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domingo, 9 de maio de 2021

PERTO DE DEUS " SERÁS MÃE"

 

Perto de Deus

Entre a alma, prestes a reencarnar na Terra, e o Mensageiro Divino travou-se expressivo diálogo:
 
— Anjo bom — disse ela —, já fiz numerosas romagens no mundo. Cansei-me de prazeres envenenados e posses inúteis… Se posso pedir algo, desejaria agora colocar-me em serviço, perto de Deus, embora deva achar-me entre os homens…
 
— Sabes efetiamente a que aspiras? que responsabilidade procuras? — replicou o interpelado. — Quando falham aqueles que servem à vida, perto de Deus, a obra da vida, em torno deles, é perturbada nos mais íntimos mecanismos.
 
— Por misericórdia, anjo amigo! Dar-me-ás instruções…
 
— Conseguirás aceitá-las?
 
— Assim espero, com o amparo do Senhor.
 
— O Céu, então, conceder-te-á o que solicitas.
 
— Posso informar-me quanto ao trabalho que me aguarda?
 
— Porque estarás mais perto de Deus, conquanto entre os homens, recolherás dos homens o tratamento que eles habitualmente dão a Deus…
 
— Como assim?
 
Amarás com todas as fibras de teu espírito, mas ninguém conhecerá, nem te avaliará as reservas de ternura!… Viverás abençoando e servindo, qual se carregasses no próprio peito a suprema felicidade e o desespero supremo. Nunca te fartarás de dar e os que te cercarem jamais se fartarão de exigir…
 
— Que mais?
 
Dar-te-ão no mundo um nome bendito, como se faz com o Pai Celestial; contudo, qual se faz igualmente até hoje na Terra com o Todo-Misericordioso, reclamar-se-á tudo de ti, sem que se te dê coisa alguma. Embora detendo o direito de fulgir à luz do primeiro lugar nas assembleias humanas, estarás na sombra do último… Nutrirás as criaturas queridas com a essência do próprio sangue; no entanto, serás apartada geralmente de todas elas, como se o mundo esmerasse em te apunhalar o coração. Muitas vezes, serás obrigada a sorrir, engolindo as próprias lágrimas, e conhecerás a verdade com a obrigação de respeitar a mentira… Conquanto venhas a residir no regozijo oculto da vizinhança de Deus, respirarás no fogo invisível do sofrimento!…
 
— Que mais?
 
Adornarás as outras criaturas para que brilhem nos salões da beleza ou nos torneios da inteligência; entretanto, raras te guardarão na memória, quando erguidas ao fausto do poder ou ao delírio da fama. Produzirás o encanto da paz; todavia, quando os homens se inclinem à guerra, serás impotente para afastar-lhes o impulso homicida… Por isso mesmo, debalde chorarás quando se decidirem ao extermínio uns dos outros, de vez que te acharás perto do Todo-Sábio e, por enquanto, o Todo-Sábio é o Grande Anônimo, entre os povos da Terra…
 
— Que mais?
 
Todas as profissões no planeta são honorificadas com salários correspondentes às tarefas executadas, mas o teu ofício, porque estejas em mais íntima associação com o Eterno e para que não comprometas a Obra da Divina Providência, não terá compensações amoedadas. 
 
 Outros seareiros da Vinha Terrestre serão beneficiados com a determinação de horários especiais; contudo, já que o Supremo Pai serve dia e noite, não disporás de ocasiões para descanso certo, porquanto o amor te colocará em permanente vigília!

Não medirás sacrifícios para auxiliar, com absoluto esquecimento de ti; no entanto, verás teu carinho e abnegação apelidados, quase sempre, por fanatismo e loucura…
 
Zelarás pelos outros, mas os outros muito dificilmente se lembrarão de zelar por ti… Farás o pão dos entes amados… Na maioria das circunstâncias, porém, serás a última pessoa a servir-se dos restos da mesa, e, quando o repouso felicite aqueles que te consumirem as horas, velarás, noite a dentro, sozinha e esquecida, entre a prece e a aflição… Espiritualmente, viverás mais perto de Deus, e, em razão disso, terás por dever agir com o ilimitado amor com que Deus ama…
 

Anjo bom — disse a Alma, em pranto de emoção e esperança —, que missão será essa?
O Emissário Divino endereçou-lhe profundo olhar e respondeu num gesto de bênção: — Serás mãe!…
 

Irmão X

LIVRO: ESTANTE DA VIDA 


quarta-feira, 21 de abril de 2021

TIRADENTES NOS BRAÇOS DE ISMAEL.


"resgatas hoje os delitos cruéis que cometeste quando te ocupavas do nefando mister do inquisidor, nos tempos passados. Redimiste o pretérito obscuro e criminoso com as lágrimas do teu sacrifício em favor da Pátria do Evangelho de Jesus. Passarás a ser um símbolo para a posteridade, com o teu heroísmo resignado nos sofrimentos purificadores. Qual novo gênio surges, para espargir bênçãos sobre a terra do Cruzeiro, em todos os séculos do seu futuro. "




Tiradentes nos braços de Ismael


[...]
"Os historiadores falam do grande pavor daqueles onze homens que se ajuntavam, andrajosos e desesperados, na sala do Oratório, para ouvirem a sentença da sua condenação, após três longos anos de separação, em que haviam ficado incomunicáveis nos diversos presídios da época. A leitura da peça condenatória, pelo Desembargador Francisco Alves da Rocha, levou quase duas horas. Depois de conhecerem os seus termos, os infelizes conjurados passaram às mais dolorosas e recíprocas recriminações. Os mais tristes quadros de fraqueza moral se patenteavam naqueles corações desiludidos e desamparados; mas, no dia seguinte, a dura sentença era modificada. D. Maria I havia comutado anteriormente as penas de morte em perpétuo degredo nas desoladas regiões africanas, com exceção do Tiradentes, que teria de morrer na forca, conservando-se o cadáver insepulto e esquartejado, para escarmento de quantos urdissem novas traições à coroa portuguesa.

O mártir da inconfidência, depois de haver apreciado, angustiadamente, a defecção dos companheiros, reveste-se de supremo heroísmo. Seu coração sente uma alegria sincera pela expiação cruel que somente a ele fora reservada, já que seus irmãos de ideal continuariam na posse do sagrado tesouro da vida. As falanges de Ismael lhe cercam a alma leal e forte, inundando-a de santas consolações.

Tiradentes entrega o espírito a Deus, nos suplícios da forca, a 21 de abril de 1792. Um arrepio de aflitiva ansiedade percorre a multidão, no instante em que seu corpo balança, pendente das trevas do cadafalso, no Campo da Lampadosa.
Mas, nesse momento, Ismael recebia em seus braços carinhosos a alma edificada do mártir.

– Irmão querido – exclama ele – resgatas hoje os delitos cruéis que cometeste quando te ocupavas do nefando mister do inquisidor, nos tempos passados. Redimiste o pretérito obscuro e criminoso com as lágrimas do teu sacrifício em favor da Pátria do Evangelho de Jesus. Passarás a ser um símbolo para a posteridade, com o teu heroísmo resignado nos sofrimentos purificadores. Qual novo gênio surges, para espargir bênçãos sobre a terra do Cruzeiro, em todos os séculos do seu futuro. Regozija-te no Senhor pelo desfecho dos teus sonhos de liberdade, porque cada um será justiçado de acordo com as suas obras. Se o Brasil se aproxima da sua maioridade como nação, ao influxo do amor divino, será o próprio Portugal quem virá trazer, até ele, todos os elementos da sua emancipação política, sem o êxito incerto das revoluções feitas à custa do sangue fraterno, para multiplicar os órfãos e as viúvas na face sombria da Terra...

Um sulco luminoso desenhou-se nos espaços, à passagem das gloriosas entidades que vieram acompanhar o espírito iluminado do mártir, que não chegou a contemplar o hediondo espetáculo do esquartejamento.

Daí a alguns dias, a piedosa rainha portuguesa enlouquecia, ferida de morte na sua consciência pelos remorsos pungentes que a dilaceravam e, consoante as profecias de Ismael, daí a alguns anos era o próprio Portugal que vinha trazer, com D. João VI, a independência do Brasil, sem o êxito incerto das revoluções fratricidas, cujos resultados invariáveis são sempre a multiplicação dos sofrimentos das criaturas, dilaceradas pelas provações e pelas dores, entre as pesadas sombras da vida terrestre."

Trecho retirado do capítulo"Inconfidência Mineira" no Livro “Brasil – Coração do Mundo – Pátria do Evangelho”
Psicografia Francisco C. Xavier – Espírito Humberto de Campos


terça-feira, 20 de abril de 2021

ISMAEL E A CONVOCAÇÃO DOS INCOFIDENTES PARA REGENERAÇÃO : EXPIAÇÃO E MISSÃO

 


[...] Todos aqui estais cientes da grande revolução que se processa no campo das ideias, insuflando o amor novo às letras,  à música e à arte, para renovação dos povos[...] Lembrai-vos, no entanto, que devemos fazê-lo sem ódios, de vez que o Brasil é um lugar onde a cruz do Senhor recende de Amor Universal. Tendes que influir na abolição dos escravos, e já tem denegrido demais a consciência brasileira [...]podeis, com o cérebro iluminado e o coração cheio de paz, embora em débito, alicerçar no Brasil os novos ideais de Fraternidade ,Igualdade e Liberdade.





   O ALISTAMENTO DOS INCONFIDENTES



[...]E, ante a  vacilação de quase todos,  Ismael, fitando  nos demoradamente prosseguiu:


- Amados! Muitos de vós  já atendestes a esta convocação, renascendo na época dura da retração do ouro  nas Minas Gerais. Todos aqui estais cientes da grande revolução que se processa no campo das ideias, insuflando o amor novo às letras,  à música e à arte, para renovação dos povos. Ninguém vos induzirá a esta tarefa ,  que não é coisa de um dia ,  e nem sereis constrangidos a renascer longe dos grupos afins e nas circunstâncias que mereceis. Estes  espíritos encarnados que aqui se encontram  serão aqueles que virão a receber vos por filhos e netos. Relembrai  agora as próprias dívidas e equacionai e as vossas muitas esperanças.Sois todos equilibrados e intelectualmente bem-dotados, capazes ,portanto, de insuflar na província as ideias que tanto tendes defendido: a de emancipar  o Brasil de Portugal, por exemplo. Lembrai-vos, no entanto, que devemos fazê-lo sem ódios, de vez que o Brasil é um lugar onde a cruz do Senhor recende de Amor Universal. Tendes que influir na abolição dos escravos, e já tem denegrido demais a consciência brasileira e alicerçar um futuro onde as fábricas dirimam a miséria do Povo! Estais demais preparados para esta luta, já que a própria tarefa de socorro a quantos sofrem na terra agora, já vos preparou para uma visão mais real das necessidades da hora presente.


  Cada um de vós tendes sido outrora tiranos e déspotas e sabeis o quanto à tirania é móvel de perturbação e treva. Se outrora empunhastes o poder para a destruição e a morte, escravização e o extermínio pela ambição das riquezas, agora sabeis que a riqueza maior vem das conquistas do amor e dedicação, e podeis, com o cérebro iluminado e o coração cheio de paz, embora em débito, alicerçar no Brasil os novos ideais de Fraternidade ,Igualdade e Liberdade.


  Eis que  outros espíritos foram enviados à Europa, a qual infelizmente, está por demais  envolta  e lutas fratricidas e pela qual tememos  não venham estas ideias renovadas sem lutas cruentas. Na América do Norte um contingente já se encontra preparado para renascer, iluminando o próprio Brasil com suas conquistas da criatura humana. Agora é imperativo que também vos decidais  e nós prepararemos o quadro das necessidades de cada um , inserindo-o num grupo afim  para renascimento em expiação e missão neste aprendizado que nos prova e engrandece .


Não  desconheceis  as injunções  dolorosas da hora presente, nem as dificuldades vultosas de um reencarne em condições   tais ,  mas rogaremos a Jesus nos multiplique as forças .


Não sereis contrangidos ,no entanto, ao reencarne , e tereis ainda tempo bastante para analisar as possibilidades de cada um e os possíveis problemas particulares e peculiares de cada situação e de cada espírito.


( Palavras de Ismael, Protetor do Brasil)


Fonte: Confidências de um Inconfidente.17º Edição Médium: Marilusa Moreira Vasconcelos Ditado pelo Espírito: Tomás Antônio Gonzaga. Trecho retirado do capítulo : Alistamento dos Incofidentes pag. 22-23


terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

O CEGO DE NASCENÇA : O CASO NÃO ERA EXPIAÇÃO[...]PORÉM SIGNIFICATIVA MISSÃO[...] O MOÇO CEGO ASSUMIRA O COMPROMISSO [...] A FIM DE DAR TESTEMULHO PÚBLICO DE QUE JESUS É A LUZ DO MUNDO[...]ELE VEIO(JESUS) ...ABRIR OS OLHOS DA ALMA AOS QUE TÊM FOME E SEDE DE LUZ , PONDO AO MESMO TEMPO, A DESCOBERTO, A CEGUEIRA DOS ORGULHOSOS QUE DOGMATIZAM DE SUAS CÁTEDRAS,BLASFEMANDO DO QUE IGNORAM.

 


O CEGO DE NASCENÇA


"Jesus, passando, viu um homem cego de nascença. Perguntaram-lhe os discípulos: Mestre, quem pecou para que este homem nascesse cego, ele ou seus pais? Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus pais, mas isto se deu para que as obras de Deus nele sejam manifestas..

Tendo assim falado, misturou saliva com terra e, fazendo barro, aplicou-o nos olhos do cego dizendo: Vai lavar-te no tanque de Siloé. Ele foi, lavou-se e voltou com vista." - João, 9:1-7.


A pergunta dos discípulos sobre os motivos da cegueira daquele homem não foi descabida, No entanto, o caso não era de expiação para o padecente, nem de provação para seus pais. Tratava-se de modesta, porém significativa missão.


O Espírito encarnado no moço cego assumira, no Além, o compromisso de nascer privado da vista a fim de dar testemunho público de que Jesus é a luz do mundo, o Messias prometido.


Após haver respondido à interpelação que lhe foi dirigida, o Mestre aproximou-se do cego, e, untando-lhe os olhos com barro, composto de saliva e terra, disse-lhe: Vai lavar-te no tanque de Siloé. Ele foi, lavou-se e voltou vendo.


Porque teria o Senhor usado aquela original terapêutica? Não poderia operar a cura independente do processo empregado? Ele agiu assim para completar o testemunho que o moço havia de dar, por isso que a denominação Siloé quer dizer Enviado.


Se os homens daquele tempo, e de todos os tempos, dispondo, embora, de vista física, tivessem "olhos de ver", por certo se convenceriam de que Jesus, de fato, é o Filho de Deus. Sendo, porém, cegos de espírito, nenhuma conclusão tiraram outrora, nem tiram na atualidade, dos prodígios e das maravilhas por Ele levadas a efeito.


Nada obstante, o milagre em apreço causou escândalo. A testemunha do Enviado foi levada à presença dos fariseus, que a interrogaram minuciosamente. O caso foi narrado com simplicidade e firmeza. Não havia negá-lo. Era evidente.


Mas, alegaram os sofistas adversários do Senhor: Esse que te curou não é de Deus, não guardou o sábado. E, obstinados em sua incredulidade, mandaram vir os pais do mancebo e os interpelaram: E' este o vosso filho, que dizeis haver nascido cego? Como, pois, ele agora vê?


Sim, este é nosso filho que nasceu cego; como, porém, agora vê, não sabemos; interrogai-o diretamente, já tem idade, falará por si. Assim disseram os pais, temendo serem expulsos da sinagoga, porque estava já estabelecida aquela pena para os que confessassem ser Jesus, o Cristo.


De novo, pois, é chamado o ex-cego, a quem disseram: Dá glória a Deus; nós sabemos que aquele que te curou é pecador. Redarguiu o mancebo: Se é pecador, não sei; de uma coisa estou bem certo: eu era cego, e agora vejo; desde que há mundo, nunca , se soube que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença.


Mas, como foi isso? objetaram os fariseus. Já vo-lo disse, retrucou o humilde instrumento da Verdade porque desejais ouvir de novo? Quereis, acaso, tornar-vos discípulos de Jesus? Discípulo dele és tu, revidaram os fariseus; nasceste todo em pecados, e queres ensinar-nos? E, injuriando-o, expulsaram-no. O Mestre, tendo ciência do sucedido, procurou-o e a ele revelou-se, dizendo:


— Crês tu no Filho

— Quem é ele, Senhor, para que eu nele creia?

— Já o viste, e é ele quem fala contigo.

— Creio, Senhor. E o adorou.


Concluiu, então, Jesus: Eu vim a este mundo para um juízo, a fim de que os que não vêem, vejam; e os que vêem, se tornem cegos. Assim, realmente, tem acontecido. No desempenho de sua missão, o divino Enviado vai iluminando os simples que intimamente se confessam inscientes, e confundindo os vaidosos e presumidos que se julgam sábios.


Ele veio, de fato, abrir os olhos da alma aos que têm fome e sede de luz, pondo, ao mesmo tempo, a descoberto, a cegueira dos orgulhosos que dogmatizam de suas cátedras, blasfemando do que ignoram.


A história se repete. O que se passou com o Enviado, quando no desempenho das exemplificações que realizou no cenário terreno, passa-se, agora, com relação à fenomenologia e à ética espíritas.


O farisaísmo hodierno continua sofismando e negando. Um grande número, temendo excomunhão, não reflete em público a luz que bruxuleia em seu íntimo.


Todavia: Veritas vincit.


Vinícius

sábado, 25 de janeiro de 2014

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 132

 
 
Os Espíritos se originam do mesmo princípio único, tocados com o mesmo amor pela Divindade. A justiça de Deus é perfeita em todos os rumos da Sua sabedoria, e neste entendimento é que os seres criados passam pelos mesmos processos de despertamento espiritual, mas, com reações diversas. O ponto de saída e chegada é o mesmo para todos os Seus filhos. As diferenças que encontramos de alma para alma, de homem para homem, já deves ter deduzido, é a idade de cada ser, na pauta das suas existências. Quanto, ao que muitos escritores espiritualistas dizem, que uns sofrem e outros não, na ascensão que deviam conquistar, é opinião falsa, por não encontrar ressonância na justiça do Todo-Poderoso. Se nasceram todos simples e ignorantes todos foram às escolas, onde os ensinamentos são os mesmos e idênticas às necessidades. Mesmo que as modalidades de aprendizagem sejam diversas, no fim, a soma de trabalhos, dores e sacrifícios, de esforços individuais para aquisição dos poderes, é a mesma, em busca das trilhas de libertação dos seus valores morais e espirituais.
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domingo, 7 de abril de 2013

DEVER PATERNO ..."Educar é salvar. O Espiritismo é a religião da educação. Não há lugar para superstições, na trama urdida pelos postulados cristãos que o Espiritismo veio restaurar em toda a sua verdade...."


Duas verdades muito simples devem estar presentes na imaginação dos pais: de um saco vazio nada podemos tirar; de um terreno inculto, abandonado, nenhum bom grão podemos colher.

Estas duas asserções, banais em aparência, naturalmente servirão para lhes trazer à mente um fato de suma importância: a educação dos filhos.

Sim, se eles descurarem o cumprimento deste dever, chegará o dia em que debalde procurarão obter alguma coisa dos filhos. Estes lhe darão o que se pode tirar de um saco vazio ou aquilo que se pode colher de um terreno abandonado.

A autoridade paterna, elemento indispensável na orientação e direção da mocidade, não surge do vácuo nas ocasiões prementes das grandes necessidades, dos lances aflitivos em que ela é reclamada.
Se essa autoridade existe, apresenta-se, impõe-se, age, luta e consegue. Se não existe, é escusado apelar-se para ela, no paroxismo de qualquer aflição.
A autoridade paterna se desenvolve paulatinamente, como fruto da educação que os pais dão aos filhos, quando essa educação se funda na base sólida de exemplos dignos e elevados. Ela se desenvolve e frutifica como as plantas de valor.

Pretendê-las num dado momento, como façanha de prestidigitador, é ilusão que nenhum pai sensato deve alimentar.

Há exemplos, não contestados, de filhos bons e dignos, à revelia da influência doméstica, e outros que são maus, a despeito dos desvelos paternos; porém tais casos são exceções que não anulam a regra e, menos ainda, os deveres dos pais, no que concerne à formação do caráter de seus filhos.

Sabemos que nossos filhos são espíritos reencarnados, os quais semelhantemente ao vento, segundo disse Jesus ninguém sabe donde vêm.
É possível que sejam espíritos de sentimento e moral elevados; assim sendo, não nos darão maior trabalho: é a exceção. Caso contrário, como é de regra, trarão consigo defeitos, vícios e paixões, para cujo extermínio cumpre providenciarmos, empenhando todos os meios ao nosso alcance.
E isto se obtém, ministrando a educação cristã, firmada sobre os alicerces de exemplificações acordes com aquela doutrina.

Educar é salvar. O Espiritismo é a religião da educação. Não há lugar para superstições, na trama urdida pelos postulados cristãos que o Espiritismo veio restaurar em toda a sua verdade.

Eduquemo-nos, pois, e eduquemos nossos filhos. Um mau chefe de família nunca pode ser um bom espírita.

Vinícius

sábado, 23 de março de 2013

Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita Livro I - Roteiro 5-Módulo 2 "Os apóstolos de Jesus. A missão dos doze apóstolos

CRISTIANISMO E ESPIRITISMO
MÓDULO II - O CRISTIANISMO
• E, Chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os Espíritos imundos,
para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal. Ora, os
nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André,
seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé
e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o zelote, e Judas
Iscariotes, aquele que o traiu. Mateus, 10:1-4
• Jesus enviou esses doze com estas recomendações: Não ireis pelo caminho
das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide, antes, às ovelhas
perdidas da casa de Israel; e, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus.
Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios;
de graça recebestes, de graça dai. Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em
vossos cintos; nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias,
nem bordão, porque digno é o operário do seu alimento. E, em qualquer cidade
ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno e hospedai-vos
aí até que vos retireis. E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a; e, se a casa
for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a
vossa paz. E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo
daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que, no
Dia do Juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para
aquela cidade. Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede
prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. Mateus, 10:5-16
OS APÓSTOLOS DE JESUS. A MISSÃO
DOS DOZE APÓSTOLOSEstudo Aprofundado da Doutrina Espírita
1. O colégio apostolar
No cumprimento de sua missão, Jesus contou com a colaboração dos
apóstolos e de outros discípulos. Apóstolo é uma palavra derivada do grego
que significa enviado. Discípulo é um vocábulo de origem latina que significa
aluno. Jesus escolheu doze apóstolos e os enviou a diversos lugares para pregarem
a Boa Nova (Evangelho). Contou também com o apoio direto de cerca
de setenta discípulos.
Jesus chamou a equipe dos apóstolos que lhe asseguraram cobertura à obra redentora,
não para incensar-se e nem para encerrá-los em torre de marfim, mas para erguê-los à
condição de amigos fiéis, capazes de abençoar, confortar, instruir e servir ao povo que,
em todas as latitudes da Terra, lhe constitui a amorosa família do coração. 32
A missão de Jesus, propriamente dita, começa com a organização do seu
colégio apostolar. O evangelho de Mateus relata: “E Jesus, andando junto ao
mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais
lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após
mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles, deixando logo as redes,
seguiram-no. E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de
Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com Zebedeu, seu pai, consertando
as redes; e chamou-os.
Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.” (Mateus,
4:18-22)
Lucas nos esclarece que Levi ofereceu-lhe, após o convite, então uma
SUBSÍDIOS
MÓDULO II
Roteiro 5
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 5 - Os apóstolos de Jesus. A missão dos doze apóstolos
grande festa em sua casa, e com eles estava à mesa numerosa multidão de publicanos
e outras pessoas. (Lucas, 5:29)
O evangelista Marcos informa que, terminada a refeição, Jesus faz um
debate sobre o jejum; alerta sobre a inconveniência de colocar remendo novo
em roupa velha, ou vinho novo em odres velhos; explica que o sábado foi feito
para o homem, e não o homem para o sábado, e cura um homem de mão atrofiada.
Diante desses fatos, uma grande multidão passa a segui-lo, chamando-o
filho de Deus. Marcos nos fala também que, depois, Jesus “subiu à montanha, e
chamou a si os que ele queria, e eles foram até ele. E constituiu Doze para que
ficassem com ele, para enviá-los a pregar, e terem autoridade para expulsar os
demônios [Espíritos maléficos]. Ele constitui, pois, os Doze, e impôs a Simão o
nome de Pedro; a Tiago, o filho de Zebedeu, e a João, o irmão de Tiago, impôs o
nome de Boanerges, isto é, filhos do trovão; depois André, Filipe, Bartolomeu,
Tiago, o filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o zelota, e Judas Iscariotes, aquele que
o traiu.” (Marcos, 2:18-27; e 3, 1-19)
2. A missão dos apóstolos
De conformidade com a narrativa de Mateus, as recomendações iniciais
do Messias definem a ação que os discípulos deveriam executar.
— Amados – entrou Jesus a dizer-lhes, com mansidão extrema –, não tomareis o caminho
largo por onde anda tanta gente, levada pelos interesses fáceis e inferiores; buscareis
a estrada escabrosa e estreita dos sacrifícios pelo bem de todos. Também não penetrareis
nos centros das discussões estéreis, à moda dos samaritanos, nos das contendas que nada
aproveitam às edificações do verdadeiro reino nos corações com sincero esforço. Ide antes
em busca das ovelhas perdidas da casa de nosso Pai que se encontram em aflição e voluntariamente
desterradas de seu divino amor. Reuni convosco todos os que se encontram de
coração angustiado e dizei-lhes, de minha parte, que é chegado o reino de Deus.
Trabalhai em curar os enfermos. Limpai os leprosos, ressuscitai os que estão mortos nas
sombras do crime ou das desilusões ingratas do mundo, esclarecei todos os espíritos que
se encontram em trevas, dando de graça o que de graça vos é concedido.
Não exibais ouro ou prata em vossas vestimentas porque o reino dos céus reserva os
mais belos tesouros aos simples. Não ajunteis o supérfluo em alforjes [...] porque digno
é o operário do seu sustento. Em qualquer cidade ou aldeia onde entrardes, buscai saber
quem deseja aí os bens do céu [...]. Quando penetrardes em uma casa, saudai-a com amor.
[...] Se ninguém vos receber, nem desejar ouvir as vossas instruções, retirai-vos [...], sem
conservardes nenhum rancor e sem vos contaminardes da alheia iniquidade [...].
Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos, recomendando-vos a simplicidade das
pombas e a prudência do coração. Acautelai-vos, pois, dos homens, nossos irmãos, por118
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
que sereis entregues aos seus tribunais e sereis açoitados nos seus templos suntuosos,
de onde está exilada a idéia de Deus.[...] Mas, nos dias dolorosos da humilhação, não
vos dê cuidado como haveis de falar, porque minha palavra estará convosco e sereis
inspirados, quanto ao que houverdes de dizer. Porque não somos nós que falamos; o
espírito amoroso de Nosso Pai é que fala em todos nós. 27
3. Dados biográficos dos apóstolos
André - Mencionado em Mateus, 4:18; 10:2; Marcos, 3:18; Lucas, 6:14;
João, 1:40; Atos dos Apóstolos, 1:13. Irmão de Pedro.
Como Pedro ou Simão Barjona era filho de Jona, também seria André, a menos que
ocorra uma das hipóteses: parente ou irmão por parte de mãe. Investigações de filiação
materna carecem de apoio, pois nem sempre textos bíblicos retiram a mulher da penumbra,
conservando anônimas a sogra de Pedro, a mãe dos filhos de Zebedeu, a mãe
dos Macabeus etc. Pescador; integrante do grupo inicialmente convocado, isto é, um
dos primeiros, entre os doze. 9
Em geral, aceita-se que André era irmão de Pedro. Não existem dúvidas
a respeito.
A sua atitude, durante toda a vida de Jesus, foi de ouvir o Mestre, observar os seus atos,
estudar os seus preceitos, seguindo-O sempre por toda parte. A não ser certa vez que
saiu com outro companheiro para pregar a Boa Nova ao mundo, segundo ordem que o
Mestre deu aos doze, nenhuma outra ação aparece de André, enquanto Jesus se achava
na Terra. 21
Poucas são as referências sobre André nas escrituras. Ele se destaca, porém,
por ser um dos primeiros a fazer parte do colégio apostolar.
Embora menos proeminente que seu irmão (Pedro), André está presente ao milagre
da multiplicação dos pães de Jesus e à fala apocalíptica do Monte das Oliveiras. [...] De
acordo com a tradição medieval tardia, André foi martirizado pela crucificação numa
cruz em forma de xis, que mais tarde aparece na bandeira da Grã-Bretanha representando
a Escócia, de que André é o padroeiro. 6
Celebrado pela tradição ortodoxa grega como Protocletos (o primeiro a
ser chamado) dentre os doze [João,1:40], André cujo nome significa varonil,
nasceu em Betsaida Julias, às margens do Mar da Galiléia.2 Antes de seguir
o Mestre, era discípulo de João Batista. «Aparentemente André ocupava-se
mais dos assuntos da alma do que propriamente de suas pescarias, tanto que
EADE - Roteiro 5 - Os apóstolos de Jesus. A missão dos doze apóstolosEstudo Aprofundado da Doutrina Espírita
abandonou suas redes para seguir os passos de João Batista.» 3 Segundo o historiador
Eusébio (História Eclesiástica III), André teria desenvolvido extenso
apostolado na Palestina, Ásia Menor, Macedônia, Grécia e regiões próximas
do Cáucaso. As antigas narrativas indicam que, supostamente, se encontram
em Patras, cidade grega, os restos mortais do apóstolo, guardados numa igreja
ortodoxa grega. 3
Bartolomeu - Mencionado em Mateus, 10:3; Marcos, 3:18; Lucas, 6:14;
Atos dos Apóstolos, 1:13. É possível que Bartolomeu tenha nascido na cidade
de Caná da Galiléia. 21, 27
«Se Bartolomeu quer dizer filho de Ptolomeu (Bar-Ptolomeu), temos pelo
menos presumível filiação [...]. Não se comprova nitidamente que o apóstolo
se chamasse Natanael Bartolomeu. O nome de Natanael aparece em João sem
indicações (1:45 a 51) e como “discípulo”, originário de “Caná da Galiléia”
(21:2)10.» A origem familiar de Bartolomeu permanece, entretanto, obscura.
Alguns escritores cristãos primitivos informam que o apóstolo seria descendente
da família Naftali, embora outros autores, como São Jerônimo, acreditem que
ele seja descendente dos Talmai, rei de Gesur. (2, Salomão, 3:3)
Como a maior parte dos discípulos, Bartolomeu parece ter sido um homem profundamente
sintonizado com as expectativas messiânicas de sua época. O notável testemunho
de Jesus a seu respeito (João, 1:47) deixa transparecer o perfil de alguém que serviu a Lei
e aos profetas não apenas para orientar suas esperanças na gloria de Israel, mas também
para desenvolver em seu íntimo uma espiritualidade frutífera, determinada pelas diretrizes
da sabedoria divina, sobre o qual comenta o apóstolo Tiago. 1 (Tiago, 3:7)
O seguinte relato de João, que Filipe teria falado sobre Jesus a Bartolomeu
(ou Natanael), apresentando-o, posteriormente, ao Mestre: Temos achado
aquele, de quem escreveu Moisés na Lei, e de quem falaram os Profetas, Jesus
de Nazaré, filho de José. Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair coisa
que seja boa? Respondeu Filipe: Vem e vê. Jesus vendo aproximar-se Natanael,
disse: Antes de Filipe chamar-te, eu vi, quando estavas debaixo da figueira.
Replicou-lhe Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel.
Disse-lhe Jesus: Por eu te ver debaixo da figueira, crês? Maiores coisas do que
esta verás. E acrescentou: Em verdade, em verdade vos digo que vereis o Céu
aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem. Natanael,
após esse encontro com o Mestre, O seguia, tornando-se um dos seus
discípulos. 22
EADE - Roteiro 5 - Os apóstolos de Jesus. A missão dos doze apóstolos
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
Há indicações de que o apóstolo teria «pregado o Evangelho na Arábia,
na Pérsia (atual Iraque), na Etiópia e depois na Índia, donde regressou para
Liacônia, passando depois a outros países.» 21 Conta-se que, ao desenvolver o
trabalho apostolar na Armênia, junto do Mar Negro, teria sido esfolado vivo,
antes de morrer.
Filipe - Aparece rapidamente nos Evangelhos, não nos deixando muitas
informações sobre ele. As referências evangélicas sobre o apóstolo são as seguintes:
Mateus, 10:3; Marcos, 3:18; Lucas, 6:14; João, 1:40; Atos dos Apóstolos,
1:13. É citado também nos Atos dos Apóstolos, 21:1-9, quando Paulo e Lucas o
encontram na cidade de Cesaréia, juntamente com as suas quatro filhas, todas
possuidoras da mediunidade de profecia.
Nasceu em Betsaida, Galiléia. Era pescador. «Depois do desencarne do
Mestre ficou em Jerusalém até a dispersão dos Apóstolos, indo, segundo a tradição,
pregar o Evangelho na Frígia, recanto da Ásia Menor, ao sul de Bitinia.
Foi Filipe que apresentou a Jesus Natanael (Bartolomeu), um homem ilustre
e de caráter lapidado que residia na Galiléia.» 22 Parece que evangelizou na
Ituréia, reunindo-se a André, no mar Negro, sendo morto, já muito idoso, na
Frigia, em Hierápolis.
Há uma lenda que vincula o apóstolo Filipe à França. Alguns escritores
cristãos do passado falam da presença de Filipe na Gália (antigo nome da
França). Um deles é Isidoro, Bispo de Sevilha, que, entre os anos 600 e 636
d.C., escreveu, em seu livro De Ortu et Orbitu Patrum, cap. 73:
Filipe, de Betsaida, de onde também provinha Pedro, apregoou Cristo nas Gálias e nas
nações vizinhas, trazendo seus bárbaros, que estavam em trevas, à luz do entendimento
e ao porto da fé. Mais tarde, foi apedrejado, crucificado e morto em Hierápolis, uma
cidade da Frígia, onde foi sepultado de cabeça para baixo, ao lado de suas filhas. 5
Filipe era muito ligado aos apóstolos Bartolomeu, João, Pedro e Tiago
Maior (os três últimos apóstolos formavam uma espécie de estado-maior do
colégio apostolar).
É importante não confundir Filipe, um dos doze apóstolos, com Filipe, o
evangelista, companheiro de Paulo de Tarso.
Este [...] não compunha o rol dos doze discípulos, entra em cena num momento em
que a Igreja de Jerusalém se debate com a delicada questão da discriminação sofrida
por judeus-cristãos, de língua grega e provenientes da Diáspora, também conhecidos
EADE - Roteiro 5 - Os apóstolos de Jesus. A missão dos doze apóstolos
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
como helenistas. [...] Diante da possibilidade de uma divisão sem precedentes, os doze
[apóstolos] sugeriram à congregação local a escolha de sete varões cheios de Espírito
Santo e de sabedoria, que pudessem solucionar aquela questão de cunho administrativo,
enquanto eles próprios se dedicariam ao ensino e a pregação da Palavra. 4
Dessa forma, Filipe, assim como Estevão e mais cinco judeus da Dispersão
(Diáspora) ficaram responsáveis pelas tarefas administrativas da congregação
(Atos dos Apóstolos, 6:5; 8:5-40 e 21:8-9).
Os [...] necessitados que procuravam valer-se da obra assistencial dos discípulos [...]. O
serviço de cada dia consistia não só nas pregações evangélicas mas também na distribuição
de sopa e alimentos aos pobres, dentre os quais dedicavam especial atenção às
viúvas desamparadas. 19
O apóstolo Filipe deve também ser distinguido de Filipe, o Tetrarca.
(Lucas, 3:1)
João ou João Evangelista - São referências evangélicas sobre o apóstolo:
Mateus, 4:21, 10:3; Marcos, 3:17; Lucas, 6:14; Atos dos Apóstolos, 1:13. Era filho
de Zebedeu e irmão de Tiago, o maior. Sua mãe, Salomé, é citada duas vezes,
uma em Marcos(15:40 e 16:1), outra em Mateus (20:20 e 27:56).
Alguns estudiosos suspeitam que Salomé tenha sido irmã de Maria Santíssima
(João,19:25). Dessa forma, Jesus seria primo dos filhos de Zebedeu,
explicando, em parte, a fraterna intimidade fraterna existente entre eles. Nasceu
em Betsaida, na Galiléia. É autor do quarto Evangelho, de três cartas destinadas
aos cristãos e do livro Apocalipse. O seu Evangelho difere dos outros três,
chamados sinópticos ou semelhantes, porque a narrativa de João enfoca mais o
aspecto espiritual da mensagem de Jesus. João considera-se o discípulo amado
(João, 13:23; 20:2 e 26; 21:7 e 20), afirmação admissível, se generalizada.
Era muito jovem à época do Mestre, e, na crucificação, foi designado por
Jesus para tomar conta de Maria. João viveu o final de sua existência em Éfeso,
onde teria escrito o seu evangelho e as suas epístolas. Durante o governo do
imperador romano Domiciano, foi exilado na ilha de Patmos, escrevendo aí o
Apocalipse. Morreu idoso, tomando conta da igreja que ali existia, possivelmente
no ano 100 da Era Cristã. João e seu irmão Tiago Maior foram chamados por
Jesus de Boanerges (filhos do trovão). Integrava o núcleo inicialmente convocado
por Jesus, participando destacadamente, junto a Tiago maior e a Pedro,
do principal grupo do colégio apostolar. 11, 26
EADE - Roteiro 5 - Os apóstolos de Jesus. A missão dos doze apóstolos
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
Judas Iscariote ou Iscariotes - Referências evangélicas sobre o apóstolo:
Mateus, 10:4; Marcos, 3:19; Lucas, 6:16; João, 12:4; Atos dos Apóstolos, 1:16.
Originário de Kerioth (ou Carioth), localidade da Judéia, era filho de Simão
Iscariote (João, 13:2). Era comerciante de pequeno negócio, em Cafarnaum.
Segundo as tradições, este apóstolo foi designado para cuidar do dinheiro comum
(espécie de tesoureiro) do colégio apostolar, «[...] cujos escassos recursos
se destinavam a esmolas. Transportava o saco alongado (bolsa), que habitualmente
israelitas atavam à cinta, para recolher pecúnia.» 12 (João, 12:6; 13:29)
Judas deixou-se conduzir pela [...] embriaguês de seus sonhos ilusórios. Entregaria o
Mestre aos homens do poder, em troca de sua nomeação oficial para dirigir a atividade
dos companheiros. Teria autoridade e privilégios políticos. Satisfaria às suas ambições,
aparentemente justas, com o fim de organizar a vitória cristã no seio de seu povo. Depois
de atingir o alto cargo com que contava, libertaria Jesus e lhe dirigiria os dons espirituais,
de modo a utilizá-los para a conversão de seus amigos e protetores prestigiosos.
O Mestre, a seu ver, era demasiadamente humilde e generoso para vencer sozinho, por
entre a maldade e a violência. 28
Judas representa o tipo de pessoa preocupada com a vida material.
Não obstante amoroso, Judas era, muita vez, estouvado e inquieto. Apaixonara-se
pelos ideais do Messias, e, embora esposasse os novos princípios, em muitas ocasiões
surpreendia-se em choque contra ele. Sentia-se dono da Boa Nova e, pelo desvairado
apego a Jesus, quase sempre lhe tomava a dianteira nas deliberações importantes. Foi
assim que organizou a primeira bolsa de fundos da comunhão apostólica e, obediente
aos mesmos impulsos, julgou servir à grande causa que abraçara, aceitando perigosa
cilada que redundou na prisão do Mestre. 31
Ao presenciar o sofrimento de Jesus, durante a prisão e posterior crucificação,
o apóstolo entendeu, tardiamente, o seu lamentável equívoco. «De longe,
Judas contemplou todas as cenas angustiosas e humilhantes do Calvário. Atroz
remorso lhe pungia a consciência dilacerada. Lágrimas ardentes lhe rolavam
dos olhos tristes e amortecidos. Malgrados à vaidade que o perdera, ele amava
imensamente o Messias.» 29
Desse momento em diante é que Judas começou a entender o caráter essencialmente
espiritual da missão de Jesus. E sinceramente arrependido, confessa publicamente o
seu crime. Mas era tarde. O Mestre já estava nas mãos de seus algozes, os quais eram
inflexíveis. O suicídio de Judas (acontecido em seguida à condenação de Jesus) lhe custou
séculos de sofrimentos nas zonas inferiores no mundo espiritual, porque tentou corrigir
um erro com outro erro. Todavia, ajudado espiritualmente por Jesus e seus companhei-
EADE - Roteiro 5 - Os apóstolos de Jesus. A missão dos doze apóstolos
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
ros de apostolado, depois de inúmeras reencarnações na Terra, dedicadas ao trabalho
de fazer triunfar o Evangelho, Judas conseguiu reabilitar-se; e hoje está irmanado com
Jesus em sua tarefa esplendorosa. 18 (Mateus, 27:1-10)
Entregue a profundo remorso, Judas Iscariotes suicida quando percebe
que a crucificação de Jesus seria irreversível. «Matias foi o substituto de Judas
Iscariote no apostolado. Nada sabemos nos primeiros tempos sobre Matias,
senão que ele foi um dos setenta e dois discípulos que o Senhor enviou, dois a
dois, adiante de si a todas as cidades e lugares que pretendia visitar.» 25
Judas Tadeu ou Tadeu - Referências evangélicas sobre o apóstolo:
Mateus,10:3; Marcos, 3:18; João, 14:22; Lucas, 6:16; Atos dos Apóstolos, 1:13.
É um dos doze citados nominalmente por Mateus e Marcos. Há indicações
de que ele seria «[...] também filho de Alfeu e de Cleofas (parenta de Maria
Santíssima), sendo, portanto, irmão de Levi (Mateus) e de Tiago Menor. A
família Alfeu eram nazarenos e amavam Jesus desde a infância, sendo muitas
vezes chamados de os irmãos do Senhor.» 26
Judas é identificado pela tradição antiga como o autor da epístola de Judas, que foi escrita
a uma igreja ou grupo de igrejas desconhecido para combater o perigo representado por
certos mestres carismáticos que estavam pregando e praticando libertinagem moral. O
autor procura denunciar esses mestres como pessoas ímpias cuja condenação foi profetizada,
e insta seus leitores a preservar o evangelho apostólico vivendo segundo as suas
exigências morais. 7
Contam as tradições que trabalhou na Mesopotâmia e na Pérsia.
Mateus ou Levi - Referências evangélicas sobre o apóstolo: Mateus, 10:3;
Marcos, 2:14; Lucas, 5:27 e 6:15; Atos dos Apóstolos, 1:13. Era filho de Alfeu e
de Cleofas, tendo como irmãos Tiago menor. Nasceu na Galiléia e era publicano
(cobrador de impostos). «Os publicanos, conquanto gente de representação
oficial, eram malvistos pelo povo, pois julgavam que extorquiam dinheiro dos
contribuintes. Por isso se enriqueciam.» 20
A escolha de Mateus, por Jesus, para compor o colégio apostolar provocou
murmurações. Denominavam-se publicanos, no império dos Césares, os empresários
de rendas públicas, membros da poderosa ordem dos cavaleiros (ordo
equester); dominada pelos romanos a Palestina, também nesta se intitularam
publicanos os cobradores de impostos, destinados ao patrimônio do invasor.
EADE - Roteiro 5 - Os apóstolos de Jesus. A missão dos doze apóstolos
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 5 - Os apóstolos de Jesus. A missão dos doze apóstolos
Era um símbolo de vassalagem, inconciliável com a noção de povo eleito. Em
linguagem atual, colaboracionismo com o vencedor. 13, 26
Escreveu o primeiro evangelho, no qual dá ênfase aos aspectos humano e
genealógico de Jesus. Pregou no norte da África, depois da morte do Mestre,
prosseguindo até a Etiópia, onde foi morto.
Pedro, Simão, Simão Pedro ou Cefas - Referências evangélicas sobre
o apóstolo: Mateus, 4:18 e 10:2; Marcos, 1:16 e 3:16; Lucas, 6:14 e 9:20; João,
1:40; Atos dos Apóstolos, 1:13.
Pescador em Cafarnaum, na Galiléia, era irmão do apóstolo André. (Mateus,
4:18; Lucas, 6:14; João, 1:40). Pedro, nome dado por Jesus, (Mateus, 4:18;
10:2) ou Cefas, são cognomes do apóstolo, palavras que significam pedra, em
grego e hebraico, respectivamente. João (1:40-42) chama-o de Simão Pedro.
É também conhecido como Simão Bar-Jonas, que significa Simão, filho de
Jonas (Mateus, 16:18). Em suas epístolas apenas se auto-intitula apóstolo ou
servo. Pedro, Tiago e João Evangelista faziam parte do círculo íntimo de Jesus,
participando dos mais importantes atos do Mestre. 14, 27
Pedro é muito lembrado pelo episódio, anunciado por Jesus, de que ele
o negaria por três vezes.
A negação de Pedro sempre constitui assunto de palpitante interesse nas comunidades do
Cristianismo. Enquadrar-se a queda moral do generoso amigo do Mestre num plano de
fatalidade? Por que se negaria Simão a cooperar com o Senhor em minutos tão difíceis?
Útil, nesse particular, é o exame de sua invigilância. O fracasso do amoroso pescador reside
aí dentro, na desatenção para com as advertências recebidas. Grande número de discípulos
modernos participam das mesmas negações, em razão de continuarem desatendendo.
Informa o Evangelho que, naquela hora de trabalhos supremos, Simão Pedro seguia o
Mestre “de longe”, ficou no “pátio do sumo-sacerdote”, e “assentou-se entre os criados”
deste, para “ver o fim”.
Leitura cuidadosa do texto esclarece-nos o entendimento e reconhecemos que, ainda
hoje, muitos amigos do Evangelho prosseguem caindo em suas aspirações e esperanças,
por acompanharem o Cristo a distância, receosos de perderem gratificações imediatistas;
quando chamados a testemunho importante, demoram-se nas vizinhanças da arena de
lutas redentoras, entre os servos das convenções utilitaristas, assentando binóculos de
exame, a fim de observarem como será o fim dos serviços alheios. 30
A dolorosa experiência de Pedro não se resume às perseguições que sofreu,
ou nas lutas que enfrentou na divulgação do Evangelho. Está, antes, relacionada
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 5 - Os apóstolos de Jesus. A missão dos doze apóstolos
ao fato de ter negado Jesus. A tradição evangélica nos informa que, replicando
ao Mestre, Pedro lhe diz que seria capaz de dar a própria vida por ele. Ouvindo
essa afirmativa, observa o Cristo: — «Pedro, a tua inquietação se faz credora de
novos ensinamentos. A experiência te ensinará melhores conclusões, porque,
em verdade, te afirmo que esta noite o galo não cantará sem que me tenhas
negado por três vezes.» 26 (Mateus, 26: 69-75)
A teologia católica afirma ser Pedro o fundador da Igreja Cristã de Roma,
considerando-o o primeiro Papa. Simbolicamente pode-se admitir tal fato, porque,
em termos históricos, Pedro não a poderia ter fundado. Depois da morte
de Jesus, despontou como líder dos doze Apóstolos, aparecendo, praticamente,
em todas as narrativas evangélicas. Exerceu autoridade na recém-nascida
comunidade cristã, tendo apoiado a iniciativa de Paulo de Tarso de incluir os
não-judeus na fé cristã.
Foi morto em Roma, crucificado de cabeça para baixo, no ano de 64 d.C.,
durante a perseguição feita por Nero aos cristãos. A forma de crucificação do
apóstolo foi, segundo a tradição, escolhida por ele mesmo, que não se julgava
digno de morrer como Jesus morreu. Supõe-se que o seu túmulo se encontra
sob a catedral de São Pedro, no Vaticano.
Tiago Maior - Referências evangélicas sobre o apóstolo: Mateus, 4:21 e
10:3; Marcos, 3:17; Lucas, 6:17; Atos dos Apóstolos, 1:13. Pescador, nascido
em Betsaida (Galiléia), irmão de João, o Evangelista, filho de Zebedeu, fazia
parte do círculo mais íntimo de Jesus. 27 Existem suposições, fundamentadas
nos textos de Lucas, 6:16 e dos Atos dos Apóstolos, 1:13, de que Tiago Maior
seja, também irmão de Judas Tadeu, por parte de mãe. 16
Quatro pessoas no Novo testamento têm o nome Tiago (grego Iakobos), que é uma de
duas formas gregas do nome hebraico Jacó (a outra sendo a simples transliteração Iakob).
Como Jacó era um ancestral referenciado em Israel, Tiago foi um nome comum entre
os judeus no período romano.Tiago, filho de Zebedeu, era um pescador galileu na área
de Cafarnaum no mar da Galiléia, um sócio (juntamente com seu irmão João) de Simão
Pedro. Estava trabalhando no negócio encabeçado por seu pai quando foi chamado por
Jesus para ser seu discípulo. Tiago e João formaram, ao lado de Pedro, o núcleo mais
estreito de três entre os Doze apóstolos: eles testemunharam a ressureição da filha de
Jairo, estiveram presentes à transfiguração e observaram (e em parte dormiram enquanto
ela ocorria) a agonia de Jesus em Getsemâni.
Ao que parece, Tiago e João expressavam-se explosivamente, ou esperavam que Deus
lançasse um súbito julgamento sobre os inimigos de Jesus, porque foram apelidados
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 5 - Os apóstolos de Jesus. A missão dos doze apóstolos
Boanerges (sons de trovões) [...]. Fora dos Evangelhos sinóticos, Tiago, filho de Zebedeu,
aparece somente em Atos. Estava presente na sala superior com o grupo que esperava
Pentecostes. A única outra referência a ele no Novo Testamento é a notícia enigmática
de que Herodes (Agripa I) o havia matado. Ele foi, assim, o segundo mártir registrado
da igreja (depois de Estevão) e o primeiro do grupo apostólico a morrer (com exceção
de Judas Iscariotes, que havia sido substituído como apóstolo). 8
Os demais tiagos citados no Novo Testamento são: Tiago, filho de Alfeu ou
Tiago Menor, apóstolo de Jesus; Tiago, pai do apóstolo Judas Tadeu, e um outro
Tiago, chamado irmão de Jesus,8 citado por Mateus, 13:55 e Marcos, 6:3.
Tiago Menor - Referências evangélicas sobre o apóstolo: Mateus, 10:3;
Lucas, 6:15; Marcos, 3:18; Atos dos Apóstolos, 1:13. Era filho de Alfeu e de
Cleofas (parenta de Maria Santíssima), sendo, portanto, irmão de Levi (Mateus).
Quase nada se sabe sobre Tiago Menor, do ponto de vista das Escrituras,
além do simples registro do seu nome no rol dos apóstolos e do fato de ser
filho de Alfeu e Maria e ser irmão de um certo José. (Mateus, 10:3 e Marcos,
15:40)
Simão, o zelote - Referências evangélicas sobre o apóstolo: Mateus, 10:9;
Marcos, 3:18; Lucas, 6:15 e Atos dos Apóstolos, 1:13. Era chamado assim porque
pertencia à seita dos zelotes, zelosos, ou zeladores, seita ultranacionalista
e não-religiosa, a qual lutava para a libertação de Israel do jugo romano. Vivia
da profissão de pescador. 27
O apóstolo «[...] era Galileu, parece que nascido em Caná [daí ser chamado
também de Simão, o Cananeu], onde Jesus, nas bodas transformou a água em
vinho. [...] O historiador grego Nicéforo diz que ele percorreu o Egito, a Cirenaica
e a África; que anunciou a Boa Nova na Mauritânia e em toda a Líbia, e
depois nas ilhas Britânicas fez muitos milagres.» 24
Tomé ou Dídimo - Referências evangélicas sobre o apóstolo: Mateus, 10:3;
Marcos, 3:18; Lucas, 6:15; Atos dos Apóstolos, 1:13. Era chamado Dídimo, o
Gêmeo, embora não haja qualquer registro de que tenha tido um irmão gêmeo.
Descendente de antigo pescador de Dalmanuta, não seguiu, no entanto, essa
profissão. 26
«Ficou famoso por duvidar da ressuscitação de Jesus, afirmando que só
vendo, acreditaria. Jesus, então, apareceu-lhe, oito dias depois, mostrando-lhe
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 5 - Os apóstolos de Jesus. A missão dos doze apóstolos
as cicatrizes dos pés e das mãos, e a chaga do lado. Julga-se que Tomé foi pregar,
após a dispersão, o Evangelho aos persas, hindus e árabes [...]». 23 Acompanhou
Jesus durante os três anos de sua prédica, mostrando-se-lhe muito afeiçoado. 17

Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
1. DE BARROS, Aramis C. Doze homens e uma missão. 1.ed. Curitiba: Editora
Luz e Vida, 1999. (Bartolomeu), p. 43
2. ______. (Tomé), p. 119.
3. ______. (André), p. 120.
4. ______. (Filipe), p. 136.
5. ______. p. 150.
6. DICIONÁRIO DA BÍBLIA.VOL. 1. As pessoas e os lugares. Organizado por
Bruce M. Metzger e Michael Coogan. Tradução de Maria Luiza X. de A.
Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002, p. 14.
7. ______. p. 173.
8. ______. p. 319.
9. MACEDO, Roberto. Vocabulário histórico geográfico dos romances de Emmanuel.
3.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005, (André), p. 42.
10. ______. (Bartolomeu), p. 43.
11. ______. (João), p. 44-46.
12. ______. (Judas Iscariote), p. 46.
13. ______. (Mateus), p. 47.
14. ______. (Pedro), p. 48-49.
15. ______. (Tadeu), p. 52.
16. ______. (Tiago Menor), p. 53-54.
17. ______. (Tomé), p. 54-55.
18. RIGONATTI, Eliseu. O evangelho dos humildes. 15. ed. São Paulo: Editora
Pensamento, 2003. Cap. 27 (O suicídio de Judas), p. 249.
19. ______. O evangelho da mediunidade. 7. ed. São Paulo Editora Pensamento,
2000. Cap. 6, (A instituição dos diáconos), p. 47.
20. SCHUTEL, Cairbar. Vida e atos dos apóstolos. 6. ed. Matão [SP]: O Clarim,
1976, Item: Mateus, p. 233.
21. ______. Item: André e Bartolomeu, p. 234.
22. ______. Item: Filipe e Tomé, p. 236.
23. ______. p. 237.
24. ______. Item: Simão-Judas e Matias, p. 238.
25. ______. p. 240-241.
26. XAVIER, Francisco Cândido. Boa nova. Pelo Espírito Humberto de Cam-
REFERÊNCIAS
EADE - Roteiro 5 - Os apóstolos de Jesus. A missão dos doze apóstolos
129
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 5 - Os apóstolos de Jesus. A missão dos doze apóstolos
pos. 33. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Cap. 5 (Os Discípulos), p. 38-39.
27. ______. p. 39-41.
28. ______. Cap. 24 (A ilusão do discípulo), p.162.
29. ______. p. 163.
30. ______. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 26. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2006. Cap. 89 (O fracasso de Pedro), p. 193-194.
31. ______. Luz acima. Pelo Espírito Irmão X. 9. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004.
Cap. 44 (Do aprendizado de Judas), p. 187.
32. XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Estude e viva. Pelos Espíritos
André Luiz e Emmanuel. 12. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 39
(Espíritas, meditemos - mensagem de Emmanuel), p.223-2

quarta-feira, 13 de março de 2013

Vida e Valores ( A missão da maternidade )

Vida e Valores (A missão da maternidade)

Que mistério é esse que envolve as mães?

Eis uma pergunta difícil de explicar. Não existe uma única criatura no mundo que não haja experimentado o envolvimento de sua mãe.

Seja um envolvimento positivo, amoroso, seja um envolvimento lamentável, doentio, patológico. Mas, ninguém escapa da presença da mãe.

Alguém pode nascer sem a presença do pai, mas é impossível alguém nascer no mundo sem a presença da mãe.

A mãe é essa criatura tão especial que, muitas vezes, atormenta a vida dos filhos, desejosa de impulsionar as suas vidas.

Muitas vezes abafa o filho, querendo protegê-lo.Quanto é importante essa figura no mundo!

 Em O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ele pergunta aos seres espirituais qual é a missão mais importante dentre aquelas que Deus concedeu aos homens na Terra. Os Imortais respondem a Allan Kardec que a missão mais importante é a da mulher. E complementam – porque é ela que educa o homem.

Quando pensamos nisso, verificamos a importância da mulher consciente, quando ela tem esse apercebimento do seu papel e essa certeza de sua influência, porque não há uma única mãe que não exerça influência sobre seus filhos.

Podemos mesmo ousar e dizer que, como base de todo o bruto, de todo o homem grotesco que houve na Humanidade, havia a figura de uma mulher, sua mãe.

Porque foi ela que fez com que ele não levasse desaforos para casa, foi ela que o ensinou a devolver agressão com agressão, ensinou-o a ser egoísta.

Mas, por baixo da história de todo santo, de todo missionário, de toda criatura do bem, existe a figura de uma mulher, de sua mãe.

Foi ela que disse: Meu filho, quando um não quer, dois não brigam. Meu filho, é melhor um covarde vivo do que um corajoso morto. Meu filho, venha lavar em casa os problemas da rua, porque em casa você encontrará amor. Roupa suja, meu filho, se lava em casa.

Assim, encontramos mães que criaram seus filhos para cima, e mães que empurraram seus filhos para baixo.

Encontramos aquelas que sabem que seus filhos não lhes pertencem, sabem que seus filhos são filhos de Deus essencialmente, são filhos da vida e que para a vida elas os deverão educar.

Há outras que supõem que eles sejam seus pertences, inoculam neles as suas fragilidades, os seus medos, os seus temores, seus pontos de vista.

Aí, começarmos a pensar na trajetória da mãe sobre o mundo, quando ela tiver essa consciência do seu papel junto aos filhos, quando ela admitir que serão seus filhos os professores de amanhã, os médicos, os advogados, os juízes, os políticos.

Quando ela admitir que serão seus filhos que administrarão as cidades, os Estados, os países, que responsabilidades terão em suas mãos, ela própria se tratará melhor, para que não tenha a cabeça infernizada por complexos de culpa, por conflitos e possa passar para os seus filhos esse respeito à vida, esse respeito aos outros.

Jamais essas mães ensinarão aos seus filhos que têm que respeitar os mais velhos, mas ensinarão aos seus filhos que eles têm que respeitar a todo o ser humano, a todo ser vivente. Ensinarão os filhos a amar os vegetais, a proteger as florestas, começando a cuidar dos jardins em casa. Ensinarão o respeito aos animais.

Quem começa das coisas simples, terá capacidade de realizar as coisas complexas.

Ah, mulher mãe! Que mistérios envolverão a sua figura?

*   *   *

A missão da mulher é uma missão misteriosa, porque ela consegue penetrar a alma do seu filho, consegue conhecer seu filho como ninguém.

Se pararmos para pensar, a mulher passa nove meses lunares carregando nas entranhas o seu rebento, nove meses em que ela faz um curso de especialização em percepção fluídica, em percepção psíquica.

Ela capta as emissões do seu feto, do seu filho ainda feto e as interpreta, como qualquer sensitivo interpretaria uma influenciação espiritual sobre seu psiquismo.

É dessa interpretação, das emissões do filho reencarnante que nascem os famosos desejos da mulher durante a gravidez. É a interpretação que ela faz do que está sentindo.

Nem sempre são verdadeiras as interpretações, como nem sempre as criaturas transmitem corretamente aquilo que recebem dos seres espirituais. O fenômeno é o mesmo.

Podemos afirmar que a gravidez corresponde ao período de maior transe mediúnico de que se tem notícia. São nove meses em que a mulher mãe filtra o psiquismo de seu filho. São nove meses em que ela projeta sobre ele seu próprio psiquismo.

Tanto ele conhece a sua mãe intimamente, tanto ela conhece seu filho como ninguém.

A mãe conhece os filhos pelo andar deles, pelo modo deles respirarem, pelo modo de olharem. Ela conhece seu filho.

Jamais um filho se esconderá de sua mãe porque ela conhece suas emissões, seus fluidos, seu psiquismo.

Do mesmo modo, jamais uma mãe se esconderá do seu filho. Ele consegue ler na sua mãe se ela está contente, se ela está triste, se ela está feliz, se ela está aborrecida. Ele consegue ler sem que ela diga nada, por causa dessa habitualidade em conviver um com o outro, com essa intimidade visceral.

As nossas mães são aquele instrumento de que Deus lançou mão para que Ele se manifestasse na Terra, enviando-nos à Terra através delas.

A mulher rica, a mulher inteligente, intelectual quanto a mulher pobre, a mulher simples e ignorante têm a mesma habilidade para ser mãe. Toda mulher, psiquicamente, nasce com essa estrutura para a maternidade.

Às vezes, elas não conseguem ser mães de filhos carnais, mas  são mães dos sobrinhos, são mães dos irmãos mais novos, são mães de todas as crianças que se lhes acerquem, porque é da mulher esse instinto da maternidade, ainda que não tenha seus próprios filhos carnais.

Verificamos que há um mistério notável na maternidade, e esse mistério se chama amor.

Esse amor que vem se desenvolvendo do instinto para a razão. É esse amor, nas devidas dimensões, que faz o ninho entre os irracionais, que faz com que a galinha guarde seus pintainhos sob as asas, que faz com que os felinos lambam suas crias, que faz com que os pássaros ponham na boca dos seus filhotes o alimento que trouxeram no seu próprio estômago.

É isso que se desenvolveu ao longo dos milênios e explodiu cá em cima na coroa humana e recebeu o nome de amor de mãe, profundamente irracional.

A mãe ama seu filho independentemente do que ele seja, de quem ele seja.

O maior santo recebe o amor de sua mãe, o maior vilão, o mais espúrio dos seres recebe o amor de sua mãe.

Em todas as cadeias públicas, nos dias de visita, pode faltar a esposa, o filho, o amigo, nunca a mãe. Ela estará sempre lá, amando seu filho, na felicidade ou na desdita, na alegria ou na tristeza. Porque ser mãe é de fato trazer uma proposta de Deus para aliviar as lutas do mundo.

Enquanto Deus mandar à Terra Seus filhos no seio das mulheres-mães é porque Ele ainda confia no progresso da Humanidade.

  Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 147,
apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da
 Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em
abril de 2008. Exibido pela NET, Canal 20,
Curitiba, no dia 10 de maio de 2009.
Em 06.08.2009.