QUESTÃO 178 - O LIVRO DOS
ESPÍRITOS
Parte Segunda
Do mundo espírita ou mundo dos
Espíritos
CAPÍTULO IV
DA PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS
Encarnação nos diferentes mundos
178. Podem os Espíritos encarnar em um
mundo relativamente inferior a outro onde já viveram?
“Sim, quando em missão, com o objetivo
de auxiliarem o progresso, caso em que aceitam alegres as tribulações de tal
existência, por lhes proporcionar meio de se adiantarem.”
a) - Mas, não pode dar-se também por
expiação? Não pode Deus degredar para mundos inferiores Espíritos rebeldes?
“Os Espíritos podem conservar-se
estacionários, mas não retrogradam. Em caso de estacionamento, a punição deles
consiste em não avançarem, em recomeçarem, no meio conveniente à sua natureza,
as existências mal empregadas.”
b) - Quais os que têm de recomeçar a
mesma existência?
“Os que faliram em suas missões ou em
suas provas.”
FILOSOFIA ESPÍRITA -
VOLUME IV
Questão 178 comentada
CAPÍTULO 25
0178/LE
MUNDOS INFERIORES
Os Espíritos que já viveram em mundos
superiores e dali saíram com glórias, podem voltar a mundos menos elevados que
o seu com missão de transmitir suas experiências, através da arte dos exemplos,
com finalidade precípua de ajudar aos que se encontram na retaguarda. Podem
ainda voltar a mundos inferiores por provas, se não assimilaram, em sua
plenitude, as lições ali ministradas. Há, pois, uma variação de posições em
todos os campos de vida, nos mostrando em todas elas o amor de Deus para com
todos os Seus filhos.
Os mundos inferiores estão sob as leis
de proteção, que atuam em conformidade com os esforços dos que ali vivem. O
progresso é lei de Deus em todos os mundos, em toda a criação. Os Espíritos não
regridem, como muitos pensam, e dentro de uma grandeza de tempo, o próprio
estacionamento do Espírito é ilusório, pois ainda que queiramos, a própria
matéria não para a sua evolução. A evolução se torna tão lenta que nos dá uma
impressão de inércia, mas não há imobilidade dentro do progresso universal.
A cada momento, nós aceleramos o nosso
despertamento até sentirmos a consciência de que cada qual tem a tarefa em seu
próprio proveito. A nossa parte, haveremos de fazê-la, e, ainda, poderemos
ajudar alguém a abrir os olhos, no contexto das leis que nos ajudam a
despertar.
Se o Espírito se encontra em um mundo
inferior, deve esforçar-se para melhorá-lo; mesmo sendo pequeno o seu trabalho,
juntando-o com os esforços dos outros, avolumar-se-ão os cambiantes do
progresso, muito podemos fazer para a criação do bem em todas as tarefas dos
homens. Para tanto, Jesus nos deixou, por misericórdia, o Evangelho e, ainda
mais, envia de vez em quando missionários do Seu convívio espiritual, capazes
de nos transmitir exemplos dignificantes rumo às nossas necessidades.
O Evangelho já se encontra na Terra há
quase dois mil anos, é divulgado incessantemente por todas as vias de
comunicação e aparece aos mesmos homens por diversas formas, lembrando seu
Ideador Cósmico. O que dizer diante de toda essa assistência espiritual?
Estamos sendo agraciados, e não devemos recusar essa grande proteção, essa
força que liberta, dando entendimento para todos se aproximarem da perfeição
pelos próprios esforços, como sendo conquista dos valores imortais.
Na linguagem do amor e da posição
espiritual em que a alma se encontra, falir toma uma conotação mais
transcendental; em todo passo que não foi bem aproveitado, o Espírito aprendeu
alguma coisa que não ainda sabia, adquiriu forças que não possuía. Se não tinha
forças para tais empreendimentos, não faliu no sentido comum da palavra; antes,
passou por uma experiência onde recolheu algo de melhor para outra vida. A
linguagem humana não consegue, na maioria das vezes, traduzir a sublimidade do
sentido mais profundo das palavras.
Se o aluno foi reprovado em uma serie
é porque não assimilou as matérias apresentadas. Quando recolher condições de
sabedoria, avançará com os outros. Quem já foi aprovado, podemos afirmar que já
fracassou nesta ou em outras vidas. E Deus, em Sua onisciência, sabe de antemão
que a alma não esta em condições de sempre vencer.
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