ALESSANDRO VIANA
VIEIRA DE PAULA
vianapaula@uol.com.br
Itapetininga,
SP(Brasil)
A criatura
humana,
normalmente,
combate e evita
a tristeza, como
se esse
sentimento fosse
algo proibido ou
que nos situasse
num nível
evolutivo
primário,
inferior, bem
como pelo medo
que se tem da
instalação da
depressão.
Essa
conceituação
equivocada leva
o indivíduo a
dissimular,
porque, em
muitos momentos
existenciais,
estará
enfrentando um
problema grave e
tenderá a
esconder a
tristeza
interior,
apresentando
falsos sorrisos,
o que lhe trará
um desgaste
físico e
emocional, na
medida em que
conviverá com
essa dualidade,
a aparência
exterior diversa
da realidade
íntima.
O espírito
Joanna de
Ângelis, na obra
“Atitudes
Renovadas”
(Capítulo 5),
através do
médium Divaldo
Pereira Franco,
escreve uma bela
mensagem sobre a
tristeza,
apresentando-nos
seu real
conceito e
efeitos.
A referida
benfeitora
assevera-nos que
a tristeza
não é o inverso
da alegria, mas
a sua ausência
momentânea. É um
estado que
conduz à
reflexão e não
ao desinteresse
pela vida... A
tristeza, porém,
é um fenômeno
natural que
ocorre com todas
as pessoas,
mesmo aquelas
que vivenciam os
mais
extraordinários
momentos de
alegria. Pode
ser considerada
como uma pausa
para a
compreensão da
existência.
Dessa forma,
mostra-se
perfeitamente
natural que nós,
os cristãos
(espíritas,
católicos,
evangélicos,
protestantes...),
diante de
algumas
situações da
vida,
vivenciemos a
emoção da
tristeza.
Haverá,
basicamente,
dois tipos de
situações que
nos propiciam a
experimentar a
tristeza.
A primeira
situação decorre
dos problemas
existenciais,
como, por
exemplo, a
traição do
cônjuge ou de um
amigo, um filho
nas experiências
da droga, o
diagnóstico de
uma doença
grave, a perda
de um emprego, a
morte de um ente
querido e
outras.
Há algumas
pessoas que
diante dessas
ocorrências
buscam as fugas
psicológicas
através do
álcool, das
drogas ilícitas
ou do sexo
casual. Haverá
outros que
mantêm um estado
de alegria
permanente,
sorrindo para
tudo, o que
representa um
quadro
patológico de
alienação da
realidade.
Em ambas as
situações,
haverá um
agravamento do
estado
espiritual e
emocional do
indivíduo, que
lhe trará
comprometimentos
morais e
profunda
infelicidade.
Por mais
equilibrado que
estejamos, é
natural que a
tristeza apareça
quando
enfrentamos as
citadas
situações
externas e
permaneça até a
resolução
parcial ou total
do impasse.
A segunda
situação, de
âmbito interno,
se desdobra a
partir do
momento em que
identificamos
que aquilo que
estamos fazendo
da nossa vida
não é o correto
ou o que se
gostaria de
realizar.
Normalmente isso
ocorre quando se
desperta para os
valores do
evangelho, para
o verdadeiro
sentido da vida,
e percebe-se o
tempo perdido e
os equívocos, a
nos trazer certa
tristeza.
Também pode
ocorrer quando
se percebe a
falha na escolha
da atividade
profissional,
que nos faz
infeliz, triste,
e deseja-se
mudar de área, o
que, para
muitos,
constitui-se num
desafio incomum.
Anote-se que nas
duas hipóteses,
externas e
internas, a
tristeza, para
ser produtiva e
eficiente, deve
apresentar
algumas
características.
Deve ser
transitória,
isto é, não
devemos nos
acomodar na
tristeza,
porque, com o
decorrer do
tempo, essa
emoção poderá
intensificar-se
e converter-se
num estado
depressivo, com
danos
existenciais
mais graves,
podendo culminar
no suicídio
direto ou
indireto, ou no
denominado
suicídio moral,
quando a pessoa
se nega a viver
e não se permite
qualquer
conquista na
esfera do bem.
Assim sendo, ao
experimentar a
tristeza,
devemos
continuar a
frequentar o
templo
religioso,
mantendo nossa
vinculação com
Deus através da
prece, da
reflexão
religiosa, do
bem ao próximo,
da fé no futuro,
o que nos
fortalecerá para
o enfrentamento
dos problemas.
É comum as
pessoas se
afastarem da
religião quando
se deparam com o
sofrimento,
abrindo campo
para a ampliação
da tristeza e
para a maior
dificuldade na
resolução dos
desafios
pessoais.
À luz do
Espiritismo, não
podemos ignorar
a interferência
espiritual
inferior, pois
Espíritos ainda
imperfeitos
poderão criar
sintonia conosco
a partir da
tristeza
descontrolada,
criando maiores
embaraços em
nossa vida.
Registre-se,
ainda, que
podemos nos
socorrer dos
médicos da
mente, nos ramos
da psicologia e
da psiquiatria,
que nos ajudarão
no enfrentamento
da situação
desafiadora,
prescrevendo
remédios, se
necessário.
A terapia dos
passes, do
evangelho no
lar, da água
fluidificada
também se
constituirão em
hábitos
eficientes a nos
fortalecer o
ânimo e a
resignação.
A tristeza
transitória,
enquanto dure,
não pode ser o
quadro emocional
predominante,
haveremos de
buscar momentos
de esperança, de
confiança em
Deus, de alegria
por outras
conquistas, de
convivência
social saudável,
sob pena de
descontrole da
situação,
porquanto a
tristeza se
intensificará de
tal forma, que
passará a ser um
estado
permanente.
Com o
Espiritismo
também
aprendemos a
manter a fé na
vida futura,
pois certos
problemas não
dependem apenas
de nós para
serem
solucionados.
Por exemplo, um
filho na droga
que insiste em
manter essa
escolha.
Obviamente que
isso trará certa
tristeza, mas
também haveremos
de ter alegrias
na vida, e
agiremos como
semeadores,
amando esse
filho sem
cessar,
confiando que
nenhum
investimento de
amor é perdido,
de forma que
nesta ou em
futuras
reencarnações,
essa alma
querida
despertará para
a verdade e o
bem.
Fica evidente
que a visão da
reencarnação
minimiza nossa
tristeza, ante a
confiança no
futuro.
Convém destacar,
também, que a
tristeza bem
compreendida
trará efeitos
positivos e saudáveis.
Na destacada
lição do livro
“Atitudes
Renovadas”,
Joanna de
Ângelis fala
acerca das
reflexões
positivas da
tristeza, que
nos permitirão
refazer
experiências...
, trabalhando o
indivíduo para a
renovação
interior e a
conquista de
valores mais
profundos e
significativos
do que os
existentes e
consumidores...
Fenômeno
psicológico
transitório,
deve ceder lugar
à reflexão, ao
despertamento e
à valorização
dos tesouros
morais,
culturais e
espirituais.
A tristeza sem
lamentações, sem
queixas, sem ressentimentos, é, pois,
psicoterapêutica...
Com efeito, ao
vivenciarmos
essa tristeza
nas lidas
cotidianas,
devemos fazer
uma pausa
acompanhada de
silêncio
interior, para
que as reflexões
terapêuticas
possam fluir do
íntimo,
convidando-nos à
renovação moral
e
comportamental.
É de bom alvitre
enfatizar que
não se deve
cultivar a
tristeza como
necessária para
o discernimento
a cada instante
ou em toda parte.
Não estamos
estimulando a
tristeza, mas
apenas
compreendendo
seu verdadeiro
significado, até
porque a
mensagem do
evangelho é de
alegria.
Ademais, Joanna
de Ângelis nos
lembra que
Jesus, em
algumas
ocasiões, chorou
de tristeza ao
contemplar a
loucura humana e
o seu
desequilíbrio,
mas sorriu,
também, quando
choraram aqueles
que O foram ver
no sepulcro.
A tristeza
serena de Jesus
revelava que Ele
veio para
auxiliar a
criatura humana
a encontrar o
caminho do amor,
da
autoiluminação,
ciente de que a
terapia do tempo
e da dor a todos
corrigirá.
Finalizo o
artigo com uma
frase de Joanna
para nossa
reflexão: Não
cultives a
tristeza nem
fujas dela,
aceitando-a,
quando se te
apresentar e
retirando o
melhor resultado
da oportunidade
de reflexão que
te proporcione.
Com esse
comportamento
estarás
experienciando
atitudes
renovadas.
Autoria de Alessandro de Viana, retirado do site o consolador
http://www.oconsolador.com.br/ano5/241/alessandro_paula.html