Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
sábado, 5 de janeiro de 2013
NOSSA REUNIÃO."...Relevemos, sem qualquer tisna de mágoa, a atitude de alguém que, por enquanto, não nos consiga observar com simpatia; esqueçamos o gesto de intemperança mental que, talvez, tenhamos anotado nessa ou naquela pessoa; estendamos, pelo menos, ligeira prestação de serviço ao enfermo que, acaso, se veja, ao nosso lado, requisitando atenção; e ofereçamos um sorriso espontâneo de compreensão e acolhimento a quantos nos compartilhem do ambiente, encorajando o cultivo da solidariedade e do entendimento..."
Emmanuel
- De que modo iniciar o culto de assistência? – alguém nos perguntou.
- Com os recursos que se nos façam possíveis e onde estivermos, - respondemos nós.
Aliás, é justo assinalar que a presente reunião oferece clima ideal para o começo de semelhante realização.
Aqui se encontram muitos companheiros, conhecidos e desconhecidos, de uns para com os outros.
Esse perdeu um ente amado e aguarda um clarão de fé para a noite da saudade que lhe obscurece os pensamentos; aquele, entre as paredes domésticas, possui um irmão doente para quem deseja apoio espiritual; outro carrega consigo pesada inquietação de que anseia desvencilhar-se; e ainda outro experimenta o frio da descrença, pedindo, em silêncio, essa ou aquela réstia de esperança na Vida Espiritual.
É possível, ainda, que no contexto de nossa composição estejam amigos desconsolados e tristes por não encontrarem soluções prontas destinadas aos problemas de que são portadores.
Iniciemos o nosso aprendizado de beneficência aqui mesmo.
Relevemos, sem qualquer tisna de mágoa, a atitude de alguém que, por enquanto, não nos consiga observar com simpatia; esqueçamos o gesto de intemperança mental que, talvez, tenhamos anotado nessa ou naquela pessoa; estendamos, pelo menos, ligeira prestação de serviço ao enfermo que, acaso, se veja, ao nosso lado, requisitando atenção; e ofereçamos um sorriso espontâneo de compreensão e acolhimento a quantos nos compartilhem do ambiente, encorajando o cultivo da solidariedade e do entendimento.
Uma reunião de paz e fraternidade não é um agrupamento estanque, no qual alguns companheiros ensinem e outros amigos apenas escutem. É um encontro de elevada significação, de cujas tarefas todos podemos e devemos participar, cooperando em favor do bem geral, através da maneira que se nos faça mais acessível.
Um encontro, qual o nosso, em que permutamos experiências e ensinamentos, não é tão-somente um ensejo de orar e beneficiar-nos, mas também expressa em si e por si, valiosa oportunidade para que todo participante da equipe possa aprender e pacificar-se, compreender e servir.
Livro: Excursão de Paz
Tendências: Reflexos do passado. (...)"Não é raro observar crianças mal saídas do berço que já revelam tendências agressivas e paixão por armas. São tendências que demonstram seu cabedal de experiências adquiridas em outras vidas. Algumas delas se manifestam logo na primeira idade; enquanto outras podem vir à tona em momentos marcantes da vida. (...)"É importante que o ser humano se conscientize de que nenhuma educação, nenhuma aquisição moral se efetiva sem perseverança, sem esforço, sem Evangelho".../
Tendências:
Reflexos do passado
A reencarnação não apaga as experiências adquiridas no pretérito; apenas as encobre com o véu do esquecimento, a fim de que o indivíduo possa prosseguir, sem interferências diretas, a sua jornada evolutiva.
Na busca constante de novos conhecimentos, o Espírito completará o seu aprendizado ao longo
das eras.
O ser humano, a cada encarnação, enfrentará as vicissitudes que definirão o seu aprimoramento.
Se bem-sucedido, incorporará novas conquistas; se derrotado, árduas lutas se travarão entre os
verdadeiros e falsos valores incorporados. Jesus apresenta ao homem a fórmula segura para alcançar os
seus objetivos sem tombar pelos atalhos:
“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição,
e muitos são os que entram por ela. [...]
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai, que está nos céus”. (Mateus, 7:13 e 21.)
Portanto, todo aquele que direciona a vontade pelos caminhos do estudo, do trabalho digno, do
respeito a Deus e aos semelhantes, consegue enriquecer o espírito de bens perenes. Estes bens são
conquistas que o tempo jamais apagará.
Experiências adquiridas ficam impressas nos arquivos mentais do Espírito e acompanham-no ao
longo das reencarnações, razão pela qual a criança revela tendências incompreensíveis àqueles
que desconhecem as leis da reencarnação.
De tempos em tempos a mídia revela crianças-prodígio que apresentam o dom da música
e se identificam com certos instrumentos sem qualquer aprendizado
anterior. Outras encontram tanta intimidade com os números a ponto de realizar cálculos
impossíveis de se conceber na faixa etária em que se encontram.
Não é raro observar crianças mal saídas do berço que já revelam tendências agressivas e paixão por
armas. São tendências que demonstram seu cabedal de experiências adquiridas em outras vidas.
Algumas delas se manifestam logo na primeira idade; enquanto outras podem vir à tona em momentos
marcantes da vida. Os pais, geralmente, assistem, atônitos, a seus adoráveis rebentos revelarem
caráter agressivo ou dócil; confiante ou temeroso; obediente ou revoltado; amoroso ou arredio.
Se os genitores apresentam traços semelhantes, certamente se convencerão de que a virtude ou a
falha moral, que se manifesta no seu descendente, é de origem hereditária.
Daí se ouvir certos refrões: “Aquele menino puxou o gênio do pai, ou a inteligência da mãe”; “Aquele outro tem a agressividade do seu avô”. Há características que em nada se assemelham às dos seus familiares.
O Espiritismo faz luz sobre a diferença entre a hereditariedade e as tendências inatas. Assim, os
traços físicos que se assemelham aos dos familiares, como a cor dos olhos, da pele, dos cabelos; compleição física e outros tantos traços, próprios do corpo carnal, pertencem à lei da hereditariedade,
pois sua origem está nos elementos biológicos herdados de seus antecessores, os quais compõem a
vestimenta material. No entanto, se a criança apresenta deficiências físicas, congênitas ou, até certo
ponto, adquiridas, não se pode dizer que são heranças biológicas e sim os reflexos atuais de mazelas
que foram armazenadas em vidas anteriores, pelo Espírito que reencarna para cumprir expiação voluntária
ou compulsória, a fim de quitar seus débitos com a lei. Entretanto, a hereditariedade pode
colaborar para que a lei se cumpra.
As características psicológicas inatas não são heranças que se transmitem de pais para filhos.
São, sim, conseqüências de créditos ou débitos adquiridos pelo Espírito em encarnações precedentes.
Determinadas tendências que caracterizam o indivíduo podem apresentar semelhanças com as
apresentadas por seus genitores.
Todavia, se esses traços não foram adquiridos nesta vida, pelos veículos da educação ou do exemplo,
certamente se explicam pelas leis da reencarnação. Os dons semelhantes se revelam pela afinidade
existente entre famílias espirituais.
Há grupos que partilharam, em outras vidas, ou no plano espiritual, experiências afins.
Assim, um ou mais membros de uma mesma família podem ter vivenciado situações pretéritas
em que todos ou parte deles pertenceram à mesma família, mesma região, ou participaram de organizações
científicas, religiosas, artísticas, profissionais, políticas, que lhes propiciaram tendências semelhantes. Um outro grupo familiar pode se identificar com guerreiros , desordeiros, viciosos com os quais conviveram
no passado.
A infância é, portanto, o período apropriado para se reforçar as tendências boas e desfazer as infelizes. E os pais que amam seus filhos não possuem instrumento melhor para educá-los senão o Evangelho, complementado pela disciplina e hábitos saudáveis. Este é o mecanismo para a educação moral do ser em
formação.
O insigne Codificador expõe o processo educativo ideal:
“[...] Há um elemento, [...] sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria. Esse elemento
é a educação, não a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém,
à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar os caracteres, à que incute hábitos,
porquanto, a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos.
[...]”. (O Livro dos Espíritos, questão 685, comentário de Kardec.)
É importante ressaltar que o renascimento não ocorre aleatoriamente, há sempre uma programação
com finalidade útil para o Espírito renascente. Portanto, reencarnar não tem por objetivo único cumprir provas e expiações, mas, sobretudo, promover o crescimento do Espírito.
Quanto maior o crédito acumulado, mais curto se torna o caminho que conduz aos ideais superiores.
Daí a responsabilidade dos pais de investir na educação, no aprimoramento moral dos filhos,
ainda no período infantil, a fim de que a reencarnação deles seja proveitosa. Esse é o caminho
para que o Espírito cresça de conformidade com os padrões morais evangélicos e, no momento
aprazado, retorne à vida espiritual com o futuro consolidado nas leis divinas.
A Doutrina Espírita, alicerçada no Evangelho de Jesus, propõe ao homem o trabalho constante
de sua escultura moral.
Aceitar a hereditariedade como causa das insuficiências morais é duvidar da Justiça Divina.
A lei da reencarnação é a expressão mais justa da misericórdia do Criador para com suas criaturas.
É a oportunidade de desfazer enganos e apagar delitos; de refazer amizades e ampliar vínculos
no equilíbrio de energias afins; de se reconstruir o que se destruiu em existências anteriores. É
oportunidade de crescer. Afirma Kardec: Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação
moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.
(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4.)
Esse é o objetivo primordial da reencarnação. É importante que o ser humano se conscientize de que
nenhuma educação, nenhuma aquisição moral se efetiva sem perseverança, sem esforço, sem
Evangelho. A conquista da luz interior só se alcança com muito suor e lágrimas. Jesus legou ao homem o mais perfeito roteiro de vida: o seu Evangelho, programado para se projetar futuramente no Consolador,
que floresceu na Doutrina Espírita. É preciso valorizar esse tesouro.
Para o Espírito recalcitrante, cujos instrumentos educacionais não surtem o efeito desejado, um
outro se apresenta infalível: a dor.
Nesse mecanismo de conquistas e aquisições, ou quedas e sofrimentos, de acordo com as leis
da vida, a hereditariedade pode colaborar para a realização desse feito. Assim, o conjunto de hábitos morais e intelectuais, adquiridos e aprimorados por uma educação bem direcionada, se agregarão
às tendências inatas arquivadas ao longo do carreiro evolutivo, e jamais se perderão com a
desintegração da matéria.
Um físico saudável é benesse adquirida em vivências de equilíbrio e respeito à veste carnal, enquanto
que um corpo doente reflete os abusos e vícios cultivados.
É, pois, a lei da hereditariedade que faculta esta tarefa. Uma mente prodigiosa revela as conquistas
encetadas ao longo de muitas encarnações. Porém, somente um Espírito evangelizado irradiará
a paz das conquistas sedimentadas nos celeiros de obras realizadas em sincronia com as leis
divinas.
Esta realidade, revelada pela Doutrina dos Espíritos, é o cerne da semente plantada pelo Divino
Reformador • Feverei ro 2007
Reflexos do passado
A reencarnação não apaga as experiências adquiridas no pretérito; apenas as encobre com o véu do esquecimento, a fim de que o indivíduo possa prosseguir, sem interferências diretas, a sua jornada evolutiva.
Na busca constante de novos conhecimentos, o Espírito completará o seu aprendizado ao longo
das eras.
O ser humano, a cada encarnação, enfrentará as vicissitudes que definirão o seu aprimoramento.
Se bem-sucedido, incorporará novas conquistas; se derrotado, árduas lutas se travarão entre os
verdadeiros e falsos valores incorporados. Jesus apresenta ao homem a fórmula segura para alcançar os
seus objetivos sem tombar pelos atalhos:
“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição,
e muitos são os que entram por ela. [...]
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai, que está nos céus”. (Mateus, 7:13 e 21.)
Portanto, todo aquele que direciona a vontade pelos caminhos do estudo, do trabalho digno, do
respeito a Deus e aos semelhantes, consegue enriquecer o espírito de bens perenes. Estes bens são
conquistas que o tempo jamais apagará.
Experiências adquiridas ficam impressas nos arquivos mentais do Espírito e acompanham-no ao
longo das reencarnações, razão pela qual a criança revela tendências incompreensíveis àqueles
que desconhecem as leis da reencarnação.
De tempos em tempos a mídia revela crianças-prodígio que apresentam o dom da música
e se identificam com certos instrumentos sem qualquer aprendizado
anterior. Outras encontram tanta intimidade com os números a ponto de realizar cálculos
impossíveis de se conceber na faixa etária em que se encontram.
Não é raro observar crianças mal saídas do berço que já revelam tendências agressivas e paixão por
armas. São tendências que demonstram seu cabedal de experiências adquiridas em outras vidas.
Algumas delas se manifestam logo na primeira idade; enquanto outras podem vir à tona em momentos
marcantes da vida. Os pais, geralmente, assistem, atônitos, a seus adoráveis rebentos revelarem
caráter agressivo ou dócil; confiante ou temeroso; obediente ou revoltado; amoroso ou arredio.
Se os genitores apresentam traços semelhantes, certamente se convencerão de que a virtude ou a
falha moral, que se manifesta no seu descendente, é de origem hereditária.
Daí se ouvir certos refrões: “Aquele menino puxou o gênio do pai, ou a inteligência da mãe”; “Aquele outro tem a agressividade do seu avô”. Há características que em nada se assemelham às dos seus familiares.
O Espiritismo faz luz sobre a diferença entre a hereditariedade e as tendências inatas. Assim, os
traços físicos que se assemelham aos dos familiares, como a cor dos olhos, da pele, dos cabelos; compleição física e outros tantos traços, próprios do corpo carnal, pertencem à lei da hereditariedade,
pois sua origem está nos elementos biológicos herdados de seus antecessores, os quais compõem a
vestimenta material. No entanto, se a criança apresenta deficiências físicas, congênitas ou, até certo
ponto, adquiridas, não se pode dizer que são heranças biológicas e sim os reflexos atuais de mazelas
que foram armazenadas em vidas anteriores, pelo Espírito que reencarna para cumprir expiação voluntária
ou compulsória, a fim de quitar seus débitos com a lei. Entretanto, a hereditariedade pode
colaborar para que a lei se cumpra.
As características psicológicas inatas não são heranças que se transmitem de pais para filhos.
São, sim, conseqüências de créditos ou débitos adquiridos pelo Espírito em encarnações precedentes.
Determinadas tendências que caracterizam o indivíduo podem apresentar semelhanças com as
apresentadas por seus genitores.
Todavia, se esses traços não foram adquiridos nesta vida, pelos veículos da educação ou do exemplo,
certamente se explicam pelas leis da reencarnação. Os dons semelhantes se revelam pela afinidade
existente entre famílias espirituais.
Há grupos que partilharam, em outras vidas, ou no plano espiritual, experiências afins.
Assim, um ou mais membros de uma mesma família podem ter vivenciado situações pretéritas
em que todos ou parte deles pertenceram à mesma família, mesma região, ou participaram de organizações
científicas, religiosas, artísticas, profissionais, políticas, que lhes propiciaram tendências semelhantes. Um outro grupo familiar pode se identificar com guerreiros , desordeiros, viciosos com os quais conviveram
no passado.
A infância é, portanto, o período apropriado para se reforçar as tendências boas e desfazer as infelizes. E os pais que amam seus filhos não possuem instrumento melhor para educá-los senão o Evangelho, complementado pela disciplina e hábitos saudáveis. Este é o mecanismo para a educação moral do ser em
formação.
O insigne Codificador expõe o processo educativo ideal:
“[...] Há um elemento, [...] sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria. Esse elemento
é a educação, não a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém,
à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar os caracteres, à que incute hábitos,
porquanto, a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos.
[...]”. (O Livro dos Espíritos, questão 685, comentário de Kardec.)
É importante ressaltar que o renascimento não ocorre aleatoriamente, há sempre uma programação
com finalidade útil para o Espírito renascente. Portanto, reencarnar não tem por objetivo único cumprir provas e expiações, mas, sobretudo, promover o crescimento do Espírito.
Quanto maior o crédito acumulado, mais curto se torna o caminho que conduz aos ideais superiores.
Daí a responsabilidade dos pais de investir na educação, no aprimoramento moral dos filhos,
ainda no período infantil, a fim de que a reencarnação deles seja proveitosa. Esse é o caminho
para que o Espírito cresça de conformidade com os padrões morais evangélicos e, no momento
aprazado, retorne à vida espiritual com o futuro consolidado nas leis divinas.
A Doutrina Espírita, alicerçada no Evangelho de Jesus, propõe ao homem o trabalho constante
de sua escultura moral.
Aceitar a hereditariedade como causa das insuficiências morais é duvidar da Justiça Divina.
A lei da reencarnação é a expressão mais justa da misericórdia do Criador para com suas criaturas.
É a oportunidade de desfazer enganos e apagar delitos; de refazer amizades e ampliar vínculos
no equilíbrio de energias afins; de se reconstruir o que se destruiu em existências anteriores. É
oportunidade de crescer. Afirma Kardec: Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação
moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.
(O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4.)
Esse é o objetivo primordial da reencarnação. É importante que o ser humano se conscientize de que
nenhuma educação, nenhuma aquisição moral se efetiva sem perseverança, sem esforço, sem
Evangelho. A conquista da luz interior só se alcança com muito suor e lágrimas. Jesus legou ao homem o mais perfeito roteiro de vida: o seu Evangelho, programado para se projetar futuramente no Consolador,
que floresceu na Doutrina Espírita. É preciso valorizar esse tesouro.
Para o Espírito recalcitrante, cujos instrumentos educacionais não surtem o efeito desejado, um
outro se apresenta infalível: a dor.
Nesse mecanismo de conquistas e aquisições, ou quedas e sofrimentos, de acordo com as leis
da vida, a hereditariedade pode colaborar para a realização desse feito. Assim, o conjunto de hábitos morais e intelectuais, adquiridos e aprimorados por uma educação bem direcionada, se agregarão
às tendências inatas arquivadas ao longo do carreiro evolutivo, e jamais se perderão com a
desintegração da matéria.
Um físico saudável é benesse adquirida em vivências de equilíbrio e respeito à veste carnal, enquanto
que um corpo doente reflete os abusos e vícios cultivados.
É, pois, a lei da hereditariedade que faculta esta tarefa. Uma mente prodigiosa revela as conquistas
encetadas ao longo de muitas encarnações. Porém, somente um Espírito evangelizado irradiará
a paz das conquistas sedimentadas nos celeiros de obras realizadas em sincronia com as leis
divinas.
Esta realidade, revelada pela Doutrina dos Espíritos, é o cerne da semente plantada pelo Divino
Reformador • Feverei ro 2007
Marcadores:
Artigos,
Doutrina Espírita,
Educação,
Evangelho,
Família,
hereditariedade,
Passado,
psicologia,
reencarnação,
Revista o Reformador,
Violência
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
RENUNCIAÇÃO CRISTÃ:"...Renunciemos à satisfação de sermos amados ou compreendidos por nossos familiares, servindo-os e auxiliando-os, cada vez mais..."
Emmanuel
Quando Jesus nos concitava à renunciação aos laços consaguíneos para buscar-lhe o Reino de Amor e Luz, não se propunha implantar entre nós o espinheiro do ódio ou o frio da indiferença. Proclamava, sim, o impositivo de nossa fidelidade a Deus, no cumprimento integral dos nossos deveres para com a Lei Divina que institui a Terra como sendo a nossa própria família.
-o-
O Mestre nunca anulou a personalidade dos discípulos, à maneira do ditador humano que exige cega obediência à sua bandeira egocentrista, na clã política em que se lhe enraíza o precário poder. Preocupava-se, acima de tudo, em soerguer-nos o espírito para a responsabilidade de que somos detentores ante os princípios eternos que nos regem os destinos, em nome de Deus.
-o-
Por isso mesmo, alertava o ânimo dos aprendizes para o leal desempenho dos compromissos que haviam esposado, à frente da Boa Nova, num mundo hostil e atormentado qual aquele em que se expandira o arbítrio romano, poderoso e dominador.
-o-
Urgia estabelecer a coragem e consolidá-la no espírito dos seguidores que seriam compelidos, logo depois de seu sacrifício Supremo, a trezentos anos de suplício e aflição, violência e martírio, humilhação e morte.
-o-
Por vezes, é necessário recorrer ao painel do passado para compreendermos a força de certas expressões que os séculos obscureceram e que hoje se afiguram sem maior significação, de nodo a lançarmos nova claridade no rumo do porvir.
-o-
Estudando a essência da lição, sem as fronteiras acanhadas e asfixiantes da letra, podemos repetir que todos aqueles que se mostrem incapazes de esquecer o conforto doméstico ou de desvencilharem das vantagens e gratificações da existência física para o serviço a causa do bem, a benefício de todos, ainda não se mostram habilitados ao árduo trabalho na charrua do dever cristão bem atendido, porque se revelam excessivamente presos às veludosas algemas dos interesses imediatos na carne que passa breve.
-o-
Quanto ao imperativo de renunciação propriamente considerado, não nos esqueçamos do padrão em que o próprio Mestre renunciou.
-o-
Gênio Celeste, abandona o seu Império Resplendente de Glória para fazer-se escravo das criaturas: Governador da Terá, submete-se às convenções sociais do mundo, satisfazendo-lhe as exigências qual fora cidadão comum e Anjo Crucificado pela ingratidão dos próprios beneficiários, em ressurgindo da morte, fixa-se-lhe a atenção na volta generosa aos companheiros que o haviam esquecido e abandonado, a fim de reerguer-lhe a esperança e restabelecer-lhes a alegria.
-o-
Renunciemos à satisfação de sermos amados ou compreendidos por nossos familiares, servindo-os e auxiliando-os, cada vez mais, tanto quanto o Senhor nos tem auxiliado e servido, não obstante as nossas velhas e reiteradas defecções, e estaremos praticando com segurança e valor, os Excelsos Ensinamentos.
Livro: Moradia de Luz
VELHA SOMBRA:"Em muitas ocasiões, a própria palavra é um asilo à preguiça despistadora, que se envolve no verbalismo fulgurante, para continuar arrojada à inutilidade e à prostração..."
Emmanuel
A grande e velha sombra que oculta habitualmente a candeia bruxuleante de nossa fé, muitas vezes, se exprime na espessa neblina da ociosidade mental, que nos entorpece os melhores impulsos para a construção do bem.
- o -
Preguiça de pensar com a própria cabeça...
Preguiça de sentir com o próprio coração...Preguiça de auxiliar...
Preguiça de fazer...
Preguiça de aprender...
Preguiça de ensinar...
- o -
Não acredites que bastaria a confissão em Cristo para dar aos outros o necessário testemunho de comunhão com o Evangelho de Amor e Luz.
- o -
Em muitas ocasiões, a própria palavra é um asilo à preguiça despistadora, que se envolve no verbalismo fulgurante, para continuar arrojada à inutilidade e à prostração.
- o -
Que a nossa frase se estenda em abençoada luz, revelando o Eterno Benfeitor que nos rege os destinos, mas que não nos exonere do dever do exemplo vivo, de vez que apenas na linguagem convincente das obrigações corretamente cumpridas é que seremos entendidos pelos companheiros de jornada no grande caminho da evolução.
- o –
Dissipemos o nevoeiro da preguiça que nos esconde o ideal de servir e avancemos, com diligência, no terreno da ação.
- o -
Evitemos seja colocada a lâmpada de nosso conhecimento sob o antigo velador do desculpismo e, exumando os braços e os recursos que estejamos conservando no frio da inércia, façamos da inteligência o arado de nosso amor, unindo cérebro e coração, alma e corpo, vida e entendimento, na construção da verdadeira fraternidade sobre a Terra, na certeza de que somente pelo trabalho incansável no bem é que nos transformaremos em instrumentos vivos nas realizações do Senhor.
Livro: Moradia de Luz
EVANGELIZAÇÃO PARA CRIANÇAS
Bezerra de Menezes
Que diz da existência, no Lar, de uma Escola Espírita de Evangelização? E da administração de aulas a crianças num Centro Espírita, no posto mediúnico? (A existência de um Grupo Espírita, para fins mediúnicos, num Lar, sabemos prejudicar a atmosfera psíquica).
“Consideramos que o Culto do Evangelho em casa pode funcionar e deve funcionar em apoio da Escola Espírita de Evangelização, sob amparo e supervisão dos pais que, a rigor, são os primeiros orientadores dos filhinhos.
Somos de opinião que o recinto de evangelização pública, num templo espírita, é sempre o lugar mais adequado à evangelização da criança, porquanto semelhante cenáculo do pão espiritual guarda consigo a natureza da escola.”
Será que uma Escola Espírita de Evangelização em uma entidade espírita corre o risco de prejudicar demais a formação do caráter das crianças, se os orientadores deixarem de observar para consigo mesmos certos requisitos como: cumprimento de horário, preparação criteriosa das aulas, assiduidade, etc.?
- “Perfeitamente. A primeira cartilha da criança, na escola da vida, é o exemplo dos adultos que a cercam”.
(Respostas dadas por Bezerra de Menezes, pelo médium Francisco Cândido Xavier, para a “Didática Especial de Espiritismo” elaborada pela Aliança Municipal Espírita de Juiz de Fora, 1970)
RENOVEMOS NOSSA MENTE
"O
homem bom tira coisas boas do bom tesouro de seu coração; e o
homem mau tira coisas más do mau tesouro de seu coração."(MATEUS,
12:35.)
Coração, no caso vertente, não é o órgão
que exerce as funções de uma bomba impelindo o sangue na irrigação
geral do nosso corpo.
Trata-se da natureza dos pensamentos e dos sentimentos que nosso espírito irradia, isto é: do estado de nossa mente; das visões, das imagens que cria e desenvolve; do modo e da maneira com que ela discerne e ajuíza de tudo que vemos, de tudo que cai sob o domínio da nossa percepção.
Da boa ou má função da mente depende a boa ou má direção que tomamos no caminho da vida; o bom ou mau Juízo que emitimos a propósito de todas as coisas; os bons ou os maus atos que praticamos.
Os nossos destinos estão na dependência direta da nossa mente: serão fatalmente o que ela determinar que sejam.
Trata-se da natureza dos pensamentos e dos sentimentos que nosso espírito irradia, isto é: do estado de nossa mente; das visões, das imagens que cria e desenvolve; do modo e da maneira com que ela discerne e ajuíza de tudo que vemos, de tudo que cai sob o domínio da nossa percepção.
Da boa ou má função da mente depende a boa ou má direção que tomamos no caminho da vida; o bom ou mau Juízo que emitimos a propósito de todas as coisas; os bons ou os maus atos que praticamos.
Os nossos destinos estão na dependência direta da nossa mente: serão fatalmente o que ela determinar que sejam.
O
primeiro passo, portanto, a dar, na obra de nossa salvação, deve
constar do estudo meticuloso da nossa mente.
Que
espécie de pensamentos engendramos?
Que gênero de visões e de imagens nossa mente se compraz em acalentar?
Como
costumamos julgar os atos dos nossos semelhantes?
Que
juízo fazemos de Deus e de sua justiça, do amor e do dever?
Que é que de preferência nos afeta mais profundamente?
Em
suma, qual o nosso ideal?
Tal é, em resumo, o problema da vida.
Tal é, em resumo, o problema da vida.
Nada
conseguiremos no sentido de nossa melhoria e de nosso progresso, sob qualquer
aspecto, enquanto não prestarmos acurada atenção às
condições de nossa mente.
Não haverá reforma possível em nosso caráter, sem
que previamente se tenha verificado uma mudança em nossa mente.
O grande Paulo, profundo conhecedor da psicologia da evolução espiritual, assim escrevia aos romanos (Romanos, 12:1 e 2):
O grande Paulo, profundo conhecedor da psicologia da evolução espiritual, assim escrevia aos romanos (Romanos, 12:1 e 2):
-
"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis
os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus; pois em tal importa o culto racional; e não vos conformeis com
este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que saibais qual é a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus".
A doutrina de Paulo é, portanto, a reprodução da de Jesus.
A doutrina de Paulo é, portanto, a reprodução da de Jesus.
Paulo
empregou a palavra mente, e Jesus usou o termo coração.
A fonte de todo o bem é por sua vez a fonte de todo o mal.
A fonte de todo o bem é por sua vez a fonte de todo o mal.
É
do coração ou da mente que procedem os pensamentos pecaminosos,
o orgulho, o ódio, a inveja, o ciúme, as contendas, o dolo, a
corrupção, a avareza.
Da
mesma sorte, é do coração, é da mente que afloram
os ideais puros e elevados, a palavra convincente e sincera, a virtude enfim
sob os vários aspectos em que ela se desdobra.
A
obra de nossa redenção depende, em síntese, da reforma
de nossos corações, ou, na palavra de Paulo, da renovação
da nossa mente.
Devemos, pois, cultivá-la, extirpando dela todas as formas de egoísmo,
para dar lugar à frutificação das múltiplas modalidades
do amor.
Tudo
o mais que se pretenda fazer, fora desse trabalho de autoeducação
da mente, não passa de um erro religioso, e de uma superstição.
Vinicius
Livro: O Mestre na Educação
Livro: O Mestre na Educação
EVOLUÇÃO E EDUCAÇÃO
-
Educar
é tirar do interior. Nada se pode tirar de onde nada existe.
É possível desenvolver nossas potências anímicas,
porque realmente elas existem no estado latente.
A
evolução resulta da involução.
O
que sobe da Terra é o que desceu do céu.
A diferença entre o sábio e o ignorante, o justo e o ímpio, o bom e o mau, procede de serem, uns, educados, outros não.
A diferença entre o sábio e o ignorante, o justo e o ímpio, o bom e o mau, procede de serem, uns, educados, outros não.
O
sábio se tornou tal, exercitando com perseverança os seus poderes
intelectuais.
O justo alcançou santidade cultivando com desvelo e carinho sua capacidade
de sentir.
Foi
de si próprios que eles desentranharam e desdobraram, pondo em evidência
aquelas propriedades, de acordo com a sentença que o Divino Artífice
insculpiu em suas Obras:
-
"Crescei e multiplicai".
A verdade não surge de fora, como em geral se im¬gina: procede de nós mesmos.
A verdade não surge de fora, como em geral se im¬gina: procede de nós mesmos.
"O
Reino de Deus (que é o da verdade) não se manifestará com
expressões externas, por isso que o Reino de Deus está dentro
de vós."
Educar e extrair do interior e não assimilar do exterior.
É
a verdade parcial, que está em nós, que se vai fundindo gradativamente
com a verdade total que a tudo abrange.
É
a luz própria, que bruxuleia em cada ser, que vai aumentando de intensidade
à medida que se aproxima do Foco Supremo, donde proveio.
É
a vida de cada indivíduo que se aprofunda e se desdobra em possibilidades
quanto mais se identifica ele com a Fonte Perene da Vida Universal.
"Eu
vim a este mundo para terdes vida, e vida em abundância."
O juízo que fazemos de tudo quanto os nossos sentidos apreendem no exterior está invariavelmente de acordo com as nossas condições interiores.
O juízo que fazemos de tudo quanto os nossos sentidos apreendem no exterior está invariavelmente de acordo com as nossas condições interiores.
Vemos
fora o reflexo do que temos dentro.
Somos
como a semente que traz seus poderes germinativos ocultos no âmago de
si própria.
As influências externas servem apenas para despertá-los.
Educar é evolver de dentro para fora, revelando, na forma perecível, a verdade, a luz e a vida imperecíveis e eternas, por isso que são as características de Deus, a cuja imagem e semelhança fomos criados.
Vinicius
Mestre na Educação
Educar é evolver de dentro para fora, revelando, na forma perecível, a verdade, a luz e a vida imperecíveis e eternas, por isso que são as características de Deus, a cuja imagem e semelhança fomos criados.
Vinicius
Mestre na Educação
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
AS PAIXÕES
A
Doutrina Espírita nos ensina que todas as paixões têm como
princípio originário uma necessidade ou um sentimento natural,
colocados em nosso âmago com o fim de estimular-nos ao trabalho e à
conquista da felicidade.
"Deus
é Amor" e, ao criar-nos, fêz-nos participantes de Sua natureza,
isto é, dotados dessa virtude por excelência; carecendo apenas
que a desenvolvamos e a depuremos, até a sublimação.
Houve
por bem, então, tornar-nos sensíveis ao prazer para que cada um
de nós, buscando-o, cultivasse o amor a si mesmo, para, numa outra etapa,
ser capaz de estender esse amor aos semelhantes.
Pode
parecer que a busca do prazer pessoal seja uma forma errônea, por sumamente
egoísta, para que possa conduzir-nos à efetivação
desse grandioso desiderato. Deus, porém, em Sua onisciência, sempre
escolhe os melhores caminhos possíveis para o nosso progresso, e se assim
há determinado é porque sabe que, sem experimentarmos, antes,
quanto é
bom o amor que nos devotamos e ao qual tudo sacrificamos, jamais chegaríamos
ao extremo oposto, de sacrificar-nos por amor a outrem.
Os
gozos que o mundo nos proporciona, entretanto, são regulados por leis
divinas, que lhes estabelecem limites em função das reais necessidades
de nosso corpo físico e dos justos anseios de nossa alma, e transpô-los
ocasiona consequências tanto mais funestas quanto maiores sejam os desmandos
cometidos.
Nisto,
como em todo aprendizado que lhe cumpra fazer, seja de um ofício, de
uma arte, ou do exercício de um poder qualquer, o homem começa
causando, a si mesmo e ao próximo, mais prejuízos que benefícios.
E'
que, em sua imensa ignorância, não sabe distinguir o uso do abuso,
exagera suas necessidades e sentimentos, e é aí, no excesso, que
aquelas e estes se transformam em paixões, provocando perturbações
danosas ao seu organismo e ao seu psiquismo.
Apresentemos
alguns exemplos:
Alimentar-nos
é um imperativo da natureza, cujo atendimento é coisa que nos
dá grande satisfação. Quantos, entretanto, façam
dos "prazeres da mesa" a razão de sua existência, rendendo-se
à glutonaria, mais dias, menos dias, terão que pagar, com a enfermidade,
senão mesmo com a morte, o preço desse mau hábito.
Muito
natural o nosso desejo de preparar dias melhores para nós e a nossa família,
bem assim as lutas a que nos entregamos e os sacrifícios que nos impomos,
visando a tal objetivo. Todavia, é preciso que essa preocupação
pelo futuro não ultrapasse os limites do razoável, para que não
se converta em obsessão.
A
recreação, por outro lado, é uma exigência de nosso
espírito, e os entretenimentos ocasionais valem por excelentes fatores
de hiigiene mental. Infelizes, no entanto, os que, seduzidos pelas emoções
de uma partida de baralho ou de víspora, pelo lucro fácil de um
lance na roleta, ou quejandos, se deixem dominar pelo jogo! A desgraça
não tardará a abatê-los, como abatidos têm sido todos
quantos se escravizam a essa terrível viciação.
Calor
excessivo ou frio intenso podem forçar-nos, vez por outra, a um refrigerante
gelado ou a uma dose alcoólica, com o que nos dessedentamos, ou nos reconfortamos
gostosamente. Mas todo cuidado será pouco para não descambarmos
para a bebedice, pois seus malefícios, provam-no as estatísticas,
assumem características de verdadeiro flagelo social.
Todos
nós sentimos necessidade de dar e receber carinho, já que ninguém
consegue ser feliz sem isso. É de todo conveniente, entretanto,
repartir nosso afeto com os que pertencem ao nosso círculo familiar,
estendê-lo a amigos e outros semelhantes, evitando concentrá-lo
em uma só pessoa, fazendo depender unicamente dela o nosso interesse
pela vida, pois, ao perder esse alguém, poderemos sofrer um golpe doloroso
demais para ser suportado sem perda do equilíbrio espiritual.
Não
há quem não deseje autoafirmar-se, mediante a realização
de algo que corresponda às suas tendências dominantes, e daí
porque alguns se atiram, com inusitado entusiasmo, a determinados estudos, outros
se empolgam na procura ou no apuramento de uma nova técnica com que sonham
projetar-se na especialidade de sua predileção, e outros ainda
descuidam de tudo e de todos para devotar-se, inteiramente, às atividades
artísticas ou científicas que os abrasam. Importa, porém,
acautelar-nos com o perigo do monoideísmo, responsável por neuroses
ou insânias de difícil recuperação.
Como
se vê, o princípio das paixões nada tem de mau, visto que
"assenta numa das condições providenciais de nossa existência",
podendo inclusive, em certos casos e enquanto governadas, levar o homem a feitos
nobilitantes.
Todo
mal, repetimo-lo, reside no abuso que delas se faz.
Urge,
portanto, que, na procura do melhor, do que nos traga maior soma de gozo, aprendamos
a respeitar as leis da Vida, para que elas, inexoráveis como são,
não se voltem contra nós, compelindo-nos a penosos processos de
reajuste e reequilíbrio. (Cap. XII, q. 907 e seguintes.)
Rodolfo
Calligaris
Livro: Leis Morais
Livro: Leis Morais
Assinar:
Postagens (Atom)