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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
De Salomão
Melhor é aquele (*) que se julga insignificante e vive cercado de servos, com os quais trabalha para o bem comum, do que o homem preguiçoso e inútil, faminto de pão, mas sempre interessado em honrar a si mesmo.
Lavra o campo das possibilidades que o mundo te conferiu, para que respires na fartura, porque o homem inativo residirá com a miséria.
Ainda mesmo que a preguiça apareça adornada de ouro, um dia acordará nua e empestada, ao clarão das realidades eternas.
Enquanto as mãos do ímpio tecem a rede dos males, prepara com o teu esforço a colheita das bênçãos.
Tudo passa no mundo.
O mentiroso pagará pesados tributos.
O desapiedado ferirá a si mesmo.
O imprudente acordará nas sombras da própria queda.
O avarento será algemado às riquezas que amontoou.
O revoltado estará em trevas.
Mas o homem justo e diligente vencerá o mundo.
(*) Meditações colhidas no cap. 12 dos Provérbios – (Nota do autor Espiritual)
Livro: Falando à Terra psicografado por Chico Xavier pelos espíritos diversos
Apelo Espírita
Irmãos! Faze:
De cada ensinamento que recebes uma instrução do Plano Superior;
De cada tarefa, por mínima que seja, uma realização em que deixes os melhores sinais de tua presença;
De cada conversação, um entendimento construtivo;
De cada conversação, um mensageiro de tua cooperação, no levantamento da felicidade geral;
De cada relação nova, uma sementeira de bênçãos;
De cada necessitado, um irmão que te espera o auxílio, em nome da Divina Paternidade;
De cada desapontamento, um teste de compreensão;
De cada hora, uma oportunidade de servir...
Companheiro da Terra és o viajor em trânsito na hospedaria do mundo!... Guarda o coração e a consciência, na prática do bem, de tal modo, que possas receber, com o despertar de cada manhã, um novo renascimento na casa física e, no descanso de cada noite, um ensino de regresso tranqüilo ao teu lar verdadeiro, na Vida Espiritual.
Livro Caminho Espírita psicografado por Chico Xavier
sábado, 11 de janeiro de 2014
Falta de Formação Doutrinária
Falta de Formação Doutrinária
Autor: J. Herculano Pires
Sem a formação doutrinária, não teremos um movimento espírita coeso e coerente. E, sem coesão e coerência, não teremos Espiritismo. Essa a razão por que os Espíritos Superiores confiaram às mãos de Kardec o pesado trabalho da Codificação. Kardec teve de arcar, sozinho, com a execução dessa obra gigantesca. Porque só ele estava em condições de realizá-la. Depois de Kardec, o que vimos? Léon Denis foi o único dos seus discípulos que conseguiu manter-se à altura do mestre, contribuindo vigorosamente para a consolidação da Doutrina. Era, aparentemente, o menos indicado. Não tinha a formação cultural de Kardec, residia na província, não convivera com ele, mas soubera compreender a posição metodológica do Espiritismo e não a confundia com os desvarios espiritualistas da época.
Depois de Denis, foi o dilúvio. A Revista Espírita virou um saco de gatos. A sociedade Parisiense naufragou em águas turvas. A Ciência e a Filosofia Espíritas ficaram esquecidas. O aspecto religioso da Doutrina transviou-se na ignorância e no fanatismo. Os sucessores de Kardec fracassaram inteiramente na manutenção da chama espírita, na França. E, quando a Arvore do Evangelho foi transplantada para o Brasil, segundo a expressão de Humberto de Campos, veio carregada de parasitas mortais que, ao invés de extirpar, tratamos de cultivar e aumentar com as pragas da terra.
Tudo isso por quê? Por falta pura e simples de formação doutrinária. A prova está aí, bem visível, no fluidismo e no obscurantismo que dominam o nosso movimento no Brasil e no Mundo. Os poucos estudiosos, que se aprofudaram no estudo de Kardec, vivem como náufragos num mar tempestuoso, lutando, sem cessar, com os mesmos destroços de sempre. Não há estudo sistemático e sério da Doutrina. E o que é mais grave, há evidente sintoma de fascinação das trevas, em vastos setores representativos que, por incrível que pareça, combatem por todos os meios o desenvolvimento da cultura espírita.
Enquanto não compreendermos que Espiritismo é cultura, as tentativas de unificação do nosso movimento não darão resultados reais. Darão aproximações arrepiadas de conflitos, aumento quantitativo de adeptos ineptos, estimulação perigosa de messianismos individuais e de grupos. Flamarion, que nunca entendeu realmente a posição de Kardec, e chegou a dizer que ele fez obra um tanto pessoal, como se vê no seu famoso discurso ao pé do túmulo, teve, entretanto, uma intuição feliz quando o chamou de bom senso encarnado.
Esse bom senso é que nos falta. Parece haver se desencarnado com Kardec, e volatizado com Denis. Hoje, estamos na era do contra-senso. Os mesmos órgãos de divulgação doutrinária que pregam o obscurantismo, exibem pavoneios de erudição personalista, em nome de uma cultura inexistente. Porque cultura não é erudição, livros empilhados nas estantes, fichário em ordem para consultas ocasionais. Cultura è assimilação de conhecimentos e bom senso em ação.
O que fazer diante dessa situação? Cuidar da formação espírita das novas gerações, sem esquecer a alfabetização de adultos. Mobral: esse o recurso. Temos de organizar o Mobral do Espírito. E começar tudo de novo, pelas primeiras letras. Mas, isso em conjunto, agrupando elementos capazes, de mente arejada e coração aberto. Foi por isso que propus a criação das Escolas de Espiritismo, em nível universitário, dotadas de amplos currículos de formação cultural espírita.
Podem dizer que há contradições entre Mobral e nível universitário. Mas, nota-se, que falamos de Mobral do Espírito. A Cultura Espírita é o desenvolvimento da cultura acadêmica, é o seguimento natural da cultura atual, em que se misturam elementos cristãos, pagãos e ateus. Para iniciar-se na cultura espírita, o estudante deve possuir as bases da cultura anterior. "Tudo se encadeia no Universo", como ensina, repetidamente, O Livro dos Espíritos. Quem não compreende esse encadeamento, tem de iniciar pelo Mobral. Não há outra forma de adaptá-lo às novas exigências da nova cultura.
A verdade nua e crua é que ninguém conhece Espiritismo. Ninguém, mesmo, no Brasil e no Mundo. Estamos todos aprendendo, ainda, de maneira canhestra.
E se me permito escrever isto, é porque aprendi, a duras penas, a conhecer a minha própria indigência. No Espiritismo, como já se dava no Cristianismo e na própria filosofia grega, o que vale é o método socrático.
Temos, antes de tudo, de compreender que nada sabemos. Então, estaremos, pelo menos, conscientes de nossa ignorância e capazes de aprender.
Mas, aprender com quem? Sozinhos, como autodidatas, tirando nossas próprias lições dos textos, confiantes nas luzes da nossa ignorância? Recebendo lições de outros que tateiam como nós, mas que estufam o peito de auto-suficiência e pretensão? Claro que não. Ao menos isso devemos saber. Temos de trabalhar em conjunto, reunindo companheiros sensatos, bem intencionados, não fascinados por mistificações grosseiras e evidentes, capazes de humildade real, provada por atos e atitudes. Assim conjugados, poderemos aprender de Kardec, estudando suas obras, mergulhando em seus textos, lembrando-nos de que foi ele e só ele o incumbido de nos transmitir o legado do Espírito da Verdade.
Kardec é a nossa pedra de toque. Não por ser Kardec, mas por ser o intérprete humilde que foi, o homem sincero e puro a serviço dos Espíritos Instrutores.
É o que devemos ter nas Escolas de Espiritismo.
Não Faculdades, nem Academias, mas, simplesmente, Escolas. O sistema universitário implica pesquisas, colaboração entre professores e alunos, trabalho conjugado e sem presunção de superioridade de parte de ninguém. O simpósio e o seminário, o livre-debate, enfim, é que resolvem, e não o magister do passado. O espírito universitário, por isso mesmo, é o que melhor corresponde à escola espírita. Num ambiente assim, os Espíritos Instrutores disporão de meios para auxiliar os estudantes sinceros e despretensiosos.
A formação espírita exige ensino metódico mas, ao mesmo tempo, livre. Foi o que os Espíritos deram a Kardec: um ensino de que ele mesmo participava, interrogando os mestres e discutindo com eles. Por isso, não houve infiltração de mistificadores na obra inteiriça, nesse bloco de lógica e bom senso, que abrange os cinco livros fundamentais de Codificação, os volumes introdutórios e os volumes da Revista Espírita, redigidos por ele durante quase doze anos de trabalho incessante.
Essa obra gigantesca é a plataforma do futuro, o alicerce e o plano de um novo mundo, de uma nova civilização. Seria absurdo pensar que podemos dominar esse vasto acervo de conhecimentos novos, de conceitos revolucionários, através de simples leituras individuais, sem método e sem pesquisa. Nosso papel, no Espiritismo, tem sido o de macacos em loja de louças. E incrível a leviandade com que oradores e articulistas espíritas tratam de certos temas, com uma falsa suficiência de arrepiar, lançando confusões ridículas no meio doutrinário. Temos de compreender que isso não pode continuar. Chega de arengas melífluas nos Centros, de oratória descabelada, de auditórios basbaques, batendo palmas e palavreado pomposo. Nada disso é Espiritismo. Os conferencistas espíritas precisam ensinar Espiritismo - que ninguém conhece - mas para isso precisam, primeiro aprendê-lo.
Precisamos de expositores didáticos, servidos por bom conhecimento doutrinário, arduamente adquirido em estudos e pesquisas. Expor os temas fundamentais da Doutrina, não é falar bonito, com tropos pretensamente literários, que só servem para estufar vaidade, à maneira da oratória bacharelesca do século passado.
Esse palavrório vazio e presunçoso não constrói nada e só serve para ridicularizar o Espiritismo ante a mentalidade positiva e analítica do nosso tempo.
Estamos numa fase avançada da evolução terrena.
Nossa cultura cresceu espantosamente nos últimos anos e já está chegando à confluência dos princípios espíritas em todos os campos. A nossa falta de formação cultural espírita não nos permite enfrentar a barreira dos preconceitos para demonstrar ao mundo que Espiritismo, como escreveu Humberto Mariotti, é uma estrela de amor que espera no horizonte do mundo o avanço das ciências. E curiosa e ridícula a nossa situação.
Temos o futuro nas mãos e ficamos encravados no passado mitológico e nas querelas medievais.
Mas, para superar essa situação, temos de aprender com Kardec. Os que pretendem superar Kardec, não o conhecem. Se o conhecessem, não assumiriam a posição ridícula de críticos e inovadores do que, na verdade, ignoram. Chegamos a uma hora de definições.
Precisamos definir a posição cultural espírita perante a nova cultura dos tempos novos. E só faremos isso através de organismos culturais bem estruturados, funcionais, dotados de recursos escolares capazes de fornecer, aos mais aptos e mais sinceros, a formação cultural de que todos necessitamos, com urgência.
Texto retirado do livro O Mistério do Bem e do Mal.
Autor: J. Herculano Pires
Sem a formação doutrinária, não teremos um movimento espírita coeso e coerente. E, sem coesão e coerência, não teremos Espiritismo. Essa a razão por que os Espíritos Superiores confiaram às mãos de Kardec o pesado trabalho da Codificação. Kardec teve de arcar, sozinho, com a execução dessa obra gigantesca. Porque só ele estava em condições de realizá-la. Depois de Kardec, o que vimos? Léon Denis foi o único dos seus discípulos que conseguiu manter-se à altura do mestre, contribuindo vigorosamente para a consolidação da Doutrina. Era, aparentemente, o menos indicado. Não tinha a formação cultural de Kardec, residia na província, não convivera com ele, mas soubera compreender a posição metodológica do Espiritismo e não a confundia com os desvarios espiritualistas da época.
Depois de Denis, foi o dilúvio. A Revista Espírita virou um saco de gatos. A sociedade Parisiense naufragou em águas turvas. A Ciência e a Filosofia Espíritas ficaram esquecidas. O aspecto religioso da Doutrina transviou-se na ignorância e no fanatismo. Os sucessores de Kardec fracassaram inteiramente na manutenção da chama espírita, na França. E, quando a Arvore do Evangelho foi transplantada para o Brasil, segundo a expressão de Humberto de Campos, veio carregada de parasitas mortais que, ao invés de extirpar, tratamos de cultivar e aumentar com as pragas da terra.
Tudo isso por quê? Por falta pura e simples de formação doutrinária. A prova está aí, bem visível, no fluidismo e no obscurantismo que dominam o nosso movimento no Brasil e no Mundo. Os poucos estudiosos, que se aprofudaram no estudo de Kardec, vivem como náufragos num mar tempestuoso, lutando, sem cessar, com os mesmos destroços de sempre. Não há estudo sistemático e sério da Doutrina. E o que é mais grave, há evidente sintoma de fascinação das trevas, em vastos setores representativos que, por incrível que pareça, combatem por todos os meios o desenvolvimento da cultura espírita.
Enquanto não compreendermos que Espiritismo é cultura, as tentativas de unificação do nosso movimento não darão resultados reais. Darão aproximações arrepiadas de conflitos, aumento quantitativo de adeptos ineptos, estimulação perigosa de messianismos individuais e de grupos. Flamarion, que nunca entendeu realmente a posição de Kardec, e chegou a dizer que ele fez obra um tanto pessoal, como se vê no seu famoso discurso ao pé do túmulo, teve, entretanto, uma intuição feliz quando o chamou de bom senso encarnado.
Esse bom senso é que nos falta. Parece haver se desencarnado com Kardec, e volatizado com Denis. Hoje, estamos na era do contra-senso. Os mesmos órgãos de divulgação doutrinária que pregam o obscurantismo, exibem pavoneios de erudição personalista, em nome de uma cultura inexistente. Porque cultura não é erudição, livros empilhados nas estantes, fichário em ordem para consultas ocasionais. Cultura è assimilação de conhecimentos e bom senso em ação.
O que fazer diante dessa situação? Cuidar da formação espírita das novas gerações, sem esquecer a alfabetização de adultos. Mobral: esse o recurso. Temos de organizar o Mobral do Espírito. E começar tudo de novo, pelas primeiras letras. Mas, isso em conjunto, agrupando elementos capazes, de mente arejada e coração aberto. Foi por isso que propus a criação das Escolas de Espiritismo, em nível universitário, dotadas de amplos currículos de formação cultural espírita.
Podem dizer que há contradições entre Mobral e nível universitário. Mas, nota-se, que falamos de Mobral do Espírito. A Cultura Espírita é o desenvolvimento da cultura acadêmica, é o seguimento natural da cultura atual, em que se misturam elementos cristãos, pagãos e ateus. Para iniciar-se na cultura espírita, o estudante deve possuir as bases da cultura anterior. "Tudo se encadeia no Universo", como ensina, repetidamente, O Livro dos Espíritos. Quem não compreende esse encadeamento, tem de iniciar pelo Mobral. Não há outra forma de adaptá-lo às novas exigências da nova cultura.
A verdade nua e crua é que ninguém conhece Espiritismo. Ninguém, mesmo, no Brasil e no Mundo. Estamos todos aprendendo, ainda, de maneira canhestra.
E se me permito escrever isto, é porque aprendi, a duras penas, a conhecer a minha própria indigência. No Espiritismo, como já se dava no Cristianismo e na própria filosofia grega, o que vale é o método socrático.
Temos, antes de tudo, de compreender que nada sabemos. Então, estaremos, pelo menos, conscientes de nossa ignorância e capazes de aprender.
Mas, aprender com quem? Sozinhos, como autodidatas, tirando nossas próprias lições dos textos, confiantes nas luzes da nossa ignorância? Recebendo lições de outros que tateiam como nós, mas que estufam o peito de auto-suficiência e pretensão? Claro que não. Ao menos isso devemos saber. Temos de trabalhar em conjunto, reunindo companheiros sensatos, bem intencionados, não fascinados por mistificações grosseiras e evidentes, capazes de humildade real, provada por atos e atitudes. Assim conjugados, poderemos aprender de Kardec, estudando suas obras, mergulhando em seus textos, lembrando-nos de que foi ele e só ele o incumbido de nos transmitir o legado do Espírito da Verdade.
Kardec é a nossa pedra de toque. Não por ser Kardec, mas por ser o intérprete humilde que foi, o homem sincero e puro a serviço dos Espíritos Instrutores.
É o que devemos ter nas Escolas de Espiritismo.
Não Faculdades, nem Academias, mas, simplesmente, Escolas. O sistema universitário implica pesquisas, colaboração entre professores e alunos, trabalho conjugado e sem presunção de superioridade de parte de ninguém. O simpósio e o seminário, o livre-debate, enfim, é que resolvem, e não o magister do passado. O espírito universitário, por isso mesmo, é o que melhor corresponde à escola espírita. Num ambiente assim, os Espíritos Instrutores disporão de meios para auxiliar os estudantes sinceros e despretensiosos.
A formação espírita exige ensino metódico mas, ao mesmo tempo, livre. Foi o que os Espíritos deram a Kardec: um ensino de que ele mesmo participava, interrogando os mestres e discutindo com eles. Por isso, não houve infiltração de mistificadores na obra inteiriça, nesse bloco de lógica e bom senso, que abrange os cinco livros fundamentais de Codificação, os volumes introdutórios e os volumes da Revista Espírita, redigidos por ele durante quase doze anos de trabalho incessante.
Essa obra gigantesca é a plataforma do futuro, o alicerce e o plano de um novo mundo, de uma nova civilização. Seria absurdo pensar que podemos dominar esse vasto acervo de conhecimentos novos, de conceitos revolucionários, através de simples leituras individuais, sem método e sem pesquisa. Nosso papel, no Espiritismo, tem sido o de macacos em loja de louças. E incrível a leviandade com que oradores e articulistas espíritas tratam de certos temas, com uma falsa suficiência de arrepiar, lançando confusões ridículas no meio doutrinário. Temos de compreender que isso não pode continuar. Chega de arengas melífluas nos Centros, de oratória descabelada, de auditórios basbaques, batendo palmas e palavreado pomposo. Nada disso é Espiritismo. Os conferencistas espíritas precisam ensinar Espiritismo - que ninguém conhece - mas para isso precisam, primeiro aprendê-lo.
Precisamos de expositores didáticos, servidos por bom conhecimento doutrinário, arduamente adquirido em estudos e pesquisas. Expor os temas fundamentais da Doutrina, não é falar bonito, com tropos pretensamente literários, que só servem para estufar vaidade, à maneira da oratória bacharelesca do século passado.
Esse palavrório vazio e presunçoso não constrói nada e só serve para ridicularizar o Espiritismo ante a mentalidade positiva e analítica do nosso tempo.
Estamos numa fase avançada da evolução terrena.
Nossa cultura cresceu espantosamente nos últimos anos e já está chegando à confluência dos princípios espíritas em todos os campos. A nossa falta de formação cultural espírita não nos permite enfrentar a barreira dos preconceitos para demonstrar ao mundo que Espiritismo, como escreveu Humberto Mariotti, é uma estrela de amor que espera no horizonte do mundo o avanço das ciências. E curiosa e ridícula a nossa situação.
Temos o futuro nas mãos e ficamos encravados no passado mitológico e nas querelas medievais.
Mas, para superar essa situação, temos de aprender com Kardec. Os que pretendem superar Kardec, não o conhecem. Se o conhecessem, não assumiriam a posição ridícula de críticos e inovadores do que, na verdade, ignoram. Chegamos a uma hora de definições.
Precisamos definir a posição cultural espírita perante a nova cultura dos tempos novos. E só faremos isso através de organismos culturais bem estruturados, funcionais, dotados de recursos escolares capazes de fornecer, aos mais aptos e mais sinceros, a formação cultural de que todos necessitamos, com urgência.
Texto retirado do livro O Mistério do Bem e do Mal.
sábado, 5 de outubro de 2013
TRABALHO E CRÍTICA
Emmanuel
Trabalho edificante em
andamento no Plano Físico, onde se reúnem milhões de criaturas diferentes entre
si, não se desenvolve sem críticas.
*
A pancadaria verbal
cercará os obreiros.
E explodem objurgatórias,
tais quais estas:
- Por que tanta lentidão
nos detalhes?
- É impossível não estejam
vendo as falhas com que se mostram...
- Aquele cooperador é um
desastre...
- Não se compreende uma
realização assim tão elevada em mãos tão incompetentes.
- Não consigo colaborar
com gente tão despreparada...
- Tudo cairá sobre a turma
irresponsável!
- Estão todos errados...
- Aguardemos o fracasso
final...
*
Quando essas vozes se
façam ouvir, não temas e prossegue trabalhando.
*
Imperfeições todos temos e
teremos, até que possamos alcançar o Plano Divino.
*
Problemas evidenciam
presença e colaboração.
Dificuldades trazem
observações e observações justas geram insegurança.
*
Deixa que a censura te
vigie e segue adiante.
Apesar de nossos erros e
acima de todas as nossas deficiências, a construção do Bem não nos pertence;
essencialmente, pertence a Jesus que zelará por ela, em nome de Deus.
E sabemos que o trabalho
de Jesus não pode e nem deve parar.
*
A vida não nos pede o
impossível para que nos integremos nos mecanismos da caridade, extinguindo as
provações que atormentam a Terra, mas, para que o mal desapareça, espera de cada
um de nós essa ou aquela migalha do bem.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Jovem Obsediado
JOVEM OBSEDIADO
Emmanuel
Um moço, visivelmente
desequilibrado, abeira-se de Chico e pede-lhe orientação para seu caso.
Notamos, ao ouvir
a narrativa daquele jovem em processo obsessivo, a acurada atenção do médium
orientador, o qual lhe indaga:
- Você está
trabalhando?
- Não! Não
consigo – respondeu-lhe o moço. Sinto-me muito mal quando tento trabalhar...
E contemplava-o
com os olhos fixos e confiantes, aguardando-o do médium uma palavra amiga
esclarecedora.
- Isso
não!...Você precisa trabalhar; não pode ficar sem fazer nada!
Logo após,
envolvendo-o com semblante paternal, amorosamente concluiu:
- Procure um
serviço qualquer. Limpa, o chão com um pano molhado, espanar movéis, lavar uma
privada...É preciso ocupar seu tempo! Você deve orar e tomar passes, mas é
necessário o trabalho.
Aproveitando,
talvez, uma pausa que se fez mais longa, indagou-lhe o jovem:
- Penso ir para a
roça...O que o senhor acha?
- Faça o que o
seu coração pedir – ajuntou –, mas trabalhe! Qualquer serviço na fazenda lhe
fará muito bem.
Tentando infundir
coragem ao solicitante e atestando a todos nós, que seguíamos aquele dialogo
aquele dialogo, sua espontânea simplicidade, continuou sereno o abnegado
servidor:
- Um dos meus
primeiros serviços na Fazenda Modelo, em Pedro Leopoldo, foi o de lavar a
escarradeira do chefe! Naquela época, usavam-se esses vasilhames nos escritórios
e eu tinha o dever de lavá-los!
Passeando em nós
seu olhar muito lúcido, conclui:
- Todo trabalho,
por mais insignificante, quando feito com responsabilidade, dá paz e alegria ao
nosso coração.
Psicografia Chico Xavier –
Espírito Emmanuel – Livro “Além da Alma”
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Entre Chamados e Escolhidos. "... para que te faças escolhido como sustentáculo na obra da luz e do amor, não basta te consagres a longas plataformas verbais ou a preciosas promessas da boca, vazias de substância e sentido...."
Entre Chamados e Escolhidos
Emmanuel
Apreciando aquele
ensinamento dos “chamados e escolhidos”, a destacar-se da palavra do Senhor, nas
lições do Evangelho, mentalizemos o assunto, transferindo-o a uma oficina
terrestre.
Em favor da produção de
serviço, são aí admitidos colaboradores de variada procedência, escalonados em
classes diversas.
Todos são chamados pela obra a
fazer, a fim de conjugarem esforços dentro das finalidades da instituição a que
se ajustam.
Entretanto, raros se portam à
altura dos compromissos que assumem.
Muitos deles devoram o tempo,
renovando indagações incessantes acerca dos problemas comezinhos da casa, a
pretexto de recolherem esclarecimentos e diretrizes.
São os servos ociosos.
Outros muitos confiam-se à
irascibilidade e à cólera, arrojando de si os fluídos empestados da indisciplina
com que espalham o fogo da rebelião e o gelo do desânimo, anulando máquinas e
desencorajando os companheiros.
São os servos revoltados.
Muitos ainda entregam-se ao
culto da lisonja, abandonando as obrigações que lhes cabem, para tecerem elogios
venenosos à pessoa dos dirigentes, com o fim de lhes subornarem a consciência, à
cata de vantagens materiais.
São os servos bajuladores.
Muitos se refugiam nos
programas extensos, salientando o futuro com discursos brilhantes, nos quais se
reportam a imaginárias realizações, abominando os deveres humildes que
consideram indignos da inteligência que lhes é própria.
Mas há um tipo de cooperador
que indaga pouco e age muito, que cultua a dignidade pessoal sem descer aos
desvarios do orgulho, que sustenta o respeito devido à ordem sem se render à
adulação e que traça diretivas de trabalho para cumpri-las, cada dia, ao preço
do próprio amor e da própria renúncia.
Servos desses são aqueles que
o serviço elege por seus diretores, sem qualquer recurso a caprichos
particulares.
Assim, para que te faças
escolhido como sustentáculo na obra da luz e do amor, não basta te consagres a
longas plataformas verbais ou a preciosas promessas da boca, vazias de
substância e sentido.
Antes de tudo, é
imprescindível saibamos escolher a própria luz e o próprio amor como normas de
nossa vida, porque assim, através do constante serviço aos outros, edificaremos
o verdadeiro serviço a nós mesmos em abençoada e permanente ascensão.
F É, P A Z E A M O R - Francisco Cândido Xavier - Emmanuel
Transcrição : Valéria
quarta-feira, 3 de julho de 2013
A verdadeira mudança no Brasil e mundo está dentro de cada um de nós.(...)"o Evangelho é portador de gigantesca transformação do mundo. Destina-se à redenção das massas anônimas e sofredoras. Reformará o caminho dos povos".(...)"– Tomé, os homens deviam entediar-se de revoltas e guerras que começam de fora, espalhando ruína e ódio, crueldade e desespero. Nossa iniciativa redentora verifica-se de dentro para fora..." (...)"– A ordem para nós não é de matar para renovar, mas, sim, de servir para melhorar e elevar sempre...".
a revolução cristã
Irmão X
Ouvindo variadas referências ao novo Reino, Tomé
impressionara-se, acreditando o povo judeu nas vésperas de formidável
renovação política. Indubitávelmente, Jesus seria o orientador supremo do
movimento a esboçar-se pacífico para terminar, com certeza, em choques
sanguinolentos. Não se reportava o Mestre, constantemente, à vontade do
Todo-Poderoso? Era inegável o advento da era nova. Legiões de anjos
desceriam provávelmente dos céus e pelejariam pela independência do povo
escolhido.
Justificando-lhe a expectativa, toda gente se agrupava, em
redor do Messias, registrando-lhe as promessas.
Estariam no limiar da Terra diferente, sem dominadores e
sem escravos.
Submetendo, certa noite, ao Cristo as impressões de que se
via possuído, d’Ele ouviu a confirmação esperada:
– Sem dúvida – explicou o Nazareno –, o Evangelho é
portador de gigantesca transformação do mundo. Destina-se à redenção das
massas anônimas e sofredoras. Reformará o caminho dos povos.
– Um movimento revolucionário! – acentuou Tomé, procurando
imprimir mais largo sentido político a definição.
– Sim – acrescentou o Profeta Divino –, não deixa de ser...
Entusiasmado, o discípulo recordou a belicosidade da raça,
desde os padecimentos no deserto, a capacidade de resistência que
assinalava a marcha dos israelitas, a começar de Moisés, e indagou sem
rebuços:
– Senhor, confiar-me-ás, porventura, o plano central do
empreendimento?
Dirigiu-lhe Jesus significativo olhar e observou:
– Amanhã, muito cedo, iremos ambos ao monte, marginando as
águas. Teremos talvez mais tempo para explicações necessárias.
Intrigado, o apostolo aguardou o dia seguinte e, buscando
ansioso a companhia do Senhor, muito antes do sol nascente, em casa de
Simão Pedro, com surpresa encontrou-o à espera dele, a fim de jornadearem
sem detenha.
Não deram muitos passos e encontraram pobre pescador
embriagado a estirar-se na via pública. O Messias parou e acercou-se do
mísero, socorrendo-o.
– Que é isto? – clamou Tomé, enfadado – este velho diabo e
Jonas, borracho renitente. Para que ajudá-lo? Amanhã, estará deitado aqui
ás mesmas horas e nas mesmas condições.
O Companheiro Celeste, todavia, não lhe aceitou o conselho
e redargüiu:
– Não te sinto acertado nas alegações. Ignoras o princípio
da experiência de Jonas. Não sabes por que fraqueza se rendeu ele ao
vicio. É enfermo do espírito, em estado grave: seus sofrimentos se agravam
à medida que mergulha no lamaçal. Realmente vive reincidindo na falta.
Entretanto, não consideras razoável que o serviço de escorro exige também
o ato de começar?
O aprendiz não respondeu, limitando-se a cooperar na
condução do bêbado para lugar seguro, onde caridoso amigo se dispôs a
fornecer-lhe lume e pão.
Retomavam a caminhada, quando pobre mulher, a toda pressa,
veio implorar ao Messias lhe visitasse a filhinha em febre alta.
Acompanhado pelo discípulo, o Salvador orou, ao lado da
pequenina confiante, abençoou-a e restituiu-lhe a tranqüilidade ao corpo.
Iam saindo de Cafarnaum, mas foram abordados por três
senhoras de aspecto humilde que desejavam instruções da Boa-Nova para os
filhinhos. O Cristo não se fez rogado. Prestou esclarecimentos simples e
concisos.
Ainda não havia concluído aquele curso rápido de Evangelho
e Jafé, o cortador de madeira, veio resfolegante suplicar-lhe a presença
no lar, porque um filho estava morto e a mulher enlouquecera.
O Emissário de Deus seguiu-o sem pestanejar, à frente de
Tomé silencioso. Reconfortou a mãezinha desvairada, devolvendo-a ao
equilíbrio e ensinou à casa perturbada que a morte, no fundo, era a
vitória da vida.
O serviço da manhã absorvera-lhes o tempo e, assim que se
puseram a caminho, em definitivo, eis que uma anciã semi-paralítica pede o
amparo do Amigo Celestial. Trazia a perna horrivelmente ulcerada e
dispunha apenas de uma das mãos.
O messias acolhe-a, bondoso. Solicita o concurso do
apóstolo e condu-la a sítio vizinho, onde lhe lava as feridas e deixa-a
convenientemente asilada.
Prosseguindo viagem para o monte, mestre e discípulo foram
constrangidos a atender mais de cinqüenta casos difíceis, lenindo o
sofrimento, semeando o bom ânimo, suprimindo a ignorância e espalhando
lições de esperança e iluminação. Sempre rodeados de cegos e loucos,
leprosos e aleijados, doentes e aflitos, mal tiveram tempo de fazer
ligeiro repasto de pão e legumes.
Quando atingiram o objetivo, anoitecera de todo. Estrelas
brilhavam distantes. Achavam-se exaustos.
Tomé, que mostrava os pés sangrentos, enxugou o suor
copioso e rendeu graças a Deus pela possibilidade de algum descanso. A
fadiga, porém, não lhe subtraíra, a curiosidade. Erguendo para o Cristo
olhar indagador, inquiriu :
– Senhor, dar-me-ás agora a chave da conspiração
libertadora?
O divino interpelado esclareceu, sem vacilações :
– Tomé, os homens deviam entediar-se de revoltas e guerras
que começam de fora, espalhando ruína e ódio, crueldade e desespero. Nossa
iniciativa redentora verifica-se de dentro para fora. Já nos achamos em
plena revolução evangélica e o dia de hoje, com os abençoados deveres que
nos trouxe, representa segura resposta à indagação que formulaste.
Enquanto houver preponderância do mal, a traduzir-se em aflições e trevas,
no caminho dos homens, combateremos em favor do triunfo supremo do bem.
E, ante o discípulo desapontado, concluiu :
– A ordem para nós não é de matar para renovar, mas, sim,
de servir para melhorar e elevar sempre.
Tomé passou a refletir maduramente e nada mais perguntou.
Livro “Luz Acima”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
terça-feira, 2 de julho de 2013
PREVENÇÃO CONTRA O SUICÍDIO
PREVENÇÃO CONTRA O
SUICÍDIO
Emmanuel
Quando a idéia de suicídio, porventura, te assome à cabeça, reflete, antes
de tudo, na Infinita Bondade de Deus, que te instalou na residência
planetária, solidamente estruturada, a fim de sustentar-te as segurança no
Espaço Cósmico.
Em seguida, ora, pedindo socorro aos Mensageiros da Providencia Divina.
Medita no amor e na necessidade daqueles corações que te usufruem a
convivência. Ainda que não lhes conheças, de todos, o afeto que te consagram
e embora a impossibilidade em que te reconheces para medir quanto vales para
cada um deles, é razoável ponderes quantas lesões de ordem mental lhes
causarias com a violência praticada contra ti mesmo.
Se a idéia perniciosa continua a torturar-te, mesmo que te sintas doente,
refugia-te no trabalho possível, em que te mostres útil aos que te cercam.
Visita um hospital, onde consigas avaliar as vantagens de que dispões, em
confronto com o grande número de companheiros portadores de moléstias
irreversíveis.
Vai pessoalmente ao encontro de algum instituo beneficente, a que se
recolhem irmãos necessitados de apoio total, para os quais alguns momentos
de diálogo amigo se transformam em preciosa medicação.
Lembra-te de alguém que saibas em penúria e busca avistar-te com esse
alguém, procurando aliviar-lhe a carga de aflição.
Comparece espontaneamente aos contatos com amigos reeducandos que se
encontrem internados em presídios do teu conhecimento, de maneira a
prestares a esse ou aquele algum pequenino favor.
Não desprezes a leitura de alguma página esclarecedora, capaz de renovar-te
os pensamentos.
Entrega-te ao serviço do bem ao próximo, qualquer que ele seja e faze
empenho em esquecer-te, porque a voluntária destruição de tuas
possibilidades físicas, não só representa um ato de desconsideração para com
as bênçãos que te enriquecem a vida, como também será o teu recolhimento
compulsório à intimidade de ti mesmo, no qual, por tempo indefinível,
permanecerás no envolvimento de tuas próprias perturbações.
Livro-
“Pronto Socorro” – Autor – Emmanuel – Psicografia – Francisco Candido
Xavier.
Digitado
por Doris Day.
sábado, 8 de junho de 2013
TAREFEIROS DA DOUTRINA(...)"“Guiar-se pela misericórdia e não pela crítica” está se referindo à crítica negativa que nasce do orgulho e não à crítica positiva que brota espontânea e necessária do julgamento imparcial e fraterno, objetivando corrigir e portanto ajudar. ...
TAREFEIROS DA DOUTRINA
Francisco Cândido Xavier
Em nossa reunião eram, muitas as considerações em torno dos
companheiras encarregados da divulgação do Espiritismo. As opiniões eram
as mais diversas, quando as tarefas foram iniciadas.
O Evangelho Segundo o Espiritismo nos ofereceu o item 5 do
capítulo XX, sobre os tarefeiros da nossa Doutrina de amor e luz. E o
nosso caro Emmanuel, como sempre sucede, comentou o apontamento em estudo
na página Legendas do Obreiro da Verdade.
LEGENDAS DO OBREIRO DA VERDADE
Emmanuel
Compreender que as necessidades e as esperanças dos outros
são fundamentalmente iguais às nossas.
Auxiliar sem exigir que o beneficiado nos tome as idéias.
Reconhecer que a Divina Providencia possui estradas
inúmeras para socorrer as criaturas e iluminá-las.
Aprender a tolerar com paciência as pequenas humilhações, a
fim de prestar os grandes testemunhos de sacrifício pessoal que a Causa da
Verdade lhe reclamará possivelmente algum dia.
Esquecer-se pela obra que realiza.
Guiar-se pela misericórdia e não pela critica.
Abençoar sem reprovar.
Construir ou reconstruir, sem ofender ou condenar.
Trabalhar sempre sem o propósito de ser ou parecer o maior
ou o melhor ante os demais.
Cultivar ilimitadamente a cooperação e a caridade.
Coibir-se de irritação e de azedume.
Agir sem criar problemas.
Observar que sem a disciplina individual no campo do bem, a
prática do bem se faz impossível.
Respeitar a personalidade dos companheiros.
Encontrar ocasião para atender à benção da prece.
Deter-se nas qualidades nobres e olvidar as prováveis
deficiências do próximo.
Valorizar o esforço alheio. Nunca perder tempo.
Apagar inimizades ou discórdias através da desculpa
fraterna e do serviço constante que devemos uns aos outros.
Criar oportunidades de trabalho para si, ajudando aos
outros no sentido de descobrirem as oportunidades de trabalho que lhe
digam respeito à capacidade e às possibilidades de realização, conservando
em tudo a certeza inalterável de que toda pessoa é importante na
edificação do Reino de Deus.
TODOS SÃO IMPORTANTES
Irmão Saulo
Somos iguais perante a seara, porque somos todos iguais
perante o Senhor da Seara. Deus não faz acepção de pessoas, nem de
posições e muito menos de instituições. O item 5 do capítulo XX de O
Evangelho Segundo o Espiritismo estabelece esta condição essencial:
“Felizes os que tiverem trabalhado o campo do Senhor com desinteresse e
movidos apenas pela caridade”. Emmanuel conclui a sua mensagem lembrando
“que toda pessoa é importante na edificação do Reino de Deus”.
Querer que não haja discordâncias entre os que trabalham na
divulgação e na sustentação da Doutrina seria acalentar quimeras. Cada
consciência humana, como ensina Hubert, é um ponto na correnteza da
duração. Cada um de nós está colocado num ângulo determinado do eterno
fluir da realidade. Cada qual, portanto, tem a sua maneira própria de ver
as coisas.
O Espiritismo nos ensina que nos completamos uns aos outros
pelas nossas diferenças. Mas se diferimos nos acessórios, concordamos
sempre no essencial. Por isso mesmo a caridade – que é o amor em ação –
deve eliminar as arestas do nosso personalismo, ensinando-nos que todos
somos importantes na busca e na conquista da verdade.
Claro que não devemos concordar com tudo e tudo aprovar em
silêncio, pois a tolerância de acomodação equivale a cumplicidade com o
erro. A crítica maldosa e orgulhosa, que condena tudo o que é feito pelos
outros, é a negação da caridade. Mas ai de nós se suprimirmos a crítica do
meio espírita! Porque é ela, quando sensata e sincera, a prática da
vigilância que Jesus ensinou e Paulo exemplificou. Como utilizar o “crivo
da razão”, de que nos fala Kardec, se abdicarmos do direito de pensar que
mais do que um direito é um supremo dever do espírito?
Quando Emmanuel diz: “Guiar-se pela misericórdia e não pela
crítica” está se referindo à crítica negativa que nasce do orgulho e não à
crítica positiva que brota espontânea e necessária do julgamento imparcial
e fraterno, objetivando corrigir e portanto ajudar. O lema “Valorizar o
esforço alheio” não implica a valorização dos erros e dos enganos do
próximo, mas o reconhecimento dos esforços feitos por todos a favor da
causa comum. Todos precisamos de misericórdia, mas a misericórdia, como
Deus nos mostra em sua lei de ação e reação, não é a aprovação de erros e
ilusões – e sim a correção e o esclarecimento.
Do livro "Astronautas do Além", de Francisco Cândido Xavier
e J.Herculano Pires - Espíritos diversos
Do livro "Astronautas do Além", de Francisco Cândido Xavier
e J.Herculano Pires - Espíritos diversos
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quinta-feira, 28 de março de 2013
Não andeis cuidadosos de vossa vida...
Não andeis cuidadosos de vossa vida...
Artigo extraído do livro "O Sermão da Montanha" - FEB - 7ª Edição - 6/1989.
“ Não andeis cuidadosos de vossa vida, pelo que haveis de comer, nem do vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é mais a alma que a comida, e o corpo mais que o vestido?Olhai para as aves do céu, que não semeiam nem segam, nem fazem provimento nos celeiros, e, contudo vosso Pai Celestial as sustenta. Porventura não sois muito mais do que elas?
E por que andais solícitos pelo vestido? Considerai como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem fiam; entretanto, nem Salomão em toda a sua glória se cobriu jamais como um deles.
Pois se ao feno do campo, que hoje existe e amanhã é lançado no forno, Deus veste assim, quanto mais a vós, homens de pouca fé?
Não vos aflijais, pois, dizendo: que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos cobriremos? Por que os gentios é que se cansam por essas coisas. Vosso Pai sabe que tendes necessidade de todas elas”. (Mateus, 6:25-32).
O texto que encima estas linhas, longe do que possa parecer à primeira vista, não é uma exaltação à ociosidade. Interpretá-lo “ao pé da letra”, supondo nos seja lícito cruzar os braços, à espera de que a Providência nos forneça tudo o de que precisamos, sem qualquer esforço de nossa parte, fora grande estultícia.
O trabalho é o instrumento de nossa auto-realização: o suprimi-lo equivaleria a sustar o progresso individual e, conseqüentemente, a evolução da Humanidade.
Além disso, é ordenação divina que “o homem deve prover ao seu sustento com o suor do seu rosto”, chegando o apóstolo Paulo a declarar que “quem não trabalha não deve comer”.
Essas palavras de Jesus são, pois, isto sim, um incitamento a que tenhamos fé em Deus, nosso Pai Celestial, confiemos em Sua bondade infinita e não invertamos a hierarquia dos valores, preocupando-nos mais (ou só) com a conquista dos bens materiais, sem dar a devida atenção à nossa edificação espiritual.
De fato, Aquele que nos deu a vida sabe que precisamos de alimentos para a subsistência de nosso corpo, assim como de vestimenta para cobri-lo e resguardá-lo das intempéries.
E porque nos tem amor maior do que o amor que temos a nós próprios, não se limita a prover-nos meramente de quanto nos seja indispensável à existência, mas esparge a mancheias, por toda parte, traços de beleza e cânticos de alegria, a fim de que nossa jornada neste mundo se torne mais suave e mais prazerosa.
As flores gráceis e perfumadas, as árvores frondosas e amigas, as aves com suas plumagens policrômicas e álacres gorjeios, são bênçãos maravilhosas com que Deus envolve a todos os Seus filhos, para ensinar-nos que assim também devemos proceder uns com os outros, fazendo cada qual quanto lhe seja possível para a alegria e a felicidade de todos.
Aprofundando a explicação, Jesus nos esclarece: “Olhai as aves do céu, que não semeiam nem ceifam, não amontoam nos celeiros e, no entanto, o Pai Celestial as alimenta. Não valeis muito mais do que elas?”.
É como se nos dissesse:
Por que tanto vos inquietais com “o vosso futuro?” Por que a obsessão de acumular mais do que podeis consumir? Não percebeis que aquilo que retendes, em demasia, vai causar a fome e a miséria de vossos irmãos? Não notastes ainda que o egoísmo é a fonte de quase todos os males que perturbam e afligem a Humanidade?
Vivei como os pássaros: joviais e despreocupados, na certeza de que, seguindo o preceito evangélico do “buscai e achareis”, sempre obtereis o de que precisais.
Não vos convencestes ainda da munificência divina? Contemplai, então, os lírios do campo: “Eles não trabalham nem fiam; não obstante, nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu com tanta graça e formosura”.
Crede: Deus é nosso Pai, e, se demonstra cuidado com as aves e as flores, que, na escala evolutiva, estão muito abaixo de vós, quanto mais desvelo, quanto mais carinho, não há de ter para convosco?
Não vos martirizeis, portanto, pelo que haveis de comer ou beber, nem pelo que haveis de vestir, porque não fostes colocados na Terra apenas para isso, mas para que aprendais a viver segundo as leis da bondade e da justiça...
Tal – assim nos parece – o verdadeiro sentido desta preciosa lição do Mestre dos mestres.
sexta-feira, 22 de março de 2013
Educar-se Para Educar. "(...)Como poderemos orientar, dirigir, indicar o caminho a quem quer que seja, se ainda não o trilhamos? Daí a necessidade imperiosa do nosso trabalho de auto-educação. Só quem ama é capaz de emitir vibrações de amor e, portanto, de educar na Escola Edificante da Vida..." , (...)Nenhum de nós poderá pretender ser Educador, se não se educar a si mesmo. Mas também é inegável que todo aquele que fala, que escreve, que exerce faculdades mediúnicas, que pretende doutrinar e convencer Espíritos obsessores, que colabora nas Escolas de Evangelização Espírita, nas Juventudes e Mocidades ou em outras agremiações religiosas, desempenha função educativa intencional, e tem, portanto, maior responsabilidade, bem como corre mais risco de se transformar em cego, condutor de cegos..."
Educar-se Para Educar
PASSOS LÍRIO
“Jesus é o nosso Divino Mestre. Eduquemo-nos com Ele, a fim de podermos realmente educar.”
Emmanuel
.
Todos nós, ainda que inconscientemente, exercemos ação educativa ou, ao
contrário,deseducativa sobre outrem.
Nossas atitudes, nossas ações, os conceitos que emitimos (pela palavra falada ou escrita), nossas realizações em todo e qualquer campo de atividade constituem influências que estamos
exercendo sobre os indivíduos e a sociedade e, por vezes, até mesmo sobre a posteridade.
exercendo sobre os indivíduos e a sociedade e, por vezes, até mesmo sobre a posteridade.
Podemos, então, exercer influência positiva ou negativa, o que firmará uma
das espécies de responsabilidade com que teremos de arcar.
Tudo isto, considerando a influência educativa ocasional, não intencional nem
sistemática. Teremos, a considerar, ainda, a ação educativa intencional exercida
por aqueles que têm o propósito de educar.
Procurar educar é pretender dar direção e sentido aos fatores inerentes ao
educando. A própria representação gráfica da palavra, na linguagem primitiva, tem
este significado ( conduzir , em latim, e dirigir , em grego). Quem se propõe a educar,
propõe-se, portanto, a orientar, a dirigir outrem ou alguém.
Como poderemos orientar, dirigir, indicar o caminho a quem quer que seja, se
ainda não o trilhamos?
Daí a necessidade imperiosa do nosso trabalho de auto-educação. Só quem
ama é capaz de emitir vibrações de amor e, portanto, de educar na Escola Edificante
da Vida. Só quem possui equilíbrio interior é capaz de educar na Escola doDomínio
de Si Mesmo, de ajudar alguém nessa prática. Só quem detém capacid ade de renúncia e
sacrifício dispõe de força bastante para educar em tal Escola.
da Vida. Só quem possui equilíbrio interior é capaz de educar na Escola doDomínio
de Si Mesmo, de ajudar alguém nessa prática. Só quem detém capacid ade de renúncia e
sacrifício dispõe de força bastante para educar em tal Escola.
Acresce, ainda, a circunstância de que, quanto maior for a rebeldia do educando,
quanto mais ele for vazio dos sentimentos que pretendemos edificar, tanto maior
intensidade de tais sentimentos será necessária ao educador, para que logre êxito.
É por isso que os alunos ou os filhos rebeldes constituem um desafio perm anente a quem
pretende se consagrar a semelhante mister.
pretende se consagrar a semelhante mister.
Nem foi por outro motivo que Deus, Pai de Misericórdia, nos enviou Jesus,
todo pureza, para educar Espíritos como nós outros, tão endurecidos no mal. Precisamente
por isso é que para nós, espiritistas cristãos, o Mestre terá de ser só, prioritariamente e sempre,
Jesus.
por isso é que para nós, espiritistas cristãos, o Mestre terá de ser só, prioritariamente e sempre,
Jesus.
Vem a pêlo relembrarmos a passagem evangélica referente à cura de um lunático, para cuja obtenção os discípulos não lograram êxito. Consultado o Mestre
sobre o porquê do fracasso, Ele disse: “por causa da vossa pouca fé”; mas enfatizou: “esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum ”. (Lucas, 17:14-23.)
Depreendemos, da palavra de Jesus, não disporem ainda os discípulos de
suficiente preparo espiritual imprescindível ao sucesso de tal cometimento, ou seja,
carência de virtudes na formação da estrutura de suas personalidades, que então
lhes possibilitassem serbem-sucedidos.
No fundo, faltava a eles eficiente lastro de auto-educação.1
No fundo, faltava a eles eficiente lastro de auto-educação.1
Nenhum de nós poderá pretender ser Educador, se não se educar a si mesmo.
Mas também é inegável que todo aquele que fala, que escreve, que exerce faculdades
mediúnicas, que pretende doutrinar e convencer Espíritos obsessores,
que colabora nas Escolas de Evangelização Espírita, nas Juventudes e Mocidades
ou em outras agremiações religiosas, desempenha função educativa intencional, e
tem, portanto, maior responsabilidade, bem como corre mais risco de se transformar em
cego, condutor de cegos. Donde a imperiosa e prioritária opção de colocar
cego, condutor de cegos. Donde a imperiosa e prioritária opção de colocar
a Educação acima de qualquer dessas e de outras atividades, ou melhor, de bem
aproveitá-las todas, como valiosos estímulos e imperdíveis oportunidades educativas para nós mesmos.
Oportunidades educativas... como? dentro de que padrões? em que Escola?
com que Mestre?
É a tais inquirições que
Emmanuel vem de nos responder: “Jesus é o nosso
Divino Mestre. Eduquemo-nos com Ele, a fim de podermos realmente educar.”
Revista O Reformador julho de 2000
Revista O Reformador julho de 2000
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sexta-feira, 8 de março de 2013
OBSESSORES TERRÍVEIS
04/03/2013
OBSESSORES TERRÍVEIS
Antes
de lançares sobre os desencarnados a culpa pelos males e aflições que,
tantas vezes, padeces na existência carnal, medita na ação dos obsessores terríveis que, em ti mesmo, acalentas, sequer cogitando de sua perniciosa influência.
Tais entidades espirituais,
embora sejam tão invisíveis quanto às outras que afirmas te rondarem os
passos, costumam ser mais presentes em tua existência que os pobres
desencarnados que, indebitamente, rotulas de perturbadores, quando, na
maioria das vezes, não passam de criaturas necessitadas de tuas preces.
De maneira sucinta, listaremos abaixo tais agentes das trevas que, habitualmente, se fazem mais presentes em teu dia a dia, sem que tomes qualquer providência para deles te libertar.
Ódio – sob a sua ação funesta és capaz de tomar atitudes altamente comprometedoras de tua paz e felicidade.
Inveja –
a sua força pode ser tão avassaladora sobre ti que, debaixo de sua
sugestão hipnótica, corres o risco de deixar de viver a tua própria vida
para viver a vida dos outros.
Ciúme – no campo do relacionamento humano, já se perdeu a conta do número de vítimas feitas por esse espírito que tem o estranho poder de anular o discernimento de quem por ele é possuído.
Egoísmo –
exige exclusividade e, igualmente, não se sabe quantos por ele vivem em
regime de completa subjugação moral, a ponto de anular quase todas as
possibilidades de crescimento espiritual da criatura a que se enlaça.
Desânimo –
atuando com sutileza, suscita infindáveis questionamentos a respeito do
que vale ou deixa de valer a pena, em matéria de esforço, e, não raro,
se transfigura em depressão e descrença.
Revolta – a dor que esta entidade
costuma provocar na alma em que se aloja é tão grande, que,
infelizmente, só poderá ser desalojada com o auxílio de uma dor maior
ainda.
Ociosidade – aparentemente inofensivo, porém, autêntico lobo em pele de ovelha, este obsessor é o que mais bem sabe se disfarçar e, assim, enganar aqueles que se comprazem em sua companhia.
Ambição – dos agentes das trevas,
este, talvez, seja o mais inconsequente de todos, porque, em verdade,
enquanto não leva a sua vítima para o túmulo não lhe concede trégua.
Muitos outros obsessores deste naipe, em falanges inumeráveis, óbvio, poderiam ser aqui ainda listados: orgulho, desfaçatez, sensualidade, cupidez, mentira, maledicência, leviandade...
Não
obstante, crendo ter cumprido com o papel de denunciá-los, vamos
parando por aqui, não sem antes afirmar que estes quadros de obsessão, para
os quais quase ninguém cogita de tratamento espiritual sério, através,
principalmente, da desobsessão no trabalho da Caridade, são os
responsáveis por 90% dos desastres cuja culpa os homens encarnados acham
muito mais fácil atribuir aos infelizes desencarnados que, também,
tombaram sob o seu talante.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 4 de março de 2013.
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Vícios
quinta-feira, 7 de março de 2013
III - O QUE SE PODE TRANSFORMAR INTIMAMENTE- Vícios
01 - OS VÍCIOS
"Entre
os vícios, qual o que podemos considerar radical?- Já o dissemos
muitas vezes: o egoísmo. Dele se deriva todo o mal Estudai todos os vícios
e vereis que no fundo de todos existe egoísmo. Por mais que luteis contra
eles, não chegareis a extirpá-los enquanto não os atacardes
pela raiz, enquanto não lhes houverdes destruído a causa. Que
todos os vossos esforços tendam para esse fim, porque nele se encontra
a verdadeira chaga da sociedade. Quem nesta vida quiser se aproximar da perfeição
moral, deve extirpar do seu coração todo sentimento de egoísmo,
porque o egoísmo é incompatível com a justiça, o
amor e a caridade: ele neutraliza todas as outras qualidades. " (Allan
Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Terceiro. Capitulo XII. Perfeição
Moral. Pergunta 913.)
Vamos ao encontro de alguns dos condicionamentos e dependências os seres humanos apresentam mais comumente. Certamente o conhecimento desses vícios nos colocará em confronto com eles e nos dará ensejo a uma aferição de como estamos situados os homens em geral. Ninguém, na nossa sociedade, é criticado, ou rejeitado, pelo fato de fumar, beber, jogar, comer bem ou ter suas aventuras sexuais. Tudo isso já foi até mesmo consagrado como natural e, portanto, aceito amplamente como "costumes da época".
Estamos
alheios aos perigos e às consequências que os citados hábitos
nos acarretam. Além disso, os meios de comunicação estão
abertos, sem restrições, à propaganda envolvente e maciça
que induz a humanidade ao fumo, ao álcool, ao jogo, à gula e ao
sexo. É inacreditável como a sociedade parece se deixar mansamente
conduzir, sem a menor reação coletiva, a tão perniciosos
incentivos, difundidos por todos os meios.
Em alguns países já há restrições à propaganda de bebidas alcoólicas e de marcas de cigarros, o que representa alguma reação a esses produtos de consumo. No entanto, são igualmente produtos de consumo as revistas e os filmes que exploram o uso indiscriminado das funções sexuais e estimulam o erotismo, produtos esses que se constituem em agentes contaminadores do comportamento moral do homem, que nos induzem ao viciamento das idéias pelo desejo de satisfações ilusórias, fragmentando a resistência ao prazer inconsistente e enfraquecendo os laços das uniões conjugais bem formadas.
Os chamados "hotéis de alta rotatividade" multiplicam-se nos arredores das capitais brasileiras, comprovando a crescente onda da "liberdade sexual", resultado da enganosa suposição de que todas as nossas insatisfações possam ser solucionadas apenas por atos sexuais. Deixamos de abordar aqui o problema dos tóxicos, que são disseminados principalmente entre os jovens, levando-os às mais trágicas e dolorosas experiências, enquanto enriquecem as secretas organizações que manipulam o submundo dos traficantes. Explorados são os moços, precisamente no que diz respeito aos seus desajustes e carências, iludidos por aqueles aproveitadores que os enganam, oferecendo soluções fáceis, acorrentando-os em processos difíceis de recuperação.
Outro entorpecente e agente enganoso do homem é o jogo. O que se tem arrecadado das loterias demonstra o nível de preocupação do nosso trabalhador, que busca fora de si a sorte e o enriquecimento rápido. Ficam a imaginar em detalhes o que seria feito com o dinheiro ganho, centralizando nele a razão principal do que se pode pretender na vida. Mais sonhos e quimeras que apenas alimentam as consciências inadvertidas, desconhecedoras de que as dificuldades existem para desenvolver as potencialidades do nosso espírito, a capacidade de lutar e vencer com esforço próprio. Raramente encontramos campanhas ou propagandas esclarecedoras dos malefícios do fumo, do álcool, do jogo, da gula, dos abusos do sexo e dos prejuízos do tóxico.
Condicionada como está a tantos vícios, de que modo entrará a humanidade na nova fase do progresso moral preceituada por Kardec?
É impraticável conciliar aquele ensinamento com a enorme propagação dos vícios, que envolve cada vez mais as criaturas de todas as idades, incentivando os prazeres individuais sem qualquer senso de responsabilidade e nenhuma preocupação com suas consequências. Parece-nos sensato que deveríamos esperar exatamente o contrário, isto é, a crescente valorização dos homens pelos exemplos no bem e nas atitudes nobres, compatíveis com um clima de respeito ao próximo, de solidariedade humana, de zelo ao patrimônio orgânico e ao manancial de energias procriadoras que detemos.
Numa análise realista, para mudar os rumos da humanidade nesses dias em que pouco se entende da natureza espiritual do homem e da sua destinação além-túmulo, é de se esperar grandes transformações. Mas de que forma? Será que esse desejado progresso moral cairá dos céus sem qualquer esforço nosso? É evidente que será edificado pelos homens de boa vontade, pelos trabalhadores das últimas horas, pelos poucos escolhidos dos que possam restar dos muitos já chamados, pelos Aprendizes do Evangelho que resistirem ao mal e souberem enfrentar não mais as feras e as fogueiras dos circos romanos, porém as feras dos próprios instintos animais e o fogo da agressividade que precisamos atenuar, controlar e transformar.
E para superarmos os defeitos mais enraizados no nosso espírito precisamos fortalecer a nossa vontade, iniciando com a luta por eliminar os vícios mais comuns. Ninguém conseguirá vencer essa batalha se não estiver se preparando para enfrentá-la. Essa condição, no entanto, não se consegue sem trabalho, sem testemunho da vontade aplicada. É, sem dúvida, conquista individual que se pode progressivamente cultivar.
A - A IMAGINAÇÃO NOS VÍCIOS
A criatividade representa, no ser inteligente, um dos seus mais importantes atributos. Pela imaginação penetramos nos mais insondáveis terrenos das idéias. Dirigimos vôos ao infinito, descobrimos os véus no mundo da física, da Química, da Anatomia, da Fisiologia, fazemos evoluir as Ciências, criamos as invenções, desenvolvemos as artes e constatamos o espírito. Essa imaginação, por outro lado, tem sido mal conduzida pelo homem, tanto de modo consciente quanto por desejos inconscientes, levando-o a muitos dissabores, contrariedades, sofrimentos e outras consequências graves.
A capacidade mental do homem está condicionada ao alcance da sua imaginação e ao uso que dela faz no seu mundo íntimo. A faculdade de pensar apresenta uma característica dinâmica, que nos proporciona, pelas experiências acumuladas, a percepção sempre mais ampla da nossa realidade interior e do mundo que nos cerca, num crescente evoluir. Desse modo, as nossas experiências, em todas as áreas, servem de referência para novas e constantes mudanças. Nunca regredimos. Quando muito, momentaneamente estacionamos em alguns aspectos particulares, mas nos demais campos de aprendizagem realizamos avanços. É como num ziguezague mais ou menos tortuoso que vamos caminhando na nossa trajetória evolutiva, porém sempre na direção do tempo, que jamais se altera no sentido do seu avanço.
O homem, pela sua imaginação, cria as suas carências, envolve-se nos prazeres, absorve-se nas sensações e perde-se pelos torvelinhos do interesse pessoal. Cristaliza-se, por tempos, nos vícios que a sua própria inteligência criou, necessidades da sua condição inferior, que ainda se compraz nos instintos, reflexos da animalidade atuante em todos nós encarnados. O ser pensante sabe os males que lhe causam o fumo, o álcool, o jogo, a gula, os abusos do sexo, os entorpecentes, embora proporcionem instantes de fictício prazer e preenchimento daquelas necessidades que a sua mente plasmou.
Tornam-se, então, hábitos repetitivos, condicionamentos que comodamente aceitamos muitas vezes sem quaisquer reações contrárias. Quem conseguiria justificar com razões evidentes as necessidades de fumar, de beber, de jogar, de comer demasiado, e da prática livre do sexo? O organismo humano se adapta às cargas dos tóxicos ingeridos e o psiquismo fixa-se nas sensações. Na falta delas, o próprio organismo passa a exigir, em forma de dependências, as doses tóxicas ou as cargas emocionais às quais se habituara, e a criatura não consegue mais libertar-se; fica viciada. Sente-se, então, incapaz de agir e prossegue sem esforço, contaminando o corpo e a alma, escravizando-se inapelavelmente aos horrores do desequilíbrio e da enfermidade.
Transfere da vida presente para a subsequente certos reflexos ou impregnações magnéticas que o perispírito guarda pelas imantações recebidas do próprio corpo físico e do campo mental que lhe são peculiares. As predisposições e as tendências se transportam, de alguma forma, para a nova experiência corpórea e, nessas oportunidades de libertação que nos são oferecidas, muitas vezes sucumbimos aos mesmos vícios do passado distante. Admitimos, à luz do Espiritismo, um componente reencarnatório nos vícios, o que de certa forma esclarece os casos crônicos e patológicos provocados pelo fumo, álcool, gula, jogo e pelas aberrações sexuais. Raramente estamos sozinhos nos vícios. Contamos também com as companhias daqueles que se servem dos mesmos males, tanto encarnados como desencarnados, em maior ou menor intensidade de sintonia, funcionando como fator de indução à prática dos vícios que ambos usufruem.
Em alguns países já há restrições à propaganda de bebidas alcoólicas e de marcas de cigarros, o que representa alguma reação a esses produtos de consumo. No entanto, são igualmente produtos de consumo as revistas e os filmes que exploram o uso indiscriminado das funções sexuais e estimulam o erotismo, produtos esses que se constituem em agentes contaminadores do comportamento moral do homem, que nos induzem ao viciamento das idéias pelo desejo de satisfações ilusórias, fragmentando a resistência ao prazer inconsistente e enfraquecendo os laços das uniões conjugais bem formadas.
Os chamados "hotéis de alta rotatividade" multiplicam-se nos arredores das capitais brasileiras, comprovando a crescente onda da "liberdade sexual", resultado da enganosa suposição de que todas as nossas insatisfações possam ser solucionadas apenas por atos sexuais. Deixamos de abordar aqui o problema dos tóxicos, que são disseminados principalmente entre os jovens, levando-os às mais trágicas e dolorosas experiências, enquanto enriquecem as secretas organizações que manipulam o submundo dos traficantes. Explorados são os moços, precisamente no que diz respeito aos seus desajustes e carências, iludidos por aqueles aproveitadores que os enganam, oferecendo soluções fáceis, acorrentando-os em processos difíceis de recuperação.
Outro entorpecente e agente enganoso do homem é o jogo. O que se tem arrecadado das loterias demonstra o nível de preocupação do nosso trabalhador, que busca fora de si a sorte e o enriquecimento rápido. Ficam a imaginar em detalhes o que seria feito com o dinheiro ganho, centralizando nele a razão principal do que se pode pretender na vida. Mais sonhos e quimeras que apenas alimentam as consciências inadvertidas, desconhecedoras de que as dificuldades existem para desenvolver as potencialidades do nosso espírito, a capacidade de lutar e vencer com esforço próprio. Raramente encontramos campanhas ou propagandas esclarecedoras dos malefícios do fumo, do álcool, do jogo, da gula, dos abusos do sexo e dos prejuízos do tóxico.
Condicionada como está a tantos vícios, de que modo entrará a humanidade na nova fase do progresso moral preceituada por Kardec?
É impraticável conciliar aquele ensinamento com a enorme propagação dos vícios, que envolve cada vez mais as criaturas de todas as idades, incentivando os prazeres individuais sem qualquer senso de responsabilidade e nenhuma preocupação com suas consequências. Parece-nos sensato que deveríamos esperar exatamente o contrário, isto é, a crescente valorização dos homens pelos exemplos no bem e nas atitudes nobres, compatíveis com um clima de respeito ao próximo, de solidariedade humana, de zelo ao patrimônio orgânico e ao manancial de energias procriadoras que detemos.
Numa análise realista, para mudar os rumos da humanidade nesses dias em que pouco se entende da natureza espiritual do homem e da sua destinação além-túmulo, é de se esperar grandes transformações. Mas de que forma? Será que esse desejado progresso moral cairá dos céus sem qualquer esforço nosso? É evidente que será edificado pelos homens de boa vontade, pelos trabalhadores das últimas horas, pelos poucos escolhidos dos que possam restar dos muitos já chamados, pelos Aprendizes do Evangelho que resistirem ao mal e souberem enfrentar não mais as feras e as fogueiras dos circos romanos, porém as feras dos próprios instintos animais e o fogo da agressividade que precisamos atenuar, controlar e transformar.
E para superarmos os defeitos mais enraizados no nosso espírito precisamos fortalecer a nossa vontade, iniciando com a luta por eliminar os vícios mais comuns. Ninguém conseguirá vencer essa batalha se não estiver se preparando para enfrentá-la. Essa condição, no entanto, não se consegue sem trabalho, sem testemunho da vontade aplicada. É, sem dúvida, conquista individual que se pode progressivamente cultivar.
A - A IMAGINAÇÃO NOS VÍCIOS
A criatividade representa, no ser inteligente, um dos seus mais importantes atributos. Pela imaginação penetramos nos mais insondáveis terrenos das idéias. Dirigimos vôos ao infinito, descobrimos os véus no mundo da física, da Química, da Anatomia, da Fisiologia, fazemos evoluir as Ciências, criamos as invenções, desenvolvemos as artes e constatamos o espírito. Essa imaginação, por outro lado, tem sido mal conduzida pelo homem, tanto de modo consciente quanto por desejos inconscientes, levando-o a muitos dissabores, contrariedades, sofrimentos e outras consequências graves.
A capacidade mental do homem está condicionada ao alcance da sua imaginação e ao uso que dela faz no seu mundo íntimo. A faculdade de pensar apresenta uma característica dinâmica, que nos proporciona, pelas experiências acumuladas, a percepção sempre mais ampla da nossa realidade interior e do mundo que nos cerca, num crescente evoluir. Desse modo, as nossas experiências, em todas as áreas, servem de referência para novas e constantes mudanças. Nunca regredimos. Quando muito, momentaneamente estacionamos em alguns aspectos particulares, mas nos demais campos de aprendizagem realizamos avanços. É como num ziguezague mais ou menos tortuoso que vamos caminhando na nossa trajetória evolutiva, porém sempre na direção do tempo, que jamais se altera no sentido do seu avanço.
O homem, pela sua imaginação, cria as suas carências, envolve-se nos prazeres, absorve-se nas sensações e perde-se pelos torvelinhos do interesse pessoal. Cristaliza-se, por tempos, nos vícios que a sua própria inteligência criou, necessidades da sua condição inferior, que ainda se compraz nos instintos, reflexos da animalidade atuante em todos nós encarnados. O ser pensante sabe os males que lhe causam o fumo, o álcool, o jogo, a gula, os abusos do sexo, os entorpecentes, embora proporcionem instantes de fictício prazer e preenchimento daquelas necessidades que a sua mente plasmou.
Tornam-se, então, hábitos repetitivos, condicionamentos que comodamente aceitamos muitas vezes sem quaisquer reações contrárias. Quem conseguiria justificar com razões evidentes as necessidades de fumar, de beber, de jogar, de comer demasiado, e da prática livre do sexo? O organismo humano se adapta às cargas dos tóxicos ingeridos e o psiquismo fixa-se nas sensações. Na falta delas, o próprio organismo passa a exigir, em forma de dependências, as doses tóxicas ou as cargas emocionais às quais se habituara, e a criatura não consegue mais libertar-se; fica viciada. Sente-se, então, incapaz de agir e prossegue sem esforço, contaminando o corpo e a alma, escravizando-se inapelavelmente aos horrores do desequilíbrio e da enfermidade.
Transfere da vida presente para a subsequente certos reflexos ou impregnações magnéticas que o perispírito guarda pelas imantações recebidas do próprio corpo físico e do campo mental que lhe são peculiares. As predisposições e as tendências se transportam, de alguma forma, para a nova experiência corpórea e, nessas oportunidades de libertação que nos são oferecidas, muitas vezes sucumbimos aos mesmos vícios do passado distante. Admitimos, à luz do Espiritismo, um componente reencarnatório nos vícios, o que de certa forma esclarece os casos crônicos e patológicos provocados pelo fumo, álcool, gula, jogo e pelas aberrações sexuais. Raramente estamos sozinhos nos vícios. Contamos também com as companhias daqueles que se servem dos mesmos males, tanto encarnados como desencarnados, em maior ou menor intensidade de sintonia, funcionando como fator de indução à prática dos vícios que ambos usufruem.
Muitas vezes podemos querer deixar tal ou qual vício, mas aquelas companhias
nos sugestionam, persuadem e induzem. Como "amigos" do nosso convívio,
apelam diretamente, convencendo-nos e arrastando-nos. Como entidades espirituais,
agem hipnoticamente no campo da imaginação, transmitindo as ondas
magnéticas envolventes das sensações e desejos que juntos
alimentamos. Desse modo, ao iniciar o trabalho de extirpar os vícios,
podemos estar dentro de um processo em que os três componentes abordados
se verifiquem, ou seja: a própria imaginação e o organismo
condicionados, a tendência reencarnatória e a persuasão
das companhias visíveis e invisíveis.
B - A TENTAÇÃO NOS VÍCIOS
A somatória dos três componentes citados apresenta-se ao nosso intimo sob a forma de tentações. Interpretamos as tentações como sendo as manifestações de desejos veementes, de impulsos incontidos, a busca desesperada de prazeres ou necessidades que sabemos serem prejudiciais, mas que não estamos suficientemente fortes para conter. As tentações podem surgir em algumas circunstâncias como pela primeira vez, e podem repetir-se por muitas vezes, naqueles estados de ansiedade em que somos irresistivelmente impulsionados a cometer engimos para satisfazer desejos. As primeiras tentações estão, quase sempre, mescladas com a curiosidade, com o desejo de experimentar o desconhecido. Nesses casos, a influência dos já experimentados é, na maioria das vezes, o meio desencadeante dos vícios.
B - A TENTAÇÃO NOS VÍCIOS
A somatória dos três componentes citados apresenta-se ao nosso intimo sob a forma de tentações. Interpretamos as tentações como sendo as manifestações de desejos veementes, de impulsos incontidos, a busca desesperada de prazeres ou necessidades que sabemos serem prejudiciais, mas que não estamos suficientemente fortes para conter. As tentações podem surgir em algumas circunstâncias como pela primeira vez, e podem repetir-se por muitas vezes, naqueles estados de ansiedade em que somos irresistivelmente impulsionados a cometer engimos para satisfazer desejos. As primeiras tentações estão, quase sempre, mescladas com a curiosidade, com o desejo de experimentar o desconhecido. Nesses casos, a influência dos já experimentados é, na maioria das vezes, o meio desencadeante dos vícios.
Alguém
nos leva a praticá-los pela primeira vez quando assim cedemos às
primeiras tentações. Esse procedimento é comum nos fumantes,
nos alcoólatras, nos jogadores de azar, nos drogados, nos masturbadores.
É a imitação que dá origem ao hábito, costume
ou vício. Devemos considerar que todos nós somos tentados aos
vícios e a muitos outros comprometimentos morais. Podemos ceder às
tentações, mas a partir dos primeiros resultados colhidos nas
experiências praticadas podemos nos firmar no propósito de não
repeti-las e de não chegarmos à condição de viciados.
Há também incontáveis ocasiões em que as tentações
nem chegam a nos provocar, porque simplesmente não encontram eco dentro
de nós. Isto é, já atingimos um nível de amadurecimento
ou de consciência em que já não nos sintonizamos mais com
aquelas categorias de envolvimentos ou de atrações. Não
sentimos necessidade de experimentar o que possam nos sugerir; já nos
libertamos, de alguma forma.
C - QUAL O NOSSO OBJETIVO?
Indiscutivelmente, todos nós colhemos, no sofrimento, os frutos amargos dos vícios, cedo ou tarde. Aí, na maioria, as criaturas despertam e começam a luta pela sua própria libertação. Não precisamos, porém, chegar às últimas consequências dos vícios para iniciar o trabalho de auto-descondicionamento. Podemos ganhar um tempo precioso e deliberadamente propormo-nos o esforço de extirpá-los de nós mesmos. É uma questão de ponderar com inteligência e colocar a imaginação a serviço da construção de nós mesmos. Esse é o nosso objetivo: compreender razoavelmente as características dos vícios e buscar os meios para eliminá-los.
Perguntamos: O que o amigo leitor acha que é fundamental em qualquer processo de conquista individual? É o querer? É a vontade posta em prática?É a ação concretizando o ideal?
Primeiro, perguntemos a nós mesmos se queremos deixar mesmo de fumar, de beber, de jogar, e se desejamos controlar a gula, o sexo.
E por quê? Temos razões para isso? O que nos motiva a iniciar esse combate? Será apenas para sermos bonzinhos? Ou teremos razões mais profundas? É claro que sabemos as respostas. O que ainda nos impede de assumirmos novas posições é o apego às coisas materiais, aos interesses pessoais, que visam a satisfazer os nossos sentidos físicos, digamos periféricos, ainda grosseiros e animais, indicativos de imperfeições. É uma questão de opção pessoal, livre e disposta a mudanças. A vontade própria poderá ser desenvolvida, até com pouco esforço; não será esse o problema para a nossa escolha. A questão é decidir e comprometer-se consigo mesmo a ir em frente.
Comecemos, então, por eliminar os vícios mais comuns, aqueles já citados, de conhecimento amplo e de uso social, que apresentaremos detalhadamente nos capítulos seguintes. Coloquemo-nos em posição de renunciar aos enganosos prazeres que os mesmos possam estar nos oferecendo e lutemos! Lutemos com todo o nosso empenho e não voltemos atrás!
D - FAÇA SUA AVALIAÇÃO INDIVIDUAL
C - QUAL O NOSSO OBJETIVO?
Indiscutivelmente, todos nós colhemos, no sofrimento, os frutos amargos dos vícios, cedo ou tarde. Aí, na maioria, as criaturas despertam e começam a luta pela sua própria libertação. Não precisamos, porém, chegar às últimas consequências dos vícios para iniciar o trabalho de auto-descondicionamento. Podemos ganhar um tempo precioso e deliberadamente propormo-nos o esforço de extirpá-los de nós mesmos. É uma questão de ponderar com inteligência e colocar a imaginação a serviço da construção de nós mesmos. Esse é o nosso objetivo: compreender razoavelmente as características dos vícios e buscar os meios para eliminá-los.
Perguntamos: O que o amigo leitor acha que é fundamental em qualquer processo de conquista individual? É o querer? É a vontade posta em prática?É a ação concretizando o ideal?
Primeiro, perguntemos a nós mesmos se queremos deixar mesmo de fumar, de beber, de jogar, e se desejamos controlar a gula, o sexo.
E por quê? Temos razões para isso? O que nos motiva a iniciar esse combate? Será apenas para sermos bonzinhos? Ou teremos razões mais profundas? É claro que sabemos as respostas. O que ainda nos impede de assumirmos novas posições é o apego às coisas materiais, aos interesses pessoais, que visam a satisfazer os nossos sentidos físicos, digamos periféricos, ainda grosseiros e animais, indicativos de imperfeições. É uma questão de opção pessoal, livre e disposta a mudanças. A vontade própria poderá ser desenvolvida, até com pouco esforço; não será esse o problema para a nossa escolha. A questão é decidir e comprometer-se consigo mesmo a ir em frente.
Comecemos, então, por eliminar os vícios mais comuns, aqueles já citados, de conhecimento amplo e de uso social, que apresentaremos detalhadamente nos capítulos seguintes. Coloquemo-nos em posição de renunciar aos enganosos prazeres que os mesmos possam estar nos oferecendo e lutemos! Lutemos com todo o nosso empenho e não voltemos atrás!
D - FAÇA SUA AVALIAÇÃO INDIVIDUAL
1. Sente-se irresistivelmente condicionado a algum vício?
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2. Sofre as consequências maléficas que os mesmos provocam?
2. Sofre as consequências maléficas que os mesmos provocam?
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3. Já tentou libertar-se voluntariamente de algum desses vícios?
3. Já tentou libertar-se voluntariamente de algum desses vícios?
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4. Analise como começou neles e conclua:
— Por livre desejo?
4. Analise como começou neles e conclua:
— Por livre desejo?
__________________________________________________________________________________________________________________
- Por sugestão de alguém?
- Por sugestão de alguém?
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5. Quando tentado a experimentar algum dos vícios sociais, cede facilmente?
5. Quando tentado a experimentar algum dos vícios sociais, cede facilmente?
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6 -. Percebe, por vezes, a sua imaginação articulando sensações que o satisfazem ao alimentá-las?
6 -. Percebe, por vezes, a sua imaginação articulando sensações que o satisfazem ao alimentá-las?
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7
- Já pensou que esse tipo de imaginação nos predispõe
a cometê-las?
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8
- Tem dificuldades em afastar da mente os devaneios e os pensamentos ligados
a prazeres íntimos?
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9
- Já chegou a compreender a necessidade de eliminar os vícios?
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10
- Acha que poderá com o próprio esforço deles se libertar?
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Ney
P. Peres
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