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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

TESTE DO PROCESSO DESOBSESSIVO


André Luiz
Verifique você:
Se já consegue dispensar aos outros o tratamento que desejaria receber:
Se adia a execução das próprias tarefas;
Se reconhece que toda criatura humana é imperfeita quanto nós mesmos e que, por isso, não nos será lícito exigir do próximo testemunhos de santidade e grandeza na passarela do mundo;
Se guarda fidelidade aos compromissos assumidos;
Se cultiva a pontualidade;
Se evita contrair débitos;
Se orienta a conversação sem perguntas desnecessárias;
Se acolhe construtivamente as críticas de que se faz objeto;
Se fala auxiliando ou agredindo a quem ouve;
Se conserva ressentimentos;
Se sabe atrair amigos e alimentar afeições;
Se mantém o autocontrole, na vida emotiva, como base da sua dieta mental.
Todos nós, os Espíritos em evolução na Terra, temos a nossa quota de obsessão, em maior ou menor grau. E todos estamos trabalhando pela própria libertação. À vista disso, de quando em quando, é sumamente importante façamos um teste de nosso processo desobsessivo, a fim de que cada um de nós observe, em particular, como vai indo o seu.

Livro: Paz e Renovação. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

SEM DESÂNIMO

André Luiz

Se você deixou de trabalhar, entrando em desânimo, examine o tráfego numa rua simples.
Ônibus, automóveis, caminhões, ambulâncias e viaturas diversas passam em graus de velocidade diferente, cumprindo as tarefas que lhes foram assinaladas.
Nenhum veículo segue sem objetivo e sem direção.
Observe, porém, o carro parado, fora da pista.
Além de constituir uma tentação para malfeitores e um perigo no trânsito, é também um peso morto na economia geral, porquanto foge do bem que lhe cabe fazer.
Entretanto, se o dono resolve recuperá-lo, aparecem, de pronto,  motoristas abnegados, que se empenham a socorrê-lo.
Considera a lição e não gaste o seu tempo, acalentando enguiços na própria alma, que farão de você um trambolho para os corações queridos que lhe partilham a marcha.
Qual acontece ao veículo mais singelo, você pode perfeitamente auxiliar nos caminhos da vida, arrancar um companheiro dessa ou daquela dificuldade, carregar um doente, transportar uma carta confortadora, entregar um remédio ou distribuir alimento.
Se você quiser, realmente, largar o cantinho da inércia, rogue amparo aos Espíritos Benevolentes e Sábios que funcionam, caridosamente, na condição de mecânicos da Providência Divina, e eles colaborarão com você, mas para que isso aconteça, é preciso, antes de tudo, que você pense em servir, dispondo-se a começar.
Do livro "Paz e Renovação" Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

IMUNIZAÇÃO ESPIRITUAL


Emmanuel

Se te decides, efetivamente, a imunizar o coração contra as influências do mal, é necessário te convenças:
Que  todo minuto é chamamento de Deus à nossa melhoria e renovação;
Que  toda pessoa  se  reveste de importância particular em nosso caminho;
Que o melhor processo de receber auxílio é auxiliar em favor de  alguém;
Que a paciência é o principal ingrediente na solução de qualquer problema;
Que sem amor não há base firme nas construções espirituais;
Que o tempo gasto em queixa é furtado ao trabalho;
Que desprezar a simpatia dos outros, em nossa tarefa, é o mesmo que pretender semear um campo sem cogitar de lavrá-lo;
Que não existem pessoas perversas e sim criaturas doentes a nos requisitarem amparo e compaixão;
Que o ressentimento é sempre foco de enfermidade e desequilíbrio;
Que ninguém sabe sem aprender e ninguém aprende sem estudar;
E que, em suma, não basta pedir aos Céus, através da oração, para que baixem à Terra, mas também cooperar, através do serviço ao próximo, para que a Terra se eleve igualmente para os Céus.

Francisco Cândido Xavier  Do livro: "Paz e Renovação"

DECÁLOGO PARA MÉDIUNS

Albino Teixeira
 
Não afastar-se dos deveres e compromissos que abraçou na vida, reconhecendo que é impossível manter intercâmbio espiritual claro e constante com o Plano Superior, sem base na consciência tranqüila.
Não descuidar-se do autodomínio, a fim de controlar as próprias faculdades.
Não ignorar que desenvolvimento mediúnico, antes de tudo significa educar-se o médium a si mesmo para ser mais útil.
Não desejar fazer tudo, mas fazer o que deve e possa no auxílio aos outros.
Não recusar críticas ou discussões e sim aceitá-las de boa vontade por testes de melhoria e aperfeiçoamento dos próprios recursos.
Não guardar ressentimentos.
Não fugir do estudo, nem da disciplina para discernir e agir com segurança.
Não relaxar a pontualidade, somente faltando às tarefas que lhe caibam por motivo de reconhecida necessidade.
Não olvidar pessoas nos benefícios que preste.
Não olvidar que o melhor médium para o mundo espiritual, em qualquer tempo e em qualquer circunstância, será sempre aquele que estiver resolvido a burilar-se, decidido a instruir-se, disposto a esquecer-se e pronto a servir.

Do livro Paz e renovação. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

SAÚDE

Emmanuel
A saúde é assim como a posição de uma residência que denúncia as condições do morador, ou de um instrumento que produz em si o zelo ou a desídia das mãos que o manejam.
 A falta cometida opera em nossa mente um estado de perturbação, ao qual não se reúnem simplesmente as forças desvairadas de nosso arrependimento, mas também as ondas de pesar e acusação da vítima e de quantos se lhe associam ao sentimento, instaurando desarmonias de vastas proporções nos centro da alma, a percutirem sobre a nossa própria instrumentação.
 Semelhante descontrole apresenta graus diferentes, provocando lesões funcionais diversas.
 A cólera e o desespero, a crueldade e a intemperança criam zonas mórbidas de natureza particular no cosmo orgânico, impondo as células a distonia pela qual se anulam quase todos os recursos de defesa, abrindo-se leira fértil à cultura de micróbios patogênicos nos órgãos menos habilitados à resistência.
 Ë assim que muitas vezes, a tuberculose e o câncer, a lepra e a ulceração aparecem como fenômenos secundários, residindo a causa primária no desequilíbrio dos reflexos da vida interior.
 Todos os sintomas mentais depressivos influenciam células em estado de mitose, estabelecendo fatores de desagregação.
 Por outro lado, importa reconhecer que o relaxamento da nutrição constrange o corpo e a pesados tributos de sofrimento.
 Enquanto encarnados, é natural que as vidas infinitesimais que nos constituem o veículo de existência retratem as substâncias que ingerimos.
 Nesse trabalho de permuta constante adquirimos imensa quantidade de bactérias patogênicas que, em se instalando comodamente no mundo celular, podem determinar moléstias infecciosas de variegados caracteres,  compelindo-nos a recolher, assim, de volta, os resultados de nossa imprevidência.
 Mas não é somente ai, no domínio das causas visíveis, que se originam os processos patológicos multiformes.
 Nossa emoções  doentias mais profundas, quaisquer que sejam, geram estados enfermiços.
Os reflexos dos sentimentos menos dignos que alimentamos voltam-se sobre nós  mesmos, depois de convertidos em ondas mentais, tumultuando o serviço das células nervosas que, instaladas na pele, nas vísceras, na medula e no tronco cerebral, desempenham as mais avançadas funções técnicas: acentue-se, ainda, que esses reflexos menos felizes, em que se derramando sobre o córtex encefálico, produzem alucinações que podem variar de fobia oculta à loucura manifesta, pelas quais os reflexos daqueles companheiros encarnados ou desencarnados, que se nos subjugam ao modo de proceder e de ser, nos atingem com sugestões destruidoras, diretas ou indiretas, conduzindo-nos a deploráveis fenômenos de alienação mental, na obsessão comum, ainda mesmo quando no jogo das aparências possamos aparecer como  pessoas espiritualmente sadias.
Não nos esqueçamos, assim, de que apenas o sentimento reto pode esboçar o reto pensamento, sem os quais a alma adoece pela carência de equilíbrio interior, imprimindo no aparelho somático os desvario e as perturbações que lhe são conseqüentes.
 Livro: Pensamento e Vida - Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo espírito EMMANUEL
 

MORTE

Emmanuel
 
Sendo a mente o espelho da vida, entenderemos sem dificuldade que, na morte, lhe  prevalecem na face as imagens mais profundamente insculpidas por nosso desejo, à  custa da reflexão reflexão reiterada, de modo intenso.
 Guardando o pensamento  -  plasma  fluídico – a precisa faculdade de substancializar suas próprias criações, imprimindo-lhes vitalidade e movimento temporários, a maioria das criaturas terrestres, na transição do sepulcro, é naturalmente obcecada pelos quadros da própria imaginação, aprisionada a fenômenos alucinatórios, qual acontece no sono comum, dentro do qual, na maioria das circunstâncias, a individualidade reencarnada, em vez de retirar-se do aparelho físico, descansa em conexão com ele mesmo, sofrendo os reflexos das sensações primárias a que ainda se ajusta.
 Todos os círculos da existência, para se adaptarem aos processos da educação, necessitam do hábito, porque todas as conquistas do espírito se efetuam na base de lições recapituladas.
  As classes são vastos setores de trabalho específico, plasmando, por intermédio de longa  repercussão, os objetivos que lhes são peculiares naqueles que as compõem.
 É assim que o jovem destinado a essa ou aquela carreira é submetido, nos bancos escolares, a determinadas disciplinas, incluindo a experiência anterior dos orientadores que lhe precederam os passos na senda profissional escolhida.
 O futuro militar aprenderá.
 desde cedo, a manejar os instrumentos de guerra, cultuando as instruções dos grandes chefes de estratégia, e o médico porvindouro deverá repetir, por anos sucessivos, os ensinos e experimentos dos especialistas, antes do juramento hipocrático.
 Em todas as escolas de formação, vemos professores ajustando a infância, a mocidade e a madureza aos princípios consagrados, nesse ou naquele ramo de estudo, fixando-lhes personalidade particular para determinados fins, sobre o alicerce da reflexão mental sistemática, em forma de lições persistentes e progressivas.
 Um diploma universitário é, no fundo , o pergaminho confirmativo do tempo de recapitulações indispensáveis ao domínio do aprendiz em certo campo de conhecimento para efeito de serviço nas linhas da coletividade.
 Segundo o mesmo princípio, a morte nos confere a certidão das experiências repetidas a que nos adaptamos, de vez que cada espírito, mais ou menos, se transforma naquilo que imagina.
 É deste modo que ela, a morte, extrai a soma de nosso conteúdo mental, compelindo-nos a viver, transitoriamente, dentro dele.
 Se esse conteúdo é o bem, teremos a nossa parcela de céu, correspondente ao melhor da construção que efetuamos em nós, e se esse conteúdo é o mal estaremos necessariamente detidos na parcela de inferno que corresponda aos males de nossa autoria, até que se extinga o inferno de purgação merecida, criado por nós mesmos na intimidade da consciência.
 Tudo o que foge à lei do amor e do progresso, sem a renovação e a  sublimação por bases, gera o enquistamento mental, que nada mais é que a produção de nossos reflexos  pessoais acumulados e sem valor na circulação do bem comum, consubstanciando as idéias fixas em que passamos a respirar depois do túmulo, à feição de loucos autênticos, por nos situarmos distantes  da realidade fundamental.
 É por esta razão que morrer significa penetrar mais profundamente no mundo  de nós mesmos, consumindo longo tempo em despir a túnica de nossos reflexos menos felizes, metamorfoseados em região alucinatória decorrente do nosso monodeísmo na sombra, ou transferindo-nos simplesmente de plano, melhorando o clima de nossos reflexos ajustados ao bem, avançando em degraus conseqüentes para novos horizontes de ascensão e de luz.
 
 
 Livro: Pensamento e Vida  - Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo espírito EMMANUEL
 

HÁBITO

Emmanuel
 
O hábito é uma esteira de reflexos mentais acumulados, operando constante indução a rotina.
 Herdeiros de milênios, gastos na recapitulação de muitas experiências análogas entre si, vivemos, até agora, quase que à  maneira de embarcações ao gosto da correnteza, no  rio de hábitos aos quais nos ajustamos sem resistência.
 Com naturais exceções, todos adquirimos o costume de consumir os pensamentos alheios pela reflexão automática e em razão disto, exageramos as nossas necessidades, apartamo-nos da simplicidade com que nos seria fácil erguer uma vida melhor, e formamos  em torno delas todo um sistema defensivo à base de crueldade, com o qual ferimos o próximo, dilacerando consequentemente a nós mesmos.
  Estruturamos, assim, complicado mecanismo de cautela e desconfiança, para além da justa preservação, retendo, apaixonadamente, o instinto da posse e, com o instinto da posse, criamos os reflexos do egoísmo e do orgulho, da vaidade e do medo, com que  tentamos inutilmente fugir às Leis Divinas, caminhando, na maioria das circunstâncias,  como operários distraídos e infiéis que desertassem da máquina preciosa em que devem servir gloriosamente, para cair, sufocados ou inquietos, nas engrenagens que lhes são próprias .
 Nesse círculo vicioso, vive a criatura humana, de modo geral, sob o domínio da ignorância acalentada, procurando enganar-se depois do berço, para desenganar-se depois do túmulo, aprisionada no binômio ilusão-desilusão, com que depende longos  séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar.
 Não será lícito, porém, de modo algum, desprezar a rotina construtiva.
 É por ela que o ser se levanta no seio do espaço e do tempo, conquistando os recursos que lhe enobrecem a vida.
 A evolução, contudo, impões a instituição de novos costumes, afim de que nos desvencilhemos das fórmulas inferiores, em marcha para ciclos mais altos de existência.
 É por esse motivo que vemos no cristo – divino marco da renovação humana  – todo um programa de transformações viscerais do espírito.
 Sem violência de qualquer natureza, altera os padrões da moda moral em que a Terra vivia há numerosos milênios.
 Contra o uso da condenação metódica, oferece a prática do perdão.
 Á tradição de raça opões o fundamento da fraternidade legítima.
 No abandono à tristeza e ao desânimo, nas horas difíceis, traz a noção das bem-aventuranças eternas para os conflitos que sabem esperar e para os justos que sabem sofrer.
 Toda a passagem do Senhor, entre os homens, desde a Manjedoura, que estabelece o hábito da simplicidade, até a cruz afrontosa que cria a hábito da serenidade e da paciência, com certeza da ressurreição para a vida eterna, o apostolado de Jesus é resplendente conjunto de reflexos do caminho celestial para a redenção do caminho  humano.
 Até agora, no mundo, a nossa justiça cheira a vingança e o nosso amor sabe a egoísmo, pelo reflexo condicionado de nossas atitudes irrefletidas nos mil6enios que nos  precedem o “hoje”.
 Não podemos desconhecer, todavia, que somente adotando a bondade e o entendimento, com a obrigação de educar-nos e com o dever de servir, como hábitos, colaborando para s segurança e felicidade de todos, ainda mesmo à custa de nosso sacrifício, é que refletimos em nós a verdadeira felicidade por estarmos nutrindo o verdadeiro bem.
 
 
 Livro: Pensamento e Vida  - Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo espírito EMMANUEL
 

TOLERÂNCIA

Emmanuel
Vive a tolerância na base de todo o progresso efetivo.
 As peças de qualquer máquina suportam-se umas às outras para que surja essa ou aquela produção de benefícios determinados.
 Todas as bênçãos da Natureza constituem larga seqüência de manifestações da abençoada virtude que inspira a verdadeira fraternidade.
 Tolerância, porém, não é conceito de superfície.
 É reflexo vivo da compreensão que nasce, límpida, na fonte da lama, plasmando a esperança, a paciência e o perdão com esquecimento de todo o mal.
 Pedir que os outros pensem com a nossa cabeça seria exigir que o mundo se adaptasse aos nossos caprichos, quando é nossa obrigação adaptar-nos, com dignidade, ao mundo, dentro da firme disposição de ajudá-lo.
 A Providência Divina reflete, em toda parte, a tolerância sábia e ativa.
 deus não reclama da semente a produção imediata da espécie a que corresponde .
 Dá-lhe tempo para germinar, crescer, florir e frutificar, Não solicita do regato improvisada integração com o mar que o espera.
 Dá-lhe caminhos no solo, ofertando-lhe o tempo necessário à superação da marcha.
 Assim também, de alma para alma, é imperioso não tenhamos qualquer atitude de violência.
 A brutalidade do homem impulsivo e a irritação do enfermo deseducado, tanto quanto a garra no animal e o espinho na roseira, representam indícios naturais da condição evolutiva em que se encontram.
 Opor ódio ao ódio é operar a destruição.
 O autor de qualquer injúria invoca o mal para si mesmo.
 Em vista disso, o mal só é realmente mal para quem o pratica.
 Revidá-lo na base de inconseqüência em que se expressa é assimilar-lhe o veneno.
 É imprescindível tratar a ignorância com o carinho medicamentoso que dispensamos ao tratamento de uma chaga, porquanto golpear a aferida, sem caridade, será o mesmo que converter a moléstia curável num aleijão sem remédio.
 A tolerância, por esse motivo, é acima de tudo, completo esquecimento de todo o mal, com serviço incessante no bem.
 Quem com os lábios repete palavras de perdão, de maneira constante, demonstra acalentar a volúpia da mágoa com que se acomoda perdendo tempo.
 Perdoar é olvidar a sombra, buscando a luz.
 Não é dobrar joelhos ou escalar galerias de superioridade mendaz, teatralizando os impulsos do coração, mas sim persistir no trabalho renovador, criando o bem e a harmonia, pelos quais aqueles que não nos entendam, de pronto, nos observem com diversa interpretação, compreendendo-nos o idioma inarticulado do exemplo.
 Oferece-nos o cristo o modelo da tolerância ideal, em regressando do túmulo ao encontro dos aprendizes desapontados.
 Longe de reportar-se à deserção de Pedro ou à fraqueza de Judas, para dizer com a boca que os desculpava, refere-se ao serviço da redenção, induzindo-os a recomeçar o apostolado do bem eterno.
 Tolerar
é refletir o entendimento fraterno, e o perdão será sempre profilaxia segura, garantindo, onde estiver, saúde e paz, renovação e segurança.
 Livro: Pensamento e Vida  - Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo espírito EMMANUEL

O ESPELHO DA VIDA


Emmanuel
A mente é o espelho da vida em toda parte.
Ergue-se na Terra para Deus, sob a égide do Cristo, à feição do diamante bruto, que,  arrancado ao ventre obscuro do solo, avança, com a orientação do lapidário, para a magnificência da luz.
Nos seres primitivos, aparece sob a ganga do instinto, nas almas humanas surge entre as ilusões que salteiam a inteligência, e revela-se nos Espíritos Aperfeiçoados por brilhante precioso a retratar a Glória Divina.
Estudando-a de nossa posição espiritual, confinados que nos achamos entre a animalidade e a angelitude, somos impelidos a interpretá-la como sendo o campo de nossa consciência desperta, na faixa evolutiva em que o conhecimento adquirido nos permite operar.
Definindo-a por espelho da vida, reconhecemos que o coração lhe é a face e que o cérebro é o centro de suas ondulações, gerando a força do pensamento que tudo move, criando e transformando, destruindo e refazendo para acrisolar e sublimar.
Em todos os domínios do Universo vibra, pois, a influência recíproca.
Tudo se desloca e renova sob os princípios de interdependência e repercussão.
O reflexo esboça a emotividade.
A emotividade plasma a idéia.
A idéia determina a atitude e a palavra que comandam as ações.
Em semelhantes manifestações alongam-se os fios geradores das causas de que nascem as circunstâncias, válvulas obliterativas ou alavancas libertadoras da existência.
Ninguém pode ultrapassar de improviso os  recursos da própria mente, muito além do círculo de trabalho em que estagia; contudo, assinalamos, todos nós, os reflexos uns dos outros, dentro da nossa relativa capacidade de assimilação.
Ninguém, permanece fora do movimento de permuta incessante.
Respiramos no mundo das imagens que projetamos e recebemos. Por elas, estacionamos sob a fascinação  dos elementos que provisoriamente nos escravizam e, através delas, incorporamos o influxo renovador dos poderes que nos induzem à purificação e ao progresso.
O reflexo mental mora no alicerce da vida.
Refletem-se as criaturas, reciprocamente, na Criação que reflete os objetivos do Criador.

 Livro: Pensamento e vida -Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo espírito EMMANUEL

HUMILDADE

Emmanuel
 
A humildade, por força divina, reflete-se, luminosa, em todos os domínios da Natureza, os quais expressam, efetivamente, o Trono de Deus, patrocinando o progresso e a renovação.
 Magnificente, o Sol, cada dia, oscula a face do pântano sem clamar contra o insulto da lama; a flor, sem alarde, incensa a glória do céu.
 Filtrada na aspereza da rocha, a água se revela mais pura, e, em seguida às grandes calamidades, a colcha de erva cobre o campo, a fim de que o homem recomece a lida.
 ã carência de humildade, que, no fundo, é reconhecimento de nossa pequenez diante do Universo, surgem na alma humana doentios enquistamentos de sentimento, quais sejam o orgulho e a cobiça, o egoísmo e a vaidade, que se responsabilizam pela discórdia e pela delinqüência em todas as direções.
 Sem o reflexo da humildade, atributo de deus no reino do “eu”, a criatura sente-se proprietária exclusiva dos bens que a cercam, despreocupada da sua condição real de espírito em trânsito nos carreiros evolutivos e, apropriando-se da existência em sentido particularista, converte a própria alma em cidadela de ilusão, dentro da qual se recusa ao contato com as realidades fundamentais da vida.
 Sob o fascínio de semelhante negação, ergue azorragues de revolta contra todos os que lhe inclinem o espírito ao aproveitamento da horas, já que, sem o clima da humildade, não se desvencilha da trama de sombras a que ainda se vincula, no plano da animalidade que todos deixamos para trás, após a auréola da razão.
 Possuída pelo espírito da posse exclusivista, a alma acolhe facilmente o desespero e o ciúme, o despeito e a intemperança, que geram a tensão psíquica, da qual se derivam perigosas síndromes na vida orgânica, a se exprimirem na depressão nervosa e no desequilíbrio emotivo, na ulceração e na disfunção celular, para não nos referirmos aos deploráveis sucessos da experiência cotidiana, em que a ausência da humildade comanda o incentivo à loucura, nos mais dolorosos conflitos passionais.
 Quem retrata em si os louros dessa virtude quase desconhecida aceita sem constrangimento a obrigação de trabalhar e servir, a benefício de todos, assimilando, deste modo, a bênção do equilíbrio e substancializando a manifestação das leis Divinas, que jamais alardeiam as próprias dádivas.
 Humildade não é servidão.
 É, sobretudo, independência, liberdade interior que nasce das profundezas do espírito, apoiando-lhe a permanente renovação para  o bem.
 Cultivá-la é avançar para a frente sem prender-se, é projetar o melhor de si mesmo sobre os caminhos do mundo, é olvidar todo o mal e recomeçar alegremente a tarefa do amor, cada dia.
 Refletindo-a.
 do Céu para a Terra, em penhor de redenção e beleza, o cristo de deus nasceu na palha da Manjedoura e despediu-se dos homens pelos braços da Cruz.
 
 
 Livro: Pensamento e Vida  - Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo espírito EMMANUEL