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quarta-feira, 19 de maio de 2021

AINDA NÃO TENDES FÉ? "Se estivermos munidos da fé racional que não consiste meramente em acreditar, mas em discernir, em ter bom ânimo e disposição firme para enfrentar a luta, estaremos em condições de receber de Jesus a ajuda e orientação necessária para que a tempestade que nos assola seja amainada.


“E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia. E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo: Mestre, não se te dá que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: aquieta-te. E o vento se aquietou e houve grande bonança. E disse-lhes: Por que sois tímidos? Ainda não tendes fé?”
(Marcos. 4:37-40)

Haveria necessidade de o Mestre fazer interromper o processo de um fenômeno
da Natureza, a fim de demonstrar a sua autoridade ou revelar o poder de que se
achava investido.

Jesus sempre foi partidário da fé espontânea e durante todo o seu Messiado nunca se preocupou com a produção de fatos retumbantes. Quando os seus discípulos pediram-lhe que fizesse descer fogo sobre uma aldeia da Samaria, que não os havia recebido, admoestou: “Não sabeis o espírito da vossa vocação”.

Quando alguns gregos e judeus proeminentes pediram-lhe que produzisse um fato sobrenatural, para que vissem e acreditassem, negou-se a dar qualquer espécie de sinal.

Pelo contrário, a sua alegria foi das mais intensas quando um centurião acreditou que bastavam algumas palavras suas, à distância, para que seu servo ficasse curado, e quando uma mulher curou-se apenas pelo leve toque em sua túnica, segundo a sua crença.

O significado da passagem evangélica narrada por Marcos é de nos ensinar que, qualquer que seja a tempestade que assolar nosso coração, bastará um apelo ao Cristo para que ela se amenize.

Por mais impetuosa que seja a tempestade que ruge dentro da nossa alma, encontraremos na vivência dos ensinamentos evangélicos o meio de fazer com que ela se aquiete.

Quem estiver prestes a sucumbir no mar encapelado da vida, ou sentir suas forças periclitar devido ao vendaval da adversidade, bastará clamar ao Mestre, e o socorro virá prontamente.

Nas pautas dos Evangelhos deparamos com promessas vivas como as que se seguem:

— Vinde a mim vós que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei.

— Buscai antes o reino dos Céus e sua justiça, e tudo vos será dado por
acréscimo.

— Bem-aventurado aquele que sofre porque será consolado.

Somos devedores relapsos da Justiça Divina e reiteradamente fazemos uso 
do nosso livre arbítrio,escolhendo determinado gênero de vida. Muito freqüentemente tornamo-nos veículos transmissores em lamentável processo de falência, e, por isso, solicitamos a Deus nos propicie meios que nos impulsionem na trajetória evolutiva, objetivo comum de todas as almas.

Se solicitamos esses favores e Deus, devido aos imperativos das nossas provações e expiações terrenas previamente escolhidas, não no-los concede, é óbvio que uma vez açoitados pela tempestade da adversidade devemos nos lembrar da palavra do Mestre: 

“Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?”

Se estivermos munidos da fé racional que não consiste meramente em acreditar, mas em discernir, em ter bom ânimo e disposição firme para enfrentar a luta, estaremos em condições de receber de Jesus a ajuda e orientação necessária para que a tempestade que nos assola seja amainada.

Devemos fazer com que o Mestre esteja sempre atuante, imponente, vivo dentro dos nossos corações. Assim como os apóstolos acordaram-no num momento cruciante, devemos tê-lo presente todas as vezes que carecemos de sustentação.

“Pedi, e dar-se-vos-á,. buscai e encontrareis; batei, e abrirse-vos-á. Porque aquele que pede, recebe,. e o que busca, encontra, e, ao que bate, se abre” (Mateus, 7-8)
Ensinando-nos desse modo, o Mestre nos faz compreender que a Justiça Divina não é surda aos que pedem, que buscam, que batem pedindo amparo, desde que o queassim faz, seja digno de receber essas dádivas.

Nicodemos sentiu dentro de si a dúvida em tomo do renascimento do Espírito em novo corpo, e foi, altas horas da noite, solicitar a Jesus que, através do esclarecimento, amainasse aquela tempestade que ameaçava tão seriamente a sua fé.

O publicano Zaqueu, cujo coração vivia atormentado pelo sopro do remorso oriundo de usurpações cometidas, também procurou o Cristo, durante uma visita que ele fez à sua cidade, tendo o ensejo de recebê-lo em sua casa, onde, numa explosão de júbilo, prontificou-se a repartir metade dos seus bens com os pobres, amainando assim aquela tempestade que ameaçava retardar o processo evolutivo de sua alma

Maria Madalena, assolada pela tempestade das paixões terrenas, demandou o concurso do Mestre, que serenou seu coração e soergueu seu Espírito, predispondo-a para a reforma íntima.

Paulo de Tarso, envolvido pela tempestade do ódio e do fanatismo, recebeu na Estrada de Damasco o convite generoso de Jesus, transmutando-se de perseguidor implacável em defensor incondicional da Boa Nova.

Simão Pedro, atormentado pela tempestade da dúvida, defrontou-se com oepisódio da negação (João, 18:25), chorando amargamente e transformando-se num dos mais lídimos paladinos do Evangelho.

Paulo Alves de Godoy

"Os Padrões Evangélicos"

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