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sábado, 13 de outubro de 2012

A COMUNICABILIDADE DOS ESPÍRITOS


Nas páginas dos chamados livros sagrados de todas as religiões, ressalta-se a comunicabilidade entre os seres corpóreos e incorpóreos. No Antigo Testamento, encontramos os livros dos "tretas, contendo vaticínios e ensinamentos de todos os matizes. E evidente que esses antigos profetas de Israel foram autênticos médiuns, que serviram de intermediários para a transmissão de uma série infindável de ensinamentos.
No Novo Testamento, reservamos também fatos insofismáveis, que comprovam o intercâmbio entre os Espíritos desencarnados, tal como a inundação a Maria e Isabel, em torno do nascimento de Jesus e de Batista; a profecia de Simeão, quando da apresentação do menino Jesus no templo; a confabulação de Jesus com os Espíritos de Elias e Moisés, no alto do Monte Tabor; a conversão de Saulo na Estrada de Damasco; as manifestações coletivas do Dia de Pentecostes e muitos outros fatos isolados, sucedidos com Paulo de Tarso, Estevão, João Evangelista, além de muitos outros. Toda essa gama de manifestações é prova conclusiva do intercâmbio existente entre os dois mundos - o dos encarnados e o dos desencarnados.

Existe, porém, no Antigo Testamento, uma lei legislada por Moisés, na qual o libertador dos hebreus proibiu, taxativamente, o intercâmbio com os chamados mortos. Essa ordenação tem servido de bandeira para os detratores do Espiritismo.

Entretanto cumpre aqui esclarecer que o Espiritismo, longe de desaprovar, aprova essa interdição, se levarmos em consideração as razões pelas quais ela foi implantada qual seja, a de coibir o intercâmbio com entidades espirituais para
mercantilismo, sem nenhuma edificação moral ou espiritual.

O Antigo Testamento é pródigo na afirmação de que Moisés se comunicava muito frequentemente com o Espírito de Jeová, deidade tribal dos antigos hebreus, no interior do Tabernáculo.

O que Moisés objetivou com a implantação dessa interdição foi pôr um paradeiro na ação de muitos médiuns menos escrupulosos, que invocam Espíritos sobre questões terra-a-terra, conveniências de negócios materiais e outras coisas. O Espiritismo também condena essa prática nociva, sob todos os aspectos.

Aqui cumpre ressaltar que Moisés aplaudia a comunicação com os Espíritos para fins nobilitantes. Certa vez, veio até ele um moço, com o objetivo de denunciar que dois homens — Eldad e Medad — estavam recebendo Espíritos no campo. Josué, que estava a seu lado, considerou isso uma insubordinação à lei, e pediu a Moisés que fosse puni-los. O grande legislador não tomou nenhuma atitude; pelo contrário, retrucou asperamente a Josué: "Que zelos são estes por mim? Oxalá todos profetizassem em Israel, e o Senhor lhes desse do seu espírito." Isso deixou bem evidenciado que Moisés aprovava a comunicação com os Espíritos, para fins nobres e sadios.

É lamentável que os que combatem o Espiritismo, lembrem-se apenas dessa proibição, fazendo vista grossa a muitas outras leis estabelecidas por Moisés e mesmo a algumas das quais ele serviu de intermediário, como foi o caso do Decálogo. Nessas leis, existe a proibição de fazer e prestar cultos a imagens, a esculturas, de trabalhar em dias de sábado; permitindo apedrejar filhos rebeldes e mulheres adúlteras e outras ordenações que não são obedecidas principalmente por algumas grandes religiões do mundo ocidental.

A comunicabilidade dos Espíritos é um dos postulados básicos do Espiritismo. Entretanto, Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns e em outras obras trata do assunto com abundância de detalhes. Vejamos o que afirma o Codificador em Obras Póstumas:

"As almas ou Espíritos dos homens que viveram na Terra constituem o mundo invisível no espaço que nos cerca. Resulta daí que, desde que há homens, há Espíritos, e que, se estes têm o poder de manifestar-se, devem tê-lo feito em todos os tempos. É o que provam a História e as religiões de todos os povos.

Ultimamente, porém, as manifestações dos Espíritos têm adquirido enorme desenvolvimento e maior autenticidade, sem dúvida, por querer a Providência curar a chaga da incredulidade e do materialismo por evidentes provas, permitindo aos que deixaram a Terra vir atestar sua existência e revelar-nos as condições felizes ou penosas em que vivem.

O mundo visível, sendo envolvido pelo invisível, com o qual vive em perpétuo contato, age incessantemente sobre ele e lhe recebe a reação. Esta reciprocidade é origem de uma multidão de fenômenos, considerados sobrenaturais se lhes ignorar as causas. A ação e reação de um sobre o outro, desses mundos, é uma das leis, uma das forças da Natureza necessária à harmonia universal, como, por exemplo, a lei da atração.
Se aquela força deixasse de agir, seria perturbada a ordem universal, como um mecanismo do qual se tirasse a rotação. Não têm, portanto, o caráter de sobrenatural, os fenômenos produzidos por semelhante força ou lei da Natureza, julgados tais por não se lhes conhecer a causa, como acontece com certos efeitos da luz, da eletricidade etc." (Obras Póstumas, Manifestações dos Espíritos, págs. 13 e 14).

Paulo A. Godoy

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O QUE LIGARES NA TERRA


"E eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus,
e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus."(Mateus, 16: 19)
Não sendo o Reino dos Céus um lugar circunscrito, mas apenas um estado consciencial, é óbvio que as chaves desse reino, prometidas por Jesus Cristo ao apóstolo Pedro, são apenas simbólicas.
Os homens conquistam o Reino dos Céus quando operam dentro de si a reforma íntima. Sendo o Evangelho de Jesus a alavanca mais portentosa para se alcançar essa reforma, é ele, portanto, a chave desse reino, a qual é concedida por Deus a todos os seus filhos, assim como foram outorgadas a Pedro as chaves do Reino dos Céus, que apesar de ser um Espírito de ordem elevada estava e está ainda palmilhando a senda evolutiva.
Quando o Mestre prometeu a Pedro que tudo aquilo que ele ligasse na Terra, teria a sua correspondente ligação nos Céus, e tudo aquilo que fosse por ele desligado aqui embaixo, seria também desligado lá em cima, não objetivou conceder ao notável apóstolo uma prerrogativa especial, pois os acontecimentos posteriores revelaram que o antigo pescador do Tiberíades não desfrutava desse poder.
Como poderiam ser ligadas nos Céus as coisas praticadas por Pedro na Terra, se logo após ter o Cristo proferido aquelas palavras, o apóstolo foi vítima da influenciação de Espíritos de ordem inferior, merecendo de Jesus as famosas palavras: Afasta-te de mim satanás! (Mateus,16:23).
Como poderia Pedro estar investido de tamanha autoridade, se algum tempo após o Mestre teve necessidade de dizer-lhe: Pedro, satanás vos pediu para vos cirandar como trigo, mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. Quando te converteres, convence os teus irmãos (Lucas,22:31-34).
Teria sido ligado nos Planos Superiores o episódio da negação quando Pedro, por três vezes consecutivas, sustentou não ser seguidor de Jesus Cristo? (Mateus, 26:34).
Será que poderia ser ligada nos Céus a atitude dos apóstolo entre eles Pedro, de repelir estrangeiros na comunidade dos cristãos?
Os apóstolos, entre eles Pedro, não conseguiram curar o jovem lunático, narrado em Mateus, 9:18, o que foi feito posteriormente por Jesus Cristo. Tudo indica que não foi ligado no Céu aquilo que os apóstolos, entre eles Pedro, pretendiam fazer.
Quando Pedro visitou o Centurião Cornélio, na cidade de Cesaréia, houve uma ligação no Céu daquilo que ele praticou. Os demais apóstolos não concordaram com a visita e admoestaram Pedro severamente por haver adentrado a casa dum gentio. Nessa mesma visita Pedro disse a Cornélio: Vós bem sabeis que não é lícito a a um varão judeu juntar-se ou chegar-se a um estrangeiro (Atos, 10:28). Porventura teriam essas palavras do apóstolo boa ressonância no Céu, quando se considera que a mensagem de Jesus Cristo foi dirigida a todos os povos de forma indistinta?
Como decorrência, deve-se compreender que somente é ligado ou desligado nos Céus o que for praticado sob a égide dos ensinamentos evangélicos, pois isso constitui, na realidade, os de ligação entre Deus e os homens. Somente merecerá o beneplácito ou a repulsa do Alto, o que for praticado com ou sem a égide do Evangelho, uma vez que o Mestre havia asseverado que nenhum só til ou jota dos seus ensinos deixaria de ser cumprido.
O que significam, na realidade, as chaves do Reino dos Céus?
Serão porventura chaves comuns, como as que são usadas na Terra para se abrir portas de casas? Teriam as chaves do Reino dos Céus sido dadas somente a Pedro?
As chaves do Reino dos Céus, prometidas por Jesus Cristo, são simbolizadas na sabedoria, nas obras meritórias, na evolução espiritual, na reforma íntima, pois, sem esses atributos ninguém terá possibilidades de ascender aos páramos de luz que os homens denominam Céus. Quem tiver obedecido às ordenações de Jesus Cristo no sentido de acumular um tesouro nos Céus, onde os ladrões não roubam nem a ferrugem consome, certamente terá garantida a posse dessas chaves.
Todo aquele que pautar seus atos nos moldes dos ensinamentos legados por Jesus, todo aquele que viver os ensinamentos evangélicos, estará apto a conquistar esse decantado reino. A vivência dos preceitos ensinados pelo Cristo propiciará a todos aqueles que os assimilarem a oportunidade de viverem as qualidades intrínsecas que lhes possibilitarão o acesso a essas regiões elevadas. Eles entrarão realmente na posse das chaves para a conquista desse tão almejado Reino.
Quando Pedro proclamou ser Jesus Cristo o Filho de Deus vivo, o Mestre retrucou: Não foi nem a carne nem o sangue quem isso te revelou, mas meu Pai que está nos Céus, o que, logicamente, indica que o apóstolo estava sendo medianeiro de palavras emanadas do Alto, portanto, o instrumento de uma revelação. Como decorrência, tudo aquilo que, como medianeiro, ele ligasse na Terra, seria ligado nos Céus, rnas o que ele viesse a fazer como homem, e não como instrumento do Alto, não teria essa ligação ou desligamento.
Como homem, ele teve dura contenda com Paulo (Gálatas, 2:11), tendo o Apóstolo dos Gentios afirmado que Pedro era repreensível e que não andava segundo as verdades contidas nos Evangelhos. É óbvio que um episódio dessa natureza não poderia jamais ser ligado nos Céus.
Paulo A. Godoy

Livro : O  Evangelho Pede Licença

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Artigo da Revista O Reformador tratando do assunto ligado aos trabalhadores das Casas Espíritas.

Proveitosa conquista

CLARA LILA GONZALEZ DE ARAÚJO
“Quando fordes convidados, ide colocar-vos no último lugar, a fim de que,
quando aquele que vos convidou chegar, vos diga: meu amigo, venha mais
para cima. Isso então será para vós um motivo de glória, diante de todos os
que estiverem convosco à mesa; – porquanto todo aquele que se eleva será
rebaixado e todo aquele que se abaixa será elevado.” 1*



O capítulo VII, de O Evangelho segundo o Espiritismo, itens 3 a 6, destaca o princípio de humildade como fator determinante para a ascensão espiritual de todas as criaturas e fundamenta- se, entre outras, na passagem evangélica em destaque. A análise oferecida por Allan Kardec, no texto em questão, enaltece a
ideia fundamental de que necessitamos nos despojar de certas vaidades, chamando atenção, sobretudo,
para o cuidado que devemos ter ao assumir situações de relevo social, profissional, ou religioso,
frente ao mundo material:
O Espiritismo aponta-nos outra aplicação do mesmo princípio nas encarnações sucessivas, mediante as quais os que, numa existência, ocuparam as mais elevadas posições, descem, em existência seguinte, às mais ínfimas condições, desde que os tenham dominado o orgulho e a ambição. Não procureis, pois, na Terra, os primeiros lugares, nem vos colocar acima dos outros, se não quiserdes ser obrigados a descer. [...]2*
A valiosa ressalva permite-nos avaliar, essencialmente, as práticas espíritas que desenvolvemos, ao
alimentar a superioridade ou a infalibilidade na execução dos trabalhos voluntários, considerando- os extremamente importantes ou prestigiosos. A questão suscita outras indagações indispensáveis
à nossa reflexão: Contribuímos sem impor exigências? Abraçamos os deveres humildes com devoção
e atendemo-los com amor? Acreditamos cooperar melhor quando nos tornarmos coordenadores de
equipes, em tarefas específicas e essenciais? Damos maior valor às próprias ideias do que às orientações
estabelecidas pela instituição, para o bom êxito dos labores?
Essas perguntas ajudarão na análise do problema. O Centro Espírita oferece-nos inúmeras oportunidades na realização de tarefas nobres e permite- -nos, pelo serviço no Bem, curar as mazelas morais adquiridas no
pretérito de nossas existências. As múltiplas ações que abarcamos – no estudo edificante, na mediunidade,
na evangelização, na assistência social, no atendimento fraterno, na imprensa espírita, na
propaganda libertadora – nos faz viver tempos de renovação e servir motivados pela Doutrina que
nos convoca às fileiras da caridade, sem olvidarmos os necessitados do caminho. Cada qual servindo a seu modo. Nem sempre, contudo, estamos preparados para dar a verdadeira importância às obras na esfera doutrinária e compreender o que elas representam para melhoria do nosso aperfeiçoamento
próprio. A maneira com que agimos, os motivos que determinam o nosso comportamento sincero, ao aceitarmos de boa vontade determinadas tarefas,é o que irá fixar o valor maior ou menor das nossas ações em benefício dos semelhantes. No entender de Vinícius (pseudônimo de Pedro de Camargo, 1878--1966), “o valor das obras não está nas suas grandes proporções, mas na pureza de intenção com que são executadas e no esforço empregado para sua consecução. [...]”.3* O autor, considerado um
dos maiores educadores e evangelizadores espíritas do nosso tempo, lembra-nos:
“[...] A viúva pobre fez mais deitando no gazofilácio do templo uma moedinha de cobre do que os ricos que ali despejavam punhados de ouro. O óbolo da viúva representa um valor maior, porque é a expressão do sumo esforço; era tudo que ela possuía. Dando tudo, não podia dar mais [...]”,3* como a querer dizer- nos: na seara do amor, onde operamos, não há serviço insignificante, não há tarefas menores; elas são apreciadas por Deus, segundo a sua soberana justiça, pela exteriorização dos nobres sentimentos que encobrimos no âmago do nosso coração.
Certos autores espíritas convocam- nos à labuta simples, sem que tenhamos pretensões de executar
grandes feitos, antes mesmo de amadurecermos como tarefeiros, por meio da aquisição de experiências
e estudos necessários ao cumprimento de ações que exijam especial dedicação, fidelidade e expressiva responsabilidade.
Yvonne A. Pereira (1906- -1984), a inesquecível médium, em uma de suas obras, lastima
profundamente a incompreensão de alguns iniciantes no Espiritismo, sobretudo os que aspiram
trabalhar na utilização de suas faculdades psíquicas, conforme suas possibilidades individuais, a serem bem cultivadas e praticadas, aconselhando-os:
[...] Todo médium deverá iniciar o seu desempenho no campo da Doutrina Espírita pelas vias da beneficência, porque assim fazendo desenvolverá os seus poderes psíquicos envolvido
nas faixas vibratórias superiores, junto aos Guias Espirituais, sempre incansáveis em recomendar a prática da beneficência e o estudo constante e metódico, desestimulando a ação arbitrária, de começar pelo fim[...].4*
A autora esclarece que o profitente, ao principiar na tarefa maior, deve compreender que o trabalho da caridade [...] é o serviço do silêncio, da modéstia; não vai para os jornais, nem para as tribunas ou rádios. Não serve para exaltar a vaidade, nem o orgulho, nem o prazer de se sentir admirado. É o trabalho da mão direita, que a esquerda não vê... Mas pelo Mestre e seus mensageiros é conhecido e saudado...5*

Colaborar, anonimamente, em qualquer auxílio de assistência aos irmãos necessitados, fazendo o
bem sem ostentação, é uma recomendação indispensável!
Trabalhadores existem, aos milhares, colaborando, ativamente, nas instituições espíritas; todavia,
raríssimos buscam enriquecer os seus talentos no plantio da verdadeira caridade.
Mesmo os mais
experientes deixam-se dominar pelo cultivo excessivo do raciocínio, esquecendo-se dos generosos
sentimentos no coração, que deve nortear a autêntica prática do Espiritismo junto de Jesus. O livro
espírita Os Mensageiros, do Espírito André Luiz, psicografado por Francisco C. Xavier, relata o caso de Monteiro, servidor entusiasta da colônia “Nosso Lar”, preparado para ser colaborador na iluminação de companheiros encarnados e desencarnados. Ao reencarnar, no entanto, aprimorou-se na aplicação do vício intelectual, desorientando- se completamente.6* Em seu desabafo, comenta alguns aspectos sobre as causas de sua derrota como trabalhador espírita, dirigindo-se aos companheiros que o visitaram, após a desencarnação difícil que tivera:
[...] Chegava ao cúmulo de estudar, pacientemente, longos trechos das Escrituras, não para
meditá-los com o entendimento, mas por mastigá-los a meu bel-prazer, bolçando-os depois aos Espíritos perturbados, em plena sessão, com a ideia criminosa de falsa superioridade espiritual. [...]
Andava cego. [...] Talhava o Espiritismo a meu modo. Toda a proteção e garantia para mim, e valiosos conselhos ao próximo.
Ao demais disso, não conseguia retirar a mente dos espetáculos exteriores. [...]*7

Quando, pois, nos seja oferecido o ensejo de ajudar na seara espírita, saibamos agir com simplicidade
e humildade, sob os efeitos da legítima fraternidade cristã, sem esperar recompensas, de nenhuma
ordem, mas procurando enriquecer os dotes de eficiência imprescindível, apurados nos predicados
de bondade, modéstia, perseverança e espírito de sacrifício, para o engrandecimento das realizações que nos aguardam, sob o amparo dos mentores espirituais que nos assistem com conselhos e orientações legítimas. E, conforme adverte o Espírito Emmanuel, estejamos vigilantes para não deixar que “[...] se amorteça, entre os discípulos sinceros, a campanha contra o elogio pessoal, veneno das obras mais santas
a sufocar-lhes propósitos e esperanças”. 8* Assim procedendo, haveremos de obter proveitosa conquista,
multiplicando as partículas de amor que tivermos distribuído em bênçãos de luz para todos.
Revista O Reformador 2010-Julho
Referências:
1KARDEC, Allan. O evangelho segundo o
espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 25. ed.
de bolso. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB,
2009. Cap. 7, item 5.
2______. ______. Item 6, p. 145.
3VINÍCIUS (pseudônimo de Pedro de Camargo).
Em torno do mestre. 9. ed. 1.
reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. P. 2,
cap. O valor das obras.
4PEREIRA, Yvonne A. À luz do consolador.
3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1998. Psicografia
e Caridade, p. 184-185.
5______. ______. p. 186.
6XAVIER, Francisco C. Os mensageiros.
Pelo Espírito André Luiz. 2. ed. esp. 2.
reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 12,
p. 79-83.
7______. ______. p. 80-81.
8XAVIER, Francisco C. Pão nosso. Pelo Espírito
Emmanuel. 29. ed. 2. reimp. Rio de
Janeiro: FEB, 2009. Cap. 70.

Reunião Desobsessiva.

A Medicina evoluiu a partir do estudo das doenças.
O que os médicos registraram nos compêndios primeiros lhes foi transmitido pelos doentes sobre os quais se debruçavam.
Na lida com os espíritos enfermos, domiciliados na Vida Maior , os médiuns têm muito que aprender.
Quem tem a visão da luz não tem a visão da treva.
O intercâmbio seguro com os desencarnados se manifestam na desobsessão encerra preciosos depoimentos que nem sempre serão obtidos através da palavra exclusiva dos Benfeitores.
A chamada reunião desobsessiva não deve ser relegada a plano secundário nas casas espíritas, sob pena de os homens se iludirem a respeito das verdades concernentes à vida além da morte.
O arquiteto , por mais culto se revele, não tem a prática do pedreiro.
O fruto que prende na árvore nada sabe da raiz a partir da qual se formou.
A palavra dos espíritos equivocados, ditos obsessores, se constitui , no mínimo ,  em permanente alerta para os que vivem distraídos no corpo.
Se o médico conhece a doença pelo nome, quem sabe descrever a dor é quem a está sentindo.


Ditado por Dr Odilon Fernandes.
Psicografado por Carlos A. Baccelli

Livro: Mediunidade Consciente.

Instrumentos Preferenciais

Os médiuns invigilantes são os instrumentos preferenciais das trevas para agredir o Espiritismo.
O médium que não saiba qual o seu lugar de servir ou não o aceita extrapola em suas atribuições.
Em mediunidade, o que faz a diferença é o espírito receptor do médium e não, como se crê, o espírito comunicante.
Mais difícil que convencer o médium quanto às realidades da Vida de além-túmulo é convencê-lo a manter a simplicidade.
O anseio afetivo do medianeiro torna-o naturalmente carente de projeção.
Quando o médium quer mostrar a si mesmo, o brilho do trabalho dos espíritos se eclipsa.
Todo médium espírita deveria buscar, solitariamente , o aval da periferia para  a tarefa pública que pretende desempenhar.
As flores que ornamentam os jardins no centro das grandes cidades não nasceram lá....
Os médiuns sem discernimento são os calcanhares-de-Aquiles do Movimento Espírita.
Infelizmente - é verdade!-, de maneira sorrateira, o profissionalismo mediúnico vem se instalando na Doutrina.

Ditado pelo Dr Odilon Fernandes
Psicografia: Carlos A.Baccelli.
Livro: Mediunidade Consciente.