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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

NÃO ESTRAGUE SEU DIA


       André Luiz
    
A sua irritação não solucionará problema algum.
As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.
Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.
O seu mau humor não modifica a vida.
A sua dor não impedirá que o Sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.
A sua tristeza não iluminará os caminhos.
O seu desânimo não edificará a ninguém.
As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.
As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.
Não estrague o seu dia.
Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o Infinito Bem.
      ( Do Livro Agenda Cristã, de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier)
 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

NA EDIFICAÇÃO DA FÉ


Emmanuel

 
Ninguém edificará o santuário da fé no coração, sem associar-se, com toda alma, ao trabalho, naquilo que o trabalho oferece de belo e de superior dentro da vida.
                                                                     *
Para alcançar, porém, a divina construção, não nos basta os primores intelectuais, a eloqüência preciosa, o êxtase contemplativo ou a desenvoltura dos cálculos no campo da inteligência.
                                                                     *
Grandes gênios do raciocínio são, por vezes, demônios da tirania e da morte.
                                                                     *
Admiráveis doutrinadores, em muitas ocasiões, são vitrinas de palavras brilhantes e vazias.
                                                                     *
Muitos adoradores da Divindade, frequentemente, mergulham na preguiça a pretexto de cultuar a Glória Celeste.
                                                                     *
Famosos matemáticos, não raro, são símbolos de sagacidade e exploração inferior.
                                                                     *
Amemos o trabalho que a Eterna Sabedoria nos conferiu, onde nos situamos, afeiçoando-nos à sua execução sempre mais nobre, cada dia, e seremos premiados pela grande compreensão, matriz abençoada de toda a confiança, de toda a serenidade e de todo o engrandecimento do espírito.
                                                                     *
Para penetrar os segredos da estatuária, o escultor repete os golpes do buril milhões de vezes.
                                                                     *
Para produzir o vaso de que se orgulhará em sua missão bem cumprida, o oleiro demora-se infinitamente ao contato da argila.
                                                                     *
Para expor as peças com que enriquecerá o conforto humano, o carpinteiro, de mil modos, recapitulará o aprimoramento do tronco bruto.
                                                                     *
Não te queixes se a fé ainda te não cora a razão.
                                                                     *
Consagra-te aos pequeninos sacrifícios, na esfera de tuas diárias obrigações, à frente dos outros, cede de ti mesmo, exercita a bondade, inflama o otimismo por onde passes, planta a gentileza ao redor de teus sonhos, movimenta-te no ideal de sublimação que elegeste para lavo de teu destino...
                                                                     *
Aprende a repetir para que te aperfeiçoes...
                                                                     *
Não vale fixar indefinidamente as estrelas, amaldiçoando as trevas que ainda nos cercam.
                                                                     *
Acendamos a vela humilde de nossa boa vontade, no chão de nossa pobreza individual, para que as sombras terrestres diminuam e o esplendor solar sintonizar-se-á com a nossa flama singela.
                                                                     *
A tomada insignificante é o refletor da usina, quando ligada aos seus poderosos padrões de força.
                                                                     *
Confessemos Jesus em nossos atos de cada hora, renovando-nos com ELE, avançando felizes em SEU roteiro de renunciação, auxiliando a todos e servindo cada vez mais, em SEU NOME, e, de inesperado, reconheceremos nossa alma inundada por alegria indizível e por silenciosa luz...
                                                                     *
É que o trabalho de comunhão como o Mestre terá realizado em nós a Sua Obra Gloriosa e a fé perfeita e divina, por tesouro inalienável, brilhará conosco, definitivamente incorporada à nossa vida e ao nosso coração.

Da Obra “A Verdade Responde” – Espíritos: Emmanuel E André Luiz – Médium: Francisco Cândido Xavier
Digitado por: Lúcia Aydir
 

HOJE É O DIA


Emmanuel

 
Ainda que te encontres inteiramente penhorado à Justiça, à face dos débitos em que te resvalaste até ontem, lembra-te de que o Amor Infinito do Pai Celestial te concede a bênção do "hoje" para que possas solver e renovar.
*
O penitenciário na grade que o exclui do convívio doméstico pode, por seu comportamento, gerar a compaixão e a simpatia daqueles que o observa, caminhando com mais segurança no retorno à própria libertação.
*
O enfermo algemado ao catre do infortúnio, pelo respeito com que recebe os Desígnios Divinos, pode amealhar preciosos valores em auxílio à cooperação, em favor da própria tranqüilidade.
*
E ambos, o prisioneiro e o doente, no esforço de reconquistar-se, pela nobreza com que se recolhem as dores das próprias culpas, estendem a outras almas os benefícios que já entesouraram.
*
Recorda que o dia de melhorar é este mesmo em que nos achamos, uns à frente dos outros, respirando o mesmo clima de regeneração e de luta.
*
Nem ontem, nem amanhã, mas agora...
*
Agora, é o momento de levantar os caídos e os tristes, e de amparar os que padecem o frio da adversidade e a tortura da expiação...
*
Agora, é o instante de revelar paciência com os que se tresmalharam no erro, de cultivar humildade à frente do orgulho e devotamento fraternal diante da insensatez...
*
Ainda que tudo te pareça na atualidade terrestre sombra e derrota, cadeia e desalento, ergue a Deus o teu coração em forma de prece e roga-LHE forças para fazer luz e confiança onde a treva e o desespero dominam, porque, se ontem foi o tempo de nossa morte na queda, hoje é o dia de nossa abençoada ressurreição.

Da Obra “A Verdade Responde” – Espíritos: Emmanuel E André Luiz – Médium: Francisco Cândido Xavier
Digitado por: Lúcia Aydir
 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Dívida agravada. "...Que paraíso haverá para os corações maternos que choram, além do túmulo, senão a presença dos filhos abençoados, embora esses muitas vezes lhes ocasionam longos dias de angústia? Compadece-te de mim, tua mãe, por enquanto, sentenciada ao sofrimento pelo amor com que te ama!...

Trecho de uma história para refletirmos sobre o que é uma dívida agravada e a importância de não desanimarmos em nossas lutas diárias para o nosso aperfeiçoamento e harmonização com os nossos irmãos de jornada evolutiva.

Do capítulo " Dívida Agravada"

[...]Nesse ponto da conversação, fomos interrompidos por dezenas de braços ressequidos a implorarem socorro.
        Silas fitava-os, compadecido, mas sem se deter, até que nosso passo foi cortado por apressada mulher, exclamando, ansiosa:

         -Assistente Silas! Assistente Silas!...

         Nosso amigo identificou-a, porque, parando de súbito, estendeu-lhe a destra amiga, murmurando:

         -Luísa, a que vens?

         Defrontavam-se em ambos a curiosidade e a aflição.

         A senhora desencarnada, com sinais de irreprimível angústia, gritou sem preâmbulos:

         -Socorro!...Socorro!...Minha filha, minha pobre Marina esmorece...Tenho lutado com todas as minhas forças para furta-la ao suicídio, mas agora me sinto enfraquecida e incapaz...

         Os soluços sufocaram-lhe a garganta, inibindo-lhe a voz.

         -Fala! – disse o orientador de nossa excursão, em tom imperativo, como se o alarme daquele instante lhe obscurecesse a serenidade mental, imprescindível ao entendimento da nova situação.

         A infeliz ajoelhada agora ergueu os olhos lacrimosos e suplicou:

         -Assistente pordoe-me a insistência em falar-lhe de meu infortúnio, mas sou mãe...Minha desventurada filha pretende matar-se esta noite, comprometendo-se, ainda mais, com as trevas da sua consciência!...

         Silas aconselhou-lhe a volta ao lar terreno, como lhe fosse possível, e, dando-nos as mãos, promoveu a viagem rápida para o objetivo a que devíamos atender.

         Em caminho, informou:

         -Trata-se de companheira da Mansão, reencarnada há quase trinta anos, sob os auspícios de nossa casa,. Prestar-lhe-emos o necessário auxílio, ao mesmo tempo em que vocês poderão examinar um problema de débito agravado.

         Notando que o nosso amigo entrara em silêncio, meu colega externou:

         -É impressionante observar o número de mulheres em trabalho de oração e assistência nessas paragens...

         Preocupado qual se achava, nosso generoso companheiro tentou ensaiar um sorriso que lhe não chegou aos lábios, e juntou:

         -Grande verdade...Raras esposas e raras mães demandam às regiões felizes sem os doces afetos que acalentam no seio...O imenso amor feminino é uma das forças mais respeitáveis na Criação divina.

         Todavia, não houve mais tempo para qualquer outra divagação.

         Atingíramos no plano físico; pequena moradia constituída de três peças desativadas e estreitas.

         O relógio acusava alguns minutos depois de zero hora.

         Acompanhando Silas, cuja presença deslocou diversas entidades da sombra que ali se ajuntavam com a manifesta intenção de perturbar, ingressamos num quarto humilde.

         Percebemos, sem palavras, que o problema era efetivamente desolador.

         Junto de jovem senhora agoniada e exausta, uma menina de dois a três anos choramingava, inquieta... Via-se-lhe nos olhos esgazeados e inconscientes o estigma dos que foram marcados por irremediável sofrimento ao nascer.    

         Contudo, através da preocupação indisfarçável de Silas, era fácil reconhecer que a pobre senhora era o caso mais urgente para os nossos cuidados.

         A infeliz, de joelhos, beijava sofregamente a pequenina, mostrando a indefinível angústia dos que se despedem para sempre.

         Logo após, em movimento rápido, tomou de um copo em que se encontrava beberagem cujo teor tóxico não nos deixava qualquer dúvida. Antes, porém de cola-lo à boca em febre, eis que o Assistente lhe disse em voz segura:

         -Como podes pensar na sombra da morte, sem a luz da oração?

         A desventurada não lhe ouvia a pergunta com os tímpanos de carne, mas a frase de Silas invadiu-lhe a cabeça qual rajada violenta.

         Lampejaram-lhe os olhos novo brilho e o copo tremeram-lhe nas mãos, agora indecisas.

         Nosso orientador estendeu-lhe os braços envolvendo-a em fluídos anestesiantes de carinho e bondade.

         Marina, pois era ela a irmã para quem aflito coração materno suplicara socorro, dominada de novos pensamentos, recolocou o perigoso recipiente no lugar primitivo e, sob a vigorosa influência do diretor de nossa excursão, levantou-se automaticamente e estirou-se ao leito, em prece...

-“Deus meu, Pai de Infinita Bondade – Implorou em voz alta -, compadece-te de mim e perdoa-me o fracasso! Não suporto mais... Sem minha presença, meu marido viverá mais tranqüilo no leprosário e minha desventurada filhinha encontrará corações caridosos que lhe dispensem amor... Não tenho mais recursos... Estou doente... Nossas contas esmagam-me... Como vencer a enfermidade que me devora, obrigada a costurar sem repouso, entre o marido e a filhinha que me reclamam assistência e ternura?...”

Silas administrava-lhe passes magnéticos de prostração e, induzindo-a a ligeiro movimento do braço, fez que ela mesma, num impulso irrefletido, batesse com força no copo fatídico, que rolou no piso do quarto, derramando o líquido letal.

         Em lágrimas copiosas, a pobre criatura insistiu, desolada:

-Ó Senhor, compadece-te de mim!...

Reconhecendo no próprio gesto impensado a manifestação de uma força estranha a entravar-lhe a possibilidade da morte deliberada naquele instante, passou a orar em silêncio, com evidentes sinais de temos e remorso, atitude mental essa que lhe acentuava a passividade e da qual se valeu o Assistente para conduzi-la ao sono provocado.

         Silas emitiu forte jacto de energia fluídica sobre o córtex encefálico dela, e a moça, sem conseguir explicar a si mesma a razão do torpor que lhe invadia o campo nervoso, deixou-se adormecer pesadamente, qual se houvera sorvido violento narcótico.

         O Assistente interrompeu a operação socorrista e falou-nos bondoso:

         -Temos aqui asfixiante problema de contra agravada.

         E designando a jovem mãe, agora extenuada, continuou:

         -Marina veio de nossa Mansão para auxiliar a Jorge e Zilda, dos quais se fizera devedora. No século passado, interpôs-se entre os dois, quando recém-casados, impelindo-os a deploráveis, leviandades que lhes valeram angustiosa demência no Plano Espiritual. Depois de longos padecimentos e desajustes, permitiu o Senhor que muitos amigos intercedessem, junto aos Poderes Superiores, para que se lhes recompusesse o destino, e os três renasceram no mesmo quadro social, para o trabalho regenerativo. Marina, a primogênita do lar de nossa irmã Luísa, recebeu a incumbência de tutela a irmãzinha menor, que assim se desenvolveu ao calor de seu fraternal carinho, mas, quando moças feitas, há alguns anos, eis que, segundo o programa de serviço traçado antes da reencarnação, a jovem Zilda reencontra Jorge e reatam, instintivamente, os elos afetivos do pretérito. Ama-se com fervor e confia-se ao noivado. Marina, porém, longe de corresponder às promessas esposadas no Mundo Maior, pelas quais lhe cabia amar o mesmo homem, no silêncio da renúncia construtiva, amparando a irmãzinha, outrora repudiada esposa, nas lutas purificadoras que a atualidade lhe ofertaria, passou a maquinar projetos inconfessáveis, tomada de intensa paixão. Completamente cega e surda aos avisos de sua consciência, começou a envolver o noivo da irmã em larga teia de seduções e, atraindo para o seu escuso objetivo o apoio de entidades caprichosas e enfermiças, por intermédio de doentios desejos, passou a hipnotizar o moço, espontaneamente, com o auxílio dos vampiros desencarnados, cuja companhia aliciara sem perceber... E, Jorge, inconscientemente dominado, transferiu-se do amor por Zilda à simpatia por Marina, observando que a nova afetividade lhe crescia assustadoramente no íntimo, sem que ele mesmo pudesse controlar-lhe a expansão...Decorridos breves meses dedicavam-se ambos a encontros ocultos, nos quis se comprometeram um com o outro na maior intimidade...Zilda notou a modificação do rapaz, mas procurava, desculpar-lhe a indiferença à conta de cansaço no trabalho e dificuldades na vida familiar. Todavia, em faltando apenas duas semanas para a realização do consórcio, surpreende-se a pobrezinha com a inesperada e aflitiva confissão... Jorge expõe-lhe a chaga que lhe excrucia o mundo interior... Não lhe nega admiração e carinho, mas desde muito reconhece que somente Marina deve ser-lhe a companheira no lar. A noiva preterida sufoca o pavoroso desapontamento que a subjuga a, aparentemente, não se revolta. Ms, introvertida e desesperada, consegue na mesma noite do entendimento a dose de formicida com que põe termo à existência física. Alucinada de dor, Zilda desencarnada foi recolhida por nossa irmã Luísa, que já se achava antes dela em nosso mundo, admitida na Mansão pelos méritos maternais. A genitora desditosa rogou o amparo de nossos Maiores. Na posição de mãe, apiedava-se de ambas as jovens, de vez que a filha traidora, aos seus olhos era mais infeliz que a filha escarnecida, embora esta última houvesse adquirido o grave débito dos suicidas, em seu caso atenuado pela alienação mental em que a moça se vira, sentenciada sem razão a inqualificável abandono... Examinado o assunto, carinhosamente, pelo Ministro Sânzio, que conhecemos pessoalmente, determinou ele que Marina fosse considerada devedora em contra agravada por ela mesma. E, logo após a decisão, providenciou a fim de que Zilda fosse recambiada ao lar para receber aí os cuidados merecidos. Marina falhara na prova de renúncia em favor da irmã que lhe era credora generosa, mas condenara-se ao sacrifício pela mesma irmãzinha, agora imposta pelo aresto da Lei ao seu convívio na situação de filha terrivelmente sofredora e imensamente amada. Foi assim que Jorge e Marina, livres, casaram-se, recolhendo da Terra a comunhão afetiva pela qual suspiravam; entretanto dois anos após o enlace, receberam Zilda em rendado berço, como filhinha estremecida. Ms... Desde os primeiros meses do rebento adorado, identificaram-lhe as dolorosas prova. Zilda, hoje chamada Nilda, nasceu surda-muda e mentalmente retardada, em conseqüência do trauma perispirítico experimentado na morte por envenenamento voluntário. Inconsciente e atormentada nos refolhos do ser pelas recordações asfixiantes do passado recente chora quase que dia e noite... Quanto mais sofre, porém, mais ampla ternura recolhe dos pais que a amam com extremados desvelos de compaixão e carinho... A vida corria-lhe regularmente, não obstante atribulada pelas provas naturais do roteiro, quando, há meses, Jorge foi apartado para o leprosário, onde se encontra em tratamento. Desde então, entre o esposo doente e a filhinha infeliz, Marina, em seu débito agravado, padece o abatimento em que a encontramos, martelada igualmente pela tentação do suicídio.

         Silenciou o Assistente.

         Achávamo-nos, eu e o Hilário, assombrados e comovidos.

         O problema era doloroso do ponto de vista humano, contudo encerrava precioso ensinamento da Justiça Divina.

         Silas acariciou a moça prostrada e acentuou:

         -Auxiliar-nos-á o Senhor para que se recupere e reanime.

         Nesse instante, a irmã Luísa penetrou no recinto entre deprimida e ansiosa.

         Inteirou-se de todas as ocorrências e agradeceu, enxugando as lágrimas.

         Silas, no entanto, interessado em conduzir o socorro até ao fim, administrou novos recursos magnéticos à mãezinha debilitada, e então presenciamos um quadro inesquecível.

         Marina ergueu-se em Espírito sobre o corpo somático e pousou em nós o olhar vago e inexpressivo...

         Nosso diretor, porém, com o despertar-lhe as percepções do Espírito, afagaram-lhe as pupilas, com as mãos aureoladas de fluídos luminescentes e, de repente, à maneira do cego que retorna à visão, a pobre criatura viu a genitora que lhe estendia os braços amigos e carinhosos. Com lágrimas a lhe correrem dos olhos, refugiou-se-lhe no regaço, gritando de alegria:

         -Mãe! Minha mãe!...Pois és tu?

         Luísa acolheu-a docemente no colo afetuoso, qual se o fizesse a uma criança doente e, mal reprimindo a emoção, falou-lhe, triste:

         -Sim, filha querida; sou eu, tua mãe!... Rendamos graças a Deus por este minuto de entendimento.

         E, beijando-a ternamente, embora aflita, continuou:

         -Por que o desânimo, quando a luta apenas começa? Ignoras que a dor é a nossa custódia celestial? Que seria de nós, Marina, se o sofrimento não nos ajudasse a sentir e raciocinar para o bem? Regozija-te no combate que nos acrisola e salva para a obra de Deus... Não convertas o amor em inferno para ti mesma e nem creias consigas aliviar o esposo e a filhinha com a ilusão da fuga impensada. Lembra-te de que o Senhor transforma o veneno de nossos erros em remédio salutar para o resgate de nossas culpas... As enfermidades de nossas Jorge e as provações de nossa Nilda constituem não somente o caminho abençoado de elevação para eles mesmos, mas igualmente para teu espírito que se lhes associa à experiência na trama da redenção!... Aprende a sofrer com humildade para que a tua dor não seja simplesmente orgulho ferido... Que fizeste do brio de mulher e do devotamento de mãe? Olvidaste o culto da oração que o lar te ensinou? Enganaste-te, assim tanto, para abraçar a covardia como glória moral? Ainda é tempo!... Levanta-te, desperta, luta e vive!... Vive para recuperar a dignidade feminina que tisnaste coma nódoa da traição...Recorda a irmãzinha que partiu, acabrunhada ao peso do fardo de aflição que lhe impuseste, e paga em desvelo e sacrifício, ao pé da filhinha doente, a conta que deves à Eterna Justiça!... Humilha-te e resgata a própria consciência, com o preço da expiação dolorosa, mas justa...Trabalha e serve, esperando em Jesus, porque o Divino Médico te restituirá a saúde do esposo, para que, juntos, possamos conduzir a pequenina enferma ao porto da necessária restauração. Não penses estar sozinha, nas longas e ermas noites em que te divides entre a vigília e a desolação!...Comungamos os mesmos sonhos, partilhamos as mesmas lutas!... Que paraíso haverá para os corações maternos que choram, além do túmulo, senão a presença dos filhos abençoados, embora esses muitas vezes lhes ocasionam longos dias de angústia? Compadece-te de mim, tua mãe, por enquanto, sentenciada ao sofrimento pelo amor com que te ama!...

         Calou-se Luísa, pois que singultos incessantes lhe abafaram a voz.

         Marina, agora, ajoelhada e lacrimosa, osculava-lhe as mãos, clamando em súplica:

         -Mãe querida, perdoa-me! Perdoa-me!...

         Luísa ergueu-a com esforço e, dando-nos idéia dos calvários maternais que costumam prender as grandes mulheres, depois da morte, conduziu-a em passos vacilantes até à criança enferma e, acarinhando a fronte da pequenina, empapada de suor, implorou, humilde:

         -Filha querida, não procure a porta falsa da deserção... Vive para tua filhinha, como permite o Senhor para eu continuar vivendo por ti...

         A moça, renovada, rojou-se sobre a menina triste, mas, como se a emotividade daquela hora lhe sufocasse a mente desperta, foi repentinamente atraída pelo corpo de carne, como o grânulo de ferro pelo imã, e vemo-la acordar, em pranto copioso, bradando, inconsciente:

         -Minha filha!...Minha filha!...

         O Assistente, respeitoso, despediu-se de Luísa e afirmou:

         -Louvado seja Deus! Nossa Marina ressurge, transformada.

         Afastamo-nos sem palavras.

         Lá fora, no céu, nuvens distantes coroavam-se de luz aos clarões purpúreos da aurora e, de alma embriagada de reconhecimento e esperança, meditei na Infinita Bondade de Deus, que faz raiar, depois de cada noite, a bênção do novo dia.

 
Livro: Ação e Reação 
André Luiz , espírito e psicografado por Chico Xavier

 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Perispírito, Densidade, Centro de Força e enfermidade segundo Clarêncio

O texto abaixo é uma instrução de Clarêncio sobre o perispírito , seus centro de forças e de sua densidade retirado do Livro Entre a Terra e o Céu

(...)‑ Como não desconhecem, o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo electromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado. Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, conseqüentemente, o «habitat» que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela a condição da mente, mais fraco é o influxo vibratório do pensamento, induzindo a compulsória aglutinação do ser às regiões da consciência embrionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhe são afins. O crescimento do influxo mental, no veículo electromagnético em que nos movemos, após abandonar o corpo terrestre, está na medida da experiência adquirida e arquivada em nosso próprio espírito. Atentos a semelhante realidade, é fácil compreender que sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações, conforme o tipo de pensamento que nos flui da vida íntima. Quanto mais nos avizinhamos da esfera animal, maior é a condensação obscurecente de nossa organização, e quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no rumo das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nosso envoltório, que passa a combinar-se facilmente com a beleza, com a harmonia e com a luz reinantes na Criação Divina.
Ouvíamos as preciosas explicações, enlevados, mas Clarêncio, reparando que não nos cabia fugir do quadro ambiente, voltou-se para a garganta enferma de Júlio e continuou:
‑ Não nos afastemos das observações práticas, para estudar com clareza os conflitos da alma. Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais. Apliquemos à nossa aula rápida, tanto quanto nos seja possível, a terminologia trazida do mundo, para que vocês consigam fixar com mais segurança os nossos apontamentos. Analisando a fisiologia do perispírito, classifiquemos os seus centros de força, aproveitando a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre. Temos, assim, por expressão máxima do veículo que nos serve presentemente, o «centro coronário» que, na Terra, é considerado pela filosofia hindu como sendo o lótus de mil pétalas, por ser o mais significativo em razão do seu alto potencial de radiações, de vez que nele assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência. Esse centro recebe em primeiro lugar os estímulos do espírito, comandando os demais, vibrando todavia com eles em justo regime de interdependência. Considerando em nossa exposição os fenômenos do corpo físico, e satisfazendo aos impositivos de simplicidade em nossas definições, devemos dizer que dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo o responsável pela alimentação das células do pensamento e o provedor de todos os recursos electromagnéticos indispensáveis à estabilidade orgânica. É, por isso, o grande assimilador das energias solares e dos raios da Espiritualidade Superior capazes de favorecer a sublimação da alma. Logo após, anotamos o «centro cerebral», contíguo ao «centro coronário», que ordena as percepções de variada espécie, percepções essas que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à Palavra, à Cultura, à Arte, ao Saber. É no «centro cerebral» que possuímos o comando do núcleo endocrínico, referente aos poderes psíquicos. Em seguida, temos o «centro laríngeo», que preside aos fenômenos vocais, inclusive às atividades do timo, da tireóide e das paratireóides. Logo após, identificamos o «centro cardíaco», que sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral. Prosseguindo em nossas observações, assinalamos o «centro esplênico» que, no corpo denso, está sediado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos. Continuando, identificamos o «centro gástrico», que se responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização e, por fim, temos o «centro genésico», em que se localiza o santuário do sexo, como templo modelador de formas e estímulos.
O instrutor fêz pequena pausa de repouso e prosseguiu:
‑ Não podemos olvidar, porém, que o nosso veículo sutil, tanto quanto o corpo de carne, é criação mental no caminho evolutivo, tecido com recursos tomados transitoriamente por nós mesmos aos celeiros do Universo, vaso de que nos utilizamos para ambientar em nossa individualidade eterna a divina luz da sublimação, com que nos cabe demandar as esferas do Espírito Puro. Tudo é trabalho da mente no espaço e no tempo, a valer-se de milhares de formas, a fim de purificar-se e santificar-se para a Glória Divina.
Clarêncio afagou a garganta doente do menino, dando-nos a idéia de que nela fixava o objeto de nossas ligações, e aduziu:
‑ Quando a nossa mente, por atos contrários à Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força de nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante, obrigando-se ao trabalho de reajuste. No caso de Júlio, observamo-lo como autor da perturbação no «centro laríngeo», alteração que se expressa por enfermidade ou desequilíbrio a acompanhá-lo fatalmente à reencarnação.
‑ E como sanará ele semelhante deficiência? – perguntei, edificado com os esclarecimentos ouvidos.
Com a serenidade invejável de sempre, o Ministro ponderou:
‑ Nosso Júlio, de atenção encadeada à dor da garganta, constrangido a pensar nela e padecendo-a, recuperar-se-á mentalmente para retificar o tônus vibratório do «centro laríngeo», restabelecendo-lhe a normalidade em seu próprio favor.
E decerto para gravar, com mais segurança, a elucidação, concluiu:
‑ Júlio renascerá num equipamento fisiológico deficitário que, de algum modo, lhe retratará a região lesada a que nos reportamos. Sofrerá intensamente do órgão vocal que, sem dúvida, se caracterizará por fraca resistência aos assaltos microbianos, e, em virtude de o nosso amigo haver menosprezado a bênção do corpo físico, será defrontado por lutas terríveis, nas quais aprenderá a valorizá-lo.
Em seguida, porém, o instrutor desdobrou várias operações magnéticas, a benefício do pequeno enfermo, que se mantinha calmo, e, com os agradecimentos das duas solícitas irmãs que nos ouviam, atentamente, despedimo-nos de retorno ao nosso domicílio espiritual.(cap 20 Conflitos da alma do livro Entre a Terra e o Céu).

Trechos concernente as lições supracitadas no capítulo anterior.
(...) ‑ Compete-nos, então – observou Hilário, atencioso ‑, atribuir importante papel às enfermidades na esfera humana. Quase todas estarão no mundo, desempenhando expressivo papel na regeneração das almas.
‑ Exatamente.
‑ Cada «centro de força» ‑ ponderei – exigirá absoluta harmonia, perante as Leis Divinas que nos regem, a fim de que possamos ascender no rumo do Perfeito Equilíbrio ...
‑ Sim – confirmou Clarêncio ‑, nossos deslizes de ordem moral estabelecem a condensação de fluidos inferiores de natureza gravitante, no campo electromagnético de nossa organização, compelindo-nos a natural cativeiro em derredor das vidas começantes às quais nos imantamos.
Hilário, conduzindo mais longe as próprias divagações, perguntou:
‑ Imaginemos, contudo, um homem puramente selvagem, a situar-se em plena ignorância dos Desígnios Superiores, que se confia a delitos indiscriminados ... Terá nos tecidos sutis da alma as lesões cabíveis a um europeu supercivilizado, que se entrega à indústria do crime?
Clarêncio sorriu, compreensivo, e acentuou:
‑ Sigamos devagar. Comentávamos, ainda há pouco, o problema da evolução. Assim como o aperfeiçoado veículo do homem nasceu das formas primárias da Natureza, o corpo espiritual foi iniciado também nos princípios rudimentares da inteligência. É necessário não confundir a semente com a árvore ou a criança com o adulto, embora surjam na mesma paisagem da vida. O instrumento perispirítico do selvagem deve ser classificado como protoforma humana, extremamente condensado pela sua integração com a matéria mais densa. Está para o organismo aprimorado dos Espíritos algo enobrecidos, como um macaco antropomorfo está para o homem bem-posto das cidades modernas. Em criaturas dessa espécie, a vida moral está começando a aparecer e o perispírito nelas ainda se encontra enormemente pastoso. Por esse motivo, permanecerão muito tempo na escola da experiência, como o bloco de pedra rude sob marteladas, antes de oferecer de si mesmo a obra-prima ... Despenderão séculos e séculos para se rarefazerem, usando múltiplas formas, de modo a conquistarem as qualidades superiores que, em lhes sutilizando a organização, lhes conferirão novas possibilidades de crescimento consciencial. O instinto e a inteligência pouco a pouco se transformam em conhecimento e responsabilidade e semelhante renovação outorga ao ser mais avançados equipamentos de manifestação ... O prodigioso corpo do homem na Crosta Terrestre foi erigido pacientemente, no curso dos séculos, e o delicado veículo do Espírito, nos planos mais elevados, vem sendo construído, célula a célula, na esteira dos milênios incessantes ...
E, com um olhar significativo, Clarêncio concluiu:
‑ ... até que nos transfiramos de residência, aptos a deixar, em definitivo, o caminho das formas, colocando-nos na direção das esferas do Espírito Puro, onde nos aguardam os inconcebíveis, os inimagináveis recursos da suprema sublimação.
Calara-se o instrutor, mas o assunto era por demais importante para que eu me desinteressasse dele apressadamente.
Recordei os inúmeros casos de moléstia obscuras de meu trato pessoal e aduzi:
‑ Decerto a Medicina escreveria gloriosos capítulos na Terra, sondando com mais segurança os problemas e as angústias da alma ...
‑ Gravá-los-á mais tarde – confirmou Clarêncio, seguro de si. – Um dia, o homem ensinará ao homem, consoante as instruções do Divino Médico, que a cura de todos os males reside nele próprio. A percentagem quase total das enfermidades humanas guarda origem no psiquismo.
Sorridente, acrescentou:
‑ Orgulho, vaidade, tirania, egoísmo, preguiça e crueldade são vícios da mente, gerando perturbações e doenças em seus instrumentos de expressão.
No objetivo de aprender, observei:
‑ É por isso que temos os vales purgatoriais, depois do túmulo ... a morte não é redenção ...
‑ Nunca foi – esclareceu o Ministro, bondoso. – O pássaro doente não se retira da condição de enfermo, tão só porque se lhe arrebente a gaiola. O inferno é uma criação de almas desequilibradas que se ajuntam, assim como o charco é uma coleção de núcleos lodacentos, que se congregam uns aos outros. Quando de consciência inclinada para o bem ou para o mal perpetramos esse ou aquele delito no mundo, realmente podemos ferir ou prejudicar a alguém, mas, antes de tudo, ferimos e prejudicamos a nós mesmos. Se eliminamos a existência do próximo, nossa vítima receberá dos outros tanta simpatia que, em breve, se restabelecerá, nas leis de equilíbrio que nos governam, vindo, muita vez, em nosso auxílio, muito antes que possamos recompor os fios dilacerados de nossa consciência. Quando ofendemos a essa ou àquela criatura, lesamos primeiramente a nossa própria alma, de vez que rebaixamos a nossa dignidade de espíritos eternos, retardando em nós sagradas oportunidades de crescimento.
‑ Sim – concordei ‑, tenho visto aqui aflitivas paisagens de provação que me constrangem a meditar ...
‑ A enfermidade, como desarmonia espiritual – atalhou o instrutor ‑, sobrevive no perispírito. As moléstias conhecidas no mundo e outras que ainda escapam ao diagnóstico humano, por muito tempo persistirão nas esferas torturadas da alma, conduzindo-nos ao reajuste. A dor é o grande e abençoado remédio. Reeduca-nos a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instrumentação e polindo os fulcros anímicos de que se vale a nossa inteligência para desenvolver-se na jornada para a vida eterna. Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execução não poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos.
Nosso domicílio, porém, estava agora à vista.
Os raios dourados da manhã varriam o horizonte longínquo.
Despediu-se o Ministro, paternal.
Aquele era um dos momentos em que, desde muito, se devotava ele à oração.

Fonte:
Livro Entre a Terra e o Céu cap. 20 e 21, psicografado por Chico Xavier ditado por André Luiz

sábado, 9 de novembro de 2013

NOS PRIMEIROS TEMPOS


  
  Francisco C.Xavier
 
Alguns companheiros iniciantes nas tarefas espíritas estiveram conosco pela manhã. O tema principal de nossa conversação foi a mediunidade nos primeiros tempos de prática. Falávamos da necessidade de orientação e esclarecimento a respeito, destacando os estudos e as observações de Allan Kardec. De quando em quando, fixávamo-nos na indagação: Como começar?
Nossos comentários se alongaram. Quando nos decidimos à prece em conjunto, em ligeira reunião de estudos, O Evangelho Segundo o Espiritismo nos ofereceu o item 3 do capítulo XXV, que comentamos em animado diálogo. Chegando ao final de nossa tarefa, nosso amigo espiritual André Luiz escreveu a página Começo Mediúnico.
 
 
COMEÇO MEDIÚNICO
 
André Luiz
 
"Se você deseja cooperar com os Bons Espíritos na Causa do Bem, não exija mediunidade espetacular.
Procure engajar-se numa equipe de criaturas dedicadas à compreensão e ao auxílio em favor do próximo.
Estude, agindo para colaborar com mais segurança.
Comece na certeza de que você precisa muito mais dos outros que os outros de você.
Não se queixe nem acuse a ninguém.
Se esse ou aquele companheiro lhe experimenta a humildade ou a paciência, ao invés de lamentar-se, agradeça a oportunidade de aprender e progredir.
Não olvide que você se encontra em atividade do Plano Espiritual, numa construção de paz e amor.
Para ser canal do bem, é preciso ajustar-se ao reservatórios do bem.
Os mensageiros da Bênção de Deus, para abençoarem por seu intermédio, esperam que você igualmente abençoe.
Quando você estiver trabalhando e auxiliando, entendendo que mediunidade com Jesus é serviço ao próximo, encontrará o seu próprio caminho e a sua própria orientação na intimidade dos Benfeitores Espirituais, compartilhando-lhes a paz e a alegria que decorrem do bem aos outros, que é e será o Bem de Todos para sempre."
 
 
Do livro Amanhece. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
 

sábado, 5 de outubro de 2013

ERRE AUXILIANDO

André Luiz
 
Auxilie a todos para o bem.
Auxilie sem condições.
Ainda mesmo por despeito, auxilie sem descansar, na certeza de que, assim, muitas vezes, poderá você conquistar a cooperação dos próprios adversários.
Ainda mesmo por inveja, auxilie infatigavelmente, porque, desse modo, acabará você assimilando as qualidades nobres daqueles que respiram em Plano Superior.
Ainda mesmo por desfastio, auxilie espontaneamente aos que lhe cruzam a estrada, porque, dessa forma, livrar-se-á você dos pesadelos da hora inútil, surpreendendo, por fim, a bênção do trabalho e o templo da alegria.
Ainda mesmo por ostentação, auxilie a quem passa sob o jugo da necessidade e da dor, porque, nessa diretriz, atingirá você o grande entendimento, descobrindo as riquezas ocultas do amor e da humildade.
Ainda mesmo sob a pressão de grande constrangimento, auxilie sem repouso, porque, na tarefa do auxílio, receberá a colaboração natural dos outros, capaz de solve-lhe os problemas e extinguir-lhe as inibições.
Ainda mesmo sob o império da aversão, auxilie sempre, porque o serviço ao próximo dissolver-lhe-á todas as sombras, na generosa luz da compreensão e da simpatia.
Erre auxiliando.
Ainda mesmo nos espinheiros da mágoa ou da ilusão, auxilie sem reclamar o auxílio de outrem, servindo sem amargura e sem paga, porque os erros, filhos do sincero desejo de auxiliar, são também caminhos abençoados que, embora obscuros e pedregosos, nos conduzem o espírito às alegrias do Eterno Bem.
 LIVRO: APOSTILAS DA VIDA - PSICOGRAFIA CHICO XAVIER