Trecho retirado do Livro,Entre o Céu e a Terra,no capítulo 8, intitulada"Deliciosa Excursão". Uma linda mensagem para refletirmos acerca de nossos compromissos com o trabalho em pró de nossa evolução e da necessidade missionária de servirmos ao próximo.
...Antonina, porém, como se estivesse irradiando insopitável curiosidade, mesclada de alegria, voltou a exclamar:
...Antonina, porém, como se estivesse irradiando insopitável curiosidade, mesclada de alegria, voltou a exclamar:
— Ah! se
morrêssemos hoje!... se a carne não nos pesasse mais!...
( Nota do Blog: nesta altura, as irmãs encarnadas estavam junto ao mentor espiritual, após o sono, para reverem seus filhos ,já desencarnados, em uma colônia , observando, maravilhadas, a beleza do plano Espiritual , com sentimento de permanecerem nesta região.)
( Nota do Blog: nesta altura, as irmãs encarnadas estavam junto ao mentor espiritual, após o sono, para reverem seus filhos ,já desencarnados, em uma colônia , observando, maravilhadas, a beleza do plano Espiritual , com sentimento de permanecerem nesta região.)
O Ministro,
contudo, imprimindo mais grave entonação à voz, mas sem perder a
brandura que lhe era peculiar, considerou, de imediato:
— Se hoje
abandonassem o veículo de matéria densa, quem diz que seriam felizes?
Quem de nós obterá a suprema ventura, sem a perfeita sublimação pessoal?
E, fitando
Antonina com bondade misturada de compaixão, observou:
— Agora, vocês
visitarão filhinhos abençoados que a morte lhes arrebatou
temporariamente ao convívio terrestre. Vocês se sentem como que num
palácio dourado, em pleno paraíso de amor, mas, e os filhinhos que
ficam? Haverá Céu sem a presença daqueles que amamos? Teremos paz sem
alegria para os que moram em nosso coração? Imaginemos que as algemas do
cárcere físico se partissem agora... O atormentado lar humano cresceria
de vulto na saudade que as tomaria de assalto... A lembrança dos filhos
aprisionados no Planeta acorrentá-las-ia ao mundo carnal, à maneira de
forte raiz retendo a árvore no solo escuro. Os rogos e os gemidos, as
lutas e as provas dos rebentos menos felizes da existência lhes falariam
ao espírito mais imperiosamente que os cânticos de bem-aventurança dos
filhos afortunados e, naturalmente, desceriam do Céu para a Terra,
preferindo a posição de angustiadas servas invisíveis, trocando a
resplendente glória da liberdade pelos dolorosos padecimentos da prisão,
de vez que a ventura maior de quem ama reside em dar de si mesmo, a
favor das criaturas amadas...
( Notas do Blog:nesta altura, Clarêncio,o mentor espiritual, se referia a felicidade de nossas irmãs, naquela ocasião, por estarem indo de encontro aos seus filhos, já desencarnados, fazendo-as refletirem,quanto ao desejo de renunciar a vida,sobre as consequências , onde estariam algemadas aos entes queridos, no plano físico, caso elas desencarnassem, naquele instante, por conta de não haverem conquistado, ainda, a evolução espiritual , assim sendo seriam elementos de perturbação aos seus familiares levando angústias ao invés de os ajudarem de forma consciente , com amor e zelo ,sem paixões)
( Notas do Blog:nesta altura, Clarêncio,o mentor espiritual, se referia a felicidade de nossas irmãs, naquela ocasião, por estarem indo de encontro aos seus filhos, já desencarnados, fazendo-as refletirem,quanto ao desejo de renunciar a vida,sobre as consequências , onde estariam algemadas aos entes queridos, no plano físico, caso elas desencarnassem, naquele instante, por conta de não haverem conquistado, ainda, a evolução espiritual , assim sendo seriam elementos de perturbação aos seus familiares levando angústias ao invés de os ajudarem de forma consciente , com amor e zelo ,sem paixões)
As duas mulheres
ouviram as sensatas ponderações sem dizer palavra.
Finda a pausa
ligeira, o instrutor continuou:
— Somos devedores
uns dos outros!... Laços mil nos jungem os corações. Por enquanto, não
há paraíso perfeito para quem volta da Terra, tanto quanto não existe
purgatório integral para quem regressa ao humano sorvedouro! O amor é a
força divina, alimentando-nos em todos os setores da vida e o nosso
melhor patrimônio é o trabalho com que nos compete ajudar-nos
mutuamente.
Na paisagem
banhada de luz, experimentei mais alta veneração pela Natureza, que, em
todas as esferas, é sempre um livro revelador da Eterna Sabedoria...
Nossas irmãs,
tocadas por júbilo inexprimível, afiguravam-se-me formosas madonas de
sonho, repentinamente vivificadas, diante de nós.
É pelo trabalho —
prosseguiu o orientador — que nos despojamos, pouco a pouco, de nossas
imperfeições. A Terra, em sua velha expressão física, não é senão
energia condensada em época imemorial, agitada e transformada pelo
trabalho incessante, e nós, as criaturas de Deus, nos mais diversos
degraus da escada evolutiva, aprimoramos faculdades e crescemos em
conhecimento e sublimação, através do serviço... O verme, arrastando-se,
trabalha em benefício, do solo e de si mesmo; o vegetal, respirando e
frutescendo, ajuda a atmosfera e auxilia-se. O animal, em luta perene, é
útil à gleba em que se desenvolve, adquirindo experiências que lhe são
valiosas, e nossa alma, em constantes peregrinações, através de for-mas
variadas, conquista os valores indispensáveis à sublime ascensão...
Somos filhos da eternidade, em movimentação para a glória da verdadeira
vida e só pelo trabalho, ajustado à Lei Divina, alcançaremos o real
objetivo de nossa marcha!
(Nota do Blog:A felicidade dos nossos grandes Missionários é o trabalho incessante em favor dos que necessitam, auxiliando nos para que possamos crescer espiritualmente, além de zelar pelo progresso de nosso planeta)
(Nota do Blog:A felicidade dos nossos grandes Missionários é o trabalho incessante em favor dos que necessitam, auxiliando nos para que possamos crescer espiritualmente, além de zelar pelo progresso de nosso planeta)
Antonina, que
parecia mais acordada que a sua companheira, para a contemplação do
excelso quadro que nos circundava, perguntou, com enlevo:
- Porque não
guardamos a viva recordação de nossas existências anteriores? não seria
bendita felicidade o reencontro consciente com aqueles que mais
amamos?...
— Sim, sim... —
confirmava Clarêncio, enquanto nossa deliciosa excursão prosseguia,
célere — mas, na condição espiritual em que ainda nos situamos, não
sabemos orientar os nossos desejos para o melhor. Nosso amor ainda é
insignificante migalha de luz, sepultada nas trevas do nosso egoísmo,
qual ouro que se acolhe no chão, em porções infinitesimais, no corpo
gigantesco da escória. Assim como as fibras do cérebro são as últimas a
se consolidarem no veículo físico em que encarnamos na Terra, a memória
perfeita é o derradeiro altar que instalamos, em definitivo, no templo
de nossa alma, que, no Planeta, ainda se encontra em fases iniciais de
desenvolvimento. É por isso que nossas recordações são fragmentárias...
Todavia, de existência a existência, de ascensão em ascensão, nossa
memória gradativamente converte-se em visão imperecível, a serviço de
nosso espírito imortal...
( Nota do Blog:Diante de nossas emoções desequilibradas, se soubéssemos do nosso passado, fatalmente, seríamos influenciados, sucumbindo. O objetivo da reencarnação é o da possibilidade de construirmos uma nova história,onde possamos conquistar nossa evolução moral , nos redimindo do passado delituoso, reunindo com nossos irmãos ,de outrora, os nossos desafetos, e reconciliarmos , como nos recomenda o Evangelho, sem rancor e mácula, com Amor e Perdão.)
( Nota do Blog:Diante de nossas emoções desequilibradas, se soubéssemos do nosso passado, fatalmente, seríamos influenciados, sucumbindo. O objetivo da reencarnação é o da possibilidade de construirmos uma nova história,onde possamos conquistar nossa evolução moral , nos redimindo do passado delituoso, reunindo com nossos irmãos ,de outrora, os nossos desafetos, e reconciliarmos , como nos recomenda o Evangelho, sem rancor e mácula, com Amor e Perdão.)
— Mas se
pudéssemos reconhecer no mundo os nossos antigos afetos, se pudéssemos
rever os semblantes amigos de outras eras, identificando-os... —
aventurou Antonina, reverente.
— Retomar o
contacto com os melhores, seria recuperar igualmente os piores — atalhou
Clarêncio, bondoso — e, indiscutivelmente, não possuímos até agora o
amor equilibrado e puro, que se consagra aos desígnios superiores, sem
paixão. Ainda não sabemos querer sem desprezar, amparar sem desservir.
Nossa afetividade, por enquanto, padece deploráveis inclinações. Sem o
esquecimento transitório, não saberíamos receber no coração o adversário
de ontem para regenerar-nos, regenerando-o. A Lei é sábia. De qualquer
modo, porém, não olvidemos que nosso espírito assinala todos os passos
da jornada que lhe é própria, arquivando em si mesmo todos os lances da
vida, para formar com eles o mapa do destino, de acordo com os
princípios de causa e efeito que nos governam a estrada, mas somente
mais tarde, quando o amor e a sabedoria sublimarem a química dos nossos
pensamentos, é que conquistaremos a soberana serenidade, capaz de
abranger o pretérito em sua feição total...
O Ministro fez
ligeiro intervalo, sorriu paternalmente para nós e rematou:
— A Lei, contudo,
é invariavelmente a Lei. Viveremos em qualquer parte, com os resultados
de nossas ações, assim como a árvore, em qualquer trato do solo,
produzirá conforme a espécie a que se subordina.
O firmamento
parecia responder às sugestões da palestra admirável.
Bandos de aves
mansas pousavam na ramaria que brilhava não longe de nós.
O Sol apresentava
perceptíveis raios diferentes, até agora desconhecidos à apreciação
comum na Terra, provocando indefiníveis combinações de cor e luz.
Por abençoada e
colorida colméia de amor, harmonioso casario surgiu ao nosso olhar.
Centenas de
gárrulas crianças brincavam entre fontes e flores de maravilhoso jardim...
Fonte: Livro “Entre
a Terra e o Céu” – Psicografia de Francisco Cândido Xavier pelo Espírito
de André Luiz
Nenhum comentário:
Postar um comentário