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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Flagelos naturais na Terra

 
                                                  Flagelos naturais na Terra

Emaranhados de acontecimentos
São sempre a marca da existência humana.
A humanidade, a vida e sua inana
A fustigarem nossos pensamentos.

Nosso planeta é muito novo ainda.
Sobre sua crosta é onde toda a gente
Constrói moradas e planta sementes,
Fazendo da Terra uma obra linda.

Sobre as camadas rígidas nós temos
Arranha-céus, viadutos, temos mares
Que são berços de vidas que, aos milhares,
São surpresa que empana o que sabemos.

Por ser novo, há matéria liquefeita
Na parte mais central da nossa Terra.
Tudo é tão grande, e coisa alguma aberra
Quando o planeta se move e se ajeita.

Na Terra temos emissões carbônicas
A perturbar toda a massa de ozônio.
Tudo se agita em grave pandemônio,
Quando se mexem as placas tectônicas.

Maremotos, terremotos, tufões,
Tissunames, vulcões e tempestades
Arrastam multidões, varrem cidades.
Há medo quando surgem furacões.

Urge um maior cuidado com a Terra,
P’ra que a consciência jamais nos condene.
Mas, a ganância por dinheiro, infrene,
Traz miséria, doença e a dor da guerra.

Quem cumpre sobre o mundo o seu dever,
E ama esse mundo, como ama o seu lar,
De alma feliz, é fatal acertar,
E um tempo novo faz por merecer.



Por que na Terra o Senhor nos situa,
Se o orbe é um locus cheio de aflições,
De tormentas e tantas destruições?
Só quem entende essas razões estua.

Quem vive sobre o mundo é porque deve
Às leis de Deus e precisa acertar
Os passos no bem, buscando expiar,
P’ra que entre angústia e lágrimas se eleve.

Quem deve às leis de Deus segue pendente
Das provações que surgem pela senda,
Até que própria luz o ser acenda,
P’ra iluminar a profundez da mente.

Ninguém viva em suspenso ou assustado,
A imaginar o próximo flagelo.
Vale viver nesse mundo tão belo,
Junto aos irmãos, crescendo lado a lado.

Segue vibrante e vive sem temores,
Chuvas, enchentes, tremores ou ventos
Nunca arrastam quem deles está isento,
Quem fez do bem seu canteiro de amores.

                          André Fernandes
Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 13.01.2010,
                                                            na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ.
Em 10.09.2010..

Nossos Filhos Especiais

Nossos Filhos Especiais

Qual deve ser o comportamento dos pais perante o filho que nasce portando deficiências físicas ou mentais? É possível desenvolver-se uma vida saudável ao lado dessas criaturas?
Embora as compreensíveis frustrações que costumam invadir a alma dos pais de filhos portadores de deficiências quaisquer, a certeza divina deve ser para eles o grande arrimo, o indispensável consolo.
Conscientes de que não há injustiçados pelas leis de Deus sobre a Terra, o problema com que seus filhos se acham assinalados está na pauta da lei de causalidade. Na certeza de que "o Pai não dá pedra ao filho que pede pão", reconhecerá que se essas crianças renasceram sob seus cuidados pater-maternais, é porque eles, os ajudaram na marcha dos equívocos, de múltiplas formas, ou porque prometeram no mundo espiritual dar-lhes amparo, orientação, mão amiga, a fim de que atravessassem as estradas das expiações com real aproveitamento das limitações.
Importante é que esses pais, com filhos seriamente limitados, por isto profundamente dependentes de cuidados, sensibilizem-se perante os filhinhos carentes e muito amados, interpretando-os como pedras preciosas que o Criador colocou sob seus cuidados, sob seus desvelos, de modo a transformá-las em gemas rutilantes, valiosas, glorificando a vida.
Pais existem que são levados pelas leis da vida ao sacrifício, profundamente doloroso, de atuarem junto a filhos com inclinações criminosas, outros viciosos, outros atormentados da sexualidade transformando a reencarnação num escândalo, e outros mais em que se reúnem todos esses infelizes traços. Como falar-se de problemas de filhos lesados biológica ou mentalmente, perto desses outros pais que têm herdeiros de corpos perfeitos, às vezes de linhas modelares, de almas corroídas e ações corrompidas, contudo?
Como cada pai e mãe defrontam seus compromissos ante as augustas leis de Deus? A vida junto aos filhos portadores de deficiência se mostrará tão normal quanto o permitam a maturidade e a visão do mundo que tenham; serão tão felizes quanto se sintam cooperadores de Deus, enquanto crescem, a seu turno, para o Grande Amanhã, quando se encontrarão em plenitude de saúde e harmonia com os filhos redimidos, sadios, felizes.

Espírito: Camilo
Psicografado por Raul Teixeira

Ao Médium Psicógrafo

Ao Médium Psicógrafo

Sob o clima da prece, arreda da mente qualquer preocupação.

Sustente o lápis, confiando.

Procure "ouvir" os pensamentos que ecoam nos seus...

Assim como o bom grão deve ser separado do joio, busque discernir o que seja útil daquilo que não trará benefício algum para você e para os que possam ler o que grafa no papel, impulsionado pela inspiração.

Não ofereça resistência, porque a dúvida não tem nenhuma razão de ser, quando apenas o Bem é a nossa preocupação primeira.

Se você indagar demasiadamente sobre a origem das idéias que fluem da sua mente, provavelmente elas passarão sem que consiga retê-las.

Não espere que o Espírito Amigo tome o seu braço por inteiro como se houvesse semelhante necessidade para que o intercâmbio se concretize.

Não raras vezes, preferimos atuar no campo das emoções e dos pensamentos, deixando a você a responsabilidade de vestir com os próprios recursos gramaticais o resultado da combinação de nossos esforços.

Ao erguer o lápis, pense em Jesus, procurando senti-lo no intimo da alma, porque assim se isolará das "formas pensamento" que vagueiam em busca de sintonia ...

Se algum espírito se aproximar de você, solicitando auxilio para endereçar algumas frases de consolo a um ente querido, coloque o escrúpulo de lado, nem receie a incompreensão de terceiros ou coisa que o valha, porque o seu compromisso não é com o mundo e, sim com a Verdade.

No exercício da psicografia, como em qualquer campo da mediunidade, o importante é a perseverança.

Certamente que você ainda não é um médium perfeito e talvez nem seja por agora o médium ideal, mas, com absoluta certeza, é o companheiro de que necessitamos para que possamos nos manifestar na exaltação da imortalidade.

Pára nós, você é muito importante.

Quanto possível, estude, alargando os horizontes da imaginação, porque assim os obstáculos entre nós diminuirão...

Nós também nos preparamos para trabalhar na mediunidade, porque, se cabe ao médium assimilar as nossas idéias, cabe a nós refletir com precisão o pensamento das Esferas Superiores, de onde promana toda a luz.

Meu irmão médium psicógrafo, a inconsciência tem o seu lado positivo, sem dúvida; no entanto é muito maior o saldo negativo, porquanto preferimos tê-lo como um instrumento ansioso por colaborar do que um "autômato" que nos cabe comandar...

Medite nisto.

E quando o lápis principiar a deslizar no papel, tenha a convicção de que estamos tutelando-lhe a tarefa, porque o Senhor determina que, onde uma voz se erga para, exaltar o Bem ou uma mão se movimente para colocá-lo em ação, aí estejamos em Seu nome.

Com o tempo, você acabará por observar que a renúncia e a abnegação, a disciplina e a dor, valeram a pena, porque você se transformou em pedra importante no edifício que ora se constrói na Terra, que é o Reino Celestial.

Autor Espiritual: Dr.Odilon Fernandes
Psicografado por Carlos Baccelli

Insensatez

Insensatez

"Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo espírito, acabeis agora pela carne?" - (Gálatas, cap. 3 - v.3)


Quando Paulo fez esta severa advertência aos gálatas, muitos estavam debandando da fé, entregando-se à sensualidade.

Estavam percorrendo o caminho de modo inverso, ou seja, após terem-se consagrado às coisas do espírito, acabavam por satisfazer as paixões da carne.

Comportamento insensato semelhante ao dos gálatas surpreendemos entre muitos cristãos da atualidade.

Após esforço imenso para domar inclinações de ordem inferior, entregam-se a elas, sem mais nem menos...

Depois de terem perseverado anos a fio, resistindo às tentações, desencantados por esta ou por aquela razão, consentem em satisfazê-las.

Após uma vida inteira de renúncia e exemplos nobilitantes, quase perto de triunfarem em definitivo, rendem-se aos prazeres transitórios da existência...

Depois de terem semeado, abandonam a lavoura no justo instante de colher, alegando que carecem de recuperar para o corpo o tempo cedido em vão ao espírito...

Que se passaria com os companheiros que sucumbiram sem semelhantes provas?! Teriam perdido a fé que depositavam nos frágeis ombros dos amigos que os decepcionaram?! Apoiavam-se na fraqueza dos homens, para caminhar adiante?!...

Certamente.

Se a penas se deixassem influenciar pelos exemplos do Cristo, haveriam de perseverar na virtude, porque somente os passos Dele são retos o suficiente para que não nos desviemos dos objetivos superiores que buscamos alcançar.

Quantos concentraram as suas esperanças nos homens acabaram por desapontar-se!...

A palavra de Paulo ainda nos alerta para a necessidade de vigilância diária, enquanto mourejamos no corpo físico, porque numa longa caminhada podemos tropeçar no derradeiro passo, assim como podemos perder o equilíbrio no últ imo degrau da escada que subimos.

Escrevendo a sua primeira Carta aos Coríntios, Paulo nos adverte no capítulo 10, versículo 12: "Aquele, pois, que pensar estar em pé, veja que não caia".

Escoremo-nos na humildade, em nossa jornada, sabendo que o caminho é cheio de tribulações, dificuldades, surpresas desagradáveis, armadilhas...

Conscientes de nossas necessidades íntimas, sigamos sempre à frente, estendendo-nos mãos fraternas, mas apoiados exclusivamente Naquele que nunca nos decepcionará.

Não cometamos a loucura de desprezar a felicidade inalterável que nos aguarda além, por alguns breves minutos de alegria no corpo que a morte reduzirá a pó.

Autor Espiritual: Irmão José
Psicografado por Carlos Baccelli

Cegueira

Cegueira
"Vim a este mundo para exercer um juízo a fim de que os que não vêem, vejam e os
que vêem, se tornem cegos."
João: IX - 39,
Cegos e cegos, há-os muitos em diferentes graus e estágios.
Significativas, pois, as palavras de Jesus, sob qualquer aspecto consideradas.
Uns são cegos por ignorância, outros por presunção.
Valiosas advertências fulgem, desse modo, em cada conceito evangélico, quando
meditado e incorporado à ação, transformando-se em dinâmica salutar de valia
inestimável.
Há o que jaz na cegueira física e o que padece de cegueira espiritual.O ignorante, na sombra em que se debate, expunge o mau uso do conhecimento.
O enfermo, na agonia que experimenta, repara as peças e implementos orgânicos
que a imprevidência destroçou.
O analfabeto, ao guante da limitação constritora, reflexiona sob as nuvens
pardas do pouco discernimento os prejuízos da nefanda utilização da cultura.
O padecente da miséria econômica exercita equilíbrio, como decorrência da
malversação dos valores de que fora mordomo.
Os limitados desta ou daquela ordem, os que não sabem quando erram, transitam em
compreensível cegueira e, graças à situação em que se encontram, recebem maior
dose de entendimento, melhores recursos para a recuperação, mais amplo ensejo de
equilíbrio......
Muito judiciosos os conceitos do Senhor.
Os que conhecem, no entanto, os regulamentos do dever; quantos dispõem da
cultura, da fé e da razão; aqueles que estão informados sobre o Estatuto da
Imortalidade; os que usam o verbo para orientar, escrevendo ou falando; os que
são veículos dos Desencarnados; todos os aquinhoados com a notícia do Evangelho
não se podem permitir enganos ou dissipações, estroinices ou desgovernos morais,
competição sensualista ou desgaste orgânico nas ilusões, porque tais se
encontram dotados da responsabilidade, que representa patrimônio valioso pelo
Senhor concedido por empréstimo, para superior aplicação a benefício de si
mesmos e das coletividades onde se encontram.
Os que vêem, têm menos justificativas quando erram, tropeçam e caem, do que
aqueloutros, os que não fruem da visão.
Convidado ao trabalho inapreciável da renovação da Terra, não te escuses,
relacionando dificuldades inexistentes ou problemas irreais.
Refunde propósitos, seleciona valores e não te detenhas. Assimilando as lições
preciosas através da comunicação dos Espíritos, clareia a senda com a luz da
ação enobrecida, porquanto os que vêem e não atuam, sofrerão cegueira, enquanto
os que agem, embora os percalços e limites que experimentam, verão.
Cegos e cegueira nestes dias marcham em consonância com as conquistas
tecnológicas, aumentando o número dos que não querem ver porque lhes não convém
enxergar, a fim de não mudarem a tônica enganosa da vida transitória que logo
mais se esfumará.
Perfeitamente necessário, portanto, que medites em profundidade e despertes em
definitivo porque sofre de "pior cegueira aquele que não quer enxergar." Assim,
abre os olhos e segue ditoso.

Livro: Celeiro de Bençãos
Joana de Angelis/ Divaldo

Sofredores

Sofredores
"O reino não é deste mundo."
JOÃO: 18-36.
Um sem número deles transitam, ainda, pelas faixas do instinto, adquirindo
melhores experiências para o sentimento.
Trazem na face os profundos sulcos da miséria em que rebolcam, assinalados pelo
desinteresse de progredir, e, assoberbados pelas prementes necessidades da
sensação, brutalizados, se demoram...
Expressiva quantidade expunge os equívocos em que se comprazeram, padecendo as
necessárias limitações de que precisam para avançar e crescer.
Outros tantos recebem as conseqüências da imprudência da atualidade mesma,
passando a sofrer as constrições a que fazem jus por indisciplina e leviandade.
Todos, porém, estão ansiosos por adquirir paz e sequiosos de encontrar socorro.
Passam e assinalam a senda com as pegadas da tristeza ou do desespero, como se
constituíssem infinita legião de desventurados.
Raros, somente, conseguem alcançar os valores da resignação e da fé, de modo a
sustentarem as forças debilitadas, nos sublimes requisitos da coragem em forma
de humildade e resistência na luta.
A larga maioria, sem os tesouros do amor que lhes falta, deixa-se arrastar às
trilhas do desconforto moral ou cai nos abismos da revolta em que se aniquilam,
demandando o túmulo em lamentável estado espiritual...
Não constituem, apenas, sofredores, os que estão nas fileiras dos colhidos pela
miséria econômica. Também os que experimentam enfermidades de vária ordem, os
que suportam aflições morais, os que aspiram a ideais nobilitantes e deparam
empecilhos, os que amam e não encontram resposta afetiva...
Sem dúvida mais sobrecarregados de agonias, e, todavia, convidados a avançar,
desdobrar recursos de progresso onde estejam e para onde sigam...
De alguma forma estás incurso no programa dos sofredores da Terra.
Ninguém se encontra em clima de exceção. Espírito algum vive em caráter
especial.
Sendo a Terra o "planeta das provas e expiações", os que nos vinculamos às suas
matrizes, constituindo a sua humanidade, estamos sob o crivo de mil necessidades que nos impelem a seguir, buscando libertação.
O sofrimento, pela nossa própria responsabilidade, faz-se o aguilhão que
desperta o espírito e o impele a marcha.
Enquanto o amor discretamente convida e inspira, a dor realiza esse mister
imediato, em chamado urgente para a realidade espiritual.
Por isso, os sofredores se encontram em regime de felicidade, enquanto os que
fomentam o sofrimento, comandam as condições que geram a dor e se constituem
fatores de aflição, transformam-se, verdadeiramente, em desventurados.
Faze, porém, a tua parte, a melhor que te está destinada.
Disse Jesus: "O meu reino não é deste mundo." No entanto, aqui se encontram os
recursos valiosos e inapreciáveis para a vida futura, na qual, libertado das
constrições afligentes, a felicidade será a plenitude do teu espírito, passando
o sofrimento a ser lembrança ditosa, graças ao qual conseguirás a vitória.

Livro : Celeiro de bençãos
Joana de Angelis/ Divaldo

Ironia

Ironia
Muitas as formas de destruir. Fácil a tarefa de desagregar. Rápida a aplicação
dos métodos anárquicos e demolidores.
O cristão, todavia, está convocado para o ministério nobrecido de edificar o bem
em toda parte, consolidando as possibilidades de serviço relevante, como faso
inicial para a elaboração de melhores dias.
Se este ajuda, mas se equivoca - desculpa e encoraja-o.
Se esse serve, porém perturba - compreende e estimula-o.
Se aquele ama, no entanto se agasta - tolera e anima-o.
Nem todos dispõem de possibilidade para produzir com esmero ou acertar com
segurança.
Em qualquer situação, cabe-te o dever de ser leal e sincero, gentil e sereno,
capaz de orientar sem desacreditar e erguer sem humilhar,
Ironizar é técnica infeliz de destruir. Se não te convém arrostar as
conseqüências do
gesto de censura, reproche ou advertência silencia a
ironia que fere e envenena,
Diante das coisas elevadas resguarda-te do sarcasmo, da zombaria, da hábil e
torpe ironia. Ela te conduzirá ao descrédito, enquanto supões desacreditar quem
ou o que ridicularizas.
Há tempo e situação para tudo.
Reserva, portanto, às questões do espírito as melhores horas e situações,
evitando avinagrar, denegrir este ou aquele companheiro, já infeliz em si mesmo,
que se não fará melhor face ao azedume que destiles.
Constrói o amor e o amor te dirá que, enquanto zombas, de ti zombam, mas se
amas, a ti também amam os irmãos necessitados e ignorantes que encontrarão
amparo e segurança em ti.

Livro : Celeiros de Bençãos
Joana de Angelis/ Divaldo

O ADOLESCENTE E O NAMORO

O ADOLESCENTE E O NAMORO
Na fase da adolescência, a atração sexual é portadora de alta carga de
magnetismo.
Surge, inesperadamente, a necessidade de intercâmbio afetivo, que o
jovem ainda não sabe definir. Os interesses infantis são superados e as
aspirações acalentadas até então desaparecem, a fim de cederem lugar a
outras motivações, normalmente através do relacionamento interpessoal. Os
hormônios, amadurecendo e produzindo as alterações orgânicas, também
trabalham no psiquismo, desenvolvendo aptidões e anseios que antes não
existiam.
Nesse momento, os adolescentes olham-se surpresos, observam as
modificações externas e descobrem anseios a que não estavam acostumados.
São tomados de constrangimento numa primeira fase, depois, de inquietação,
por fim, de certa audácia, iniciando-se as experiências dos namoros.
Referimo-nos ao processo natural, sem as precipitações propostas pelas
insinuações, provocações e licenças morais de toda ordem que assolam o
mundo juvenil, conspirando contra a sua realização interior.
Estimulados por essa falsa liberdade, mentalmente
alertados antes de experimentarem as legítimas expressões do sentimento,
atiram-se na desabalada busca do sexo, sem qualquer compromisso com a
emoção, transtornando-se e perdendo a linha do desenvolvimento normal,
passo a passo, corpo e mente.
Prematuramente amadurecidos, perdem o controle da responsabilidade e
passam a agir como autômatos, vendo, no parceiro, apenas um objeto de uso
momentâneo, que deve ser abandonado após o conúbio, a fim de partir na
busca de nova companhia, para atender a sede de variação promíscua e
alienadora.
O namoro é uma necessidade psicológica, parte importante do
desenvolvimento da personalidade e da aprendizagem afetiva dos jovens,
porqüanto, na amizade pura e simples são identificados valores e descobertos
interesses mais profundos, que irão cimentar a segurança psicológica quando
no enfrentamento das responsabilidades futuras.
Trata-se de um período de aproximação pessoal, de intercâmbio
emocional através de diálogos ricos de idealismos, de promessas — que nem
sempre se cumprem, mas que fazem parte do jogo afetivo — e sonhos, quando
a beleza juvenil se inspira e produz.
As artes, em geral, a literatura, a poesia, a estética descobriram na
afetividade juvenil suas verdadeiras musas, que passaram a contribuir em favor
do enriquecimento da vida, através das lentes róseas dos enamorados. Todo
um mundo dourado e azul, trabalhado nas estrelas e no luar, no perfume das
flores e nos favônios dos entardeceres, aparece quando os jovens se
encontram e despertam intimamente para a afetividade.
O recato, a ternura, a esperança, o carinho e o encantamento constituem
as marcas essenciais desses encontros abençoados pela vida. As dificuldades
parecem destituídas de significado e os problemas são teoricamente de
soluções muito fáceis, convidando à luta com que se estruturam para os
investimentos mais pesados do futuro.
O desconhecimento do corpo e a inexperiência da sua utilização, nesse
período, cedem lugar a um descobrimento digno, compensador, que predispõe
aos relacionamentos tranqüilos, estimulantes.
Igualmente nesse curso do namoro se identificam as diferenças de
interesse, de comportamento psicológico, de atração sexual e moral, cultural e
afetiva.
O adolescente, às vezes, encantador, que desperta sensualidade nos
outros, no convívio pode apresentar-se frívolo, vazio de idealismo, desprovido
de beleza, que são requisitos de sustentação dos relacionamentos, e logo
desaparece a atração, que não passava de estímulo sexual sem maior
significado.
Quando o namoro derrapa em relacionamento do sexo, por curiosidade e
precipitação, sem a necessária maturidade psicológica nem a conveniente
preparação emocional, produz frustração, assinalando o ato com futuras
coarctações, que passam a criar conflitos e produzir fugas, gerando no mundo
mental dos parceiros receios injustificáveis ou ressentimentos prejudiciais.
Não raro, esses choques levam a práticas indevidas e preferências
mórbidas, que se transformam em patologias inquietantes na área do
comportamento sexual.
É natural que assim suceda, porque o sexo é departamento divino da
organização física, a serviço da vida e da renovação emocional da criatura, não
podendo ser usado indiscriminadamente por capricho ou por mecanismos de
afirmação da polaridade biológica de cada qual.
O indivíduo tem necessidade de exercer a função sexual, como a tem de
alimentar-se para viver. Não obstante essa função, porque reprodutora, traz
antecedentes profundos fixados nos painéis do Espírito, arquivados no
inconsciente, que não interpretados corretamente se encarregam de levá-lo a
transtornos psicóticos significativos.
O período do namoro, portanto, é preparatório, a fim de predispor os
adolescentes ao conhecimento das suas funções orgânicas, que podem ser
bem direcionadas e administradas sem vilania, mantendo o alto padrão de
consciência em relação ao seu uso.
As carícias se encarregam de entretecer compensações afetivas e
preencher lacunas do sentimento, traduzindo a necessidade do
companheirismo, da conversação, da troca de opiniões, do intercâmbio de
aspirações.
O mundo começa também a ser descoberto e programas são delineados,
nesse comenos afetuoso, tendo em vista a possibilidade de estar próximo do
ser querido e com ele compartir dores e repartir alegrias.
As dificuldades e conflitos íntimos, face à aproximação afetiva, são
debatidos e buscam-se fórmulas para superá-los e resolvê-los.
Um auxilia o outro e abrem-se os corações, pedindo auxílio recíproco.
Quando isso não ocorre, há todo um jogo de mentiras e aparências que
não correspondem à realidade, e cada um dos parceiros pretende demonstrar
experiências que não consolidou, e que se encontram na imaginação, como
decorrência de informações incorretas ou de usos inadequados, que exalta,
tornando-se agressivo e primário, sem a preocupação de causar ou não trauma
no parceiro.
Merece considerar, também, que nessa fase, o jovem desperta para as
suas faculdades paranormais, suas inseguranças e ansiedades estão em
desordem, propiciando, pela natural lei de causa e efeito, a aproximação de
antigos comparsas, que procedem de reencarnações passadas e agora se
acercam para darem prosseguimento a infelizes obsessões, particularmente na
área sexual.
Grande número de adversários espirituais é constituído de afetos
abandonados, traídos, magoados, infelicitados, que não souberam superar o
drama e retornam esfaimados de paixões negativas, buscando aqueles que
lhes causaram danos, a fim de se desforçarem, investindo, desse modo,
furiosos e cruéis, contra quem lhes teria prejudicado.
Esse é um capítulo muito delicado, que não pode ser deixado à margem,
merecendo análise especial.
Assim, o namoro preenche a lacuna da imaturidade e propicia renovação
psicológica e conforto físico, sem ardência de paixão, nem frustração amorosa
antes do tempo.

Livro: Adolescencia e vida.
Pelo Espírito de Joana de Angelis
Psicografado por Divaldo

Esperança constante

Esperança constante
O pessimismo é uma espécie de taxa pesada e desnecessária sobre o zelo que a responsabilidade nos impõe, induzindo-nos à aflição inútil.
Atenção, sim. Derrotismo, não.
Para que nos livremos de semelhante flagelo, no campo íntimo,
é aconselhável desligar o pensamento, muitas vezes, colado a detalhes ainda sombrios da estrada evolutiva.
Para que sustente desperto o entendimento, quanto à essa verdade, recordemos as bênçãos que excedem largamente às nossas
pequenas e transitórias dificuldades.
É inegável que o materialismo passou a dominar muita gente, perante
o avanço tecnológico da atualidade terrestre: contudo existem admiráveis multidões de criaturas, em cujos corações a fé se irradia por facho resplendente, iluminando a construção do mundo novo.
As enfermidades ainda apresentam quadros tristes nos agrupamentos humanos; no entanto, é justo considerar que a ciência já liquidou
várias moléstias, dantes julgadas irreversíveis, anulando-lhes o perigo
com a imunização e com as providências adequadas.
Destacam-se muitos empreiteiros da guerra, tumultuando coletividades; todavia, os obreiros da paz se movimentam em todas as direções.
Muitos lares se desorganizam; mas outros muitos se sustentam consolidados no equilíbrio e na educação, mantendo a segurança
entre os homens.
Grande número de mulheres se ausentam da maternidade; entretanto, legiões de irmãs abnegadas se revelam fiéis ao mais elevado trabalho feminino no Planeta, guardando-se na condição
de mães admiráveis no devotamento ao grupo doméstico.
Os processos de violência aumentam, quase que em toda parte;
ampliam-se, porém, as frentes de amorao próximo que os extinguem.
Anotando as tribulações que se desdobram no Plano Físico,
não digas que o mundo está perdido. Enumera as bênçãos de
Deus que enxameiam, em torno de ti.
E se atravessas regiões de trevas, que se te afiguram túneis de
sofrimento e desolação, nos quais centenas ou milhares de pessoas perderam a noção da luz, é natural que não consigas transformar-te
num sol que flameje no caminho para todos, mas podes claramente acender um fósforo de esperança.
Emmanuel
Livro: Atenção

CONFIA EM DEUS

CONFIA  EM  DEUS
Emmanuel 
Nunca percas a esperança, por pior a situação em que te vejas. E jamais condenes alguém que se haja embarafustado no labirinto da provação.
O momento mais áspero de um problema pode ser aquele em que se lhe descobre a solução. E, em casos numerosos, a pessoa que te parece mais censurável, no mais grave delito, será talvez aquela que menos culpa carregue na trama do mal que as sombras entreteceram.
Decerto haverá corrigenda para o erro nas trevas, pelos mecanismos da ordem, tanto quanto surgirá remédio para os enfermos pelos recursos da medicina.
Observa, no entanto, o poder misericordioso de Deus, nos menores distritos da Natureza.
A semente sufocada é a que te sustentará o celeiro.
A pedra colocada em disciplina é o agente que te assegura firmeza na construção.
Aflições e lágrimas são processos da vida, em que se te acrescentam as energias, a fim de que sigas à frente, na quitação dos compromissos esposados, para que se te iluminem os olhos, no preciso discernimento.
Nos dias difíceis de atravessar, levante-te para a vida, ergue a fronte, abraça o dever que as circunstâncias te deram e abençoa a existência em que a Providência Divina te situou.
Por maiores se façam a dor que te visite, o golpe que te fira, a tribulação que te busque ou o sofrimento que te assalte, não esmoreças na fé e prossegue fiel às próprias obrigações, porque se todo o bem te parece perdido, na face da tarefa em que te encontras, guarda a certeza de que Deus está contigo, trabalhando no outro lado.

 
Do livro “Alma e Coração”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.