Fonte: Youtube/ TV Alvorada Espírita
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sábado, 16 de julho de 2016
terça-feira, 12 de julho de 2016
Estudo do Livro Obreiros de Vida Eterna:Cap.4 A casa transitóri
Fonte: Youtube/ TV Alvorada Espírita
sábado, 9 de julho de 2016
Estudo do Livro Obreiro de Vida Eterna: Cap.3- O Sublime Visitante
Fonte: Youtube / TV Alvorada Espírita
terça-feira, 5 de julho de 2016
08 - ORGULHO E VAIDADE.""Aquele que não encontra a felicidade senão na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz quando não os pode satisfazer, enquanto que aquele que não se interessa pelo supérfluo se sente feliz com aquilo que, para os outros, constituiria infortúnio." (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Quarto. Capítulo I. Penas e Gozos Terrenos. Parte dos comentários à resposta da pergunta 933.)"
Procuremos,
agora, ilustrar, entre os defeitos que mais comumente manifestam-se em nós,
o orgulho e a vaidade. Busquemos tranquilamente conhecê-los, tão
profundamente quanto possível, sem mascarar os seus impulsos dentro de
nós mesmos. Entendamos que a tolerância começa de nós
para nós mesmos. Assim, o nosso trabalho de prospecção
interior é suave, e não podemos nos maldizer ou nos martirizar
pelos defeitos que ainda temos. Vamos, então, trazer aos níveis
de nossa consciência aquelas manifestações impulsivas que
nos dominam de certo modo, e que, progressivamente, desejamos controlar.
Vejamos, então, como identificar em nós o orgulho e a vaidade.
A - ORGULHO
"Aquele que não encontra a felicidade senão na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz quando não os pode satisfazer, enquanto que aquele que não se interessa pelo supérfluo se sente feliz com aquilo que, para os outros, constituiria infortúnio."
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Quarto. Capítulo I. Penas e Gozos Terrenos. Parte dos comentários à resposta da pergunta 933.)
"O orgulho vos induz a julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação que vos possa rebaixar, e a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espirito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. E o que acontece, então? Entregai-vos à cólera."
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo IX. Bem-aventurados os Brandos e Pacíficos. A Cólera.)
As principais reações e características do tipo predominantemente orgulhoso são:
a) Amor-próprio muito acentuado: contraria-se por pequenos motivos;
b) Reage explosivamente a quaisquer observações ou críticas de outrem em relação ao seu comportamento;
c) Necessita ser o centro de atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias idéias;
d) Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência fechado ao diálogo construtivo;
e) Menospreza as idéias do próximo;
f) Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação presunçosa, como que se reafirmando na sua importância pessoal;
g) Preocupa-se muito com a sua aparência exterior, seus gestos são estudados, dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal;
Vejamos, então, como identificar em nós o orgulho e a vaidade.
A - ORGULHO
"Aquele que não encontra a felicidade senão na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz quando não os pode satisfazer, enquanto que aquele que não se interessa pelo supérfluo se sente feliz com aquilo que, para os outros, constituiria infortúnio."
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Quarto. Capítulo I. Penas e Gozos Terrenos. Parte dos comentários à resposta da pergunta 933.)
"O orgulho vos induz a julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação que vos possa rebaixar, e a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espirito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. E o que acontece, então? Entregai-vos à cólera."
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo IX. Bem-aventurados os Brandos e Pacíficos. A Cólera.)
As principais reações e características do tipo predominantemente orgulhoso são:
a) Amor-próprio muito acentuado: contraria-se por pequenos motivos;
b) Reage explosivamente a quaisquer observações ou críticas de outrem em relação ao seu comportamento;
c) Necessita ser o centro de atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias idéias;
d) Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência fechado ao diálogo construtivo;
e) Menospreza as idéias do próximo;
f) Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação presunçosa, como que se reafirmando na sua importância pessoal;
g) Preocupa-se muito com a sua aparência exterior, seus gestos são estudados, dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal;
h)
Acha que todos os seus circundantes (familiares e amigos) devem girar em torno
de si;
i) Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa atitude um traço de fraqueza e falta de personalidade;
i) Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa atitude um traço de fraqueza e falta de personalidade;
j)
Usa da ironia e do deboche para com o próximo nas ocasiõ e de
contendas.
Compreendemos que o orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, de destaque social ou intelectual, criando, assim, barreiras muito densas para penetrar na realidade do seu próprio interior. Na maioria dos casos o orgulho é um mecanismo de defesa para encobrir algum aspecto não aceito de ordem familiar, limitações da sua formação escolar-educacional, ou mesmo o resultado do seu próprio posicionamento diante da sociedade, da imagem que escolheu para si mesmo, do papel que deseja desempenhar na vida de "status".
É preferível nos olharmos de frente, corajosamente, e lutar por nossa melhora, não naquilo que a sociedade estabeleceu, dentro dos limites transitórios dos bens materiais, mas nas aquisições interiores: os tesouros eternos que "a traça não come nem a ferrugem corrói!".
B - VAIDADE
"O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria. " (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V. Bem-aventurados os Aflitos. Causas Atuais das Aflições.)
A vaidade é decorrente do orgulho, e dele anda próxima. Destacamos adiante as suas facetas mais comuns:
a) Apresentação pessoal exuberante (no vestir, nos adornos usados, nos gestos afetados, no falar demasiado);
b) Evidência de qualidades intelectuais, não poupando referências à própria pessoa, ou a algo que realiza;
c) Esforço em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia provocada aos demais;
d) intolerância para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde, não evitando a eles referências desairosas;
e) Aspiração a cargos ou posições de destaque que acentuem as referências respeitosas ou elogiosas à sua pessoa;
f) Não reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de descontentamento diante de infortúnios por que passa;
g) Obstrução mental na capacidade de se auto-analisar, não aceitando suas possíveis falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar.
A vaidade, sorrateiramente, está quase sempre presente dentro de nós. Dela os espíritos inferiores se servem para abrir caminhos às perturbações entre os próprios amigos e familiares. É muito sutil a manifestação da vaidade no nosso íntimo e não é pequeno o esforço que devemos desenvolver na vigilância, para não sermos vítimas daquelas influências que encontram apoio nesse nosso defeito. De alguma forma e de variada intensidade, contamos todos com uma parcela de vaidade, que pode estar se manifestando nas nossas motivações de algo a realizar, o que é certamente válido, até certo ponto. O perigo, no entanto, reside nos excessos e no desconhecimento das fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma causa nobre, e os ímpetos de destaque pessoal, característicos da vaidade.
A vaidade, nas suas formas de apresentação, quer pela postura física, gestos estudados, retórica no falar, atitudes intempestivas, reações arrogantes, reflete, quase sempre, uma deformação de colocação do indivíduo, face aos valores pessoais que a sociedade estabeleceu. Isto é, a aparência, os gestos, o palavreado, quanto mais artificiais e exuberantes, mais chamam a atenção, e isso agrada o interprete, satisfaz a sua necessidade pessoal de ser observado, comentado, "badalado". No íntimo, o protagonista reflete, naquela aparência toda, grande insegurança e acentuada carência de afeto que nele residem, oriundas de muitos fatores desencadeados na infância e na adolescência. Fixações de imagens que, quando criança, identificou em algumas pessoas aparentemente felizes, bem sucedidas, comentadas, admiradas, cujos gestos e maneiras de apresentação foram tomados como modelo a seguir.
O vaidoso o é, muitas vezes, sem perceber, e vive desempenhando um personagem que escolheu. No seu íntimo é sempre bem diferente daquele que aparenta, e, de alguma forma, essa dualidade lhe causa conflitos, pois sofre com tudo isso, sente necessidade de encontrar-se a si mesmo, embora às vezes sem saber como.
O mais prejudicial nisso tudo é que as fixações mentais nos personagens selecionados podem estabelecer e conduzir a enormes bloqueios do sentimento, levando as criaturas a assumirem um caráter endurecido, insensível, de atitudes frias e grosseiras. O Aprendiz do Evangelho terá aí um extraordinário campo de reflexão, de análise tranquila, para aprofundar-se até as raízes que geraram aquelas deformações, ao mesmo tempo que precisa identificar suas características autênticas, o seu verdadeiro modo de ser, para então despir a roupagem teatral que utilizava e colocar-se amadurecidamente, assumindo todo o seu íntimo, com disposição de melhorar sempre.
Ney P. Peres
Compreendemos que o orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, de destaque social ou intelectual, criando, assim, barreiras muito densas para penetrar na realidade do seu próprio interior. Na maioria dos casos o orgulho é um mecanismo de defesa para encobrir algum aspecto não aceito de ordem familiar, limitações da sua formação escolar-educacional, ou mesmo o resultado do seu próprio posicionamento diante da sociedade, da imagem que escolheu para si mesmo, do papel que deseja desempenhar na vida de "status".
É preferível nos olharmos de frente, corajosamente, e lutar por nossa melhora, não naquilo que a sociedade estabeleceu, dentro dos limites transitórios dos bens materiais, mas nas aquisições interiores: os tesouros eternos que "a traça não come nem a ferrugem corrói!".
B - VAIDADE
"O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria. " (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V. Bem-aventurados os Aflitos. Causas Atuais das Aflições.)
A vaidade é decorrente do orgulho, e dele anda próxima. Destacamos adiante as suas facetas mais comuns:
a) Apresentação pessoal exuberante (no vestir, nos adornos usados, nos gestos afetados, no falar demasiado);
b) Evidência de qualidades intelectuais, não poupando referências à própria pessoa, ou a algo que realiza;
c) Esforço em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia provocada aos demais;
d) intolerância para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde, não evitando a eles referências desairosas;
e) Aspiração a cargos ou posições de destaque que acentuem as referências respeitosas ou elogiosas à sua pessoa;
f) Não reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de descontentamento diante de infortúnios por que passa;
g) Obstrução mental na capacidade de se auto-analisar, não aceitando suas possíveis falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar.
A vaidade, sorrateiramente, está quase sempre presente dentro de nós. Dela os espíritos inferiores se servem para abrir caminhos às perturbações entre os próprios amigos e familiares. É muito sutil a manifestação da vaidade no nosso íntimo e não é pequeno o esforço que devemos desenvolver na vigilância, para não sermos vítimas daquelas influências que encontram apoio nesse nosso defeito. De alguma forma e de variada intensidade, contamos todos com uma parcela de vaidade, que pode estar se manifestando nas nossas motivações de algo a realizar, o que é certamente válido, até certo ponto. O perigo, no entanto, reside nos excessos e no desconhecimento das fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma causa nobre, e os ímpetos de destaque pessoal, característicos da vaidade.
A vaidade, nas suas formas de apresentação, quer pela postura física, gestos estudados, retórica no falar, atitudes intempestivas, reações arrogantes, reflete, quase sempre, uma deformação de colocação do indivíduo, face aos valores pessoais que a sociedade estabeleceu. Isto é, a aparência, os gestos, o palavreado, quanto mais artificiais e exuberantes, mais chamam a atenção, e isso agrada o interprete, satisfaz a sua necessidade pessoal de ser observado, comentado, "badalado". No íntimo, o protagonista reflete, naquela aparência toda, grande insegurança e acentuada carência de afeto que nele residem, oriundas de muitos fatores desencadeados na infância e na adolescência. Fixações de imagens que, quando criança, identificou em algumas pessoas aparentemente felizes, bem sucedidas, comentadas, admiradas, cujos gestos e maneiras de apresentação foram tomados como modelo a seguir.
O vaidoso o é, muitas vezes, sem perceber, e vive desempenhando um personagem que escolheu. No seu íntimo é sempre bem diferente daquele que aparenta, e, de alguma forma, essa dualidade lhe causa conflitos, pois sofre com tudo isso, sente necessidade de encontrar-se a si mesmo, embora às vezes sem saber como.
O mais prejudicial nisso tudo é que as fixações mentais nos personagens selecionados podem estabelecer e conduzir a enormes bloqueios do sentimento, levando as criaturas a assumirem um caráter endurecido, insensível, de atitudes frias e grosseiras. O Aprendiz do Evangelho terá aí um extraordinário campo de reflexão, de análise tranquila, para aprofundar-se até as raízes que geraram aquelas deformações, ao mesmo tempo que precisa identificar suas características autênticas, o seu verdadeiro modo de ser, para então despir a roupagem teatral que utilizava e colocar-se amadurecidamente, assumindo todo o seu íntimo, com disposição de melhorar sempre.
Ney P. Peres
http://www.acasadoespiritismo.com.br/
PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO
"Propôs-lhes
Jesus uma parábola para mostrar que deviam orar sempre e nunca desanimar,
dizendo: Havia em certa cidade um juiz, que não temia a Deus, nem respeitava
os homens. Havia também naquela mesma cidade uma viúva que vinha
constantemente ter com ele, dizendo: Defende-me do meu adversário. Ele
por algum tempo não a queria atender, mas depois disse consigo: se bem
que eu não tema a Deus, nem respeite os homens, todavia como esta viúva
me incomoda, julgarei a sua causa, para que ela não continue a molestar-me
com suas visitas. Ouvi, acrescentou o Senhor, o que disse este juiz injusto;
e não fará Deus justiça aos seus escolhidos que a Ele clamam
dia e noite, embora seja demorado a defendê-los? Digo-vos que bem depressa
lhes farão justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará,
porventura, fé na Terra?"
(Lucas,
XVIII, 1-8)
1
- CAIRBAR SCHUTEL
A
iniquidade é a falta de equidade, e a justiça revoltante. O iníquo
é o homem perverso, criminoso, seja ele juiz, doutor, nobre, rico, pobre,
rei. Na esfera moral, mesmo aqui na Terra, não se distinguem os homens
pelo dinheiro e pelos títulos que possuem, mas sim pelo seu caráter.
O iníquo não tem caráter, ou, por outra, tem caráter
iníquo, pervertido. Mas ainda esse, quando tem de resolver alguma questão
e o solicitante resolve bater à sua porta até que dê provimento
ao seu pedido, para não ser incomodado, e porque é iníquo,
resolve com presteza o problema, não para servir, mas para ficar livre
de continuar molestado.
Foi
o que sucedeu com o juiz iníquo ante a insistência da viúva.
De modo que a demora do despacho na petição da viúva foi
causada pela iniquidade do juiz. Se este fosse equitativo, justo, reto, de bom
caráter, cumpridor de seus deveres, a viúva teria recebido deferimento
de seu pedido com muito maior antecedência. Seja como for, o despacho
foi dado, embora a custo, após reiteradas solicitações,
importunações cotidianas, e o juiz, apesar de iníquo, para
não ser "amolado", resolveu a questão. "Ora, disse
Jesus, ouvi o que disse esse juiz iníquo; e não fará Deus
justiça aos seus escolhidos, que a Ele clama noite e dia, embora seja
demorado em defendê-los? Digo-vos que bem depressa lhes fará justiça".
Se
a justiça, embora demorada, se faz na Terra até contra a vontade
dos juízes, como não há de ser ela feita pelo supremo e
justo juiz do Céu? A deficiência não é, pois, de
Deus, mas sim dos homens, mormente na época que atravessamos, em que
o Filho do Homem bate a todas as portas, inquire todos os corações
e os encontra vazios de fé, vazios de crença, vazios de amor a
Deus, vazios de caridade!
Antigamente
havia juízes iníquos; hoje, pode-se dizer que nem só os
juízes, mas até os peticionários são iníquos!
A iniquidade lavra como um incêndio devorador, aniquilando as consciências
e maculando os corações: homens iníquos, lares iníquos,
sociedades iníquas, governos iníquos, leigos iníquos, sábios
iníquos, tudo isso devido à crença sacerdotal, aos dogmas
das seitas dominantes! Mas o senhor aí está a destruir a iniquidade,
e, com ela, os iníquos.
CAIRBAR
SCHUTEL
2
- PAULO ALVES GODOY
A
Parábola do Juiz Iníquo, ensinada por Jesus, nos adverte que jamais
devemos perder a esperança, no afã de merecer o Atendimento Divino
às nossas súplicas e nem duvidar que o SOCORRO solicitado venha
ao nosso encontro.
A
viúva da parábola, embora sabendo que o juiz era injusto, que
não temia a Deus nem respeitava os os homens, não desanimou, pelo
contrário, persistiu em sua súplica até ver atendida a
sua pretensão. A fé inquebrantável e espírito de
perseverança que a animavam deram êxito à sua causa.
O
juiz, por sua vez, resolveu satisfazer a sua rogativa, mais pelo aborrecimento
que a sua persistência lhe causava, de que propriamente movido pela disposição
em atender um caso justo.
Se
até os juízes iníquos, se não pelo espírito
de justiça, mas por causa dos aborrecimentos que alguém lhes possa
causar, decidem-se a aplicar a justiça, por que razão Deus, que
é Todo bondade, não atenderia as necessidades de Seus filhos?
Por isso, ponderou o Mestre: "E Deus não fará justiça
aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para
com eles. Digo-vos que depressa Ihes fará justiça".
Entre
nós, devido à precariedade do sistema judiciário e às
falhas naturais, muitas vezes se aguarda anos e anos para o desfecho de um processo,
cujo resultado nem sempre é favorável ao suplicante, por que razão
não se ter confiança e fé nos apelos que formulamos aos
Céus, os quais, quando justos, são invariavelmente atendidos?
O
que a parábola nos ensina é que a Justiça Divina pode tardar,
mas jamais falha. O atendimento tardio é motivado tão somente
por nós próprios, pois quem tiver amealhado bens espirituais,
ou acumulado um tesouro nos Céus, segundo o judicioso dizer dos Evangelhos,
poderá desfrutar dos benefícios desse tesouro sem qualquer tardança.
É óbvio que, se o homem não pratica qualquer boa obra,
e se prevarica com os dons que Deus lhe concede, sem procurar se reformar intimamente,
deixando de se enquadrar no estado consciencial que Jesus Cristo definiu como
sendo a "conquista do reino dos Céus", não poderá
desfrutar de primazia no atendimento às suas pretensões.
O
Mestre deixou bem evidenciado que "a cada um será dado segundo as
suas obras", Com base nessa sentença, nos será fácil
deduzir que, se as nossas obras forem boas, tudo aquilo que pedirmos ao Pai,
nos será concedido.
A
Parábola do Fariseu e do Publicano, narrada em Lucas, 18:9-14, elucida,
em parte, esta parábola. A narração se passa entre o fariseu
que apenas se limitou a acusar o seu próximo, e o publicano que ali foi
humildemente pedir ao Pai que lhe desse uma oportunidade, e Deus ouviu a prece
do segundo, que" voltou justificado para a sua casa".
O
mesmo Evangelho de Lucas (4:25-27) narra que no tempo de Eliseu havia muitos
leprosos na Terra, só que o profeta foi enviado apenas para curar Naman,
o Siro; havia muitas viúvas no tempo de Elias, mas o profeta foi enviado
tão somente para minorar os sofrimentos de uma pobre viúva de
Sarepta, de Sidon. Esta passagem atesta o quanto é importante haver mérito
de ordem espiritual, quando se formula um pedido. E esse mérito é
a qualidade que o nosso Espírito adquire através da vivência
dos preceitos evangélicos, nos embates das vidas sucessivas do Espírito
na carne.
O
Espiritismo nos ensina que o Espírito, em sua trajetória evolutiva,
tende a experimentar provações, em que jamais poderá se
esquivar. Por outro lado, as transgressões que comete contra a lei eterna,
originam expiações, das quais não se libertará enquanto
não as houver resgatado. É o cumprimento do preceito evangélico:
"Dali não sairá enquanto não houver resgatado o último
ceitil".
Com
base nessa assertiva, devemos convir que as preces que erguemos aos Céus
terão sempre o mérito de nos dar forças e sustentação,
e nunca de alterar os processos expiatórios ou probatórios, aos
quais estejamos submetidos. Em outras palavras, conforme o que nos ensinam os
benfeitores espirituais: "Peçamos a Deus para que fortaleça
os nossos ombros para podermos carregar a cruz, e nunca para retirar a cruz
dos nossos ombros".
Deus
sempre fará justiça ao que a Ele clama, se não for nesta
vida, será na vida subseqüente, por isso diz a parábola:
"Ainda
que tardio para com ele",
Paulo Alves Godoy
Paulo Alves Godoy
3
- RODOLFO CALLIGARIS
Conquanto
diferente na forma, esta parábola se assemelha bastante, na essência,
àquela outra, do Amigo Importuno, registada pelo próprio evangelista
Lucas, no cap. II, vs. 5 a 13.
Nesta,
como naquela, Jesus nos exorta a confiar na Justiça Divina, na certeza
de que, consoante o refrão popular, ela "tarda,
mas não falha".
De
fato, se mesmo homens iníquos, isto é, maldosos, perversos, insensíveis
aos direitos do próximo e indiferentes à Moral, como o juiz de
que nos fala o texto acima, não resistem ao assédio daqueles que
lhes batem à porta com insistência, e, para verem-se livres de
importunações, acabam resolvendo-lhes as questões, como
poderia Deus, que é a perfeição absoluta, deixar de atender
aos nossos justos reclamos e solicitações ?
Se,
malgrado todas as deficiências e fraquezas dos que, na Terra, presidem
aos serviços judiciais, as causas têm que ser solucionadas um dia,
ainda que com grande demora, porque duvidar ou desesperançar das providências
do Juiz Celestial?
Ele,
que não é indiferente sequer à sorte de um pardal, que
tudo sabe, tudo pode e tanto nos ama, negligenciaria a respeito de nossos legítimos
interesses, deixar-nos-ia sofrer quallquer injustiça, mínima que
fôsse?
Não!
Quando,
pois, sintamos que o ânimo nos desfalece, por afigurar-se que os males
que nos afligem sobreexcedem nossas forças, oremos e confiemos.
Deus
não desampara a nenhum de Seus filhos.
Se,
às vezes, parece não ouvir as nossas súplicas, permitindo
perdurem nossos sofrimentos, é porque, à feição
do lapidário emérito, que se esmera ao extremo no aperfeiçoamento
de suas gemas preciosas, também Ele, sabendo ser a Dor o melhor instrumento
para a lapidação de nossas almas, nos mantém sob a sua
ação enérgica, mas eficiente, a fim de que sejam quebradas
as estrias de nosso mau caráter, nos expunjamos de nossas mazelas e nos
tornemos, o mais breve possível, dignos de ascender à Sua inefável
companhia.
Sim,
em todos os transes difíceis da existência, oremos e confiemos.
Se
o fizermos com fé, haveremos de sentir que, embora os trilhos da experiência
que nos cumpre palmilhar continuem cheios de pedras e de espinhos, a oração,
jorrando luz à nossa frente, nos permitirá avançar com
segurança, vencendo, incólumes, os tropeços do caminho!
Rodolfo
Calligaris
Dez Mandamentos com Kardec .
Walter Barcelos (Uberaba – MG)
“Para discernir o erro da verdade, é preciso aprofundar estas
respostas [osensinos dos Sábios Espíritos] e meditá-las longa e seriamente; é todo um estudo que se tem a
fazer. É preciso tempo para isso, assim como para tudo mais. Estudem, comparem,
aprofundem-se; nós lhes dizemos sem cessar; o conhecimento da verdade tem este
preço.” (“O Livro dos Médiuns”, Allan Kardec, cap. XXVII –
“Contradições e Mistificações”, questão n.º 301, item 4, pág. 303, Editora
LAKE)
ALLAN KARDEC é o eminente Codificador da Doutrina Espírita, que nasceu em 3 de outubro de 1804, em Lyon, na França. KARDEC é o
alicerce inamovível da Fé Raciocinada, a fonte do conhecimento espiritual
fundamentado na razão e nos fatos, a excelente interpretação para entender com
beleza e espiritualidade os ensinamentos de Jesus. Kardec extrai o “espírito”
que edifica, ilumina e educa, da “letra” que limita, abafa e mata o
entendimento da verdade espiritual.
A FÉ RACIOCINADA será sempre para nós espíritas: a fé do
raciocínio lógico, a fé lúcida e
consciente, a fé esclarecida, a fé iluminada, a fé em Espírito e Verdade, a fé
da convicção inquebrantável, a fé do discernimento justo, a fé do bom senso, a
fé
da certeza inabalável, a fé da compreensão plena, a fé da
união divina entre Ciência, Filosofia e Religião. Discorreremos sobre os “dez
verbos” citados pelo espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido
Xavier, “Caminho Espírita”, lição n.º 11 – “Kardec”, págs.
55-56, Editora CEC.
SENTIR KARDEC
O coração espiritual é imenso celeiro psíquico dos bons ou
maus sentimentos.
O coração de carne é simples instrumento e mero reflexo das
profundas emoções da alma, que brotam de forma vertiginosa da sensibilidade
complexa do espírito. Imprescindível lançar as nossas melhores energias do
coração no estudo sério dos textos doutrinários de Kardec. Que as melhores
energias do coração vicejem no solo fértil da fé espírita, acionando o SENTIR
PRAZEROSO: sentir com liberdade, sentir com autenticidade, sentir com
sinceridade, sentir com alegria, sentir com
satisfação, sentir com pureza de
intenções, sentir com desejo de aprender, sentir com vontade de praticar,
sentir com amor a Kardec e a Jesus. Ler e estudar as fantásticas lições do
Codificador,deixando o coração emanar e fazer crescer os melhores sentimentos
de amor e as melhores vibrações de paz, esperança e certeza. Transformar o
conhecimento das obras de Kardec em essência espiritual que possa ficar
eternamente conosco, vinculando-se aos mais recônditos arquivos de nosso
coração e consciência. O órgão da sensibilidade espiritual deve ser acionado
primeiro a fim de que os ensinos do sábio Missionário sejam incorporados no solo
de nossos sentimentos e cresçam fortes e robustos, dêem centuplicados frutos de
luz e conhecimento, caridade e fraternidade. O coração que realmente vibra com
os ensinos do Mestre da razão iluminada registra-os nos escaninhos da alma,
assegurando a assimilação da Verdade que educa e liberta. Sentir Kardec é selo
espiritual que garante o nosso comprometimento e compromisso com a prática
genuína do Espiritismo.
ESTUDAR KARDEC
A Doutrina Espírita é ciência divina do espírito e,para bem
conhecê la, devemos começar com estudos sérios das obras de Allan Kardec. São
as fontes fundamentais para o perfeito conhecimento do Espiritismo.
Ler muitos e muitos livros espíritas de maneira precipitada,
esquecendo-se de estudar Kardec será conhecer o Espiritismo de forma incompleta.
Sem o estudo metódico, permanente e progressivo das extraordinárias Obras da
Codificação, nenhum espírita conseguirá construir a estrutura sólida da Fé
Raciocinada.
As Obras de Kardec ensinam ao homem: raciocinar coma verdade,
analisar os fenômenos materiais e espirituais que estão ao seu redor, refletir
sobre o seu próprio destino, meditar nas conseqüências de seu livre-arbítrio,
usar a razão e lógica em tudo quanto lê e estuda. Com a persistência de anos e
anos de estudos ininterruptos, conquistam-se as virtudes: Prudência, Bom Senso
e Discernimento – indispensáveis à prática do verdadeiro Espiritismo.
Raciocinemos com Kardec no silêncio e conforto da mesa de
nossa residência e levemos com boa vontade, os luminosos frutos desse esforço
para os Grupos de Estudos das casas espíritas. Dar nossa contribuição fraterna,
com estudos bem elaborados, seguidos de explicações lúcidas e bem argumentadas.
Quem estuda somente para seu uso pessoal, não ajudando na difusão do
conhecimento espírita, age como egoísta da fé racional.
Sejamos bons aprendizes de Kardec, manuseemos diariamente as suas
extraordinárias Obras, à semelhança dos livros escolares sempre compulsados por
alunos dedicados.
Estudemos Kardec em grupo de irmãos sinceros nas casas
espíritas. Que seja estudo participativo e dinâmico, dialogado e comentado e
bem debatido de forma respeitosa e democrática, com atuação verbal de todos os
presentes, de maneira alegre, fraternal e simpática. Todos são convidadosa
falar e a ouvir, a perguntar e a
responder com espírito de disciplina, amizade e aproveitamento
de tempo. Deste modo, obteremos sempre melhores resultados na assimilação dos
princípios doutrinários. Gastemos fosfato e tempo de esforço continuado,
desdobrando intenso amor ao conhecimento aprofundado de cada obra de Kardec,
até ao seu término!...
Logo em seguida, comecemos novamente o estudo desta ou de
outra excelente obra do Codificador
ANOTAR KARDEC
Para estudar, alcançando melhor aproveitamento na assimilação
do
conhecimento das obras de Kardec, indispensável aprendermos a
fazer anotações, registrar as idéias de maior profundidade, elaborar
resumos, criar quadros sinópticos com as principais idéias dos
textos doutrinários das Obras Básicas. Selecionar e registrar as frases de
maior conteúdo, os períodos de maior expressão explicativa, os parágrafos mais
interessantes, buscando fazer anotações das principais idéias contidas nas
dissertações. A fim de levar para a frente o esforço de “estudar-escrevendo”,
tenhamos muita vigilância para que a verminose mental da preguiça, comodismo e
desatenção não predomine em nós, fazendo com que deixemos de lado este
excelente exercício de aprendizagem doutrinária.
Quem anota com racionalidade os estudos doutrinários grava e
estuda melhor Kardec. Jamais se sentir cansado ao reler e reestudar a lição
quantas vezes forem necessárias, penetrar na essência de seus ensinamentos,
assimilar pelo raciocínio amadurecido. Se convocado a apresentá-las diante dos
companheiros de estudos, então expô-las com método, serenidade e convicção.
Montar planos de estudos com atenção, prazer e responsabilidade para ser
apresentados com seriedade nos grupos de estudos da casa espírita. Pouco
proveito obterá alguém quando produz ótimos resumos doutrinários, porém estes
ficam guardados nas gavetas e não são aproveitados nos “Círculos de Estudos”
das Obras Básicas.
Participemos dos excelentes Estudos Sistematizados da Doutrina
Espírita (estudos com apostilas), todavia jamais deixemos demanusear e fazer
anotações das Obras de Kardec!
MEDITAR KARDEC
Meditar é dever com Kardec, que vai exigir esforço maior do
espírita interessado em estudar a abençoada Doutrina dos Espíritos. A definição
da palavra “meditar”: submeter a um exame interior. Estudar, ponderar,
considerar. Fazer meditação, concentração intensa do espírito, refletir. A
volta da consciência, do espírito sobre si mesmo, para examinar o seu próprio
conteúdo por meio do entendimento, da razão”.
O espírita que não aprende a meditar de maneira permanente e
progressiva as explicações de Allan Kardec e dos Espíritos Superiores torna
evidente que não assimilará as idéias e conhecimentos profundos contidos nessas
Obras.
Quem deseje sinceramente penetrar e conquistar o conhecimento
da verdade espiritual não poderá ler com pressa e nem estudar com agitação as
obras de Kardec.
Deste modo, perderá o fio condutor da boa assimilação do
conhecimento superior. Pratiquemos, com vontade decisiva e alegria interior
sempre renovada, o salutar exercício da meditação silenciosa, serena e empolgante.
Aquietemos o corpo físico, tranqüilizemos a mente, pacifiquemos os sentimentos,
empreguemos energia e atividade ao raciocínio progressivo, concentremo-nos nas
idéias centrais e secundárias, naveguemos com emoção enlevada na profundeza dos
princípios e conceitos, sejamos os pilotos seguros da nave espacial da
imaginação construtiva e elevada. Aprendamos a conversar mentalmente com
Kardec. Meditando com disciplina e persistência, entraremos em comunhão mental
com instrutores da Vida Maior que nos inspiram
melhores sentimentos, melhores atitudes, melhores idéias,
melhores projetos...
Usemos a incorruptível consciência para averiguar nossas
emoções e desejos, fantasias e fracassos, frustrações e vitórias, imperfeições
e virtudes, as boas ou más tendências, examinando com coragem resoluta nosso
complexo mundo interior com os recursos superiores:retidão moral, exatidão de
julgamentos e correção de rumos.
ANALISAR KARDEC
A Doutrina Espírita é formada pela tríplice aliança do
conhecimento humano: CIÊNCIA, FILOSOFIA E RELIGIÃO. A Ciência é pesquisa e
observação, experimentação e comprovação. A Filosofia é a capacidade de elaborar
o encadeamento de raciocínios na busca do entendimento, na investigação de si
mesmo, de seu destino, da vida material e espiritual, da evolução, da dor, das
leis divinas, das
virtudes morais e de seu futuro glorioso. A Religião é o
esforço sincero através da educação e do trabalho para praticar-se a Verdade, o
Amor e a Caridade no desenvolvimento das potencialidades do espírito, rumo ao
aprimoramento moral e à conquista da perfeição para o Reino de Deus.
Definição da palavra “análise”: “Decomposição de um todo em
suas partes constituintes. Exame de dada parte de um todo, para conhecer sua
natureza, suas proporções, suas funções, suas relações, suas proporções, etc.
Analisar, portanto, é observar, examinar com minúcias, esquadrinhar. Examinar
criticamente”.
As obras de Allan Kardec devem ser estudadas e reestudadas e
não simplesmente lidas. As belas e profundas dissertações de Kardec e dos
Sábios Espíritos devem ser analisadas: palavra por palavra, frase por frase,
período por período, parágrafo por parágrafo, uma idéia encadeada com outra
idéia ou com outras idéias, pergunta por pergunta, tema por tema, lição por
lição, capítulo por capítulo. Analisar Kardec com bastante calma e sem pressa,
com ritmo constante, sem saltos, com observações próprias sem divagações, com
análise bem centrada nos conceitos kardequianos. Observar Kardec com raciocínio
cuidadoso, atento e persistente, começando pelas idéias mais simples, a fim de
alcançar progressivamente as idéias mais complexas. Análise detalhada dos
conceitos, dos fatos e dos fenômenos, formando conclusões concretas e
objetivas, visando a extrair: o espírito da letra, o essencial do superficial,
as leis morais dos fenômenos humanos, o fator eterno do transitório.
Estamos precisando com urgência de estudo puro, completo,
exclusivo das obras de Allan Kardec, sem mistura, sem alteração,
muito cristalino e transparente.
Implantemos na casa espírita um horário ou vários horários
para estudar-se somente Kardec!
COMENTAR KARDEC
Há necessidade de familiarizarmo-nos com os ensinosdas Obras
Básicas. Comentar Kardec, sabendo extrair os diamantes doutrinários no
exercício da palavra responsável, lúcida e amorosa. Explicar em sua pureza
cristalina os conceitos dos
Sábios Espíritos, de Kardec e de Jesus, à luz do edifício
luminoso da Fé Raciocinada.
Explicando as lições de Kardec, vamos espalhar seus excelentes
ensinamentos libertadores, ajudando a construir a fé racional na
mente popular ainda imatura, ignorante e supersticiosa.
O grande público que repleta as casas espíritas, na busca do
passe curador, tratamento espiritual e
orientação dos Espíritos necessita ouvir belas e fecundas explicações dos
textos de Kardec para familiarizar-se com os ensinamentos da Codificação. Falar
com riqueza de conteúdo doutrinário penetrando o maravilhoso universo das obras
de Kardec, que esclarece a inteligência, ilumina a consciência e eleva a emoção
do homem tecnológico do Terceiro Milênio. Que os expositores e explicadores
espíritas sejam estudiosos, responsáveis e persistentes no estudo das obras kardequianas.
Tenham a convicção espírita baseada na fé racionada, a fim de ensinar com
clareza, objetividade e simplicidade, somando racionalidade lúcida, poderosa
certeza, emoção elevada e vibrações superiores.
Selecionar dos textos doutrinários as frases e idéias mais
elucidativas, colocando-as em destaque na lousa, cartazes, fichas e na tela de data-show, favorecendo aos
assistentes atentos conviver de mais perto com os conceitos de Kardec. Falar
com a
claridade da certeza, expor com inspiração, ensinar com emoção,
explicar com convicção e comentar com sabedoria, serenidade e alegria.
Discorrer sobre os assuntos das obras kardequianas, deixando extravasar nossos
melhores sentimentos, vibrar com entusiasmo com os princípios que ensinamos,
dando autenticidade legítima a tudo que transmitimos ao público atento às
nossas palavras de esclarecimento que soma certeza, consolação e esperança.
INTERPRETAR KARDEC
O Espiritismo é grandioso arcabouço doutrinário que deve ser
estudado com muita seriedade, de forma metódica, sistemática, perseverante e a
longo prazo, para se inteirar de seu fantástico conteúdo. Não poderá ser
aprendido de forma leviana, fanatizada ou irresponsável. O sábio Codificador
Allan Kardec fez interessante
pronunciamento em O Livro dos Médiuns, Editora LAKE,
cap. III – “Método”, na questão n.º 18:
“Dissemos que o Espiritismo é toda uma Ciência, toda uma
Filosofia.
Quem desejar conhecê-lo seriamente deve, pois, como primeira
condição, submeter-se a um estudo sério e persuadir-se de que, mais do que
qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando”. Torna-se
indispensável aos espíritas um GRANDE ESFORÇO DE ESTUDO, ENTENDIMENTO E
INTERPRETAÇÃO das idéias contidas nas obras de Kardec para alcançar uma boa
compreensão do corpo doutrinário do Espiritismo. A definição da palavra
interpretar: “Ajuizar a intenção, o sentidode. Explicar, explanar ou aclarar o
sentido de palavra, texto, lei, regulamentos, etc. Julgar, considerar, reputar.
Dar significação. Alcançar o bom entendimento”. O bom intérprete das obras de
Kardec deverá somar: estudo e atenção, razão e sentimento, análise e
entendimento, conhecimento e auto-educação, fidelidade e
testemunho.
Se Kardec é excelente intérprete dos ensinos de Jesus, por
nossa
vez, devemos ser bons intérpretes de Kardec. O bom intérprete
que interessa a JESUS e a KARDEC deverá fundir em seu espírito os inestimáveis
talentos e virtudes: Razão, Coração e Consciência; Raciocínio, Sentimento e
Intuição; Lógica, Amor e Discernimento; Ponderação, Fraternidade e Bom Senso;
Análise, Caridade e Reflexão.
Não basta sermos bons intérpretes dos conhecimentos científicos
e filosóficos, imprescindível sermos bons intérpretes das esquecidas cátedras
de Amor, Abnegação e Humildade, refletindo Jesus no coração. Testemunhar Kardec
na idéia espírita, no estudo doutrinário, no trabalho solidário e no exemplo
cristão. Cumpramos nossos deveres de amor, de coração sempre aberto,
desfraldando a bandeira da Fraternidade Universal.
CULTIVAR KARDEC
Inicialmente, vamos saber no dicionário o que significa
cultivar: “Fertilizar a terra pelo trabalho. Dar condições para o nascimento e
desenvolvimento da planta.
Aplicar-se ou dedicar-se. Procurar manter ou conservar.
Formar, educar ou desenvolver pelo estudo, pelo exercício”.
A idéia espirita deve e precisa ser promovida de forma
permanente, com destaque para as obras e as idéias do Codificador do
Espiritismo. É preciso convir que as obras de Kardec devem ser lidas e
estudadas, dialogadas e debatidas, compreendidas e sentidas, amadas e vividas.
Deste modo, estaremos cuidando com
acerto da grandiosa, bela e frutífera árvore do Cristianismo
Redivivo que o Espiritismo tem a missão de fazer ressurgir vigorosa para
beneficiar a grande família humana.
A casa espírita deverá buscar nas Obras do Mestre Lionês a
fonte luminosa de suas orientações e aconselhamentos, trabalhos e estudos,
programações e metas. Mantenhamos na casa espírita a MELHOR MÍDIA DOUTRINÁRIA: Kardec no diálogo fraternal das
reuniões administrativas, Kardec na postura sincera dos diretores espíritas,
Kardec nos estudos instrutivos das reuniões públicas, Kardec no conhecimento
abalizado de expositores, oradores e comentaristas do Evangelho, Kardecnas
idéias dos devotados trabalhadores da assistência fraterna, Kardec na mente dos
médiuns da desobsessão, Kardec nos sentimentos dos médiuns passistas, Kardec na
idéia e sentimento de evangelizadores da criança, coordenadores de mocidade e
médiuns esclarecedores. Esforcemo-nos por manter a idéia do Codificador no
cérebro esclarecido e coração sensibilizado de todos irmãos trabalhadores
espíritas.
Que nossas queridas casas criem Grupos de Estudos
Sistematizados das Obras de Kardec. Zelemos pela preservação do entusiasmo,
alegria e firmeza na sua aprendizagem, mantendo com carinho os pequenos grupos
de estudos.
Ninguém conseguirá cultivar a idéia espírita com Kardec sem
estudar, sem se esforçar na aprendizagem, sem compreender, sem sentir, sem
assimilá-la e sem vivenciá-la permanentemente. Na verdade, o que vai crescer
com destaque, neste primeiro século do Terceiro Milênio, serão os ESTUDOS
DOUTRINÁRIOS, muito especialmente das Obras Básicas do Espiritismo.
ENSINAR KARDEC
O recinto mais adequado para ENSINAR ESPIRITISMO é o centro espírita.
Local apropriado, por possuir todas as condições físicas,
espirituais e instrumentações para ensinar com os melhores
recursos. Tais são: a comunhão incessante com os Bons Espíritos, o bom ambiente
espiritual, os expositores doutrinários preparados e os aprendizes realmente
interessados.
A casa espírita deverá funcionar como VERDADEIRA ESCOLA DO
ESPÍRITO, ensinando e vivenciando a Doutrina dos Espíritos, através de estudos
sérios, sistematizados e produtivos. Há imperiosa necessidade de estudar de
forma regular as
Obras Básicas. O Mestre Kardec pronunciou: “Estabelecer-se um
curso regular de Espiritismo, no intuito de desenvolver os
princípios da ciência e de propagar o gosto pelos estudos sérios. O curso teria
a vantagem de fundar a unidade de princípio, de fazer adeptos esclarecidos, capazes
de propagar as idéias espíritas e de desenvolver grande número de médiuns.
Considero esse curso como elemento de influência capital sobre
o futuro do Espiritismo e sobre as suas conseqüências.” (os grifos são nossos)
(Obras Póstumas, 2ª Parte, dissertação: “Ensino Espírita”, pág. 258,
edição 1966, LAKE) (os grifos são nossos)
Os companheiros dedicados que mais amam o estudo doutrinário
devem trabalhar pelo crescimento do número de Grupos de Estudos de Kardec.
Estudos sistemáticos buscando o aprendizado sério, desenvolvendo a fé
raciocinada, esforçando-se pela reforma íntima e fortalecendo a convicção
espírita.
A conquista íntima da FÉ RACIOCINADA destruirá as sombras
espessas da fé cega, que alimenta os hábitos inferiores da crença: dogmatismo,
fanatismo, ritualismo, cerimoniais, fascinação coletiva, idolatria,
superstição, misticismo e mediunismo irracional.
Quem não estuda Kardec com seriedade não poderá ensinar Kardec
com certeza, clareza e segurança.
As Obras Básicas são fonte de luz divina para o cérebro
aturdido e o coração atribulado de milhões de criaturas descrentes e indecisas
da atualidade. Ensinar Kardec descortina aos aprendizes a visão grandiosa da
vida espiritual e abrirá o mundo novo de
trabalho e amor, caridade e educação.
DIVULGAR KARDEC
Toda boa idéia merece ser estudada, ensinada e bem divulgada.
A idéia espírita não dispensa a premente necessidade de sua propagação
consciente e esclarecida, educada e respeitosa, que alcançará de forma
crescente o raciocínio, a mente e o coração das criaturas descrentes e
ignorantes.
Divulgar as obras e ensinos de Kardec em jornais espíritas,
programas radiofônicos e televisivos, favorecer a aquisição das Obras Básicas
pelo grande público, fomentar a distribuição de textos kardequianos,
multiplicar os estudos em grupo das obras de Kardec, promover semanas
espíritas, feirase clubes de livros espíritas, encontros, cursos, simpósios,
congressos... Todas as atividades são necessárias e merecem ser bem feitas com
simplicidade, desprendimento e confraternização, para espalharem com alegria as
idéias de Kardec.
Convenhamos, o local onde está muito a desejar a divulgação de
Kardec é no próprio centro espírita, junto aos médiuns, trabalhadores da casa e
freqüentadores.
Neste aspecto encontra-se deficiente e apagada, limitada e
desanimada, desfigurada e desmotivada. Manter o estudo sério, motivando o
entusiasmo na maioria dos irmãos espiritistas não é atividade muito fácil de se
concretizar. Duas são as principais causas:
1ª - A ausência de maior número de bons líderes espíritas para
promover, incentivar e dinamizar os estudos sistematizados das Obras Básicas de
maneira regular, a fim de atender o número sempre crescente de trabalhadores e
freqüentadores das casas espíritas.
2ª - O acentuado desinteresse dos centros espíritas de estudar
as Obras de Kardec. De que adianta promovermos grandes investimentos
financeiros para divulgar Kardec na imprensa espírita e leiga, no rádio e
televisão, confeccionar numerosas publicações dos textos doutrinários de
Kardec, sendo que a maioria dos centros doutrinários continuam inertes e
desmotivados para o conhecimento aprofundado da Doutrina Espírita?
Divulguemos Kardec de forma mais esclarecedora no salão
iluminado do raciocínio, no santuário sensível do coração e no altar sublime da
consciência dos irmãos espíritas!
Uberaba (MG), setembro de 2004
O Que É Ser Médium
Você se indaga, às vezes, se as sensações que tem sentido são
realmente de caráter mediúnico ou apenas estados emocionais ou, ainda, se certos
acontecimentos não seriam meras fantasias ou suposições erradas, por ficar
impressionado em demasia com tudo o que lhe ocorre.
Porém como saber? Afinal, o que é ser médium?
Usualmente, denomina-se médium aquele em quem a faculdade mediúnica se mostra de forma ostensiva. Entretanto é bom saber que todos os seres humanos têm mediunidade em estado latente, como um princípio, uma semente, que poderá ou não desabrochar no curso da existência terrena.
Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, explica que todos os indivíduos são mais ou menos médiuns, no sentido de que somos influenciáveis pelas sugestões alheias, podendo estas partir de espíritos desencarnados que nos desejam influenciar. Isto se dá através da sintonia mental, de forma espontânea e natural, surgindo na mente do indivíduo como uma idéia, um pressentimento, que são também chamados de “intuição”. Isto pode estar sendo lançado por um espírito desencarnado, e a pessoa aceitará a idéia ou não, dependendo do seu livre arbítrio.
Voltemos ao termo “médium”. É importante saber que esta palavra significa “aquilo que está no meio”. Allan Kardec propôs esta terminologia, inclusive as palavras “Espiritismo”, “espírita”, etc. Para designar coisas novas trazidas pelos Espíritos Superiores à Humanidade.
Assim, médium é o intermediário, aquele que intermedia a comunicação de um espírito com as demais pessoas.
A eclosão da mediunidade não depende de religião, idade, raça ou sexo. Muitas criaturas, não conhecendo nada sobre o assunto, ficam amedrontadas, outras temem as responsabilidades que são inerentes ao exercício mediúnico e recusam-se a conscientizar-se acerca da sua faculdade. Evitam de todas as maneiras qualquer conversa ou situação relacionadas com o tema, mas, se os sinais de mediunidade forem muito evidentes, intensos e freqüentes, essas pessoas ficam sujeitas a alguns problemas mais graves decorrentes das presenças espirituais ao seu lado, as quais captam sem saber como se defender ou precaver-se contra assédios negativos.
Mas, afinal, como saber se sou médium ostensivo? É a pergunta que lhe ocorre.
Existem indícios que caracterizam a presença da mediunidade de forma expressiva. O Espiritismo aclara e orienta todo esse processo, auxiliando o médium principiante e possibilitando o exercício da mediunidade de maneira equilibrada e serena, que lhe confere bem-estar e paz interior.
Alguns dos indícios do desabrochar da mediunidade podem ser relacionadas. São eles:
alterações emocionais súbitas;
acentuada sensibilidade emotiva; vidências;
necessidade compulsiva e inoportuna de escrever idéias que não lhe são próprias;
calafrios, sensação de formigamento nas mãos e na cabeça; mal-estar em determinados ambientes ou em presença de certas pessoas;
sensações de enfermidades inexistentes.
Estes sintomas podem surgir de forma associada, com maior ou menor intensidade, prevalecendo um ou outro ou vários, conforme a condição espiritual do indivíduo.
Que fique bem claro que alguns desses sintomas citados podem ocorrer, sem que seja necessariamente um sinal de predisposição mediúnica. Outro ponto que merece ser ressaltado é que mediunidade não é doença. Também não deve ser encarada como um privilégio ou, sob outro aspecto, como uma sobrecarga de responsabilidade de tal teor, que somente uns poucos conseguirão levá-la adiante.
O desabrochar da mediunidade representa para o ser humano um horizonte novo que se abre para ele. É um chamamento, um convite a fim de que se volte para o bem, que desperte para as realidades maiores da vida. É uma responsabilidade sim, mas, sendo vivenciada com seriedade, com amor e disciplina, será sempre fonte de benefícios, em primeiro lugar para o próprio médium.
Às vezes as pessoas têm uma impressão distorcida acerca do Espiritismo pelo que a mídia apresenta, ou seja, pessoas que são médiuns mas que, na verdade, não são espíritas, embora assim se apresentem, e que se utilizam da sua faculdade para aparecerem, para divulgarem suas produções mediúnicas, mas que não têm as características espíritas, cujas orientações são sempre voltadas para fins sérios, altruísticos e renovadores, sem qualquer conotação de rituais ou de lucros materiais.
Se você apresenta as características acima mencionadas, se o que lhe está acontecendo se encaixa nestes pontos relacionados, é provável que a mediunidade lhe esteja sinalizando a busca de uma nova vida, de um caminho novo, espiritualizado, para que você encontre, enfim, o sentido transcendente da vida terrena.
“A mediunidade não veio em minha vida por acaso. É um compromisso que assumi perante a Espiritualidade Maior. É como um convite para reavaliar tudo o que fiz até hoje e recomeçar em bases espiritualizadas e seguras, descobrindo através do intercâmbio com os seres invisíveis um novo caminho para ser feliz.”
Porém como saber? Afinal, o que é ser médium?
Usualmente, denomina-se médium aquele em quem a faculdade mediúnica se mostra de forma ostensiva. Entretanto é bom saber que todos os seres humanos têm mediunidade em estado latente, como um princípio, uma semente, que poderá ou não desabrochar no curso da existência terrena.
Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, explica que todos os indivíduos são mais ou menos médiuns, no sentido de que somos influenciáveis pelas sugestões alheias, podendo estas partir de espíritos desencarnados que nos desejam influenciar. Isto se dá através da sintonia mental, de forma espontânea e natural, surgindo na mente do indivíduo como uma idéia, um pressentimento, que são também chamados de “intuição”. Isto pode estar sendo lançado por um espírito desencarnado, e a pessoa aceitará a idéia ou não, dependendo do seu livre arbítrio.
Voltemos ao termo “médium”. É importante saber que esta palavra significa “aquilo que está no meio”. Allan Kardec propôs esta terminologia, inclusive as palavras “Espiritismo”, “espírita”, etc. Para designar coisas novas trazidas pelos Espíritos Superiores à Humanidade.
Assim, médium é o intermediário, aquele que intermedia a comunicação de um espírito com as demais pessoas.
A eclosão da mediunidade não depende de religião, idade, raça ou sexo. Muitas criaturas, não conhecendo nada sobre o assunto, ficam amedrontadas, outras temem as responsabilidades que são inerentes ao exercício mediúnico e recusam-se a conscientizar-se acerca da sua faculdade. Evitam de todas as maneiras qualquer conversa ou situação relacionadas com o tema, mas, se os sinais de mediunidade forem muito evidentes, intensos e freqüentes, essas pessoas ficam sujeitas a alguns problemas mais graves decorrentes das presenças espirituais ao seu lado, as quais captam sem saber como se defender ou precaver-se contra assédios negativos.
Mas, afinal, como saber se sou médium ostensivo? É a pergunta que lhe ocorre.
Existem indícios que caracterizam a presença da mediunidade de forma expressiva. O Espiritismo aclara e orienta todo esse processo, auxiliando o médium principiante e possibilitando o exercício da mediunidade de maneira equilibrada e serena, que lhe confere bem-estar e paz interior.
Alguns dos indícios do desabrochar da mediunidade podem ser relacionadas. São eles:
alterações emocionais súbitas;
acentuada sensibilidade emotiva; vidências;
necessidade compulsiva e inoportuna de escrever idéias que não lhe são próprias;
calafrios, sensação de formigamento nas mãos e na cabeça; mal-estar em determinados ambientes ou em presença de certas pessoas;
sensações de enfermidades inexistentes.
Estes sintomas podem surgir de forma associada, com maior ou menor intensidade, prevalecendo um ou outro ou vários, conforme a condição espiritual do indivíduo.
Que fique bem claro que alguns desses sintomas citados podem ocorrer, sem que seja necessariamente um sinal de predisposição mediúnica. Outro ponto que merece ser ressaltado é que mediunidade não é doença. Também não deve ser encarada como um privilégio ou, sob outro aspecto, como uma sobrecarga de responsabilidade de tal teor, que somente uns poucos conseguirão levá-la adiante.
O desabrochar da mediunidade representa para o ser humano um horizonte novo que se abre para ele. É um chamamento, um convite a fim de que se volte para o bem, que desperte para as realidades maiores da vida. É uma responsabilidade sim, mas, sendo vivenciada com seriedade, com amor e disciplina, será sempre fonte de benefícios, em primeiro lugar para o próprio médium.
Às vezes as pessoas têm uma impressão distorcida acerca do Espiritismo pelo que a mídia apresenta, ou seja, pessoas que são médiuns mas que, na verdade, não são espíritas, embora assim se apresentem, e que se utilizam da sua faculdade para aparecerem, para divulgarem suas produções mediúnicas, mas que não têm as características espíritas, cujas orientações são sempre voltadas para fins sérios, altruísticos e renovadores, sem qualquer conotação de rituais ou de lucros materiais.
Se você apresenta as características acima mencionadas, se o que lhe está acontecendo se encaixa nestes pontos relacionados, é provável que a mediunidade lhe esteja sinalizando a busca de uma nova vida, de um caminho novo, espiritualizado, para que você encontre, enfim, o sentido transcendente da vida terrena.
“A mediunidade não veio em minha vida por acaso. É um compromisso que assumi perante a Espiritualidade Maior. É como um convite para reavaliar tudo o que fiz até hoje e recomeçar em bases espiritualizadas e seguras, descobrindo através do intercâmbio com os seres invisíveis um novo caminho para ser feliz.”
Suely Caldas Schubert
Influências sutis , as obsessões e os trabalhadores espírias. Sérgio Lopes
Estudo do Livro Obreiro de Vida Eterna; Cap.2 No Santuário da Benção
quinta-feira, 2 de junho de 2016
Muitas Moradas "Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito." Jesus (João 14:02)
De acordo com "O Evangelho Segundo o Espiritismo", a Terra encontra-se na categoria de Mundo de Expiação e Provas, em transição para Mundo de Regeneração.
Tal processo de transição é relatado pelo Codificador, em "A Gênese", nos seguintes termos: “Essa fase já se revela por sinais inequívocos, por tentativas de reformas úteis e que começam a encontrar eco. Assim é que vemos fundar-se uma imensidade de instituições protetoras, civilizadoras e emancipadoras, sob o influxo e por iniciativa de homens evidentemente predestinados à obra da regeneração; que as leis penais se vão apresentando dia a dia impregnadas de sentimentos mais humanos. Enfraquecem-se os preconceitos de raça, os povos entram a considerar-se membros de uma grande família; pela uniformidade e facilidade dos meios de realizarem suas transações, eles suprimem as barreiras que os separavam e de todos os pontos do mundo reúnem-se em comícios universais, para as justas pacíficas da inteligência.”
Em uma palestra na cidade de Amparo, interior paulista, em novembro de 2006, Divaldo Pereira Franco*, explanando sobre o tema “crianças índigo”, relatou que milhões de Espíritos provenientes de Alcíone, uma estrela de terceira grandeza, pertencente à constelação das Plêiades, já estão reencarnando na Terra, a qual chega ao momento de proceder sua mudança na escala dos mundos, passando à categoria de Mundo de Regeneração, quando o Sistema Solar, a partir da década 1970/1980 passou a atravessar o grande cinturão de fótons de Alcíone, fato também comprovado pela Ciência. Esses Espíritos têm formado uma nova sociedade, que tem preocupado psicólogos, pedagogos, psiquiatras e sociólogos, caracterizando-se como crianças rebeldes, portadoras de distúrbios de atenção e hiperatividade e que estão chegando à Terra com uma finalidade especial, a de criar outro biótipo humano, desenvolver na área do funções de natureza transcendental, porque o ser humano do futuro será portador de seis sentidos, acrescentando a sensação para física, preparando a Terra para a Nova Era, conforme Allan Kardec já houvera previsto no livro A Gênese, em seu último capítulo. Em suas palavras: “A partir de 2012, quando a Terra e o Sistema Solar mergulharem totalmente no cinturão de fótons de Alcíone, o mundo receberá a grande legião dos Espíritos formadores da Nova Era, prevista por Kardec, anunciada por João, proposta por Jesus, e constante dos textos antigos da Bíblia.”
Assim, Espíritos adiantados aqui reencarnam, desde a raça adâmica, para auxiliar o progresso da Humanidade, dando cumprimento a uma missão, bem como ao seu próprio adiantamento.
O Sr. Nelson Oliveira e Souza, presidente do Centro Espírita Terezinha de Jesus, em Ramos, Rio de Janeiro, em entrevista concedida ao jornal O Mensageiro**, comentando o tema em apreço, esclarece que: “Cada morada da Casa do Pai apresenta uma faixa espiritual vibratória permissível, acolhendo, isto é, imantando os Espíritos que se identificam dentro de tal faixa vibratória de progresso moral. Quando dizemos que a Terra está a passar da categoria de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração, é aquela sua faixa espiritual vibratória permissível que está a se movimentar para frente na escala da evolução. Esta movimentação não é instantânea, mas pelo contrário, vai se operando gradualmente através do tempo, de tal forma que os Espíritos que vão ficando aquém do limite inferior da faixa vibratória permissível, têm que ser retirados para outros mundos, evidentemente, piores do que a Terra. Os Espíritos que na Terra progridem muito, científica e moralmente, ultrapassando o limite superior da faixa espiritual vibratória, já podem ser conduzidos para outras moradas mais evoluídas.”
Traduzindo graficamente as palavras do Sr. Nelson, apresentamos o seguinte esquema:
Em síntese, consideramos que a Terra é um planeta em fase de transição, onde vibrações distintas estão presentes e podemos escolher com mais facilidade de qual lado nos posicionaremos.
Conforme as palavras da mentora Joanna de Ângelis***, no entanto, cabe a nós participarmos ativamente do processo de transformação para o mundo de regeneração, cuidando de nossa reforma íntima. “Reorganiza, desse modo, a paisagem espiritual, sob a ação evangélica, clarificando o báratro íntimo que te atormenta, com a lâmpada do conhecimento espírita. Impostergável dever para a obra regenerativa, que poderá conduzir-te com segurança à rota da harmonia, que deve merecer carinho imediato.
“Se não parece lícito intentar de um para outro momento a tarefa de
transformação interior, não é, igualmente, justificável adiar para depois o que podes produzir de imediato.
“Toda aquisição se converte em patrimônio inalienável, que não convém ser desprezado.
“Jesus, ensinando sabedoria e vivendo-a, conclamou a todos que Lhe recebiam a diretriz de segurança: ‘Vai em paz e não tornes a pecar para que te não aconteça algo pior.’
“Os Seus convites foram sempre incisivos e concisos, refletindo um tempo único para a ação regenerativa: agora!
Hoje, portanto, fulgura tua oportunidade abençoada de regeneração espiritual. Inicia-a e avança na direção do sem fim da perfeição que pretendes atingir, tornando-te ‘imitador de Deus como filho bem-amado’.”
Bons estudos!
Carla e Hendrio
* Divaldo em São Paulo e Minas Gerais. Disponível em: http://www.divaldofranco.com/noticias.php?not=35. Acesso em 05.04.2009.
** Entrevista com o Sr. Nelson Oliveira e Souza. Disponível em: http://www.omensageiro.com.br/entrevistas/entrevista-4.htm. Acesso em: 05.04.2009.
*** FRANCO, Divaldo P. “Convites da Vida”. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 4ª ed. Salvador: BA, Livraria Espírita Alvorada, 1988, cap. 48.
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