NO DESEQUILÍBRIO, ,FALA A RESPEITO DO PADRÃO VIBRATÓRIO QUE DETERMINA NOSSO
PESO ESPECÍFICO E POR CONSEQUÊNCIA NOSSO HABITAT NO PLANO ESPIRITUAL, TECENDO COMENTÁRIOS SOBRE A FISIOLOGIA DO PERISPÍRITO! APRECIEM!
[...]”Como
não desconhecem, o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por
sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder
diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células
elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético,
no qual o pensamento vibra em circuito fechado. Nossa posição mental
determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, conseqüentemente,
o “habitat” que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual
de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela
a condição da mente, mais fraco é o influxo vibratório do pensamento, induzindo
a compulsória aglutinação do ser às regiões da consciência embrionária ou
torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhe são afins. O
crescimento do influxo mental, no veículo eletromagnético em que nos movemos,
após abandonar o corpo terrestre, está na medida da experiência adquirida e
arquivada em nosso próprio espírito. Atentos a semelhante realidade, é fácil
compreender que sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas
manifestações, conforme o tipo de pensamento que nos
flui da íntima. Quanto mais nos
avizinhamos da esfera animal, maior é a condensação obscurecente de
nossa organização, e quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no
rumo das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nosso
envoltório, que passa a combinar-se facilmente com a beleza, com a harmonia
e com a luz reinantes na Criação Divina.
[...]
Tal seja a viciação do pensamento, tal será a
desarmonia no centro de força, que reage em
nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais. Apliquemos à nossa
aula rápida, tanto quanto nos seja possível, a terminologia trazida do mundo,
para que vocês consigam fixar com mais segurança os nossos apontamentos.
Analisando a fisiologia do
perispírito, classifiquemos os seus centros de força, aproveitando a
lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre. Temos, assim, por
expressão máxima do veículo que nos serve presentemente, o “centro coronário” que, na Terra, é considerado
pela filosofia hindu como sendo o lótus de mil pétalas, por ser o mais
significativo em razão do seu alto potencial de radiações, de vez que nele
assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência. Esse centro recebe em primeiro lugar os estímulos do espírito, comandando
os demais, vibrando todavia com eles em justo regime de interdependência.
Considerando em nossa exposição os fenômenos do corpo físico, e satisfazendo
aos impositivos de simplicidade em nossas definições, devemos dizer que dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas
subdivisões, sendo o responsável pela alimentação das células do pensamento e o
provedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabilidade
orgânica. É, por isso, o grande assimilador das energias
solares e dos raios da Espiritualidade Superior capazes de favorecer a
sublimação da alma. Logo após, anotamos o “centro cerebral”,
contíguo ao “centro coronário”, que ordena as percepções de variada
espécie, percepções essas que, na vestimenta carnal, constituem
a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que
dizem respeito à palavra, à cultura, à arte, ao saber. É no “centro cerebral”
que possuímos o comando do núcleo endocrínico, referente aos poderes psíquicos.
Em seguida, temos o “centro laríngeo”, que preside aos fenômenos vocais, inclusive às atividades do timo, da
tireóide e das paratireóides. Logo após, identificamos o “centro
cardíaco”, que sustenta os serviços da emoção e do
equilíbrio geral. Prosseguindo em nossas observações, assinalamos o “centro
esplênico” que, no corpo denso, está sediado no
baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em
todos os escaninhos do veículo de que nos servimos. Continuando,
identificamos o “centro gástrico”, que se responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização e,
por fim, temos o “centro genésico”, em que se localiza o santuário do sexo, como templo modelador de formas e
estímulos.
O
instrutor fez pequena pausa de repouso e prosseguiu: – Não podemos olvidar,
porém, que o nosso veículo sutil, tanto quanto o corpo de carne, é criação mental no caminho evolutivo, tecido com recursos
tomados transitoriamente por nós mesmos aos celeiros do Universo, vaso de que
nos utilizamos para ambientar em nossa individualidade eterna a divina luz da
sublimação, com que nos cabe demandar as esferas do Espírito Puro. Tudo é trabalho da mente no espaço e no tempo, a
valer-se de milhares de formas, a fim de purificar-se e santificar-se para a Glória
Divina.
[...]–
Quando a nossa mente, por atos contrários à Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força
de nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante,
obrigando-se ao trabalho de reajuste.
Fonte: Livro Entre a Terra e o Céu- Francisco Cândido Xavier em parceria com Espírito de André Luiz.
CAP. 20 CONFLITOS DA ALMA 36§ À 40 §
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
O INSTRUTOR GÚBIO, NOS ALERTA DAS RELAÇÕES : PENSAMENTO, VONTADE , SINTONIA E DOENÇAS -------[...]Dirija um homem a sua vontade para a idéia de doença e a moléstia lhe responderá ao apelo, com todas as características dos moldes estruturados pelo pensamento enfermiço, porque a sugestão mental positiva determina a sintonia e receptividade da região orgânica, em conexão com o impulso havido, e as entidades microbianas, que vivem e se reproduzem no campo mental das milhões de pessoas que as entretêm, acorrerão em massa...
[...]O
espírito encarnado respira numa zona de vibrações mais lentas, enfaixado num
veículo constituído de trilhões de células que são outras tantas vidas
microscópicas inferiores. Cada vida, porém, por mais insignificante, possui
expressão magnética especial. A vontade, não obstante condicionada por
leis cósmicas e morais, inclinará a comunidade dos corpúsculos vivos que
permanecem a seu serviço por tempo limitado, à maneira do eletricista que liga
as forças da usina para atividades num charco ou para serviços numa torre.
Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e
atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através
da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas
possíveis, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem.
Abstendo-nos de mobilizar a vontade, seremos invariáveis joguetes das
circunstâncias predominantes, no ambiente que nos rodeia; contudo, tão logo
deliberemos manobrá-la, é indispensável resolvamos o problema de direção,
porquanto nossos estados pessoais nos refletirão a escolha íntima. Existem
princípios, forças e leis no universo minúsculo, tanto quanto no universo
macrocósmico. Dirija um homem a sua vontade para a idéia de doença e a
moléstia lhe responderá ao apelo, com todas as características dos moldes
estruturados pelo pensamento enfermiço, porque a sugestão mental positiva
determina a sintonia e receptividade da região orgânica, em conexão com o
impulso havido, e as entidades microbianas, que vivem e se reproduzem no campo
mental das milhões de pessoas que as entretêm, acorrerão em massa, absorvidas
pelas células que as atraem, em obediência às ordens interiores, reiteradamente
recebidas, formando no corpo a enfermidade idealizada. Claro que nesse
capítulo temos a questão das provas necessárias, nos casos em que determinada
personalidade renasce, atendendo a impositivos das lições expiatórias, mas,
mesmo aí, o problema de ligação mental é infinitamente importante, porquanto
o doente que se compraz na aceitação e no elogio da própria decadência acaba na
posição de excelente incubador de bactérias e sintomas mórbidos, enquanto que o
espírito em reajustamento, quando reage, valoroso, contra o mal, ainda mesmo
que benéfico e merecido, encontra imensos recursos de concentrar-se no bem,
integrando-se na corrente de vida vitoriosa.[...]
[...]–
Nossa mente é uma entidade colocada entre forças inferiores e superiores, com
objetivos de aperfeiçoamento. Nosso organismo perispiritual, fruto sublime da
evolução, quanto ocorre ao corpo físico na esfera da Crosta, pode ser comparado
aos pólos de um aparelho magneto-elétrico. O espírito encarnado sofre a
influenciação inferior, através das regiões em que se situam o sexo e o
estômago, e recebe os estímulos superiores, ainda mesmo procedentes de almas
não sublimadas, através do coração e do cérebro. Quando a criatura busca
manejar a própria vontade, escolhe a companhia que prefere e lança-se ao
caminho que deseja. Se não escasseiam milhões de influxos primitivistas,
constrangendo-nos, mesmo aquém das formas terrestres a entreter emoções e
desejos, em baixos círculos, e armando-nos quedas momentâneas em abismos do
sentimento destrutivo, pelos quais já peregrinamos há muitos séculos, não nos
faltam milhões de apelos santificantes, convidando-nos à ascensão para a
gloriosa imortalidade.
Trecho da Palestra de Gúbio , retirada do Livro Libertação de Francisco Cândido Xavier em parceria com André Luiz.
FONTE:LIBERTAÇÃO-CAP.2 " A palestra do Instrutor"
15º§ à 17º§
terça-feira, 9 de fevereiro de 2021
Comentário do Livro Céu e o Inferno por José Herculano Pires
O CÉU E O INFERNO DE ALLAN KARDEC
CONHECENDO O LIVRO: O CÉU E O INFERNO - CAP.VII - ESPÍRITOS ENDURECIDOS : Angèle, nulidade sobre a terra---"Sem defeitos sérios, mas sem qualidades, ela fez a infelicidade do marido, perdeu o futuro de seus filhos, arruinou o bem-estar deles por sua incúria e sua preguiça. Falseou o julgamento e o coração deles, primeiro pelo seu exemplo, depois abandonando-os aos cuidados dos domésticos que nem mesmo tomava o cuidado de escolher. Sua vida foi inútil para o bem e por isso mesmo culpada, pois o mal nasce do bem negligenciado.""
(Bordeaux, 1862.)
– Então por que vindes a mim?
– R. Para fazer uma tentativa.
– Então não sois feliz?
– R. Não.
– Estais sofrendo?
– R. Não. – O que vos falta então?
– R. A paz.
– R. Um arrependimento do passado.
P. – O arrependimento do passado é um remorso; vós vos arrependeis então?
– R. Não; é por temor do futuro.
– R. O desconhecido.
– R. Nada.
– R. Média.
P. – Fostes casada?
– R. Casada e mãe.
P. – Cumpristes com zelo os deveres dessa dupla posição?
– R. Não; meu marido me aborrecia, meus filhos também.
– R. A divertir-me enquanto solteira, a aborrecer-me casada.
P. – Quais eram vossas ocupações?
– R. Nenhuma.
P. – Então quem cuidava de vossa casa? – R. A doméstica.
– R. Talvez tenhas razão.
P. – Não basta convir. Quereis, para reparar essa existência inútil, ajudar os Espíritos culpados que sofrem à vossa volta?
– R. Como?
– Ajudando-os a se aperfeiçoarem pelos vossos conselhos e vossas preces.
– R. Não sei rezar.
P. – Nós o faremos juntos, aprendereis; quereis? –
R. Não.
P. – Por quê?
– R. A fadiga.
fonte: Livro O Céu e o Inferno - Allan Kardec.
Segunda Parte - Cap. 7 - Espíritos Endurecidos.
sábado, 6 de fevereiro de 2021
AS MULHERES TEM ALMA?
Sabe-se que a coisa nem sempre foi tida como certa, pois, ao que se diz, foi posta em deliberação num concílio. A negação ainda é um princípio de fé em certos povos. Sabe-se a que grau de aviltamento essa crença as reduziu na maior parte das regiões do Oriente. Mesmo que hoje, nos povos civilizados, a questão seja resolvida em seu favor, o preconceito de sua inferioridade moral perpetuou-se a tal ponto que um escritor do século passado, cujo nome me foge, assim definia a mulher: “Instrumento de prazeres do homem”, definição mais muçulmana que cristã. Desse preconceito nasceu sua inferioridade legal, ainda não apagada de nossos códigos. Por muito tempo elas aceitaram essa escravização como uma coisa natural, tão poderosa é a força do hábito. É assim que acontece com aqueles que são submetidos à servidão de pai para filho, que acabam por se julgarem de natureza diversa da dos seus senhores.
Contudo, o progresso das luzes elevou o conceito da mulher. Muitas vezes ela se afirmou pela inteligência e pelo gênio, e a lei, conquanto ainda a considere inferior, pouco a pouco afrouxou os laços da tutela. Pode-se considerá-la como emancipada moralmente, se não o é legalmente. É a este último resultado que ela chegará um dia, pela força das coisas.
Há pouco tempo lia-se nos jornais que uma jovem de vinte anos acabara de defender o bacharelado com pleno sucesso perante a faculdade de Montpellier. Dizia-se que era o quarto diploma de bacharel concedido a uma mulher. Não faz muito tempo foi aventada a questão de saber se o grau de bacharel podia ser conferido a uma mulher. Ainda que para alguns isto parecesse uma anomalia monstruosa, reconheceu-se que os regulamentos sobre a matéria não mencionavam as mulheres, portanto, elas não se achavam legalmente excluídas. Depois de terem reconhecido que elas têm alma, reconheceram-lhes o direito à conquista de graus da Ciência, o que já é alguma coisa. Mas a sua libertação parcial é apenas resultado do desenvolvimento da urbanidade, do abrandamento dos costumes ou, se quiserem, de um senso mais apurado da justiça. É uma espécie de concessão que lhes fazem, e é preciso dizer que regateiam o máximo possível.
Pôr em dúvida hoje a alma da mulher seria ridículo, mas outra questão muito séria, sob outro aspecto, aqui se apresenta, e cuja solução só será estabelecida se a igualdade de posição social entre o homem e a mulher for definida como um direito natural ou como uma concessão feita pelo homem. Notemos, de passagem, que se esta igualdade não for senão uma concessão do homem por condescendência, aquilo que ele dá hoje pode retirar amanhã, e que tendo ele a força física, salvo algumas exceções individuais, no conjunto ele sempre levará vantagem, ao passo que se essa igualdade estiver na Natureza, seu reconhecimento será resultado do progresso e, uma vez reconhecida, será imprescritível.
Criou Deus as almas masculinas e femininas, e fez estas inferiores àquelas? Eis toda a questão. Se assim é, a inferioridade da mulher está nos desígnios divinos, e nenhuma lei humana poderia nisso interferir. Se, ao contrário, ele as criou iguais e semelhantes, as desigualdades baseadas na ignorância e na força bruta desaparecerão com o progresso e o reinado da justiça.
Entregue a si mesmo, o homem não podia estabelecer a respeito senão hipóteses mais ou menos racionais, mas sempre controvertidas. Nada no mundo visível poderia dar-lhe a prova material do erro ou do acerto de suas opiniões. Para se esclarecer, seria preciso remontar à fonte, escavar os arcanos do mundo extracorporal que ele não conhecia. Estava reservado ao Espiritismo resolver a questão, não mais pelo raciocínio, mas pelos fatos, quer pelas revelações de além-túmulo, quer pelo estudo que diariamente deve fazer sobre o estado das almas após a morte. E, coisa fundamental, esses estudos não são a criação de um só homem, nem as revelações de um só Espírito, mas o produto de inúmeras observações idênticas, feitas diariamente por milhares de pessoas, em todos os países, e que assim receberam a sanção poderosa do controle universal, sobre o qual se apoiam todas as teorias da Ciência Espírita.
Ora, eis o que resulta destas observações:
As almas ou Espíritos não têm sexo. As afeições que os unem nada têm de carnal e, por isto mesmo, são mais duráveis, porque são fundadas numa simpatia real e não são subordinadas às vicissitudes da matéria.
As almas se encarnam, isto é, revestem temporariamente um envoltório carnal, para elas semelhante a uma pesada vestimenta, de que a morte as desembaraça. Pondo-as esse envoltório material em contato com o mundo material, nesse estado elas concorrem ao progresso material do mundo que habitam; a atividade que são obrigadas a desenvolver, quer para a conservação da vida, quer à procura do bem-estar, auxilia-lhes o avanço intelectual e moral. A cada encarnação a alma chega mais desenvolvida; traz novas ideias e os conhecimentos adquiridos nas existências anteriores. Assim se efetua o progresso dos povos. Os homens civilizados de hoje são os mesmos que viveram na Idade Média e nos tempos de barbárie, e que progrediram; os que viverão os séculos futuros são os que vivem hoje, porém ainda mais adiantados intelectual e moralmente.
Os órgãos sexuais só existem no organismo. Eles são necessários à reprodução dos seres materiais. Mas os Espíritos, sendo criação de Deus, não se reproduzem uns pelos outros, razão pela qual os órgãos sexuais seriam inúteis no mundo espiritual.
Os Espíritos progridem pelos trabalhos que realizam e pelas provas que têm a suportar, como o operário se aperfeiçoa em sua arte pelo trabalho que faz. Essas provas e esses trabalhos variam conforme a sua posição social. Devendo os Espíritos progredir em tudo e adquirir todos os conhecimentos, cada um é chamado a concorrer aos diversos trabalhos e a passar por diferentes gêneros de provas. É por isso que eles renascem alternativamente ricos ou pobres, senhores ou servos, profissionais do pensamento ou da matéria.
Assim se acha fundado, sobre as próprias leis da Natureza, o princípio da igualdade, pois o grande da véspera pode ser o pequeno do dia seguinte, e vice-vera. Desse princípio decorre o da fraternidade porquanto nas relações sociais encontramos antigos conhecidos, e no infeliz que nos estende a mão pode encontrar-se um parente ou um amigo.
É com o mesmo objetivo que os Espíritos se encarnam nos diferentes sexos. Aquele que foi homem poderá renascer mulher, e aquele que foi mulher poderá renascer homem, a fim de realizar os deveres de cada uma dessas posições, e de submeter-se às provas respectivas.
A Natureza fez o sexo feminino mais fraco que o outro, porque os deveres que lhe incumbem não exigem uma igual força muscular e seriam até incompatíveis com a rudeza masculina. Nele a delicadeza das formas e das sensações são admiravelmente apropriadas aos cuidados da maternidade. Aos homens e às mulheres são, assim, atribuídos deveres especiais igualmente importantes na ordem das coisas; são dois elementos que se completam um pelo outro.
Sofrendo o Espírito encarnado a influência do organismo, seu caráter se modifica conforme as circunstâncias e se dobra às necessidades e às exigências impostas por esse mesmo organismo. Essa influência não se apaga imediatamente após a destruição do envoltório material, da mesma forma que ele não perde instantaneamente os gostos e hábitos terrenos. Depois, pode acontecer que o Espírito percorra uma série de existências no mesmo sexo, o que faz com que durante muito tempo ele possa conservar, na condição de Espírito, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa. Somente quando chegado a um certo grau de adiantamento e de desmaterialização é que a influência da matéria se apaga completamente e, com ela, o caráter dos sexos. Os que se nos apresentam como homens ou como mulheres assim o fazem para nos lembrarmos da existência em que os conhecemos.
Se essa influência da vida corporal repercute na vida espiritual, o mesmo se dá quando o Espírito passa da vida espiritual para a corporal. Numa nova encarnação, ele trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito; se ele for avançado, será um homem avançado; se for atrasado, será um homem atrasado. Mudando de sexo ele poderá, portanto, sob essa impressão e em sua nova encarnação, conservar os gostos, as inclinações e o caráter inerentes ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes, notadas no caráter de certos homens e de certas mulheres.
Portanto, só existe diferença entre o homem e a mulher em relação ao organismo material, que se aniquila com a morte do corpo. Mas, quanto ao Espírito, à alma, ao ser essencial, imperecível, ela não existe, porque não há duas espécies de almas. Assim quis Deus, em sua justiça para com todas as suas criaturas. Dando a todas um mesmo princípio, estabeleceu a verdadeira igualdade. A desigualdade só existe temporariamente, no grau de adiantamento; mas todos têm direito ao mesmo destino, ao qual cada um chega por seu trabalho, porque Deus não favoreceu ninguém às custas dos outros.
A doutrina materialista coloca a mulher numa inferioridade natural, da qual só é elevada pela boa vontade do homem. Com efeito, segundo essa doutrina, a alma não existe ou, se existe, extingue-se com a vida ou se perde no todo universal, o que dá no mesmo. Assim, só resta à mulher a sua fraqueza corporal, que a coloca sob a dependência do mais forte. A superioridade de algumas é simples exceção, uma bizarria da Natureza, um jogo dos órgãos e não faria lei. A doutrina espiritualista vulgar reconhece a existência da alma individual e imortal, mas é impotente para provar que não há diferença entre a do homem e a da mulher, e, portanto, uma superioridade natural de uma sobre a outra.
Com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à fraqueza, mas é um direito alicerçado nas próprias leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era da emancipação legal da mulher, assim como abre a da igualdade e da fraternidade.
Revista Espírita - Janeiro de 1866
ESPECIALMENTE A MULHER ---- "Se te encontras na experiência feminina, ante os impositivos da evolução, é natural te compreendas, no mesmo nível do homem relativamente à cultura e à inteligência, com a mesma segurança de competência. Mas para a demonstração disso, não busques os pontos de vivência em que a maioria dos homens falhou tantas vezes."
Conversávamos antes da reunião sobre os direitos da mulher perante o homem. Os comentários eram os mais diversos, quanto ao que ocorre no mundo neste sentido. Quando os deveres em pauta nos chamaram à tarefa, O Livro dos Espíritos, aberto ao acaso, deu-nos a questão 201 para estudo. Após as explanações habituais, o nosso caro Emmanuel trouxe-nos a página “Especialmente à Mulher”.
Homem e mulher guardam idênticos direitos perante as Leis da Vida.
E ambos, análogas características de imortalidade; nos dois, os mesmos atributos do Espírito eterno.
Entretanto, a Sabedoria da Criação entregou à mulher as chaves da vida. Com ela, a repetição do berço, nos prodígios do renascimento.
O homem dominará a natureza, erguerá impérios, influenciará povos ou marcará época; no entanto a humanização de tudo isso pertence à mulher que o embala nos vínculos de sua própria renovação.
Por muito poderosos hajam sido os conquistadores da Terra, no passado e no presente, e por mais cultos os filósofos que traçam as diretrizes da cultura humana, de nenhum deles a vida suprimiu a necessidade das entranhas femininas para que se lhes gerasse a existência; e ainda agora, quando a ciência do mundo se dispõe a intervir nos processos da reencarnação, procurando nova nidação dos recursos genéticos, a favor da gestação em proveta criadora, nenhum sistema de sublimação espiritual pode substituir a assistência materna, no trabalho do renascimento físico, porque unicamente o amor é a luz da civilização, conduzindo-a para a integração com Deus.
Se te encontras na experiência feminina, ante os impositivos da evolução, é natural te compreendas, no mesmo nível do homem relativamente à cultura e à inteligência, com a mesma segurança de competência. Mas para a demonstração disso, não busques os pontos de vivência em que a maioria dos homens falhou tantas vezes.
Para te mostrares tão eficiente quanto os melhores companheiros da Terra, não é necessário desças aos precipícios a que tantos se arrojaram na própria imprevidência.
Recrda que podes ombrear com todos eles em matéria de trabalho e habilitação, entendimento e responsabilidade, mas é preciso pensar que Deus não confiou aos homens os dons que te concedeu na perpetuação da vida e no sustento do amor.
Emmanuel
APRENDENDO COM O LIVRO DOS ESPÍRITOS : Q.818 - LEI DE IGUALDADE - - IGUALDADE DOS DIREITOS DO HOMEM E DA MULHER.---"A Doutrina Espírita vem remover essas idéias de inferioridade da mulher ante o homem e insuflar, no coração do mesmo, o perdão."
APRENDENDO COM O LIVRO DOS ESPÍRITOS Q.817 - LEI DE IGUALDADE --IGUALDADE DOS DIREITOS DO HOMEM E DA MULHER
Igualdade dos direitos do homem e da mulher
817. São iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?
“Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?”
COMENTÁRIO DO ESPÍRITO MIRAMEZ
HOMEM E MULHER
São duas formas diferentes, mas com o mesmo objetivo de vida, exercitando-se ambas, na busca da libertação espiritual. Ninguém foi criado para ser preso, mas subordinado à lei que dirige a todos, em seqüências variadas do despertamento das suas faculdades espirituais, e somente juntos em forma de família, os Espíritos têm mais possibilidades, acionando mais depressa o acordar dos seus talentos.
O homem se expressa no corpo físico com características diferentes da mulher. Ele busca mais as coisas da Terra e sabe responder às exigências do mundo na pauta dos seus valores e, neste trabalho, recolhe experiências valiosas, porque, no fundo, em todas elas vibra a lei divina do amor, que veste muitas roupagens por existirem diversas modalidades de se educar.
O homem, no curso das suas existências, passa a indagar a si mesmo, usando da razão, qual é o melhor caminho a seguir e, empenhado nessa especulação, acaba encontrando as advertências como ajuda e descobrindo a verdade que o liberta. O tempo é seu amigo inseparável, que age até quando for preciso; quando atinge sua iluminação interior, desaparece o próprio tempo, não se fala mais de espaço e nem mesmo de leis. A educação existe por causa da ignorância; se esta cessar, aquela não será mais necessária.
A mulher tem uma razão de ser na vida do homem, sem a qual a vida do seu companheiro se tornaria vazia e sem impulsos para a busca da verdade. Deus nunca erra nos Seus objetivos. Pela sua sensibilidade, sua ação é mais direcionada ao enlevo, em rumo complementar do homem, como que uma ponte intuitiva que busca o mais além, distribuindo o que de lá recebe com os que com ela vivem em família. O aprimoramento do papel de esposa e mãe é a oferta da água viva, como a que a samaritana recebeu do Cristo à beira do poço de Jacó.
Observemos os apontamentos de João sobre a fala do Mestre, que assim se expressa no capítulo quatro, versículo onze:
Respondeu-lhe ela:
Senhor, tu não tens com que a tirar e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
Vejamos que simbolismo divino: o Mestre oferta à mulher a água da vida, aquela com a qual ela nunca mais teria sede. Era a água do amor, e a maternidade pode ser um poço dessa água, para aqueles que, por seu intermédio, ela poderia saciar.
O sexo, na Terra, é força viva que os faz unir, na esperança de que, pelo amor, passem do plano espiritual para a Terra outros companheiros do passado, na esperança de tranqüilizarem a consciência e compreenderem o porquê da vida. O companheiro é um instrumento para ajudar na operação, na constância de edificar esse amor, cada vez mais espiritualizado: um, trabalhando nos horizontes da Terra, e o outro abençoando com as forças do céu.
Os direitos do homem e da mulher são iguais, mesmo na diversificação dos seus ideais. Não há diferença de valores dos Espíritos; há, sim, de posições pelas vestimentas carnais que a natureza lhes empresta para o despertamento dos tesouros da vida.
As mulheres sofreram muito em épocas recuadas, pela ignorância humana, mas como nada se perde, elas recolheram valores maiores, que devem se expressar no futuro ao comandarem e direcionarem, pelos seus próprios valores, os altos postos que lhes foram tomados, invalidados pela força. O trabalho maior da mulher é a missão de educar aqueles que, por bênção de Deus, vêm para seus braços nas linhas do perdão.
Eis porque a reencarnação constitui bênção maior para todos os filhos de Deus; ela os inspira para o amor universal e as vidas sucessivas matam o orgulho e fazem desaparecer o egoísmo, em um trabalho que opera no desfile dos evos.
Fonte : Filosofia Espírita Volume XVII
APRENDENDO COM O LIVRO DOS ESPÍRITOS :Q.816 - CAP. IX LEI DE IGUALDADE - AS PROVAS DA RIQUEZA E MISÉRIA
816. Estando o rico sujeito a maiores tentações, também não dispõe, por outro lado, de mais meios de fazer o bem?
“Mas é justamente o que nem sempre faz. Torna-se egoísta, orgulhoso e insaciável. Com a riqueza, suas necessidades aumentam e ele nunca julga possuir o bastante para si.”
A alta posição do homem neste mundo e a autoridade sobre os seus semelhantes são provas tão grandes e tão escorregadias como a miséria, porque, quanto mais rico e poderoso é ele, tanto mais obrigações tem que cumprir e tanto mais abundantes são os meios de que dispõe para fazer o bem e o mal. Deus experimenta o pobre pela resignação e o rico pelo emprego que dá aos seus bens e ao seu poder.
A riqueza e o poder fazem nascer todas as paixões que nos prendem à matéria e nos afastam da perfeição espiritual. Por isso foi que Jesus disse: “Em verdade vos digo que mais fácil é passar um camelo por um fundo de agulha do que entrar um rico no reino dos céus.” (266)
Comentários pelo Espírito , Miramez:
O RICO E A CARIDADE
O rico certamente tem melhores chances de prestar serviços ao próximo, de fazer a mais bela caridade que se possa praticar, que é aquela de oportunizar ao pobre a ganhar o seu sustento, para viver feliz com a sua família. No entanto, é o que não faz a maior parte dos ricos; uns são obrigados a fazê-lo porque dependem do trabalho daqueles, e não multiplicam seus bens sem os braços dos chamados miseráveis.
O mau rico nunca quer saber das coisas espirituais. Acha que o dinheiro faz tudo e oferta, por vezes, alguma coisa para as instituições religiosas, como porta para a salvação, sem saber que não é por esse meio que se salva e, sim, pela caridade que não desfigura o amor. Somente pode se salvar, se aplicar a auto-disciplina, reformando os velhos sentimentos das paixões inferiores, quando apagar o orgulho e o egoísmo, quando a renúncia atingir seu coração, de modo a levá-lo a administrar seus bens sem ser apegado a eles.
Se é difícil um rico entrar no reino do céu, o pobre não tem facilidade também, porque a todos os dois falta maturidade espiritual. Somente conhecendo a verdade pode-se ser livre, de modo que a consciência fique imperturbável para sempre. E para conhecermos o Espírito livre, Lucas registrou a fala do Mestre, no capítulo doze, versículo vinte e nove:
Não andeis, pois, a indagar o que haveis de comer ou beber, e não vos entregueis a inquietações.
Fonte: Livro Filosofia Espírita Volume XVI