QUESTÃO 170 - O LIVRO DOS
ESPÍRITOS
Parte Segunda
Do mundo espírita ou mundo dos
Espíritos
CAPÍTULO IV
DA PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS
A reencarnação
170. O que fica sendo o Espírito
depois da sua última encarnação?
“Espírito bem-aventurado; puro
Espírito.”
Comentários de Miramez
FILOSOFIA ESPÍRITA -
VOLUME IV
Questão 170 comentada
CAPÍTULO 17
0170/LE
ÚLTIMAS ETAPAS EVOLUTIVAS
Na última reencarnação do Espírito, em
sua escalada evolutiva, ele passa a ser puro, e entra na bem-aventurança,
surgindo em sua consciência a tranqüilidade imperturbável, e a seqüência de uma
vida sadia. A partir daí, ele passa a viver em outros mundos bem-aventurados,
onde a vida é cheia de venturas, onde o amor é verdadeiramente alimento dos
Espíritos.
O Espírito livre das reencarnações no
orbe e que presenciou sua evolução, libertou-se das grades da ignorância; era
preso e tornou-se livre. As cadeias das vidas sucessivas foram se quebrando de
passo a passo, computando experiências e somando qualidades inumeráveis, como
sementes de luz para garantia do porvir de paz de consciência.
Isso acontece, no entanto, em largas
faixas de tempo. A soma das reencarnações se perde igualmente, na vida infinita
do Espírito. Os períodos entre uma reencarnação e outra são também variáveis e
difícil de serem medidos, pois que neles ocorre a conscientização, de onde a
alma no mundo espiritual assimila melhor o conhecimento sobre as leis de Deus.
A última etapa da vivência na carne
faz-nos lembrar de todas as passagens onde os problemas e as dores sufocaram,
por vezes, os nossos gemidos, a fim de pensarmos mais sobre a vida e nossos
destinos, no que tange à assimilação dos valores eternos administrados pela
luz. Deus faz o que acha conveniente fazer em nosso favor e deixa algo,
entregue à nossa inteligência, para ser feito por nós. Mesmo com essa pequena
parcela que nos toca, nos debatemos no correr de milênios, no sentido de
fixarmos em nossas consciências, a vivência das leis do Criador.
O século vinte ainda está sob o domínio
da teoria, todavia, já é alguma coisa; a vivência virá depois, para
complementar o que sabemos e falamos. Os Espíritos bem-aventurados, os
Espíritos puros, não nos deixam órfãos, pois estão sempre ligados aos que ainda
não conheceram a verdade, talvez por imaturidade, como guias espirituais que
sentem bem em fazer o bem. É lei de Deus que os mais fortes ajudem os mais
fracos a caminhar e os sábios ensinem os ignorantes, como sendo pais orientando
seus filhos.
Os Espíritos puros certamente que não
precisam mais de se reencarnarem na terra a não ser por determinação de Deus,
caso seja conveniente; todavia, sentem-se felizes, pelo esplendor das suas
consciências, em servir de instrumentos para iluminarem os que se encontram nas
trevas. São capazes de muitos sacrifícios, como podes notar nos grandes seres
que voltaram ao mundo por amor às criaturas. Eles são luzes que nunca se apagam
nas consciências dos que receberam as bênçãos da assistência e dos seus
interesses pelo próximo. As últimas etapas de sua escalada evolutiva ficam
marcadas nas suas personalidades, por serem os últimos degraus da escala de
Jacó. Depois de livres, sentem a felicidade de ajudar mais, na condição de
valores de Deus sob a direção de Jesus, que personifica o amor mais puro na Terra.
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