PELA REVIVESCÊNCIA DO
CRISTIANISMO
Emmanuel
Irmãos e
amigos. Ainda é para o estudo e a prática do Evangelho, em sua primitiva
pureza, que tereis de voltar o vosso entendimento, se quiserdes salvar da
destruição o patrimônio de conquistas grandiosas da vossa civilização.
ÉPOCA DE
DESOLAÇÃO
Tocastes
a época da desolação, em que os homens não mais se compreendem uns aos
outros. A morte de todos os vossos ideais de concórdia, a falência dos
vossos institutos pró-paz requerem a atenção acurada da Sociologia e esta
somente poderá solucionar os problemas que vos assoberbam, cheios de
complexidades e transcendência, com o estudo do Evangelho do Cristo, porém,
não segundo os ditames da convenção social, que há muitos séculos vem
transformando o ideal de perfeição do Crucificado num acervo de
exterioridades, que os homens adotaram por questões de esnobismo ou de
acordo com os interesses da facção ou da personalidade.
Novos
sistemas políticos, sobre as bases dos nacionalismos que vêm criando no seio
dos povos a terrível autarquia, ou sobre os alicerces frágeis desse
comunismo que objetiva a extinção do sagrado instituto da família, apenas
correrão o orbe com a sua feição de ideologias ocas, envenenando os
espíritos e intoxicando as consciências.
A NORMA
DE AÇÃO EDUCATIVA
O
psicólogo, o pedagogista, o formados das novas gerações, para entrarem na
arena da luta a prol do aperfeiçoamento de cada individualidade sobre a
Terra, terão de buscar a sua norma de ação dentro do próprio Cristianismo,
em sua simplicidade inicial, se não quiserem que a Humanidade atinja a
culminância dos arrasamentos e das destruições.
As
religiões literalistas passaram, desdobrando com as suas filosofias, sobre a
fronte da Humanidade, um manto rico de fantasias e de concepções variadas,
mas baldas de essência e de espírito que lhes vivificassem os ensinamentos.
A FALHA
DA IGREJA ROMANA
A Igreja
Católica, amigos, que tomou a si o papel de zeladora das idéias e das
realizações cristãs, pouco após o regresso do Divino Mestre às regiões da
Luz, falhou lamentavelmente aos seus compromissos sagrados. Desde o concílio
ecumênico de Nicéia, o Cristianismo vem sendo deturpado pela influenciação
dos sacerdotes dessa Igreja, deslumbrados com a visão dos poderes temporais
sobre o mundo. Não valeu a missão sacrossanta do iluminado da úmbria,
tentando restabelecer a verdade e a doutrina de piedade e de amor do
Crucificado para que se solucionasse o problema milenar da felicidade
humana.
As
castas, as seitas, as classes religiosas, a intolerância do clericalismo
constituíram enormes barreiras a abafarem a voz das realidades cristãs. A
moral católica falhou aos seus deveres e às suas finalidades.
A Espanha
atual, alimentada de catecismo romano desde a sua formação, é bem, com os
seus incêndios e depredações de tudo o que fora feito, um atestado da
falência dos ensinamentos ou da orientação de Roma para alcançar o
desiderato do progresso coletivo e da ética social.
Não nos
elícito influenciar os homens e as suas instituições. Todavia, podemos
apreciar a influência das idéias sobre as massas, apreciando-lhes os
resultados. É o que desejamos evidenciar, solicitando vossa atenção para o
complexo de fenômenos dolorosos, de ordem social e política, que vindes
observando há alguns anos. Fazendo-o, temos o objetivo de vos demonstrar a
que resultado conduziu os povos a deturpação da palavra do Cristo, e a
necessidade de voltar-se o raciocínio individual e coletivo para a
compreensão dos deveres que dela decorrem.
O
PROPÓSITO DOS ESPÍRITOS
O nosso
propósito, na atualidade, é cooperar convosco pela obtenção da paz e da
concórdia no seio da coletividade humana.
Agora,
filhos, já não são mais os homens os donos do trabalho, os senhores
absolutos da tarefa. Tomando por seus companheiros os de boa-vontade que se
acham aí no planeta, buscando o aprimoramento anímico e psíquico onde aí se
encontrem, são os gênios do Espaço que, sob a égide do Divino Mestre, vêm
proclamar, por entre as sociedades terrenas, as consoladoras verdades, as
grandiosas verdades.
Já agora,
não mais se poderá abafar o ensinamento no silêncio escuro dos calabouços,
porquanto uma nova concepção do direito e da liberdade felicita as
criaturas.
É em
razão disso que os túmulos falam, que os mortos voltam da sombra e do
amontoado das cinzas, para dizer-vos que a vida é o eterno presente e que a
imortalidade, dentro dos institutos da justiça incorruptível, que nos
observa e julga, é um fato incontestável.
Conclamando os homens, nossos irmãos, trazemos a todos o fruto abençoado de
nossas penosas existências, asseverando a cada um que o problema da paz e da
felicidade está solucionado no estatuto divino. Todas as nossas atividades
objetivam a revivescência do Cristianismo na Terra, de modo que um templo se
levante em cada lar e um hostiário em cada coração.
Auxiliai-nos, trazendo-nos o concurso da vossa boa-vontade, de vosso querer;
ajudai-nos em nossos propósitos benditos de reedificação do Templo de Jesus,
de cujos altares os maus sacerdotes se descuidaram, levados pelos cantos de
sereia da vaidade e dos interesses do mundo.
Que o
Mestre abençoe a cada um de vós, fortalecendo-vos a fé, para que possamos
com Ele, com a sua proteção e a sua misericórdia, vencer na luta em que nos
achamos emprenhados.
Fonte:
Livro “EMMANUEL” – Psicografia Chico Xavier – Espírito Emmanuel