Liberdade com o Espiritismo
No
seio do pensamento fulgente da Doutrina Espírita, todos achamos
motivação para encetar os passos da nossa verdadeira libertação. Com
Allan Kardec, o alcandorado amigo e ínclito Codificador do Espiritismo,
torna-se menos complexa essa azáfama para a manumissão anelada. O mundo
seria mais leve, e a vida humana mais fácil de ser vivida se
conseguíssemos entender e usufruir a sonhada liberdade.
Libertar-se-ia
a Ciência com o pensamento espírita se, ao encontrar o agente de tudo, o
princípio inteligente do universo, o Espírito, se abstivesse de tudo
atribuir somente aos fenômenos materiais, como princípio e fim de tudo.
Verificaria, então, quão rica e
grandiosa seria a visão científica, a partir do enriquecimento trazido
pela constatação e valorização consciente do horizonte espiritual.
Libertar-se-ia
a Filosofia por meio do pensamento espírita, quando pousasse suas
reflexões, fosse qual fosse a escola de pensamentos sustentada, na
realidade do ser imortal, ao conceber que o pensamento é atributo da
alma. A partir disso, se tornaria mais simples a compreensão de que tudo
quanto existe no campo da matéria densa não passa das elaborações da
mente, do psiquismo do ser espiritual. Entenderia o filósofo, sob a
profunda luz espírita, que há um caminho menos agreste para a
compreensão do ser e da existência, bem como o sentido de tudo isso, nos
mundos disseminados pelos espaços.
Libertar-se-ia
a Fé Religiosa ante o pensamento espírita, qualquer que fosse a sua
linha interpretativa dos fenômenos da alma, ao observar seriamente e
penetrar o conhecimento das leis da natureza, base em que se apoia a
estrutura espírita. Destronaria o
interesse subalterno de dominação de consciências, valorizaria o
trabalho de amadurecimento das consciências para a visão de Deus, o que
aclararia a reflexão do crente para libertá-lo, por fim, da pieguice, do
fanatismo, do fundamentalismo destrutivo.
Atido
à grandeza do pensamento espírita, Allan Kardec presenteia a humanidade
com a ensancha de estabelecer a libertação das criaturas, graças ao
conhecimento da verdade, o que confirmaria o ensinamento do Cristo
Jesus.
Se
o conhecimento que estamos angariando na vida não nos é capaz de
libertar da sombra generalizada, sombra do intelecto, sombra do
sentimento, sombra da moral, algo está em equívoco. Ou esse conhecimento
não é a expressão da verdade, ou, então, de nossa parte, não estamos
assimilando devidamente seus conteúdos.
É
hora de despertar, nessa fase aziaga da experiência humana. Estamos
perante o extravasar de loucuras sem dimensão; achamo-nos diante das
explosões do egoísmo; encontramo-nos submetidos a um tempo de graves
pelejas provocadas por incontáveis almas aturdidas, infelizes em si
mesmas, que pesam sobre o psiquismo terrestre, espalhando o seu
infortúnio. É tempo de cuidados intensos para a inadiável marcha.
À
frente de tudo isso, porém, raia o Sol portentoso do Espiritismo no
cerne da Codificação de Kardec, que nos deverá aquecer e iluminar para a
vitória, para a espiritual libertação.
Agora,
quando rendemos ao Mestre de Lyon as justíssimas homenagens pela
contagem desses dois séculos de seu último berço no mundo, sob os céus
que cantavam as pautas da liberdade, da igualdade e da fraternidade,
unimo-nos em oração para agradecer ao Criador por esse ensejo e por
nosso júbilo, júbilo da família espírita do mundo, reunida em Paris.
Saudamos,
pois, o Codificador, por haver-se tornado para nós o instrumento da
liberdade que o Cristo anunciou para a humanidade inteira.
Com os mais cordiais votos de progresso e de paz, sou o servidor de todas as horas, o sempre amigo
Gabriel Delanne.
Mensagem
psicografada pelo médium Raul Teixeira, por ocasião da sessão de
encerramento do IV Congresso Espírita Mundial, em 05.10.2004,
Paris-França.
Em 04.06.2010.
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