Perto de Deus
Entre a alma, prestes a reencarnar na Terra, e o Mensageiro Divino travou-se expressivo diálogo:
— Anjo bom — disse ela —, já fiz numerosas romagens no mundo. Cansei-me de prazeres envenenados e posses inúteis… Se posso pedir algo, desejaria agora colocar-me em serviço, perto de Deus, embora deva achar-me entre os homens…
— Sabes efetiamente a que aspiras? que responsabilidade procuras? — replicou o interpelado. — Quando falham aqueles que servem à vida, perto de Deus, a obra da vida, em torno deles, é perturbada nos mais íntimos mecanismos.
— Por misericórdia, anjo amigo! Dar-me-ás instruções…
— Conseguirás aceitá-las?
— Assim espero, com o amparo do Senhor.
— O Céu, então, conceder-te-á o que solicitas.
— Posso informar-me quanto ao trabalho que me aguarda?
— Porque estarás mais perto de Deus, conquanto entre os homens, recolherás dos homens o tratamento que eles habitualmente dão a Deus…
— Como assim?
— Amarás com todas as fibras de teu espírito, mas ninguém conhecerá, nem te avaliará as reservas de ternura!… Viverás abençoando e servindo, qual se carregasses no próprio peito a suprema felicidade e o desespero supremo. Nunca te fartarás de dar e os que te cercarem jamais se fartarão de exigir…
— Que mais?
— Dar-te-ão no mundo um nome bendito, como se faz com o Pai Celestial; contudo, qual se faz igualmente até hoje na Terra com o Todo-Misericordioso, reclamar-se-á tudo de ti, sem que se te dê coisa alguma. Embora detendo o direito de fulgir à luz do primeiro lugar nas assembleias humanas, estarás na sombra do último… Nutrirás as criaturas queridas com a essência do próprio sangue; no entanto, serás apartada geralmente de todas elas, como se o mundo esmerasse em te apunhalar o coração. Muitas vezes, serás obrigada a sorrir, engolindo as próprias lágrimas, e conhecerás a verdade com a obrigação de respeitar a mentira… Conquanto venhas a residir no regozijo oculto da vizinhança de Deus, respirarás no fogo invisível do sofrimento!…
— Que mais?
— Adornarás as outras criaturas para que brilhem nos salões da beleza ou nos torneios da inteligência; entretanto, raras te guardarão na memória, quando erguidas ao fausto do poder ou ao delírio da fama. Produzirás o encanto da paz; todavia, quando os homens se inclinem à guerra, serás impotente para afastar-lhes o impulso homicida… Por isso mesmo, debalde chorarás quando se decidirem ao extermínio uns dos outros, de vez que te acharás perto do Todo-Sábio e, por enquanto, o Todo-Sábio é o Grande Anônimo, entre os povos da Terra…
— Que mais?
— Todas as profissões no planeta são honorificadas com salários correspondentes às tarefas executadas, mas o teu ofício, porque estejas em mais íntima associação com o Eterno e para que não comprometas a Obra da Divina Providência, não terá compensações amoedadas.
Outros seareiros da Vinha Terrestre serão beneficiados com a determinação de horários especiais; contudo, já que o Supremo Pai serve dia e noite, não disporás de ocasiões para descanso certo, porquanto o amor te colocará em permanente vigília!
…Não medirás sacrifícios para auxiliar, com absoluto esquecimento de ti; no entanto, verás teu carinho e abnegação apelidados, quase sempre, por fanatismo e loucura…
Zelarás pelos outros, mas os outros muito dificilmente se lembrarão de zelar por ti… Farás o pão dos entes amados… Na maioria das circunstâncias, porém, serás a última pessoa a servir-se dos restos da mesa, e, quando o repouso felicite aqueles que te consumirem as horas, velarás, noite a dentro, sozinha e esquecida, entre a prece e a aflição… Espiritualmente, viverás mais perto de Deus, e, em razão disso, terás por dever agir com o ilimitado amor com que Deus ama…
— Anjo bom — disse a Alma, em pranto de emoção e esperança —, que missão será essa?
O Emissário Divino endereçou-lhe profundo olhar e respondeu num gesto de bênção: — Serás mãe!…
Irmão X
LIVRO: ESTANTE DA VIDA
Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!
domingo, 9 de maio de 2021
PERTO DE DEUS " SERÁS MÃE"
sexta-feira, 9 de abril de 2021
O Evangelho Segundo o Espiritismo: "Nestes tumultuosos dias da sociedade, glória a Allan Kardec e à sua obra, que proporcionam as vindouras alegrias do encontro com a harmonia espiritual!"
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão
mediúnica da noite de 18 de dezembro de 2013, no Centro
Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 22.5.2014.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
MEDO ---- [...]" Quanto mais pensarmos e voltarmos nossa atenção para as calamidades e desastres, mais teremos a impressão de que o mundo está limitado à nossa pessoal maneira catastrófica de vê-lo e senti-lo."
Quanto mais pensarmos e voltarmos nossa atenção para as calamidades e desastres, mais teremos a impressão de que o mundo está limitado à nossa pessoal maneira catastrófica de vê-lo e senti-lo.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021
NO FUTURO -
“E não mais ensinará cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: - Conhece o Senhor! porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.” - Paulo. (Hebreus, 8:11)
Quando o homem gravar na própria alma
Os parágrafos luminosos da Divina Lei,
O companheiro não repreenderá o companheiro,
O irmão não denunciará outro irmão.
O cárcere cerrará suas portas,
Os tribunais quedarão em silêncio.
Canhões serão convertidos em arados,
Homens de armas volverão à sementeira do solo.
O ódio será expulso do mundo,
As baionetas repousarão,
As máquinas não vomitarão chamas para o incêndio e para a morte,
Mas cuidarão pacificamente do progresso planetário.
A justiça será ultrapassada pelo amor.
Os filhos da fé não somente serão justos,
Mas bons, profundamente bons.
A prece constituir-se-á de alegria e louvor
E as casas de oração estarão consagradas ao trabalho sublime da fraternidade suprema.
A pregação da Lei
Viverá nos atos e pensamentos de todos,
Porque o Cordeiro de Deus
Terá transformado o coração de cada homem
Em tabernáculo de luz eterna,
Em que o seu Reino Divino
Resplandecerá para sempre.
EMMANUEL
DO LIVRO , O CONSOLADOR, EMMANUEL ESCLARECE:
Com a difusão da luz espiritual, alargará o homem a noção de pátria, de modo a abranger no mesmo nível todas as nações do mundo?
— A luz espiritual dará aos homens um conceito novo de pátria, de maneira a proscrever-se o movimento destruidor pelos canhões e balas homicidas.
Quando isso se verifique, o homem aprenderá a valorizar o berço em que renasceu, pelo trabalho e pelo amor, destruindo-se concomitantemente as fronteiras materiais e dando lugar à era nova da *grande família humana, em que as raças serão substituídas pelas almas e em que a pátria será honrada, não com a morte, mas com a vida bem aplicada e bem vivida*.
"Filho do homem, você vive no meio de uma nação rebelde. Eles têm olhos para ver, mas não veem, e ouvidos para ouvir, mas não ouvem, pois são uma nação rebelde.
Ezequiel 12:2
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
DESPERTAR OS QUE DORMEM - LAMMENAIS ''Os grandes acontecimentos são sempre precedidos de anúncios ou sinais para fixar a atenção dos homens na importância do fato que vai realizar-se, a fim de despertar os que dormem.[...]Recordai-vos do Espírito de Verdade prometido por Jesus Cristo - e esperai-o despertos e preparados.[...]algumas nuvens vos impedem de ver todo o esplendor da luz; mas essas nuvens serão varridas por uma vontade soberana, e a verdade brilhará em toda a sua pureza[...]
Os grandes acontecimentos são sempre precedidos de anúncios ou sinais para fixar a atenção dos homens na importância do fato que vai realizar-se, a fim de despertar os que dormem.
O fim da igreja pequena é um acontecimento solene, o mais solene e importante de quantos a Humanidade tem presenciado; porque o fim da Igreja de Roma é o começo da igreja universal e o estabelecimento da doutrina de Jesus no entendimento e no coração dos pobres desterrados da Terra.
Os séculos vindouros saudarão com júbilo essa jornada, com o júbilo com que saudais a encarnação e a memória do Cristo. Por isso, o fim da igreja pequena, que é o começo da igreja universal, vem precedido de sinais maravilhosos, que vereis multiplicar-se à medida que os tempos avancem.
E os tempos se precipitam, porque tudo conspira para isso, mesmo aquilo que parece aos homens empecilhos ou obstáculos.
O sinal que precede ao fim da igreja pequena e ao começo da igreja universal é o ensino manifesto dos Espíritos, derramado com maravilhosa e misericordiosa profusão, de um a outro extremo da Terra.
E o ensino dos Espíritos vem, porque é absolutamente necessário; pois é tal o vácuo que há nas crenças, que a Humanidade não poderia despertar sem esse auxílio superior. Antes, porém, do fim da igreja pequena de Roma e do começo da igreja universal de Jesus Cristo, vereis ainda outro sinal:
Ouvir-se-á uma voz que soará por toda parte.
Recordai-vos do Espírito de Verdade prometido por Jesus Cristo - e esperai-o despertos e preparados.
Os pobres filhos dos homens, os infelizes viajores da Terra, ouvirão essa voz suave e atraente, como o murmúrio da brisa e como o perfume da flor, e verão o céu aberto, porque os seus corações se abrirão à esperança e à fé.
Esses tempos vêm pertos; podeis pressenti-los, podeis vê-los, porque estão no vosso horizonte.
O Sol aparece obscurecido aos vossos olhos; algumas nuvens vos impedem de ver todo o esplendor da luz; mas essas nuvens serão varridas por uma vontade soberana, e a verdade brilhará em toda a sua pureza.
Mais um momento, e vereis cumpridas estas palavras.
Irmãos congregados, adorai a Deus.
Despeço-me de vós, deixando-vos o espírito de caridade, de humildade e de adoração do nosso Mestre Jesus Cristo.
A paz seja convosco e com todos os homens.
Lamennais
De Roma ao Evagelhos : Ensino dos Espíritos
quinta-feira, 26 de maio de 2016
Dez Maneiras de Amar a Nós Mesmos
Dez Maneiras de Amar a Nós Mesmos
Ditado pelo Espírito André Luiz.
terça-feira, 11 de novembro de 2014
O CRENTE MODIFICADO
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
A NECESSIDADE DE ENTENDIMENTO
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Gratidão Infinita
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na tarde de 29
de abril de 2014, na Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia.
Em 26.5.2014.
Fonte:http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php
quarta-feira, 21 de maio de 2014
A "outra" plateia de Divaldo Franco
Autor: Suely Caldas Schubert
Nos dias 19 e 20 de setembro do corrente ano (1987), Divaldo Franco esteve em Juiz de Fora para realizar um seminário e uma palestra pública. O seminário, cuja freqüência foi limitada, teve como tema "A Ciência do Espírito", dividido em três módulos com três horas cada, sendo realizado no salão da F acuidade de Ciências Econômicas, de 400 lugares e que esteve lotado.
Três dias depois, ou seja, no dia 23, em nossa reunião mediúnica, no ,Centro Espírita "Joanna de Angelis", tivemos interessante comunicação que nos trouxe uma outra visão sobre as atividades que se realizam no plano espiritual simultaneamente às palestras proferidas por Divaldo Franco.
Primeiramente são necessários alguns esclarecimentos.
Ao se dirigir do Rio a Juiz de Fora, na 6a-feira, dia 18, nas proximidades de Três Rios, o carro em que Divaldo viajava sofreu um acidente, felizmente sem maiores proporções.
Ao que parece houve problema na barra de direção e o automóvel, numa curva, se desgovernou indo de encontro à barra de ferro que divide as pistas.
Como estivesse a uma velocidade de 50 km, não aconteceu algo mais grave. Mesmo assim duas das três senhoras tiveram fraturas, uma no joelho e a outra no nariz e frontal, e Divaldo, várias contusões na altura das costelas, quadris, perna e pequenos cortes.
Isto ocasionou-lhe fortes dores, além do desgaste emocional e psíquico natural nessas ocorrências. Mesmo assim, compareceu a todas as atividades programadas, embora tivesse de fazê-lo à custa de forte analgésico antiinflamatório.
E necessário ainda mencionar que este é o 28° ano consecutivo em que Divaldo comparece a es¬ta cidade. Sempre promovemos as suas palestras. Sendo assim, os fatos que vamos narrar não são fruto de um entusiasmo de quem o conhece há pouco e por isto se deixou impressionar pela palestra magistral e pelo belíssi¬mo seminário realizado.
"estes anos todos, nós, que temos escri¬to sobre mediunidade e comuni¬cações mediúnicas, não viven¬ciamos nada semelhante ao que iremos contar, embora soubésse¬mos que existe (como também o sabem todos os espíritas), a não ser por pequenos relatos de um ou outro Espírito e aquilo que lemos nos livros da Doutrina. (1 )
Ao final da reunião, comunica-se por nosso intermédio um Espírito de certa cultura e grande facilidade para falar.
Estava veemente, caloroso e deixando transparecer certa emoção. Começa a prestar o seu depoimento.
- Eu não posso deixar de lhes falar da experiência que vivi neste final de semana. Eu mesmo pedi para fazê-lo, porque sinto imperiosa necessidade de contar o que me sucedeu. Não o faço, porém, por simpatia, pois a verdade é que ainda não consigo achá-los simpáticos. Faço-o porque preciso.
Saibam que eu acompanhava, de longe, com meus companheiros, a viagem do carro no qual estava aquele homem que lhes vinha ensinar. Tudo o que então ocorreu não foi culpa nossa, isto é, nós não provocamos aquele acidente com o carro, embora nos alegrássemos com o acontecido.
Mas não o provocamos, apenas aplaudimos, desejando que se calasse para sempre aquela voz.
Quando pressentimos que algo não estava indo certo e que tentamos nos aproximar para "ajudar" a acontecer fomos impedidos por uma espécie de "campo de força" e eu lhes afirmo que uma corrente de luz cercou o veículo e as pessoas, enquanto um certo número desses guias de vocês, com muita luz cada um deles, defendiam e socorriam, de forma pouco compreensível para nós, os passageiros.
E foi tal a força e tal a luz que nos assustamos e tentamos
correr, como cachorrinhos amedrontados.
Todavia, a partir desse momento, ficamos como que imantados àquele indivíduo, como se dele dependêssemos para resolver as nossas vidas.
Até então eu julgava que ele não daria conta da programação, sentia satisfação em imaginar que teriam de suspendê-la, pois eu "via" as dores dele e avaliando-as deduzi que seriam impedimento insuperável.
Estávamos nessa expectativa quando fomos sendo levados daqui para ali e, em conseqüência disso, assistimos tudo.
- Primeiro eu me admirei da luz que o cercava, dos guardiões que o defendiam e da vontade férrea que ele demonstrou ao não se deixar abater. Ao chegar ao local do seminário novas surpresas me estavam reservadas.
Eu via o público mas este não via a nossa platéia, no plano extrafisico, com o triplo de pessoas.
Todo o palco estava tomado por aparelhos de natureza espiritual, também ao longo do salão, estrategicamente colocados, que projetaram para nós cenas as mais diversas, desde as ligadas à nossa própria vida até aquelas outras em que se via o "chefe" de vocês, chamado Codificador.
- Enquanto ele falava, os aparelhos eram acionados no nosso plano e para a nossa assembléia. As cenas eram plasmadas, projetavam-se no espaço, ganhavam vida, tornavam-se independentes da palestra e em espaços de tempo bem menores que os da dimensão terrestre assistimos às pesquisas a que ele ia se referindo, como se naquele instante ocorressem.
Vimos chegar os filósofos e os cientistas em imponente desfile de luzes. Enquanto as épocas se desenrolavam, de forma difícil de explicar, cada um de nós acompanhou também trechos de sua própria vida.
Nos intervalos, quando o público "vivo" se retirava nós permanecemos, pois a seqüência de esclarecimentos em nossa esfera foi ininterrupta.
Pela primeira vez me foi dado compreender o alcance do trabalho que esse homem realiza. Vi as pessoas correndo aflitas pa¬ra ele, pedindo notícias de parentes mortos, falando de doenças, cumulando-o de perguntas e mais perguntas e sendo atendidas pacientemente.
Ele - vejam bem - que mal podia respirar pela dor, pelo cansaço. Quando se aproximavam observei que todo o auditório estava imantado a ele, não apenas nós. Havia uma ligação entre todos, nos dois planos da vida.
Pareceu-me que poderia compará-lo a uma usina de força e energia, que emitia luz, uma luz que vinha do Alto e que, passando por ele, envolvia a todos. Os parentes, cá da nossa esfera - que ele vê e ouve -, deram quantas notícias lhes foram permitidas, que ele ia repetindo - nomes, apelidos, situações, conselhos - enquanto as pessoas choravam e riam de emoção, de alegria.
(O doutrinador quis dizer alguma coisa, mas o comunicante, tornando-se mais veemente, o impediu, dizendo ser necessário prestar o seu depoimento até o fim.)
Esclareço, entretanto, que a nossa perseguição em relação a vocês (referindo-se ao grupo) não começou agora. Não se iniciou nesses dias, nem no ano passado, pois nossas vidas estão enredadas.
Eu faço parte da vida de vocês, sou alguém que conhecem profundamente. Neste momento, embora não lhes tenha simpatia, sinto que simpatizam comigo, estão emitindo vibrações solidárias, afetuosas para mim.
Pois foi exatamente assistindo a tudo isto, o seminário de nossas próprias vidas, que eu e o meu grupo finalmente capitulamos.
- E eu lhes digo que, para espanto geral, esse homem que lhes veio ensinar, no primeiro momento em que logrou adormecer veio ao nosso encontro para nos dizer que nos compreendia e que não somente nos perdoava, mas que amava a cada um e que nos esperava há muito tempo!
- Fiquei vexado, constrangido - Vejam a minha situação.
À medida que fui assistindo às reuniões e descobrindo a "ciência da vida", a "ciência do Espírito" . fui envelhecendo.
Entrei em contacto com a realidade e, se antes me sentia jovem, forte e poderoso, aos poucos fui envelhecendo como se todas aquelas épocas passassem sobre mim e me sulcassem profundamente.
Agora estou uma ruga só! Mas eu quisera ser monstruoso, aleijado, como aquele menino da palestra (2), quisera ter meus pés tolhidos, as mãos deficientes porque hoje eu sei que vou reencarnar. Preciso renascer aleijado para não incidir nos mesmos crimes (neste momento está emocionado, patético e a emoção toma conta de todos os participantes).
- Vocês, por exemplo (dirige-¬se ao grupo), não trazem defeitos físicos visíveis, mas, cada um, certamente, tem limitações físicas, constrições variadas no organismo, mas que são benditas porque lhes impedem de errar, cerceiam a liberdade e os fazem ficar atentos e vigilantes.
Tive vergonha e desespero, porque eu vi, na luz que sua palavra irradiava, que ele era absolutamente verdadeiro. Felizes são vocês (dirigindo-se aos presentes) que conheceram a verdade há mais tempo. Que mudaram de rumo e se integraram nesta doutrina - como vocês a chamam.
- Eu, contudo, preciso de muito mais. Preciso da deficiência física, da fealdade, como também preciso entrar em contacto com a Doutrina Espírita. Quem sabe um dia, os nossos caminhos se cruzem. (Ao dizer isso levanta o rosto e olha para a frente como quem fita o futuro.)
Quisera encontrar um de vocês, talvez os mais jovens, os que hoje são mais novos. Talvez nos encontremos nesse futuro que não está longe.
E tenho certeza de que nos iremos reconhecer. De alguma forma nos reconheceremos. Lembrem -se de mim, não se esqueçam de mim.
(Ao dizer essas frases o comunicante emociona-se. As lágrimas agora caem dos seus olhos e a voz está embargada).
- Eu estou sofrendo muito e recebo as vibrações de vocês. Elas me tocam o coração e já os vejo com simpatia e com irresistível afeto. (Pausa longa e emocionada. )
- Talvez, um dia, no futuro que me aguarda, nossos caminhos se cruzem e nessa casa que vocês terão e que eu já vejo (3) - é uma casa grande e bonita -, talvez um dia, ao passar em frente a ela, vendo abertas as suas portas, eu, finalmente, entre SUAS últimas palavras, a emoção que passou a todos os circunstantes ficaram repercutindo em nossos corações.
O silêncio, carregado dessas emoções, foi quebrado pela prece final, de gratidão a Deus, proferida pelo dirigente.
Nas vibrações da oração nos envolvemos, reflexionando intimamente sobre a bênção da mediunidade com Jesus e sobre o missionário labor do nosso tão querido Divaldo, o arauto da Doutrina Espírita, que a vive, exemplifica e prega, nos dois planos da vida, no Brasil e no mundo, nesses 40 anos de atividades, comemoradas neste ano de 1987. A ele, o nosso carinho e reconhecimento!
(1) Tivemos, há três anos, o relato de um Espírito sobre o outro lado do trabalho mediúnico de Chico Xavier, publicado em "Reformador", de novembro de 1984.
(2) Refere-se ao caso de Hugolin, narrado por Divaldo, que era um jovem de 14 anos, corcunda, deficiente e feio.
(3) Referência feita à futura sede do C. E. "Joanna de Ângelis".
Juiz de Fora.
24 de setembro de 1987.
Fonte: Reformador, Dezembro, 1987.
Livro: O Semeador de EstrelasFonte: http://www.oespiritismo.com.br/textos/ver.php?id1=370
domingo, 16 de fevereiro de 2014
RENOVAÇÃO DE PADRÕES
RENOVAÇÃO DE PADRÕES
Meus amigos e companheiros: Que a Misericórdia do Pai e Criador nos alcance!Às claridades do Evangelho redentor, que o Espiritismo reapresenta com sabedoria e beleza aos novos tempos da Terra, podemos alterar substancialmente os padrões de experiência e vida interior que nos têm submetido a dores e aflições inomináveis…
O campo mental dos indivíduos é o território essencial que lhes assinala ventura ou maldição, sempre em acordo com as escolhas pertinentes a cada qual.
Se o estudo da Doutrina é caminho para o Infinito, a interiorização de seus conteúdos significa eleição da Verdade para que haja Vida – e Vida em abundância.
Identificamos com facilidade – a partir de nossa condição de desencarnado a serviço do bem – os muitos conflitos e sofrimentos que dominam os terrenos mentais de muitos irmãos, ora por efeito das culpas instauradas, emparedando suas disposições numa espécie de confissão forçada e desesperadora por dentro de si mesmos; ora por efeito de indução externa, por disposição invigilante daqueles que parecem conduzir a existência sem maior gravidade ou comprometimento com a evolução.
Ainda mesmo nos círculos de nossos estudos doutrinários e evangélicos, a posição leviana ou descompromissada da criatura pode expô-la a desconfortos e constrangimentos, levando-a a indagar da validade desse esforço de verdadeiro autoconhecimento sob os auspícios do Consolador…
Em verdade, meus irmãos, a vida espiritual elevada é uma conquista que se processa passo a passo, trecho a trecho, desafio a desafio…
Muitos anos de convivência com os textos dos Evangelhos nos aproximam mais de Jesus, pois os fundamentos espíritas nos situam no âmago da proposta Crística; todavia, ter parte com o Celeste Amigo é algo que nos exige mais que conhecimento.
Suor e muitas vezes lágrimas, entre esforço e perseverança, entre humildade e bom ânimo, são quesitos imprescindíveis à efetiva renovação de padrões internos, no rumo da genuína espiritualidade.
O assunto pede meditação de nossa parte, tanto quanto solicita dos mais dispostos o dever de assumir uma espécie de renúncia nada comum ao Planeta: a dos pontos de vista pessoais.
A maleabilidade do sentimento, nesse sentido espiritual, faculta ao ser uma serenidade relativa, uma disposição constante, porque o exime dos embates emocionais, dos choques vibratórios a propósito de cousas transitórias, de pessoas em transe difícil…
Ninguém, nenhum de nós, meus amigos, teremos parte com o Mestre sem esse empenho de natureza moral.
Mas se há comprometimento íntimo pela subida vibracional, a existência se coroa de júbilos e renovados encantos, tangendo as fibras mais delicadas da tessitura da alma!
Todos os desajustes psíquicos, do comportamento, das concepções, nascem do desnivelamento moral, quando a mente já labora o melhor e o condicionamento emocional prossegue negando a Luz revelada por dentro do indivíduo.
É assim que nos compadecemos dos que fogem de si através do autocastigo, da autonegação, da revolta; que lamentamos os que desertam, buscando amortecimento dos sentidos nas drogas, nos desregramentos sexuais e afetivos, na compunção pelo poder; que oramos pelos que enlouquecem de presunção e vaidade, por efeito da não aceitação de si mesmos em seus processos de reajuste, travestindo-se de juízes impiedosos dos outros, de ditadores inconsequentes, de histriões no culto cego da própria imagem…
Aprendendo com a Natureza... e com homens especiais
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