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sábado, 1 de fevereiro de 2014

EADE: ESTUDO APROFUNDADO DA DOUTRINA ESPÍRITA-LIVRO:1-MÓDULO 2-ROTEIRO -22 " A IGREJA CRISTÃ PRIMITIVA"

MÓDULO II - O CRISTIANISMO
• De uso especificamente cristão, adotado pelas comunidades cristãs logo no seu
início, o termo “igreja” certamente queria dizer mais do que “reunião”, uma vez
que assinalava a diferença entre os adeptos que viam Jesus como Messias e os
judeus que não o aceitavam. Enciclopédia Mirador, vol. 11, p. 5962.
• Desde a fundação da igreja primitiva, em Jerusalém, percebe-se a existência
de duas correntes religiosas. Ambas aceitavam a aplicação da lei de Israel aos
cristãos de origem judaica, divergindo, no entanto, quanto à sua aplicação aos
gentios, convertidos ao Cristianismo.
• O Evangelho do Divino Mestre ainda encontrará, por algum tempo, a resistência
das trevas. A má-fé, a ignorância, a simonia, o império da força conspirarão
contra ele, mas tempo virá em que a sua ascendência será reconhecida.
Emmanuel: Emmanuel, cap. II.
A IGREJA CRISTÃ PRIMITIVA
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
Introdução
A palavra “igreja” (do grego ekklesia e do latim ecclesia). Significa uma
assembléia que se reúne por força de uma convocação.
De uso especificamente cristão, adotado pelas comunidades cristãs logo no seu início, o
termo “igreja” certamente queria dizer mais do que “reunião”, uma vez que assinalava a
diferença entre os adeptos que viam Jesus como Messias, e os judeus que não o aceitavam.
O vocábulo relacionava-se com expressões do AntigoTestamento, sobretudo com
a palavra hebraica “gahal” (assembléia, congregação, multidão), que a versão grega dos
setenta (a septuaginta) traduz quase sempre para ekklesia. 2
A palavra ekklesia, porém, tem origem no Judaismo.
No Novo Testamento, onde ocorre cerca de 114 vezes (das quais 65 nas epístolas de são
Paulo), mostra a sua correlação histórica e lingüística com o judaísmo; a sua freqüência,
porém, corresponde ao desenvolvimento próprio e original de uma nova instituição —
cujo ponto de referência é agora Jesus de Nazaré, chamado o Cristo —, significa uma
ruptura com uma situação anterior [...]. De modo geral, a ekklesia para o Novo Testamento
foi essencialmente a vivência da fé dos primeiros grupos cristãos. Trata-se, no
início, de expressar a unidade no amor em vista da instauração do reino e do advento
iminente do Senhor. Cada igreja primitiva institucionalizava-se progressivamente em
função de condições concretas, em grande parte de significado local [...]. 2
É nítida a mudança de conceito de igreja nas epístolas de Paulo, indo
desde o significado elementar de assembléia ou reunião, evoluindo para o de
comunidade ou grupo, de forma concreta, até chegar ao sentido teológico de
SUBSÍDIOS
MÓDULO II
Roteiro 22
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 22 - A igreja cristã primitiva
que Cristo é a cabeça do corpo que é a própria Igreja. (Epístola aos Colossenses,
1:18, 24).
Em Mateus, o conceito de uma Igreja estruturada parece evidente e é coerente com a “teologia
do povo” elaborada pelo evangelista. A idéia de ruptura com a oficialidade judaica
está claramente expressa na parábola dos viticultores homicidas. 2 (Mateus, 21:33-45)
Neste aspecto, a expressão o “reino dos céus” é retirado de um povo — o
judeu — e entregue a uma nova humanidade, formada de judeus e gentios.
João utiliza a palavra igreja de maneira diversa em seus escritos (evangelho,
epístolas e apocalipse). Apresenta um significado simbólico, mais espiritualizado,
de união com Jesus. Os cristãos são, para o apóstolo, testemunhas da mensagem
do Cristo. Somente em Atos dos Apóstolos iremos encontrar a palavra
igreja no sentido de um grupo de pessoas que se reúnem e que professam a fé
cristã. (Atos dos Apóstolos, 6:1-6; 15:22)
1. A igreja primitiva
A igreja primitiva começa com a fundação da igreja de Jerusalém, após o
pentecostes; abrange, em seguida, o trabalho realizado pelos doze apóstolos e
seus discípulos na difusão do Cristianismo, inclusive as atividades desenvolvidas
por Paulo; atravessa o período de grandes provações que os cristãos sofreram
durante a perseguição do estado imperial romano e se completa no início da
Idade Média com a constituição da igreja apostólica romana (Ocidental) e a
ortodoxa (Oriental).
A era apostólica é obscura, pois não há muitas informações a respeito. De
concreto, temos as informações de Lucas, inseridas em Atos dos Apóstolos.
A documentação existente sobre a igreja primitiva focaliza dois personagens:
Pedro e Paulo. Inegavelmente, muitas das informações que chegaram até nós
deve-se ao trabalho de Paulo. Percebe-se que, desde a constituição das primeiras
comunidades, as divergências entre os adeptos foram marcantes. Construíram
grupos separados e, muitos deles, rivais.
Logo após o martírio de Estevão a relativa paz dos cristãos foi perturbada por uma cruel
perseguição movida por Herodes Agripa I, em 44 d.C. O apóstolo Tiago foi decapitado,
enquanto Pedro era preso, o que o levou, posteriormente, a afastar-se de Jerusalém [...]. 3
Há fortes evidências de que tanto Pedro quanto Paulo tenham sido mar330
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 21 - O apocalipse de João
tirizados em Roma, na época de Nero, na grande perseguição ocorrida no ano
64. No ano 100 morre o apóstolo João, possivelmente.
Desde a fundação da igreja primitiva, em Jerusalém, percebe-se a existência
de dois partidos religiosos.
Ambos aceitavam a aplicação da lei de Israel aos cristãos de origem judaica, divergindo
quanto à sua aplicação aos conversos do paganismo. Paulo afirmava que os cristãosgentios
deviam gozar de liberdade quanto à lei antiga, uma vez que não estavam a ela
obrigados. Tal problema, que se torna mais agudo com o estabelecimento da Igreja em
Antioquia, em Chipre e na Galácia, provocou a interferência do apóstolo Paulo, que se
reuniu com os líderes da Igreja em Jerusalém, onde se realizou um Concílio, de que não
resultaram possibilidades de acordo. Paulo, favorável a um cristianismo não-legalista,
passa a trabalhar em favor de uma Igreja universal, tornando-se um fundador de uma
teologia cristã. 3
Importa considerar que não existia, nos primeiros tempos do Cristianismo
nascente, uma coesão doutrinária entre os cristãos. As primeiras pregações
caracterizavam-se por depoimentos sobre a pessoa e os ensinamentos do Cristo.
Com a crucificação e ressurreição de Jesus, surge um novo elemento doutrinário:
o espírito santo, manifestado no dia de pentecostes. (Atos dos Apóstolos,
4,8-12) Com o pentecostes, começa, então, a expansão do Cristianismo para
o mundo pagão, a partir do foco inicial de Jerusalém. Os principais eventos
dessa expansão podem ser resumidos em dois:
• Fundação em Antioquia (Síria) de uma nova comunidade que acabou
por se transformar em um centro de divulgação da religião helenista, base da
organização da futura Igreja Católica Ortodoxa (Oriental). Foi nessa igreja que,
pela primeira vez, os galileus (Atos dos Apóstolos, 1:11) ou nazarenos (Atos
dos Apóstolos, 24:5) foram chamados de cristãos.
• Constituição do Cristianismo, em Roma, pelos judeus da diáspora
presentes aos acontecimentos de pentecostes. (Atos dos Apóstolos, 2:10)
No primeiro século da cristandade os conquistadores romanos não
fazem diferença entre cristãos e judeus, porém, quando começam a ter essa
percepção, institucionalizam as perseguições. Desta forma, a vida do cristão
se revelou muito difícil, uma vez que a nova religião era perseguida tanto por
judeus — que viam no Cristianismo uma grande ameaça aos privilégios dos
doutores da lei judaica — quanto pelos romanos, que não conseguiam aceitar
uma religião que pregava a liberdade, o respeito à dignidade do ser humano e

Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 21 - O apocalipse de João
o amor e o perdão como regras de conduta moral.
As classes mais abastadas não podiam tolerar semelhantes princípios de igualdade, quais
os que preconizavam as lições do Nazareno, considerados como postulados de covardia
moral, incompatíveis com a orgulhosa filosofia do Império, e é assim que vemos os cristãos
sofrendo os martírios da primeira perseguição, iniciada no reinado de Nero de tão
dolorosas quão terríveis lembranças. 7
Os cristãos, em conseqüência, passaram a viver longos períodos de tempo
às escondidas, mas preservando a união entre eles. Possuíam um sentimento
de irmandade, caridade e fé, inegavelmente muito maior do que se percebe no
cristão de hoje.
2. Os pais da Igreja
“Pais” ou “padres” foram, na Antigüidade, os guardiões da mensagem
cristã. Mais tarde, a expressão foi substituída por “patriarcas” e, na Idade Média,
por “doutores da Igreja”.
2.1 – Os pais apostólicos
São representados pelos doze apóstolos e por dedicados discípulos de Jesus,
como Paulo e Lucas. Historicamente, abrange os anos do primeiro século
da Era Cristã, de 30 a 100, fechando, possivelmente, com a morte de João, em
Éfeso, o último dos apóstolos a retornar ao mundo espiritual. As principais
características deste período são a difusão do Cristianismo e a construção da
igreja cristã. Além dos apóstolos, destaca-se, no Ocidente, a figura de Clemente
de Roma, e no Oriente, as de Inácio, Policarpo, Barnabé, Papias e Hermas.
Surge o Didaquê, uma espécie de catecismo, com prescrições litúrgicas para
o batismo, preceitos sobre o jejum, a oração e o dia de domingo. A tradição
apostólica de Hipólito, também deste período, trata dos ofícios e ministérios
na comunidade, como eleição e sagração de bispos e ordenação de presbíteros
e diáconos. 6
2.2 - Os apologistas
Compreende o período de 120 a 220 da Era Cristã, segundo e terceiro
séculos, respectivamente. Os apologistas foram pensadores cristãos que se
dedicavam à tarefa de escrever apologias do Cristianismo, com o intuito de
defendê-lo. Era preciso, nessa época, defender a doutrina cristã nascente de três
correntes distintas, que lhe faziam oposição: a religião judaica, o estado romano
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Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita

EADE - Roteiro 21 - O apocalipse de João
e a filosofia pagã. Contra os judeus, era necessário afirmar, argumentativamente,
o messianismo de Jesus Cristo. Contra os romanos, era preciso convencer
o imperador quanto ao direito de legalização da prática do Cristianismo dentro
do Império, e contra os filósofos pagãos, a tarefa dos apologistas era a de
apresentar a religião cristã como uma verdade total, ao contrário dos erros ou
verdades parciais presentes, segundo esses autores, na filosofia helenística. Os
apologistas criaram um tipo de literatura denominada apologética, de cunho
científico e filosófico. Tertuliano se destaca, no Ocidente. Justino, o Mártir,
Taciano, Teófilo, Aristides e Atenágoras, no Oriente. 6
2.3 – Os polemistas
Os polemistas defendiam as idéias cristãs contra as várias doutrinas que
marcaram o período compreendido entre os anos 180 e 250 d.C. A principal
doutrina combatida por eles foi o gnosticismo, interpretação filosófica que
tem como base os ensinamentos de filósofos gregos, especialmente os neoplatônicos.
O gnosticismo se desenvolveu em mais de 30 sistemas diferentes,
mas quase todos eles tratam da oposição entre fé e razão, misturando conceitos
da filosofia grega com preceitos da cultura oriental e do Cristianismo. Os
polemistas mais proeminentes pertenciam à Escola de Alexandria, tais como:
Atanásio, Basílio de Cesaréia e Cirilo. 6
2.4 - Os teólogos científicos
Os teólogos científicos aparecem no quarto século (325 - 460) e têm a
intenção de explicar a Bíblia por meio da Ciência. Parece ser a primeira tentativa
de unir a Religião e a Ciência, ou a fé à razão. Os temas Deus, criação
dos seres, dos Espíritos e do universo são estudados de forma racional. São
vultos proeminentes deste grupo: no Ocidente, Jerônimo, Ambrósio e Agostinho.
No Oriente, Crisóstomo e Teodoro. Em Alexandria, Atanásio, Basílio
de Cesaréia e Cirilo. 6
3. Deturpações na mensagem cristã
Se, por um lado a integração do Cristianismo ao Estado livrara os cristãos
das perseguições, por outro obrigava a Igreja Cristã a fazer concessões
políticas que, como sabemos, se responsabilizaram pela desconfiguração da
mensagem cristã.
As fronteiras ideológicas do Cristianismo tornavam-se frágeis e se diluíam em tendências

Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 21 - O apocalipse de João
heterogêneas. Estas, ao se afirmarem, criaram uma confrontação inevitável entre as múltiplas
interpretações doutrinárias e as várias tradições cristãs. Como todas as correntes
reivindicavam a legitimidade apostólica, tratava-se de definir o que estaria de acordo
ou contra a pregação tradicional dos Apóstolos. Essa confrontação veio a caracterizar a
divisão entre elementos ortodoxos e heterodoxos no pensamento cristão elaborado. 6
No final do século I, a própria constituição da Igreja modificara-se substancialmente
e as primeiras formas litúrgicas aparecem, assim como o ascetismo
e o legalismo. Nesse mesmo período, a Igreja estava presente na Ásia Menor,
na Síria, na Macedônia, na Grécia, em Roma e talvez no Egito. Se por um lado
o Cristianismo se expandia geograficamente através da vivência das igrejas
organizadas, por outro perdia em profundidade [...]. 4
O ascetismo, entendido como uma prática filosófica ou religiosa, de desprezo
ao corpo e às sensações corporais, e que tende a assegurar, pelos sofrimentos
físicos, o triunfo do Espírito sobre os instintos e as paixões, revelou-se
como uma forma deprimente de viver o Cristianismo. O ascetismo, surgido
na igreja primitiva, serviu de base para o monasticismo, estabelecido nos
séculos posteriores. «Por trás do movimento monástico, achava-se o zeloso
cristão empenhando-se fervorosamente para conseguir a união de sua alma
com Deus [...].» 5
O ascetismo preconizava, e preconiza, uma vida solitária, de completa
renúncia às atividades existentes no mundo material, e aceitação voluntária
de privações e sofrimentos.
O [...] impulso para o ascetismo e o monasticismo não é peculiar ao Cristianismo [igrejas
cristãs]. Aparece em outras religiões, tanto antes como depois do tempo de Cristo, e entre
alguns indivíduos que não professam qualquer religião. No terceiro e quarto séculos,
outras influências deram acrescida força ao impulso para o ascetismo e o monasticismo
e levaram esses ideais a uma realização prática. Uma delas foi a influência das filosofias
dualistas do gnosticismo e do neoplatonismo [...]. 5
O legalismo é definido como um conjunto de regras ou preceitos rigorosos
que contrariam a vivência pura e simples de qualquer interpretação religiosa,
inclusive a cristã. O legalismo, em qualquer época, representa uma forma de
escravidão, que conduz ao fanatismo, e, sobretudo, afasta o homem da prática
da caridade. A seguinte passagem do Evangelho mostra o que Jesus tinha a
dizer sobre o legalismo judaico: “partindo dali, entrou na sinagoga deles. Ora,
ali estava um homem com a mão atrofiada. Então lhe perguntaram, afim de
acusá-lo: é lícito curar nos sábados?” Jesus respondeu: “quem haverá dentre

Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 21 - O apocalipse de João
vós que, tendo uma ovelha, e caindo ela numa cova em dia de sábado, não vai
apanhá-la e tirá-la dali? Ora, um homem vale muito mais do que uma ovelha!
Logo, é lícito fazer bem aos sábados.” (Mateus 12:9-12)
A hegemonia da Igreja de Roma, em relação à de Constantinopla, concedeu
àquela poder suficiente para se transformar numa monarquia papal. Se
na Idade Antiga os principais acontecimentos da história da Igreja se deram
no Mediterrâneo e no Oriente, na Idade Média os centros mais importantes
localizam-se na Itália, França, Inglaterra e Alemanha. A razão histórica é a
invasão islâmica no mediterrâneo e a adoção do Cristianismo pelos povos
germânicos e eslavos.
Em conseqüência, surgem no campo doutrinário sérias deturpações da
mensagem cristã pela incorporação de rituais pagãos, de preceitos filosóficos
e de deliberações conciliares, de natureza cada vez mais políticas e menos
evangélicas. Os principais desvios ocorridos na igreja primitiva foram:
• Trindade divina: é uma crença de que Deus é formado por uma trindade
representada como o Pai, o Filho e o Espírito Santo, sendo cada uma expressão
da perfeição.
• A natureza divina e humana de Jesus: como homem, Jesus era filho de
uma virgem e padeceu os martírios da crucificação. Como Deus, ofereceu-se
em sacrifício para redimir os homens dos seus pecados.
• Fora da Igreja não há salvação: todos os cristãos são membros de uma só
Igreja, que está sob a guarda divina. Revela nítido conflito com o ensinamento
de Jesus, fielmente interpretado por Paulo: “fora da caridade não há salvação.”
(ICoríntios, 13:1-7,13)
Enquanto a máxima — Fora da caridade não há salvação — assenta num princípio
universal e abre a todos os filhos de Deus acesso à suprema felicidade, o dogma — Fora
da Igreja não há salvação — se estriba, não na fé fundamental em Deus e na imortalidade
da alma, fé comum a todas as religiões, porém “numa fé especial”, em “dogmas
particulares”; é exclusivo e absoluto. Longe de unir os filhos de Deus, separa-os; em vez
de incitá-los ao amor de seus irmãos, alimenta e sanciona a irritação entre sectários dos
diferentes cultos [...]. 1
Emmanuel conclui, destacando o sublime consolo que a Humanidade
encontra no Evangelho de Jesus.

Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 21 - O apocalipse de João
O Evangelho do Divino Mestre ainda encontrará, por algum tempo, a resistência das
trevas. A má-fé, a ignorância, a simonia, o império da força conspirarão contra ele, mas
tempo virá em que a sua ascendência será reconhecida. Nos dias de flagelo e de provações
coletivas, é para a sua luz eterna que a Humanidade se voltará, tomada de esperança.
Então, novamente se ouvirão as palavras benditas do Sermão da Montanha e, através das
planícies, dos montes e dos vales, o homem conhecerá o caminho, a verdade e a vida. 8
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Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
1. KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Guillon
Ribeiro. 125. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 15, item 8, p. 270-280.
2. ENCICLOPÉDIA MIRADOR INTERNACIONAL. Enccyclopaedia Britannica
do Brasil Publicações Ltda. São Paulo, 1995. Vol. 11, p.5961.
3. ______. p. 5962.
4. ______. p. 5963.
5. http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/historia-do-cristianismo-08.
html
6. http://www.igrejahttp://www.sepoangol.org/biogra-p.htm
7. XAVIER, Francisco Cândido. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel.
32, ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 15 (A evolução do cristianismo),
item: Os mártires, p.134.
8. ______. Emmanuel. Pelo Espírito Emmanuel. 25. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2005. Cap. 2 (A ascendência do evangelho), item: o Evangelho e o futuro,
p. 28.
REFERÊNCIAS
EADE - Roteiro 21 - O apocalipse de João

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 135

 

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Comentário de Miramez:

 
Há um laço que prende o Espírito ao corpo, um intermediário entre as duas forças da vida, de natureza semimaterial e a Doutrina Espírita denominou-o perispírito. Existem outros laços que ligam o Espírito ao perispírito de modo mais seguro e que a evolução saberá desatá-lo na época conveniente. Queremos dizer com isso que a alma tem muitos corpos, os quais não cabe mencionar, por não ser esse o objetivo desta página, e todos eles estão ligados ao Espírito por leis que escapam ao raciocínio dos homens, porém, com um pouco de esforço poder-se-á notar a existência das coisas dos Espíritos e suas necessidades. A evolução dos Espíritos capacitará a inteligência para perceber, por exame indutivo, o vasto campo espiritual onde se movimentam bilhões de seres inteligentes, e daí se poderá partir para onde deveremos chegar; a espiritualidade superior.
Assim como não se pode ter nas residências a luz elétrica sem os fios devidamente ordenados, o Espírito, para iluminar o corpo na sua movimentação adequada, precisa dos fios tenuíssimos do cordão fluídico, de modo que as ordens desçam para o mundo celular, as idéias surjam na mente e a palavra saia para a audição, como veículo de desenvolvimento espiritual. O coração fluídico, que os antigos iniciados chamavam de “cordão de prata”, por ser a sua luz da cor deste metal, mas, com característica brilhante, serve de intermediário entre o Espírito e o corpo e é de natureza elástica sobremodo incompreensível para a ciência da Terra. A alma, durante o sono do corpo, fica mais leve e, de acordo com a sua evolução, pode fazer viagens longas, a ponto do “coração de prata” ficar da espessura de um fio de teia de aranha. Devido aos cuidados tomados pelos Espíritos Superiores, não há perigo algum, nessas viagens, desde quando o Espírito seja obediente ao comando dos benfeitores espirituais.
Cumpre-nos dizer, que, quando se está, como Espírito livre do corpo, mas, resguardado pelo corpo fluídico, deve-se cuidar dos sentimentos, da formação das idéias e educar as palavras, porque tudo que se pensa e se fala negativamente, fixa-se no campo sensível do corpo espiritual, como nódoa de difícil limpeza. A nossa aura apresenta o que somos, tanto encarnados como desencarnados. O que semeamos nos ouvidos alheios, colhemos nos corpos que usamos, apoiando-nos para a nossa missão na Terra. A reforma dos nossos sentimentos, de que tanto falamos, inspirados no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, objetiva a nossa felicidade. Quem ama sem distinção, está limpando seus próprios caminhos; quem perdoa as ofensas, está tranqüilizando a própria consciência e quem exercita a caridade por onde passa, saiba que ela salva o caridoso das investidas de todos os males. Não existe outro caminho para limpar o perispírito, e mesmo o cordão fluídico, das mazelas do mundo, a não ser o Amor em todas as suas feições de entendimento.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 134

 
“Sim, as almas não são senão os Espíritos. Antes de se unir ao corpo, a alma é um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível, os quais temporariamente revestem um invólucro carnal para se purificarem e esclarecerem.”

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Comentário de Miramez:



 

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 133

 
Comentário de Miramez:
 
As provações são naturais em todo o mundo. Se por acaso Deus tirasse todas as dores da Terra, como pretendem os homens e se tivesse esse mundo em suas mãos, a humanidade voltaria às cavernas dentro de pouco tempo. Na fase evolutiva em que se encontra a coletividade, não pode existir plena felicidade, dado ao mau uso que o homem poderia fazer, dos recursos que Deus lhe emprestou. A doença constitui um freio, bem como favorece a expansão dos bons sentimentos moradores no coração. O Cristo abriu as portas para o entendimento, de sorte a educar as criaturas, e elas, educadas, poderão usar todos os valores e todas as forças por saberem como devem usar. A reencarnação é o melhor caminho para nos instruir e educar, de modo a sabermos viver no céu, obedecendo às leis naturais da vida, que sempre nos dão mais vida.