QUESTÃO 187 - O LIVRO
DOS ESPÍRITOS
Parte Segunda
Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos
CAPÍTULO IV
DA PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS
Encarnação nos diferentes mundos
187. A substância do períspirito é a mesma em todos os
mundos?
“Não; é mais ou menos etérea. Passando de um mundo a outro,
o Espírito se reveste da matéria própria desse outro, operando-se, porém, essa
mudança com a rapidez do relâmpago. ”
FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME IV
Comentários de Miramez:
Questão 187 comentada
CAPÍTULO 34
0187/LE
A FORÇA MENTAL
A mente educada é tudo para a felicidade da alma. As
reencarnações sucessivas em variados mundos que circulam no espaço cósmico são
escolas que têm a missão de educar a mente dos habitantes. Essa educação não se
faz em curto espaço; ela leva milênios incontáveis, porque educação dos
Espíritos dentro das ordens de Deus não é o que se fala no mundo por alguns
estudiosos, com idéias baseadas em repetições, por vezes, humanas. Tudo isso
são processos e nunca a realidade das coisas de Deus.
O despertamento espiritual vem pela força do tempo, nas
condições naturais das atividades do bem, que os Espíritos elevados nos revelam
e as almas iluminadas nos deixam exemplos em várias posições onde são chamadas
a servir. As regras humanas são falíveis e, muitas delas, perniciosas. A
natureza nos ensina, na simplicidade da vida, como devemos levar uma vida honesta
e com segurança pela fé.
No que toca à vida de um Espírito que mudou de mundo por
necessidade evolutiva, ao chegar a esse mundo ele muda de roupagem e se reveste
de outra compatível com aquele mundo que lhe empresta as condições de viver,
como os homens fazem ao passar para outro país, cujo clima é diferente do de
origem. A diferença é que se troca a roupagem perispiritual pelas forças
mentais, com recursos do próprio mundo interno.
A nossa mente é portadora de todos os recursos espirituais,
de todos os elementos que se deseja, de toda a vida, por ser ela semelhante à
Mente que a criou. Disse o livro sagrado: Vós sois deuses! De fato, todos nós,
como filhos do Criador, somos Seus semelhantes, e temos todos os recursos para
a nossa felicidade.
A alma, quando passa para um mundo venturoso, troca de roupa
fluídica. São os tecidos sutis do perispírito, feitos ou modelados de acordo
com o mundo que deverá habitar. A troca é de acordo com as condições do mundo,
para que o Espírito encontre meios mais fáceis, instrumento mais adequado para
viver, onde a paz e a felicidade possam ser seu clima de amor.
Para isso, devemos começar, no mundo que nos encontramos, a
educar-nos em todas as modalidades que a nossa compreensão busca. Aos que já
tiveram a felicidade de encontrar a Doutrina dos Espíritos, que Deus abençoe,
para que dela façam bom proveito e não percam a oportunidade de se
aperfeiçoarem todos os dias, horas e minutos. Ela é o mesmo Cristo convidando
os Seus discípulos para mais perto de si. Devemos mudar de roupagens em todos
os sentidos, no pensar, no falar, no escrever e nos atos, e que a nossa vida
seja uma indústria de roupas na mais pura linhagem do amor, para que possamos
encontrar o entendimento e com ele a paz espiritual, aquela paz com trabalho e
aquele trabalho com amor e caridade.
Tanto os corpos como os perispíritos, nos variados mundos, têm
variações correspondentes com a evolução de cada mundo, pois é a justiça de
Deus, dando a cada um o que ele merece dentro do padrão do que conquistou nas
dobras do tempo.
http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev4q187c.html
Evangelho Segundo o Espiritismo: Mundos Superiores e
Inferiores
9 – Nos mundos que atingiram um grau superior de evolução,
as condições da vida moral e material são muito diferentes das que encontramos
na Terra. A forma dos corpos é sempre, como por toda parte, a humana, mas
embelezada, aperfeiçoada, e sobretudo purificada. O corpo nada tem da
materialidade terrena, e não está, por isso mesmo sujeito às necessidades, às
doenças e às deteriorações decorrentes do predomínio da matéria. Os sentidos,
mais sutis, têm percepções que a grosseria dos nossos órgãos sufoca. A leveza
específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil. Em vez de se arrastarem
penosamente sobre o solo, eles deslizam, por assim dizer, pela superfície ou
pelo ar, pelo esforço apenas da vontade, à maneira das representações de anjos
ou dos manes dos antigos nos Campos Elíseos. Os homens conservam à vontade os
traços de suas existências passadas, e aparecem aos amigos em suas formas
conhecidas, mas iluminadas por uma luz divina transfiguradas pelas impressões
interiores, que são sempre elevadas. Em vez de rostos pálidos, arruinados pelos
sofrimentos e as paixões, a inteligência e a vida esplendem, com esse brilho
que os pintores traduziram pela auréola dos santos.