As "instruções" de Allan Kardec
Autor: Canuto de Abreu. Livro: Bezerra de Menezes
A
5 de fevereiro de 1889 manifestava-se Allan Kardec através do médium
Frederico Pereira da Silva Júnior, mais conhecido por Frederico Júnior,
dizendo: “Eis que se aproxima para mim o momento de cumprir minha
promessa, vindo fazer convosco em particular e com os espíritas em geral
um estudo rápido e conciso, sobre a marcha da nossa doutrina nesta
parte do planeta. É natural que a vossa bondade me forneça para isso o
ensejo, na próxima sessão prática, servindo-me do médium com a mesma
passividade com que o tem feito das outras vezes. A ele peço,
particularmente, não cogitar de forma da nossa comunicação, não só
porque dessa cogitação pode advir alteração dos pensamentos, como ainda
porque acredito haver necessidade, sem ofensa à sua capacidade
intelectual, de submeter a novos moldes, quanto à forma, aquilo que
tenho dito e vou dizer em relação ao assunto.
Realmente, na sessão seguinte, na sede da “Sociedade
Espírita Fraternidade”, no Rio de Janeiro, manifestou-se o Espírito do
Codificador, dando as seguintes instruções ao espíritas brasileiros, que
na época viviam em constantes dissensões e rivalidades.
INTRUÇÕES DE ALLAN KARDEC AOS ESPÍRITAS DO BRASIL, NA SOCIEDADE ESPÍRITA FRATERNIDADE, PELO MÉDIUM FREDERICO JÚNIOR
Paz e amor sejam convosco
Que possamos ainda uma vez, unidos pelos laços da
fraternidade, estudar essa doutrina de paz e amor, de justiça e
esperanças, graças à qual encontraremos a estreita porta da salvação
futura - o gozo indefinido e imorredouro para as nossas almas humildes.
Antes de ferir os pontos que fazem o objetivo da minha
manifestação, devo pedir a todos vós que me ouvis – a todos vós
espíritas a quem falo neste momento – que me perdoem se porventura, na
externação dos meus pensamentos, encontrardes alguma coisa que vos
magoe, algum espinho que vos vá ferir a sensibilidade do coração.
O cumprimento de dever nos impõe que usemos de linguagem
franca, rude mesmo, por isso que cada um de nós tem uma responsabilidade
individual e coletiva e, para salvá-la, lançamos mão de todos os meios
que se nos oferecem, sem contarmos muitas vezes com a pobreza de nossa
inteligência, que não nos permite dizer aquilo que sentimos sem magoar,
não raro, corações amigos, para os quais só desejamos a paz, o amor e as
doçuras da caridade.
Certo de que ouvireis a minha súplica; certo de que, falando
aos espíritas falo a uma agremiação de homens cheios de benevolência,
encetei o meu pequeno trabalho, cujo único fim é desobrigar-me de graves
compromissos, que tomei para com o nosso Criador e Pai.
Sempre compassivo e bom, volvendo os piedosos olhos à
Humanidade escrava dos erros e das paixões do mundo, Deus torna uma
verdade as palavras de seu amantíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo,
e manda o Consolador – o Espírito de Verdade – que vem abertamente
falar da revelação messiânica a essa mesma Humanidade esquecida do seu
Imaculado Filho – aquele que foi levado pelas ruas da amargura, sob o
peso das iniquidade e das ingratidões dos homens!
Corridos os séculos, desenvolvido intelectualmente o
espírito humano, Deus na sua sabedoria, achou que era chegado o momento
de convidar os homens à meditação do Evangelho – precioso livro de
verdades divinas – até então ensombrado pela letra, devido à deficiência
da inteligência humana para compreendê-lo em Espírito.
Por toda a parte se fez luz; revelou-se à Humanidade o
Consolador prometido, recebendo os povos – de acordo com o seu preparo
moral e intelectual – missões importantes, tendentes a acelerar a marcha
triunfante da Boa Nova
Todos foram chamados, a nenhum recesso da Terra deixou de
apresentar-se o Consolador em nome desse Deus de misericórdia que não
quer a morte do pecador – que não quer o extermínio dos ingratos – que
antes os quer ver remidos dos desvarios da carne, da obcecação dos
instintos!
Sendo assim, a esse pedaço de terra a que chamamos Brasil,
foi dada também a revelação da revelação, firmando os vossos espíritos,
antes de encarnarem, compromissos de que ainda não vos desobrigastes. E
perdoai que o diga: tendes mesmo retardado o cumprimento deles e de
graves deveres, levados por sentimentos que não convém agora perscrutar.
Ismael, o vosso Guia, tomando a responsabilidade de vos
conduzir ao grande templo do amor e da fraternidade humana, levantou a
sua bandeira, tendo inscrito nela – DEUS, CRISTO E CARIDADE. Forte pela
sua dedicação, animado pela misericórdia de Deus, que nunca falta aos
seus trabalhadores, sua voz santa e evangélica ecoou em todos os
corações procurando atraí-los para um único agrupamento onde, unidos,
teriam a força dos leões e a mansidão das pombas; onde unidos, pudessem
afrontar todo o peso das iniquidade humanas; onde entrelaçados num
único segmento – o do amor - , pudessem adorar o Pai em espírito e
verdade; onde se levantasse a grande muralha da fé,
Contra a qual viessem quebrar-se todas as armas dos inimigos da luz;
onde, finalmente, se pudesse formar um grande dique à onda tempestuosa
das paixões, dos crimes e dos vícios que avassalam a Humanidade inteira!
Constituiu-se esse agrupamento; a voz de Ismael foi sentida
nos corações. Mas, oh! misérias humanas! À semelhança das sementes
lançadas no pedregulho, eles não encontram terra boa para suas raízes e
quando aquele Anjo Bom – aquele Enviado do Eterno – julgava ter em seu
seio amigos e irmãos capazes de ajudá-lo na sua grande tarefa, santa e
boa, as sementes foram mirrando ao fogo das paixões – foram-se
encravando na rocha, apesar do orvalho da misericórdia divina as banhar
constantemente para sua vivificação!
Ali, onde a humildade devera ter erguido tenda, o orgulho
levantou o seu reduto; ali onde o amor devia alçar-se, sublime e
esplêndido, até aos pés de Nosso Senhor Jesus Cristo, a indiferença
cavou sulcos, a justiça se chamou injustiça, a fraternidade – dissensão!
Mas, pela ingratidão de uns, haveria de sacrificar-se a gratidão e a boa vontade de outros?
Pelo orgulho dos que já se arvoraram em mestres na sua
ignorância, havia de sacrificar-se a humildade do discípulo
perfeitamente compenetrado dos seus deveres? Não!
Assim, quando os inimigos da luz, quando o Espírito das
trevas julgava esfacelada a bandeira de Ismael, símbolo da trindade
divina, quando a voz iníqua já reboava no espaço glorificando o reino
das trevas e amaldiçoando o nome do Mártir do Calvário, ele recolheu o
seu estandarte e fez que se levantasse uma pequena tenda de combate com o
nome – FRATERNIDADE!
Era este, com certeza, o ponto para o qual deviam convergir
todas as forças dispersas – todos os que não recebiam a semente do
pedregulho!
Certos de que acaso é palavra sem sentido e testemunha dos
fatos que determinam o levantamento dessa tenda, todos os espíritas
tinham o dever sagrado de vir aqui se agrupar, ouvir a palavra sagrada
do bom Guia Ismael, único que dirige a propaganda da doutrina nesta
parte do planeta, único que tem toda a responsabilidade da sua marcha e
do seu desenvolvimento.
Mas, infelizmente, meus amigos, não pudestes compreender ainda a grande significação da palavra FRATERNIDADE.
Não é um termo, é um fato; não é sua palavra vazia, é um
sentimento sem o qual vos achareis sempre fracos para essa luta que vós
mesmos não podeis medir, tal a sua grandeza extraordinária!
Ismael tem o seu Templo e sobre ele a sua bandeira – Deus,
Cristo e Caridade! Ismael tem a sua pequenina tenda, onde procura reunir
todos os seus irmãos – todos aqueles que ouviram a sua palavra e a
aceitaram como a verdade. Chamam-se FRATERNIDADE!
Pergunto-vos: Pertenceis à Fraternidade? Trabalhais para o
levantamento desse Templo cujo lema é Deus, Cristo e Caridade?
Como, e de que modo?
Meus amigos! É possível que eu seja injusto convosco naquilo
que vou dizer: - O vosso trabalho, feito todo de acordo – não com a
doutrina – mas com o que interessa exclusivamente aos vossos
sentimentos, não pode dar bom fruto. Esse trabalho, sem método, sem
regime, sem disciplina, só pode, de acordo com a doutrina que
esposastes, trazer espinhos que dilacerem vossas almas, dores pungentes
aos vossos Espíritos, por isso que, desvirtuando os princípios em que
ela assenta, dais entrada constante e funesta aquele que encontrando-vos
desunidos pelo egoísmo, pelo orgulho, pela vaidade, facilmente vos
acabrunhará, com todo o peso da sua iniquidade.
Entretanto, dar-se-ia o mesmo se estivésseis unidos?
Porventura acreditais na eficiência de um grande exército dirigido por
diversos generais, cada qual com seu sistema, com o seu método de operar
e com pontos de mira divergentes? Jamais! Nessas condições sé
encontrareis a derrota porquanto – vede bem, o que não podeis fazer com o
Evangelho – unir-vos pelo amor do bem – fazem os vossos inimigos,
unindo-vos pelo amor do mal!
Eles não obedecem a diversas orientações, nem colimam
objetivos diversos; tudo converge para a doutrina espírita – revelação
da revelação – que não lhes convém e que precisam destruir, para o que
empregam toda a sua inteligência, todo do seu amor do mal, submetendo-se
a uma única direção!
A luta cresce dia a dia, pois que a vontade de Deus,
iniciando as suas criaturas nos mistérios da vida de além-túmulo, cada
vez mais se torna patente. Encontrando-se, porém os vossos espíritos, em
face da doutrina, no estado precário que acabo de assinalar, pergunto :
- Com que elemento contam eles na temerosa ação em que se vão empenhar,
cheios de responsabilidade?
Em que canto da Terra já se ergue o grande tabernáculo onde
ireis elevar os vossos pensamentos – em que canto da Terra construístes
a grande muralha contra o mal, contra a qual se hão de quebrar as armas
dos vossos adversários?
Será possível que à semelhança das cinco virgens pouco
zelosas, todo o cuidado da vossa paz tenhais perdido? Que repouseis
sobre as outras que não dormem e que ansiosamente aguardam a vinda do
seu Senhor?
Mas é assim, em que consiste o aproveitamento das lições que
constantemente vos são dadas a fim de tornar uma verdade a vossa
vigilância e uma santidade a vossa oração?
Se assim é, onde os frutos desse labor fecundado de todos os dias, dos vossos amigos de além-túmulo?
Acaso apodrecem roídas pela traça – trocados pelo bolor dos vossos arquivos repletos de comunicações?
Se assim é, e agora não há voltar atrás, porque já tendes a
mão no arado, onde a segurança da vossa fé, a estabilidade da vossa
crença, se entregues a vós mesmos, julgando-vos possuidores de grandes
conhecimentos doutrinários, afastais, pela prática das vossas obras,
aqueles que até hoje têm procurado incessantemente colocar-vos debaixo
do grande lábaro – Deus, Cristo e Caridade?
Onde, torna a perguntar, a segurança da vossa fé, a
estabilidade da vossa crença, se tendo uma única doutrina para apoio
forte e inabalável, a subdividis, a multiplicais, ao capricho das vossas
individualidades, sem contar com a coletividade que vos poderia dar a
força, se constituíssem um elemento homogêneo, perfeitamente preparado
pelos que se encarregam da revelação?
Mas onde a vantagem das subdivisões? Onde o interesse real para a
doutrina e seu desenvolvimento, na dispersão que fazeis do vosso grande
todo, dando já desse modo um péssimo exemplo aos profanos, por isso que
pregais a fraternidade e vos dividis cheios de dissensões?
Onde as vantagens de tal proceder? Estarão na diversidade
dos nomes que dais aos grupos? Por que isso? Será porque este ou aquele
haja recebido maior doação do patrimônio divino? Será porque convenha a
propaganda que fazeis?
Mas par a propaganda precisamos dos elementos constitutivos dela. Pergunto: - onde a Escola de Médiuns? Existe?
Porventura os homens que têm a boa vontade de estudar
convosco os mistérios do Criador, preparando seus Espíritos para o
ressurgir na outra vida, encontram em vós os instrumentos disciplinados –
os médiuns perfeitamente compenetrados do importante papel que
representam na família humana e cheio dessa seriedade, que dá uma idéia
exata da grandeza da nossa doutrina?
Ou a vossa propaganda se limita tão somente a falar do
Espiritismo? Ou os vossos deveres e as vossas responsabilidades,
individuais e coletivas, se limitam a dar a nota do ridículo aquele que
vos observam, julgando-vos doidos e visionários?
Meus amigos! Sei quanto é doloroso tudo isto que vos digo,
pois que cada um dos meus pensamentos é uma dor que repassa
profundamente o seu espírito. Sei que as vossas consciências sentem
perfeitamente todo o peso das verdades que vos exponho. Mas eu vos disse
ao começar: - temos responsabilidades e compromissos tomados, dos quais
procuramos desobrigar-nos por todos os meios ao nosso alcance.
Se completa não está a minha missão na terra, se mereço
ainda do Senhor a graça de vir esclarecer a doutrina que ai me foi
revelada, dando-nos nossos conhecimentos compatível com o
desenvolvimento das vossas inteligências, se vejo que cada dia que passa
da vossa existência – iluminada pela sublime luz da revelação, se
produzirdes um trabalho na altura da graça que vos foi concedida – é um
motivo de escândalo para as vossas próprias consciências; devo usar
desta linguagem rude do amigo, a fim de que possais, compenetrados
verdadeiramente dos vossos deveres de cristãos e de espíritas, unir-vos
num grande agrupamento fraterno, onde – avigorados pelo apoio mútuo e
pela proteção dos bons – possais enfrentar o trabalho extraordinário que
vos cumpre realizar para a emancipação dos vossos Espíritos, trabalho
que inegavelmente ocasionará grande revolução na Humanidade, não só
quanto à parte da ciência e da religião, como também na dos costumes!
Uma vez por todas vos digo, meus amigos: - Os vossos
trabalhos, os vossos labores não podem ficar no estrito limite da boa
vontade e da propaganda sem os meios elementares indicados pela mais
simples razão.
Não vem absolutamente ao caso o reportas-vos às palavras de
N.S. Jesus Cristo quando disse que a luz não se fez para ser colocada
debaixo do alqueire. Não vem ao caso e não tem aplicação, porque não
possuis luz própria!
Fazei a luz pelo vosso esforço; iluminai todo o vosso ser
com a doce claridade das virtudes; disciplinai-vos pelos bons costumes
no Templo de Ismael, Templo onde se adora a Deus, se venera o Cristo e
se cultiva a Caridade. Então sim; - distribuí a luz, ela vos pertence.
E vos pertence porque é um produto sagrado de vosso próprio esforço –
uma brilhante conquista do vosso Espírito empenhado nas lutas sublimes
da verdade.
Fora desses termos, podeis produzir trabalhos que causem embriaguez à
vista, mas nunca que falem sinceramente ao coração. Podeis produzir
emoções fortes, por isso que muitos são os que gostosamente se entregam
ao culto maravilhoso; nunca, porém, deixarão as impressões suaves da
verdade vibrando as cordas do amor divino no grande coração humano.
Fora dessa convenção ortodoxa, é possível que as plantas cresçam nos
vossos grupos, mas é bem possível que também seus frutos sejam bastante
amargos, bastante venenosos, determinando, ao contrário do que devia
acontecer, a morte moral do vosso espírito – a destruição pela base do
vosso Templo de trabalho!
Se o Evangelho não se tornar realmente em vossos espíritos um broquel,
quem vos poderá socorrer, uma vez que a revelação tende a absorver todas
as consciências, emancipando o vosso século? Se o evangelho nas vossas
mãos apenas tem a serventia dos profanos livros que deleitam a alma e
encantam o pensamento, que vos poderá socorrer no momento dessa
revolução planetária que já se faz sentir, que dará o domínio da Terra
aos bons, preparados para o seu desenvolvimento, que ocasionará a
transmigração dos obcecados e endurecidos para o mundo que lhes for
próprio?
Que será de vós – quem vos poderá socorrer – se à lâmpada do vosso
Espírito faltar o elemento de luz com que possais ver a chegada
inesperada de Jesus Cristo, testemunhando o valor dos bons e a fraqueza
moral dos maus e dos ingratos?
Se fostes chamados às bodas do filho do vosso rei, por que não tomam os
vossos Espíritos as roupagens dignas do banquete, trocando conosco o
brinde do amor e da caridade pelo feliz consórcio do Cristo com o seu
povo?
Se tudo está preparado, se só faltam os convivas, por que cedeis o vosso
lugar aos coxos que virão como últimos, a ser os primeiros na mesa
farta da caridade divina?
Esses pontos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, ainda, apesar da revelação, não provocaram a vossa meditação?
Esse eco que ressoa por toda a atmosfera do vosso planeta, dizendo – os
tempos são chegados! – será um gracejo dos enviados de Deus, com o fim
de apavorar os vossos espíritos?
Será possível nos preparemos para os tempos que chegam, vivendo cheios
de dissensões e de lutas , como se não constituíssemos uma única
família, tendo para regência dos nossos atos e dos nossos sentimentos
uma única doutrina?
Será possível nos preparemos para os tempos que chegam, dando a todo
momento e a todos os instantes a nota do escândalo, apresentando-nos aos
homens como criaturas cheias de ambições que não trepidam em lançar
mãos até das coisas divinas para o gozo da carne e a satisfação das
paixões do mundo?
Mas seria simplesmente uma obcecação do Espírito – pretender
desobrigar-se dos seus compromissos e penetrar no reino de Deus coberto
dessas paixões e dessas misérias humanas!
Isso eqüivaleria o não acreditardes naquilo mesmo em que dizeis que
credes: seria zombar do vosso Criador que, não exigindo de vós
sacrifício, vos pede, entretanto, não transformeis a sua casa de oração
em covil de ladrões!
Meus amigos! Sem caridade não há salvação. Sem fraternidade não pode haver união.
Uni-vos, pois, pela fraternidade debaixo das vistas do bom Ismael, vosso
Guia e protetor. Salvai-vos pela Caridade, distribuindo o bem por toda a
parte, indistintamente, sem pensamento oculto. Aquele que vos pedem
lhes deis da vossa crença ao menos um testemunho moral, que os possa
obrigar a respeitar em vós o indivíduo bem intencionado e
verdadeiramente cristão.
Sobre a propaganda que procurais fazer, exclusivamente para ao vosso
seio maior de adeptos, direi: se os meios mais fáceis que tendes
encontrado são a cura dos vossos irmãos obsessos, são as visitas
domiciliares e a expansão dos fluidos, aí tendes um modesto trabalho
para vossa meditação e estudo.
E, lendo, compreendendo, chamai-me todas as vezes que for do vosso
agrado ouvir a minha palavra e eu virei esclarecer os pontos que
achardes duvidosos. Virei, em novos termos, se for preciso, mostrar-vos
que esse lado que vos parece fácil para a propaganda da vossa doutrina é
o maior escolho lançado no vosso caminho, é a pedra colocada às rodas
do vosso carro triunfante e será, finalmente, o motivo da vossa queda
desastrosa, se não empenham numa tão grande causa.
Permita Deus que os espíritas, a quem falo, que os homens, a quem foi
dada a graça de conhecerem em Espírito e verdade a doutrina de Nosso
senhor Jesus Cristo, tenham a boa vontade de me compreender, a boa
vontade de ver nas minhas palavras unicamente o interesse do amor que
lhe consagro.
ALLAN KARDEC
Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!
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