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sábado, 18 de agosto de 2012

JESUS e três motivadores psicológicos ::.

:: JESUS e três motivadores psicológicos ::.
     Estudo por: Adilton Pugliese
     IN : Revista "Reformador" Maio 2005 - nº.2114 - Ed.FEB (págs.19 e 20)
 
No Evangelho segundo o Espiritismo, mantendo diálogo com um Espírito que se identifica como São Luís (Luís IX, Rei de Fraça - 1214-1270); Allan Kardec faz três perguntas que podem ser resumidas numa única questão: (1)
"- É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?"
O Espírito São Luís destaca algumas condições:
(1) podemos fazê-lo com moderação, tudo depende da intenção;
(2) com um fim útil, como uma caridade, mas com todo o cuidado, sem prazer de denegrir, o que seria uma maldade. Ele sugere que a censura que alguém faça a outrem deve dirigi-la a si próprio. Isso nos lembra a imagem da atitude do dedo indicador em riste, apontando, acusando, mas enquanto um dedo acusa quatro apontam para o acusador.

Interpretando e trazendo para a actualidade esses ensinamentos, o Espírito Joanna de Ângelis tece comentários em torno da nossa atitude quando alguém está sendo acusado. O que devemos fazer? Qual deverá ser a nossa posição? E se formos nós os acusados?
Recomenda a Benfeitora mantermo-nos em silêncio, porquanto os acontecimentos podem ter antecedentes que são ignorados pelos que acusam e observam e que nem sempre as coisas são como se apresentam. Destaca, por fim, que quem está sendo acusado merece comiseração e oportunidade de reeducação. (2)
Ao refletirmos em torno dessas orientações fizemos uma conexão com três motivadores psicológicos que podem influenciar nas atitudes de acusados e acusadores :
(1) a auto-estima, que pode apresentar-se em nível alto, médio ou baixo, e que pode ser o reflexo de antecedentes desta ou de outras vidas;
(2) a afectividade, expressando, sentimento de compaixão ou de piedade; e
(3) a empatia, sugerindo colocar-se psicológica e emocionalmente no lugar do acusado, ensejando a sua reeducação.


Abraham Maslow (1908-1970) (3) , um dos teóricos da terceira-força em Psicologia, que é a Psicologia Humanista, após o Behaviorismo e a Psicanálise, viu no atendimento das necessidades do Ego - destacando a auto-estima e a afectividade - motivadores psicológicos que fortaleceriam o ser humano nos confrontos que mantêm, periodicamente, com os desafios existenciais, motivadores esses que, juntamente com a empatia, são trabalhados pelos chamados terapeutas da auto-ajuda.
Esses motivadores, embora utilizados como técnicas modernas dentro de uma visão holística do ser humano, ou numa visão transpessoal , que identifica o homem com uma alma preexistente ao nascimento e sobrevivente à morte, têm suas raízes na época do Cristianismo primitivo.
JESUS os praticou e estimulou numa comovedora aula em praça pública.

O relato é feito pelo evangelista João (8:3-11), que certamente presenciou o episódio, em Jerusalém, quando Jesus retornava ao Templo, para ensinar, acompanhado de enorme multidão.
Aproxima-se, então, um grupo de escribas e fariseus, apresentando-lhe uma mulher apanhada em adultério.
Pondo-a no meio do povo disseram-lhe:
- Mestre, esta mulher acaba de ser surpreendida em flagrante adultério. Moisés nos ordena na Lei que as adúlteras sejam apedrejadas.
Qual, sobre isso, a Tua opinião? E Tu, que dizes?
Era uma Lei antiga, prevista em livros de Moisés, no Deuteronómio (22:22) e no Levítico (20:10), tradição, porém, arcaica e em desuso naquele tempo, sobretudo porque o Decálogo já previa "não matarás" e a condenação desse delito era simbólica, considerando que desde o domínio romano a pena de morte fora retirada do Sinédrio e reservada ao Procurador de Roma. (4)


         "De nada adianta apedrejar o corpo e sim apedrejar a consciência"
Imaginemos a cena em praça pública: a multidão enfurecida, provocada pelos fariseus, assumindo o papel dos jurados, a expressar decisão antecipada; a mulher, acuada e sendo acusada, na posição de ré, aguardando veredicto e sentença; e Jesus, feito ali, pelos que a acusavam, advogado e juiz.

Em todos os tempos o Mestre sempre é chamado para defender os fracos e em diversas ocasiões coloca-se ao lado das mulheres, socorrendo-as, defendendo-as e, sobretudo, através delas exemplifica a necessidade do exercício da misericórdia, como observamos nos relatos que envolveram a mulher hemorroíssa, a mulher encurvada, a viúva de Naim, a mulher cananéia, a samaritana, Salomé mãe dos filhos de Zebedeu, Maria Madalena, Marta e Maria, a pecadora citada por Lucas e a mulher de Betânia, aquela que envolveu a cabeça de Jesus com perfume caro e puríssimo, tendo sido o seu acto questionado pelos discípulos, levando o Mestre a declarar que "onde quer que venha a ser proclamado o Evangelho o que ela fez jamais será esquecido." (Mateus, 26: 6-13).

- Tu, pois, que dizes? Insistia a multidão dos acusadores.

Era aquele um momento histórico do Cristo. Era, em verdade, uma cilada. Desafiando-O, promovendo-O a advogado de defesa e de acusação e simultaneamente a juiz, queriam a Sua perdição. Para a multidão pouco importava a mulher. A expectativa de todos era em torno da decisão que Ele tomaria. Como reagiria ao desafio? Se desculpar a mulher estará transgredindo a Lei de Moisés; se confirmar a sentença, Sua misericórdia, que intensamente prega, será colocada em dúvida.

Nesse instante , o silêncio do Cristo, que escrevia no chão com o dedo, segundo o Evangelista que testemunhou o facto, é por Ele quebrado, quando ao erguer-se, pronuncia a sentença:

" - Aquele que dentre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra."

A multidão fica em choque. Não esperava por isso. Era um conjunto de seres-instinto , comandados pelas sensações. Egocêntricos e violentos, haviam desafiado o homem-razão, que no dizer do Espírito Manoel Philomeno de Miranda são homens que
"pensam com calma nas circunstâncias mais graves, desenvolvendo o sentimento do altruísmo". (5) Ao pronunciar a sentença inesquecível o objectivo do Mestre é terapeutico e pedagógico: busca desenvolver nos acusadores a postura da empatia , de se colocarem no lugar daquela mulher, compreendendo as suas lutas e estimulando-os a serem empáticos , embora tenham preferido ser egocêntricos. Assim, os fariseus e seus liderados, desafiados agora pelo Cristo, que lhes submete a Lei de todos os tempos, de todos os mundos, a Lei das Causas e dos Efeitos, retiram-se vencidos.

Dirige-se, então, à mulher:
" - Onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? Nem Eu tão pouco te condenarei.
Vai, e não peques mais."


É toda a expressão da afectividade . O Mestre não a condena. Orienta, conversa, interage, respeita a situação difícil daquela mulher, preocupando-se com ela. Sabe que está sujeita aos mecanismos da Lei Divina e que "de nada adianta apedrejar o corpo e sim apedrejar a consciência, lapidando-a através de acções renovadoras".

O Espírito Amélia Rodrigues, através do médium Divaldo Franco (6) , narra que naquele mesmo dia, à noite, Jesus teria o Encontro da Reparação com aquela mulher, quando se estabelece um diálogo motivador, e o Mestre busca elevar a sua auto-estima, afectada pelo acontecimento que poderia destruir a sua vida, comprometendo a oportunidade reencarnatória. A misericórdia do Cristo, através da aplicação da empatia, da afectividade e da auto-estima, motivaria aquela alma sofrida a vivenciar uma existência renovada, agora nas directrizes do amor e da caridade.



(1) - KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo.
       117 ed.FEB, cap.X, item 19, p.180.

(2) - FRANCO, Divaldo. Vida Feliz
       pelo Espírito Joanna de Ângelis. 12.ed. LEAL, p.53.

(3) - MASLOW, Abraham H. Uma Teoria da Motivação Humana
       O Comportamento Humano na Empresa.
       BALCÃO, Yolanda Ferreira.
       CORDEIRO, Laerte Leite. 2.ed. FGV, p.337.



(4) - PASTORINO, C. Torres. Sabedoria do Evangelho.
       Ed. Sabedoria, 1977, volume 5, p.71.

(5) - FRANCO, Divaldo P. Loucura e Obsessão
       pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. 7.ed. LEAL,
       p.241.

(5) - Franco, Divaldo C. Pelos Caminhos de Jesus
       pelo Espírito Amélia Rodrigues. 1.ed. LEAL, p.131.

domingo, 29 de julho de 2012

NO MOMENTO DE JULGAR

no  MOMENTO  DE  JULGAR
                                               
Emmanuel

No momento de julgar alguém, como poderás julgar esse alguém, de todo, se não conheces tudo?
Terá sucedido um crime, estarrecendo a multidão.
Suponhamos que um homem desequilibrado haja posto uma bomba em certa casa, no intuito de destruir-lhe os moradores. Entretanto, por trás dele estão aqueles que fabricaram o engenho mortífero; os que o conservaram para utilização em momento oportuno; os outros que lhe identificaram o perigo, aprovando-lhe a existência; e aqueles outros ainda que, indiferentes,lhe acompanharam o fogo no estopim, se a mínima disposição de apagá-lo.
De que maneira medirias o remorso do espírito de um homem assassinado, na hipótese desse mesmo assassinado haver provocado o seu contendor até que o antagonista lhe furtasse o corpo, num instante de insanidade? E como observarias o pesar do semelhante, à vezes, ilhado no fundo de uma penitenciária, na posição de um vivo-morto, quando o imaginado morto permanece vivo? E com que metro verificarias o sofrimento de um e outro?
Com que pancadas ou palavras agressivas conseguirias punir, durante algumas horas, a criatura menos feliz que já carrega em si o tormento da culpa, à feição de suplício que lhe atenaza o coração, noite e dia?
Ante a queda moral de alguém, é mais razoável entrarmos para logo no assunto, na condição de partícipes dela, antes que nos alcemos à indébita função de censores.
Não precisaríamos tanto de justiça, se não praticássemos a injustiça e nem tanto de medicina se não tivéssemos doença.
Necessitaríamos, porventura, na Terra, de tantas e tão multiplicadas lições, em torno do bem, se o mal não nos armasse riscos, quase que em todas as direções do Planeta?
E onde estão aqueles que estejam usufruindo a glória da instalação segura no bem, sem o prejuízo de algum mal, ou aqueles outros que atravessam os espinheiros do mal, sem a vantagem de algum bem?
No momento de julgar, peçamos a Inspiração da Providência Divina para os magistrados que as circunstâncias vestiram com a toga, a fim de que acertem, nas suas decisões,em louvor do equilíbrio geral, porquanto é tão delicado o encargo de juiz chamado a interferir no corpo da ordem social, quão difícil é a tarefa do cirurgião convocado para interferir no corpo físico.
E quanto a nós outros, os que não somos trazidos a sentenças de lei, já que não nos achamos compromissados para isso, usemos a sobriedade e a compaixão em todos os nossos processos de vivência pessoal no cotidiano, conscientes, quanto devemos estar, de que os justos são as âncoras dos injustos e de que os bons constituem a esperança para todos aqueles que a maldade ensandece.
No momento de julgar, ainda que te coloquem no último banco, entre os últimos réus, e mesmo que se te negue o direito de defender a própria consciência edificada e tranqüila, a ninguém condenes, nem mesmo àqueles que, porventura, te condenem.
Usa sempre a misericórdia e acertarás.
Digitado por: Ismael Soares de Almeida

O TÚNEL MEDIÚNICO

Irmão Saulo

 Na hora em que a descoberta da antimatéria pela Física levanta a hipótese dos universos duplos, cientificamente elaborada, a imagem do túnel mediúnico reveste-se de maior expressão. Essa imagem é também uma elaboração científica, e por sinal do eminente físico inglês Sir Oliver Lodge que sustentou o seguinte: Vivemos num mundo só, num verdadeiro Universo, mas que deve ser compreendido como Universo, dividido em duas partes. De um lado fica a planície dos Homens e do outro o planalto dos Espíritos. Dividindo as duas regiões ergue-se a montanha desconhecida.
A curiosidade humana é imensa e desde todos os tempos os homens vêm cavando e perfurando a base da montanha no anseio de ver o que existe do outro lado.Pouco a pouco um túnel foi sendo aberto. E de súbito os homens começaram a ouvir pancadas surdas que vinham ao seu encontro. São os moradores do planalto que, impelidos pela mesma curiosidade, perfuram também o seu túnel. Dia a dia as pancadas se tornam mais audíveis de lado a lado. As duas equipes se aproximam e chegamos no momento em que a abertura do túnel se torna iminente.
Essa imagem encontra o referendo atual da hipótese físico-astronômica dos Universo duplos. Isaac Azimov, em seu livro “O Universo”, considerando que as partículas de antimatéria produzidas em laboratório explodem ao encontrar-se com partículas correspondentes de matéria,numa explosão dupla, em que as duas se desintegram, propõe a existência de um elemento intermediário que ao mesmo tempo separa e liga os dois universos. Esses elementos corresponde à teoria do fluido universal no Espiritismo, tendo as mesmas características genéticas, dinâmicas e funcionais desse fluido.
Por outro lado, essas características são as mesmas do perispírito, elemento procedente do fluido universal e que serve de ligação entre o espírito e o corpo,na constituição psicossomática do homem. E é graças a esse elemento intermediário que ocorrem os fenômenos mediúnicos, permitindo a comunicação dos Espíritos através de pessoas especialmente sensíveis,como no caso de Francisco Cândido Xavier. O túnel mediúnico se abre, assim, pelo duplo esforço dos médiuns e dos espíritos,no anseio recíproco de vencerem a morte e a separação, para atingirem a era cósmica da comunicação transespaciais e transtemporal.
Nesse irrefreável e surdo processo, que se desenvolve nas profundezas do próprio homem,à revelia da sua cultura sensorial e portanto exterior, os Espíritos se mostram mais interessados no desenvolvimento moral da Humanidade Terrena. Isso porque a evolução intelectual do homem já o capacita para a integração na Humanidade Cósmica, que povoa os Universos duplos pelo Infinito. Essa a razão por que Chico Xavier, no seu trabalho psicográfico de mais de 40 anos, tendo publicado até agora 116 livros, além de milhares de mensagens incursionando várias vezes pelo campo das Ciências - recebe maior quantidade de comunicações de natureza filosófica e moral.


Livro “Chico Xavier pede licença” Psicografia Francisco C. Xavier Autores diversos