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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Brandos e Pacíficos


A azáfama do dia cedera lugar a terna e suave tranqüilidade. As atividades fatigantes alongaram-se até as primeiras horas da noite, que se recamara de astros alvinitentes. Os últimos corações atendidos, à margem do lago, após a formosa pregação do entardecer, demandaram os seus sítios facultando que eles, a seu turno, volvessem à casa de Simão.
Depois do repasto simples, o Mestre acercou-se da praia em companhia do apóstolo afeiçoado e, porque o percebesse tristonho, interrogou com amabilidade:

Que aflição tisna a serenidade da tua face, Simão, encobrindo-a com o véu de singular tristeza?

Havia na indagação carinhoso interesse e bondade indisfarçável.

Convidado diretamente à conversação renovadora, o velho pescador contestou com expressiva entonação de voz, na qual se destacava a modulação da amargura:

- Cansaço, Senhor. Sinto-me muitas vezes descoroçoado, no ministério abraçado... Não fosse por ti...

Não conseguiu concluir a frase. As lágrimas represadas irromperam afogando o trabalhador devotado em penosa agonia. E como o silêncio se fizesse espontâneo, ante o oscular da noite que os acalentava em festival de esperança, o companheiro, sentindo-se compreendido e, passado o volume inicial da emotividade descontrolada, prosseguiu:

- Não ignoro a própria inferioridade e sei que teu amor me convocou à boa nova a fim de que me renovasse para a luz e pudesse crescer na direção do amor de nosso Pai. Todavia, deparo-me a cada instante com dificuldades que me dilaceram os sentimentos, inquietando-me a alma.

Ante o olhar dúlcido e interrogativo do Amigo discreto adiu:

- É verdade que devemos perdoar todas as ofensas, no entanto, como suportar a agressividade que nos fere, quando pretende admoestar e que humilha, quando promete ajudar?

- Guardando a paz do coração - redargüiu o divino Benfeitor.

- Todavia - revidou o discípulo sensibilizado -, como conservar a paz, estando sitiado pela hipocrisia de uns, pela suspeita pertinaz de outros, sob o olhar severo das pessoas que sabemos em pior situação do que a nossa?

- Mantendo a brandura no julgamento - respondeu o Senhor.

- Concordo que a mansuetude é medicamento eficaz - redargüiu Pedro -, não obstante, não seria de esperarmos que os companheiros afeiçoados à luz nova também a exercitassem por sua vez? Quando a dúvida sobre nossas atitudes parte de estranhos, quando a suspeição vem de fora da grei, quando a agressividade nos chega dos inimigos da fé, podemos manter a brandura e a paz íntimas. Entrementes, sofrer as dificuldades apresentadas por aqueles que nos dizem amar, tomando parte no banquete do Evangelho, convém consideremos ser muito mais difícil e grave o cometimento...

Percebendo a angústia que se apossara do servo querido, o Mestre, paciente e judicioso, explicou:

- Antes de esperarmos atitudes salutares do próximo, cabe-nos o dever de oferecê-las. Porque alguém seja enfermo pertinaz e recalcitrante no erro, impedindo que a luz renovadora do bem o penetre e sare, não nos podemos permitir o seu contágio danoso, nem nos é lícito cercear-lhe a oportunidade de buscar a saúde. Certamente, dói-nos mais a impiedade de julgamento que parte do amigo e fere mais a descortesia de quem nos é conhecido. Ignoramos, porém, o seu grau de padecimento interior e a sua situação tormentosa. Nem todos os que nos abraçam fazem-no por amor, bem o sabemos... Há os que, incapazes de amar, duvidam do amor do próximo; os que mantendo vida e atitudes dúbias descrêem da retidão alheia; os que tropeçando e tombando descuram de melhorar a estrada para os que vêm atrás... Necessário compreendê-los todos e amá-los, sem exigir que sejam melhores ou piores, convivendo sob o bombardeio do azedume deles sem nos tornar-nos displicentes para com os nossos deveres ou amargos em relação aos outros...

- Ante a impossibilidade de suportá-los -sindicou o pescador com sinceridade -, sem correr o perigo de os detestar, não seria melhor que os evitássemos, distanciando-nos deles?

- Não, Simão - esclareceu Jesus. - Deixar o enfermo entregue a si mesmo será condená-lo à morte; abandonar o revel significa torná-lo pior... Antes de outra atitude é necessário que nos pacifiquemos intimamente, a fim de que a brandura se exteriorize do nosso coração em forma de bênção.

“Na legislação da montanha foi estabelecido que são bem-aventurados os brandos e pacíficos...

“A bem-aventurança é o galardão maior. Para consegui-lo é indispensável o sacrifício, a renúncia, a vitória sobre o amor-próprio, o triunfo sobre as paixões.

“Amar aos bons é dever de retribuição, mas servir e amar aos que nos menosprezam e de nós duvidam é caridade para eles e felicidade para nós próprios.”

Como o céu continuasse em cintilações incomparáveis e o canto do mar embalasse a noite em triunfo, o Mestre silenciou como a aspirar as blandícias da Natureza.

O discípulo, desanuviado e confiante, com os olhos em fulgurações, pensando nos júbilos futuros do Evangelho, repetiu quase num monólogo, recordando o Sermão da Montanha:

“Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra.

“Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.”

E deixou-se penetrar pela tranqüilidade, em clima de elevadas reflexões.


Autor: Amélia Rodrigues

Psicografia de Divaldo Franco


Processos Obsessivos



Afirmamos que os processos obsessivos são meticulosamente planejados e que, na

trama dos acontecimentos humanos, sempre há a acção das mentes desencarnadas; a

que protegem e guiam a Humanidade, como aquelas que conspiram contra o bem estar

do homem. Não restam dúvidas quanto à vitória final dos construtores dos povos e

do homem integral, pela vinculação mantida com a Divindade que os inspira e, a

seu turno, os conduz.



Os outros, os que ainda se estribam na violência, recebem, igualmente, os


nobres impulsos para a perfeição, demorando-se nos propósitos inferiores,

enquanto lapidam as arestas e adquirem as experiências da razão e da intuição,

liberando-se das altas cargas das sensações e paixões animalizantes, que os

asselvajam.



Lamentável é. a falta de siso dos espiritualistas e geral e de alguns


espiritistas em particular, porque, informados da sobrevivência fio Espírito ao

túmulo, bem como da sua preexistência ao berço e das naturais interferências que

consegue nas actividades humanas, não se consciencializam em definitivo,

assumindo uma atitude mental e moral que os precate, os imunize contra a

agressão desses infelizes espirituais, cuja psicosfera que produzem de par com

as emanações dos seus obsessos, gera a poluição mental que vem vitimando milhões

de incautos em trânsito pelo mundo.



Nos seus variados processos- de perseguição, utilizam-se das horas do repouso


físico aos seus desafectos do passado ou antagonistas do presente, a fim de os

surpreenderem, no parcial desdobramento pelo sono, atemorizando-os, quando não

os conseguem conduzir aos antros de sombra onde vivem, exaurindo-lhes as

resistências pela insidiosa e constante vigilância, mediante absorção

vampirizante, com que impossibilitam o repouso necessário ao equilíbrio físico e

à harmonia mental.



Aparecem-lhes com aspecto pavoroso, assumindo personificações bizarras de


demónios com figurações além das mais férteis imaginações, produzem hipnoses de

profundidade, instalam matrizes nos centros cerebrais - onde se encontram os

registros psíquicos das dívidas e erros -, que desconectam a pouco e pouco,

mediante pertinaz perseverança...



...E os pesadelos atormentam os futuros obsessos, infligindo-lhes pavores à


hora do sono. desanimando-os nos processos de paz.



Somente as acções da beneficência, a vigilância nos actos morais, a prece ungida


de fervor constituem antídotos a tais estratégias do mal, por situarem o

espírito que se enobrece em faixa vibratória superior, inacessível às suas

interferências, proporcionando uma sintonia com as mentes engrandecidas dos

Instrutores e Guardiães da criatura humana.



Enquanto não se consiga uma conscientização geral, através da educação


espiritual do ser, feita nas bases e métodos da razão, do esclarecimento e do

amor, a Terra e a sua quase totalidade de habitantes sofrerão os revezes da

própria incúria. até quando ao Senhor aprouver mudar as estruturas vigentes

através de metodologias outras que nos escapam ao entendimento.



Autor: Victor Hugo

Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Calvário de Libertação


Com Efeito



"Todos vós, que dos homens sofreis injustiças, sede indulgentes para as faltas dos vossos irmãos, ponderando que também vós não vos achais
isentos de culpas; é isso caridade, mas é igualmente humildade."


(Allan Kardec. E.S.E. Cap.VII. Item 11.)





Exercite a humildade ao lado dos modestos servidores do lar doméstico.


Ser humilde com os superiores, de quem se depende, é muito fácil.


Suporte com resignação as dificuldades da tarefa nova.


Quem muda de clima sofre a modificação da temperatura.


Retorne ao trabalho com ânimo redobrado, no lugar em que o insucesso o magoou.


Nem sempre o triunfo pode ser sentido nas moedas de lucro fácil.


Submeta-se às vicissitudes naturais da luta, mas prossiga na direção do serviço honrado.


Não há repouso justo sem o cansaço haurido nas tarefas da aprendizagem.



Cultive o verbo "cooperar".


O progresso nasce quando todos se ajudam.



Levante-se do erro e siga renovando-se.


Muita correnteza cristalina nasce em lodo.



Seja indulgente com aqueles que ainda se demoram sob as fortes luzes da ilusão.


O perdão que você oferece aos outros funciona como lubrificante nas engrenagens de sua alma.


Desperte na criança o ardor evangélico, atestando sempre junto a ela a excelência da Mensagem Cristã.


As atitudes hostis que você mantém, supondo que "a criança não entende", anulam quaisquer palavras da pregação apaixonada.



Combata a onda materialista que domina o mundo, deixando de apoiar as indústrias de perversão dos valores morais.


O prazer do cinema, teatro e televisão, muitas vezes se transforma em "labaredas para o coração".



Empenhe-se na implantação do Evangelho na Terra.


Faça-se, entretanto, uma "carta-viva do Cristo".

Marco Prisco / Divaldo

Sugestões de Amigo



"Sabe ele (o Paganismo) muito bem que
está errado, mas isso não o abala,
porquanto a verdadeira fé não lhe está
na alma. O que mais teme á a luz, que dá vista aos cegos."
(Allan Kardec, E.S.E. Cap. XXIII, Item 14)

Mesmo que você esteja com a razão, escute em silêncio a reprimenda injustificada.


Ouvir para examinar é oportunidade de aprendizado e experiência.


Mesmo que a lição lhe amargure o Espírito, receba como dádiva preciosa.


Antes uma verdade que que magoa, mas salva, do que uma ilusão que agrada e se desvanece.


Mesmo que você seja chamado ao debate em nome da causa que ama, desculpe-se e prossiga na ação.


Muitas palavras exaltam poucas razões.


Mesmo que a dor se constitua parceria única de seus labores evangélicos, prossiga resoluto.


O cinzel que fere a pedra, dela arranca a escultura valiosa.


Mesmo que a espada invisível da calúnia abra feridas em seu coração, continue animado.


O bem é luz inapagável.


Mesmo que a urna sombria do “eu” apele para que você viva somente para você, arrebente a grilheta e ajude a comunidade naquele que segue a seu lado.


A ostra mais resistente, em solidão, despedaça-se de encontro aos recifes do mar imenso.


Mesmo que a luta pareça inútil, confie no valor da perseverança que sabe agir.


Os pólens de uma única flor são suficientes para multiplicá-la indefinidamente, embelezando a Natureza.


Mesmo que o fel da amargura verta em seus lábios, cada noite, o acre sabor do desespero, desperte, no dia seguinte, abençoando a aurora.


Quem contempla uma noite de vendaval acreditará na impossibilidade de um claro sol na manhã porvindoura. No entanto...


Mesmo que o alarde da maledicência empane a claridade de sua luz, não revide mal por mal.


A árvore ultralada responde à ofensa com produtividade.


Mesmo que seus sonhos formosos de assistência fraternal e socorro cristão se transformem em pesadelos aflitivos nos dias de atividade, siga adiante, confiando intimorato.


Considerado pelos familiares, em Nazaré, como embusteiro e endemoniado, o Mestre prosseguiu no ministério da Verdade, alargando as possibilidades da Boa Nova no vergel desfeito dos corações humanos, para, na cruz, atestar a suprem a vitória do amor como única via de "luz que dá vista aos cegos" e enseja libertação para o Espírito sedento de imortalidade.


Marco Prisco / Divaldo

Não Merecem


Guarde-se do mal e defenda-se dele com a realização do bem operante. O mal não merece consideração.
Há muito que fazer, valorizando a oportunidade de serviço que surge inesperada.
A intriga não merece a atenção dos seus ouvidos.
A injúria não merece o respeito da sua preocupação.
A ingratidão não merece o zelo da sua aflição.
O ultraje não merece o seu revide verbalista.
A mentira não merece a interrupção das suas nobres tarefas.
A exasperação não merece o seu sofrimento.
A perseguição gratuita não merece a sua solicitude.
A maledicência não merece o alto-falante da sua garganta.
A inveja não merece o tempo de que você necessita para o trabalho nobre.

Os maus não merecem a sua inquietação.

Entregue-os ao tempo benfazejo.

Abra os braços ao dever, firme-se no solo do serviço, abrace-se à cruz da responsabilidade, recordando o madeiro onde expirou o Cristo e, em perfeita magnitude, desafie a fúria do mal.

O lídimo cristão é fiel servidor.


Você tem somente um amo a quem prestará contas: Jesus!


Preocupado com o que deve fazer, não pare a escutar os que não têm o que fazer ou nada querem fazer.

Transformando-se em antena viva da inspiração superior, registre o ensinamento evangélico do amor, no coração, viva-o na ação e prossiga sem medo.

Você sabe que em toda seara existem abelhas diligentes e marimbondos destruidores. Também, não ignora “que os maus por si mesmos se destroem”, como afirma a sabedoria popular.



Identifique no obstáculo o ensejo iluminativo e não se detenha.


Por essa razão, enquanto a ventania açoita, guarde a sua fé robusta e, sem dar atenção ao mal, esteja acautelado, porque, não descendo às ondas mentais dos maus, você paira inatingível nas vibrações superiores das Altas Potências da Vida. Doe amor e, assim, faça o bem, para que não venha “a responder por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem”.




Autor: Marco Prisco

Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Legado Kardequiano

Conselhos Simples



A revolução que se apresta é antes moral, do que material."

(Allan Kardec, E.S.E., Cap.1 - Item 10.)


Utilize as horas com moderação, realizando cada tarefa por sua vez, sem interrupção.

Trabalho continuado - rendimento vultuoso.


Modifique, sem mais tardança, o conceito negativo a respeito de quem você conheceu num momento infeliz.


A opinião má que se renova contribui para a sementeira da fraternidade.


Antes que os labores diurnos o surpreendam, realize no leito a comunhão com o Senhor, através da meditação.


O homem mantém a comunicação com o Pai Celeste pelos invisíveis fios do pensamento.


Resguarde-se da enfermidade, cultivando a higiene mental.

Mente asseada - corpo equilibrado.


Recolha, em cada dificuldade, a mensagem oculta de advertência para a vida.


Obstáculo vencido - aprendizagem inesquecível.


Acomode-se ao temperamento alheio, vencendo as imposições do instinto, quando a serviço do auxílio.


Quem relaciona dificuldades não dispõe de tempo para ajudar.


Receba o intrujão com delicadeza, expondo-lhe a verdade sem arrogância deliberada.


Todo usurpador se transforma em algoz de si mesmo.


Precavenha-se da agressão do ódio, pelo exercício do amor.

A constância no bem imuniza o homem contra o contágio das misérias morais.


Aceite o sofrimento como fenômeno natural da experiência evolutiva.

A enfibratura moral consolida-se no fragor das batalhas diárias.


Repare a terra submissa e boa, sulcada pelo arado para a dádiva do pão.

Aprenda com ela a lição da humildade e deixe que o Agricultor Compassivo transforme sua vida num seminário de amor para o bem de todos.



Autor: Marco Prisco
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Glossário Espírita-Cristão

Questão de Escolha



Na faixa mental em que você atua, é natural que receba as mensagens com o mesmo teor vibratório como as envia.
Quem aspira à elevação moral e espiritual, sintoniza com vibrações superiores, que se fazem estímulos vigorosos, produzindo harmonia interior e renovação.
Da montanha, a visão da paisagem é mais ampla e o ar mais saudável.
Quem se demora no pessimismo, acalentando insucessos, assimila ondas inferiores, que carreiam miasmas pestilenciais, fixando-os nos painéis da emoção, que geram desequilíbrios e enfemidades.
No vale, a faixa de liberdade é menor e o campo de ação mais abafado.
Entregando-se a Deus - " a onda de comprimento nulo e de frequência infinita" - você se transfere psiquicamente, onde se realiza plenamente.
Atormentando-se com dúvidas e paixões dissolventes, onde as distonias desalentam ou aceleram o ser, você tomba, mentalmente, nas demoradas faixas das sensações inferiores, nas quais se desarticula.
O céu está ao seu alcance.
O inferno encontra-se a um passo de você.
É questão de escolha...
Quando você sorri com alegria, os seus equipamentos se descontraem.
Quando você se encoleriza, todos os seus implementos recebem altas cargas vibratórias destrutivas.
A felicidade começa no ato de desejá-la.
A desdita se inicia no instante em que você lhe dá guarida.
Utilize bem o seu tempo, tudo fazendo para que o seu momento seguinte seja-lhe sempre mais promissor e agradável.
O que não alcance agora, insistindo, conseguirá depois.
Eleja, portanto, os ideais de engrandecimento humano e não se detenha nunca.




Autor: Marco Prisco
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Ementário Espírita

Gentilezas Salvadoras


“Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas

nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade".

(Allan Kardec. E.S.E. Cap. IX. Item 6)



Quando você afasta do piso uma casca de fruta deixada pela negligência de alguém, não pratica apenas um ato de gentileza. Evita que algum desavisado escorregue, sofrendo tombo violento.


Ao ceder o lugar no transporte coletivo a um ancião, você não realiza um gesto de cortesia somente. Atende a um corpo cansado, poupando as energias de quem poderia ser seu genitor.


Se você oferece braço moço à condução de um volume, poupando aquele que o carrega, não pratica unicamente uma delicadeza. Contribui fraternalmente para o júbilo de alguém que, raras vezes, encontra ajuda.


Portando a boa palavra em qualquer situação, você não atende exclusivamente à finura do trato. Realiza entre os ouvintes o culto do verbo são, donde fluem proveitosos e salutares ensinamentos.


Silenciando uma afronta em público, você não atesta apenas o refinamento social. Poupa-se à dialogação violenta, que dá margem a ódios irremediáveis.


Se você oferece agasalho a algum desnudo, não só atende à delicadeza humana, por filantropia. Amplia a cultura da caridade pura e simples.


Ao sorrir, discretamente, dando ensejo a um desafeto de refazer a amizade, você não age tão-somente em tributo à educação. Apaga mágoas e ressentimentos, enquanto "está no caminho com ele".


Procurando ajudar um enfermo cansado a galgar e vencer dificuldades, você não procede imbuído apenas de gentileza. Coopera para que a vida se dilate no debilitado, propiciando-lhe ensejos evolutivos.


Atendendo impertinente criança que o molesta, num grupo de amigos, você não se situa só na formosura da conduta externa. Liberta um homem futuro de uma decepção presente.


No exercício da gentileza, a alma dilata recursos evangélicos e vive o precioso ensino do Mestre ao enfático doutor da lei, com afabilidade e doçura, quando Ele afirmou: "Vai e faze o mesmo!".

Marco Prisco/Divaldo

No Trato com os Outros


"A origem do mal reside no egoísmo e
no orgulho; os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade."
Allan Kardec (E.S.E. Cap.XVI ltem X).

Conserve a paciência com aqueles que não aplicam a solicitude no trato com você. Recorde que a enfermidade pode estar a minar-lhes o organismo.
Quando alguém admoestá-lo, mesmo injustamente, silencie e desculpe. Deixe, que a vida se encarregará de colocar os pretensiosos em seus devidos lugares.
Se a intriga dificultar-lhe os bons propósitos, não lhe confira a honra de sua revolta. Quase sempre o intrigante é colhido nas malhas da rede que tece.
Procure entender a explicação deficiente que o amigo lhe dá. Ele não dispõe de melhores recursos de expressão.
Quando convidado a opinar em assunto que desconhece, afirme sua ignorância sobre o caso. Melhor é apresentar-se com simplicidade do que informar erradamente.
Se o interlocutor, magoado com a força de seu argumento, deixa bruscamente o tema da palestra, cale e desculpe-se. É provável que ele não se encontre preparado para a lógica das argumentações seguras.
Insista no auxílio, mesmo que este seja feito com o silêncio de sua intenção superior. O recalcitrante é infeliz pela própria organização nervosa que lhe aciona a vida.
Quando constrangido a arbitrar entre discutidores, a melhor posição é a humildade. Cada antagonista conta com a certeza da vitória para a opinião que defende. Passado o calor do debate, exponha com naturalidade seu pensamento.
Se a informação solicitada demorar em ser atendida, guarde calma e repita o pedido. Talvez seu interpelado seja surdo.
Há comezinhos incidentes no trato com os homens que, evitados, realizam a paz em todos os corações.
Cultive a confiança, na serenidade, e caminhará com segurança, no trato com os outros.


Autor: Marco Prisco
Psicografia de Divaldo Franco. Da obra: Glossário Espírita-Critsão

Tomadas



Para que a luz do bem se faça correta na sua lâmpada mental, é imprescindível que você corrija as imperfeições dos condutores. Basta, somente, que não se descuide de atender aos humildes deveres de fiscalização dos condutores, para que brilhe no seu mundo íntimo a nobre claridade da paz.



Portanto, ore: “a prece é um ato de adoração.”



“Orar a Deus é pensar nEle; é aproximar-se dEle; é pôr-se em comunicação com Ele!”



O pensamento firme é fio de alta tensão com potência valiosa.

Discipline-o, para que dele se utilize na indústria superior do bem.



As ondas vibratórias sempre envolveram o orbe até que Hertz, descobrindo-lhes as leis, as oferecesse à sociedade. A energia hidráulica sempre existiu nas quedas de água até que o homem a utilizasse em favor do progresso.

No entanto, as ondas vibratórias, que conduzem sons e melodias fascinantes, espalham, também, calúnias e apreensões. E a força elétrica que favorece o conforto é utilizada, igualmente, na extinção da vida.



Disciplina da mente – realização nas mãos.



“As três coisas você pode propor-se por meio da prece: louvar, pedir, agradecer”.



A Misericórdia Divina é inesgotável – confie nela.



Corrija, desse modo a posição das tomadas psíquicas, para que a energia do Senhor chegue ao seu mundo, inundando-o de clara e pura luz.



Autor: Marco Prisco
Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: Legado Kardequiano

sábado, 17 de novembro de 2012

Conhecendo o Livro Céu e o Inferno " Espiritos Sofredores" parte 9

Claire

(Sociedade de Paris, 1861)
O Espírito que forneceu os ditados seguintes pertenceu a uma senhora que o médium conhecera quando na Terra. A sua conduta, como o seu caráter, justificam plenamente os tormentos que lhe sobrevieram. Além do mais, ela era dominada por um sentimento exagerado de orgulho e egoísmo pessoais, sentimento que se patenteia na terceira das mensagens, quando pretende que o médium apenas se ocupe com ela. As comunicações foram obtidas em diferentes épocas, sendo que as três últimas já denotam sensível progresso nas disposições do Espírito, graças ao cuidado do médium, que empreendera a sua educação moral.
1. - Eis-me aqui, eu, a desgraçada Claire. Que queres tu que te diga? A resignação, a esperança não passam de palavras, para os que sabem que, inumeráveis como as pedras da saraivada, os sofrimentos lhe perdurarão na sucessão interminável dos séculos. Posso suavizá-los, dizes tu... Que vaga palavra! Onde encontrar coragem e esperança para tanto? Procura, pois, inteligência obtusa, compreender o que seja um dia eterno. Um dia, um ano, um século... que sei eu? se as horas o não dividem, as estações não variam; eterno e lento como a água que o rochedo roreja, este dia execrando, maldito, pesa sobre mim como avalancha de chumbo... Eu sofro!... Em torno de mim, apenas sombras silenciosas e indiferentes... Eu sofro!
Contudo, sei que acima desta miséria reina o Deus Pai, para o qual tudo se encaminha. Quero pensar nEle, quero implorar-lhe misericórdia. Debato-me e vivo de rojo como o estropiado que rasteja ao longo do caminho. Não sei que poder me atrai para ti; talvez sejas a salvação. Eu te deixo mais calma, mais reanimada, qual anciã enregelada que se aquecesse a um raio de sol. Gélida, minha alma se reanima à tua aproximação.
2. - A minha desgraça aumenta dia a dia, proporcionalmente ao conhecimento da eternidade. Ó miséria! Malditas sejam as horas de egoísmo e inércia, nas quais, esquecida de toda a caridade, de todo o afeto, eu só pensava no meu bem-estar! Malditos interesses humanos, preocupações materiais que me cegaram e perderam! Agora o remorso do tempo perdido. Que te direi a ti, que me ouves? Olha, vela constantemente, ama os outros mais que a ti mesmo, não retardes a marcha nem en-gordes o corpo em detrimento da alma. Vela, conforme pregava o Salvador aos seus discípulos. Não me agradeças estes conselhos, porque se o meu Espírito os concebe, o coração nunca os ouviu. Qual o cão escorraçado rastejando de medo, assim me humilho eu sem conhecer ainda o voluntário amor. Muito tarda a sua divina aurora a despontar! Ora por minha alma dessecada e tão miserável!
3. - Por que me esqueces, até aqui venho procurar-te. Acreditas que preces isoladas e a simples pronúncia do meu nome bastarão ao apaziguamento das minhas penas? Não, cem vezes não. Eu urro de dor, errante, sem repouso, sem asilo, sem esperança, sentindo o aguilhão eterno do castigo a enterrar-se-me na alma revoltada. Quando ouço os vossos lamentos, rio-me, assim como quando vos vejo abatido. As vossas efêmeras misérias, as lágrimas, tormentos que o sono susta, que são? Durmo eu aqui? Quero (ouviste?) quero que, deixando as tuas lucubrações filosóficas, te ocupes de mim, além de fazeres com que outros mais também se ocupem. Não tenho expressões para definir esse tempo que se escoa, sem que as horas lhe assinalem períodos. Vejo apenas um tênue raio de esperança, foste tu que ma deste: não me abandones, pois.
4. - O Espírito S. Luís. - Este quadro é de todo verdadeiro e em nada exagerado. Perguntar-se-á talvez o que fez essa mulher para ser assim tão miserável. Cometeu ela algum crime horrível? roubou? assassinou? Não; ela nada fez que afrontasse a justiça dos homens. Ao contrário, divertia-se com o que chamais felicidade terrena; beleza, gozos, adulações, tudo lhe sorria, nada lhe faltava, a ponto de dizerem os que a viam: - Que mulher feliz! E invejavam-lhe a sorte. Mas, quereis saber?
Foi egoísta; possuía tudo, exceto um bom coração. Não violou a lei dos homens, mas a de Deus, visto como esqueceu a primeira das virtudes - a caridade. Não tendo amado senão a si mesma, agora não encontra ninguém que a ame e vê-se insulada, abandonada, ao desamparo no Espaço, onde ninguém pensa nela nem dela se ocupa.
Eis o que constitui o seu tormento. Tendo apenas procurado os gozos mundanos que hoje não mais existem, o vácuo se lhe fez em torno, e como vê apenas o nada, este lhe parece eterno. Ela não sofre torturas físicas; não vêm atormentá-la os demônios, o que é aliás desnecessário, uma vez que se atormenta a si mesma, e isso lhe é mais doloroso, porquanto, se tal acontecesse, os demônios seriam seres a ocuparem-se dela. O egoísmo foi a sua alegria na Terra; pois bem, é ainda ele que a persegue - verme a corroer-lhe o coração, seu verdadeiro demônio. S. Luís.
5. - Falar-vos-ei da importante diferença existente entre a moral divina e a moral humana. A primeira assiste a mulher adúltera no seu abandono e diz aos pecadores: "Arrependei-vos, e aberto vos será o reino dos céus."
Finalmente, a moral divina aceita todo arrependimento, todas as faltas confessadas, ao passo que a moral humana rejeita aquele e sorri aos pecados ocultos que, diz, são em parte perdoados. Cabe a uma a graça do perdão, e a outra a hipocrisia. Escolhei, Espíritos ávidos da verdade! Escolhei entre os céus abertos ao arrependimento e a tolerância que admite o mal, repelindo os soluços do arrependimento francamente patenteado, só para não ferir o seu egoísmo e preconceitos. Arrependei-vos todos vós que pecais; renunciai ao mal e principalmente à hipocrisia - véu que é de torpezas, máscara risonha de recíprocas conveniências.
6. - "Estou mais calma e resignada à expiação das minhas faltas. O mal não está fora de mim, reside em mim, devendo ser eu que me transforme e não as coisas exteriores.
"Em nós e conosco trazemos o céu e o inferno; as nossas faltas, gravadas na consciência, são lidas correntemente no dia da ressurreição. E uma vez que o estado da alma nos abate ou eleva, somos nós os juizes de nós mesmos. Explico-me: um Espírito impuro e sobrecarregado de culpas não pode conceber nem anelar uma ele-vação que lhe seria insuportável. Assim como as diferentes espécies de seres vivem, cada qual, na esfera que lhes é própria, assim os Espíritos, segundo o grau de adiantamento, movem-se no meio adequado às suas faculdades e não concebem outro senão quando o progresso (instrumento da lenta transformação das almas) lhes subtrai as baixas tendências, despojando-os da crisálida do pecado, a fim de que possam adejar antes de se lançarem, rápidos quais flechas, para o fim único e alme-jado - Deus! Ah! rastejo ainda, mas não odeio mais, e concebo a indizível felicidade do amor divino. Orai, pois, sempre por mim, que espero e aguardo."
Nota - Na comunicação a seguir, Claire fala de seu marido, que muito a martirizara, e da posição em que ele se encontra no mundo espiritual. Esse quadro que ela por si não pôde completar, foi concluído pelo guia espiritual do médium.
7. - Venho procurar-te, a ti, que por tanto tempo me deixas no esquecimento. Tenho, porém, adquirido paciência e não mais me desespero. Queres saber qual a situação do pobre Félix? Erra nas trevas entregue à profunda nudez de sua alma. Superficial e leviano, aviltado pelo sensualismo, nunca soube o que eram o amor e a amizade. Nem mesmo a paixão esclareceu suas sombrias luzes. Seu estado presente é comparável ao da criança inapta para as funções da vida e privada de todo o amparo. Félix vaga aterrorizado nesse mundo estranho onde tudo fulgura ao brilho desse Deus por ele negado.
8. - O guia do médium. - Vou falar por Claire, visto que ela não pode continuar a análise dos sofrimentos do marido, sem compartilhá-los:
"Félix - superficial nas idéias como nos sentimentos; violento por fraqueza; devasso por frivolidade - entrou no mundo espiritual tão nu quanto ao moral como quanto ao físico. Em reencarnar nada adquiriu e, conseqüentemente, tem de recomeçar toda a obra. - Qual homem ao despertar de prolongado sonho, reconhecendo a profunda agitação dos seus nervos, esse pobre ser, saindo da perturbação, reconhecerá que viveu de quimeras, que lhe desvirtuaram a existência. Então, maldirá do materialismo que lhe dera o vácuo pela realidade; apostrofará o positivismo que lhe fizera ter por desvarios as idéias sobre a vida futura, como por loucura a sua aspiração, como por fraqueza a crença em Deus. O desgraçado, ao despertar, verá que esses nomes por ele escarnecidos são a fórmula da verdade, e que, ao contrário da fábula, a caça da presa foi menos proveitosa que a da sombra. Georges."
Estudo sobre as comunicações de Claire
Estas comunicações são instrutivas por nos mostrarem principalmente uma das feições mais comuns da vida - a do egoísmo. Delas não resultam esses grandes crimes que atordoam mesmo os mais perversos, mas a condição de uma turba enorme que vive neste mundo, honrada e venerada, somente por ter um certo verniz e isentar-se do opróbrio da repressão das leis sociais. Essa gente não vai encontrar castigos excepcionais no mundo espiritual, mas uma situação simples, natural e consentânea com o estado de sua alma e maneira de viver. O insulamento, o abandono, o desamparo, eis a punição daquele que só viveu para si. Claire era, como vimos, um Espírito assaz inteligente, mas de árido coração. A posição social, a fortuna, os dotes físicos que na Terra possuíra, atraiam-lhe homenagens gratas à sua vaidade - o que lhe bastava; hoje, onde se encontra, só vê indiferença e vacuidade em torno de si.
Essa punição é não somente mais mortificante do que a dor que inspira piedade e compaixão: mas é também um meio de obrigá-la a despertar o interesse de outrem a seu respeito, pela sua morte. A sexta mensagem encerra uma idéia perfeitamente verdadeira concernente à obstinação de certos Espíritos na prática do mal.
Admiramo-nos de ver como alguns deles são insensíveis à idéia e mesmo ao espetáculo da felicidade dos bons Espíritos. É exatamente a situação dos homens de-gradados que se deleitam na depravação como nas praticas grosseiramente sensuais. Esses homens estão, por assim dizer, no seu elemento; não concebem os prazeres delicados, preferindo farrapos andrajosos a vestes limpas e brilhantes, por se acharem naqueles mais à vontade. Daí a preterição de boas companhias por orgias báquicas e deboches. E de tal modo esses Espíritos se identificam com esse modo de vida, que da chega a constituir-lhes uma segunda natureza, acreditando-se incapazes mesmo de se elevarem acima da sua esfera. E assim se conservam até que radical transformação do ser lhes reavive a inteligência, lhes desenvolva o senso moral e os torne acessíveis às mais sutis sensações.
Esses Espíritos, quando desencarnados, não podem prontamente adquirir a delicadeza dos sentimentos, e, durante um tempo mais ou menos longo, ocuparão as camadas inferiores do mundo espiritual, tal como acontece na Terra; assim permanecerão enquanto rebeldes ao progresso, mas, com o tempo, a experiência, as tribulações e misérias das sucessivas encarnações, chegará o momento de conceberem algo de melhor do que até então possuíam. Elevam-se-lhes por fim as aspirações, começam a compreender o que lhes falta e principiam os esforços da regeneração.
Uma vez nesse caminho, a marcha é rápida, visto como compreenderam um bem superior, comparado ao qual os outros, que não passam de grosseiras sensações, acabam por inspirar-lhes repugnância.
- P. (a S. Luís). Que devemos entender por trevas em que se acham mergulhadas certas almas sofredoras? Serão as referidas tantas vezes na Escritura?
- R. Sim, efetivamente, as designadas por Jesus e pelos profetas em referências ao castigo dos maus.
Mas isso não passava de alegoria destinada a ferir os sentidos materializados dos seus contemporâneos, os quais jamais poderiam compreender a punição de maneira espiritual. Certos Espíritos estão imersos em trevas, mas deve-se depreender dai uma verdadeira noite da alma comparável à obscuridade intelectual do idiota. Não é uma loucura da alma, porém uma inconsciência daquele e do que o rodeia, a qual se produz quer na presença, quer na ausência da luz material. É, principalmente, a punição dos que duvidaram do seu destino. Pois que acreditaram em o nada, as aparências desse nada os supliciam, até que a alma, caindo em si, quebra as malhas de enervamento que a prostrava e envolvia, tal qual o homem oprimido por penoso sonhar luta em dado momento, com todo o vigor das suas faculdades, contra os terrores que de começo o dominaram. Esta momentânea redução da alma a um nada fictício e consciente de sua existência é sentimento mais cruel do que se pode ima-ginar, em razão da aparência de repouso que a acomete: - é esse repouso forçado, essa nulidade de ser, essa incerteza que lhe fazem o suplício. O aborrecimento que a invade é o mais terrível dos castigos, visto como coisa alguma percebe em torno nem coisas, nem seres; somente trevas, em verdade, representa isso tudo para ela. S. Luís.
(Claire) : Eis-me aqui. Também eu posso responder à pergunta relativa às trevas, pois vaguei e sofri por muito tempo nesses limbos onde tudo é soluço e misérias. Sim, existem as trevas visíveis de que fala a Escritura, e os desgraçados que deixam a vida, ignorantes ou culpados, depois das provações terrenas são impelidos a fria região, inconscientes de si mesmos e do seu destino. Acreditando na perenidade dessa situação, a sua linguagem é ainda a da vida que os seduziu, e admiram-se e espantam-se da profunda solidão: trevas são, pois, esses lugares povoados e ao mesmo tempo desertos, espaços em que erram obscuros Espíritos lastimosos, sem consolo, sem afeições, sem socorro de espécie alguma. A quem se dirigirem... se sentem a eternidade, esmagadora, sobre eles?... Tremem e lamentam os interesses mesquinhos que lhes mediam as horas; deploram a ausência das noites que, muitas vezes, lhes traziam, num sonho feliz, o esquecimento dos pesares. As trevas para o Espírito são: a ignorância, o vácuo, o horror ao desconhecido... Não posso continuar... Claire.
Ainda sobre este ponto obtivemos a seguinte explicação:
"Por sua natureza, possui o Espírito uma propriedade luminosa que se desenvolve sob o influxo da atividade e das qualidades da alma. Poder-se-ia dizer que essas qualidades estão para o fluido perispiritual como o friccionamento para o fósforo. A intensidade da luz está na razão da pureza do Espírito: as menores imperfeições morais atenuam-na e enfraquecem-na. A luz irradiada por um Espírito será tanto mais viva, quanto maior o seu adiantamento. Assim, sendo o Espírito, de alguma sorte, o seu próprio farol, verá proporcionalmente à intensidade da luz que produz, do que resulta que os Espíritos que não a produzem acham-se na obscuridade."
Esta teoria é perfeitamente exata quanto à irradiação de fluidos luminosos pelos Espíritos superiores e é confirmada pela observação, conquanto se não possa inferir seja aquela a verdadeira causa, ou, pelo menos, a única causa do fenômeno; primeiro, porque nem todos os Espíritos inferiores estão em trevas; segundo, porque um mesmo Espírito pode achar-se alternadamente na luz e na obscuridade; e terceiro, finalmente, porque a luz também é castigo para os Espíritos muito imperfeitos. Se a obscuridade em que jazem certos Espíritos fosse inerente à sua personalidade, essa obscuridade seria permanente e geral para todos os maus Espíritos, o que aliás não acontece. As vezes os perversos mais requintados vêem perfeitamente, ao passo que outros, que assim não podem ser qualificados, jazem, temporariamente, em trevas profundas.
Assim, tudo indica que, independente da luz que lhes é própria, os Espíritos recebem uma luz exterior que lhes falta segundo as circunstâncias, donde força é concluir que a obscuridade depende de uma causa ou de uma vontade estranha, constituindo punição especial da soberana justiça, para casos determinados.
Pergunta (a S. Luís). -- Qual a causa de a educação moral dos desencarnados ser mais fácil que a dos encarnados? As relações pelo Espiritismo estabelecidas entre homens e Espíritos dão azo a que estes últimos se corrijam mais rapidamente sob a influência dos conselhos salutares, mais do que acontece em relação aos encarnados, como se vê na cura das obsessões.
Resposta (Sociedade de Paris) . - O encarnado, em virtude da própria natureza, está numa luta incessante devido aos elementos contrários de que se compõe e que devem conduzi-lo ao seu fim providencial, reagindo um sobre o outro.
A matéria facilmente sofre o predomínio de um fluido exterior; se a alma, com todo o poder moral de que é capaz, não reagir, deixar-se-á dominar pelo intermediário do seu corpo, seguindo o impulso das influências perversas que o rodeiam, e isso com facilidade tanto maior quanto os invisíveis, que a subjugavam, atacam de preferência os pontos mais vulneráveis, as tendências para a paixão dominante.
Outro tanto se não dá com o desencarnado, que, posto sob a influência semimaterial, não se compara por seu estado ao encarnado. O respeito humano, tão preponderante no homem, não existe para aquele, e só este pensamento é bastante para compeli-lo a não resistir longamente às razões que o próprio interesse lhe aponta como boas.
Ele pode lutar, e o faz mesmo geralmente com mais violência do que o encarnado, visto ser mais livre. Nenhuma cogitação de interesse material, de posição social se lhe antepõe ao raciocínio. Luta por amor do mal, porém cedo adquire a convicção da sua impotência, em face da superioridade moral que o domina; a perspectiva de melhor futuro lhe é mais acessível, por se reconhecer na mesma vida em que se deve completar esse futuro; e essa visão não se turva no turbilhão dos prazeres humanos. Em uma palavra, a independência da carne é que facilita a conversão, principalmente quando se tem adquirido um tal ou qual desenvolvimento pelas provações cumpridas.
Um Espírito inteiramente primitivo seria pouco acessível ao raciocínio, o que aliás não se dá com o que já tem experiência da vida. Demais, no encarnado como no desencarnado, é sobre a alma, é sobre o sentimento que se faz mister atuar.
Toda ação material pode sustar momentaneamente os sofrimentos do homem vicioso, mas o que ela não pode é destruir o princípio mórbido residente na alma.
Todo e qualquer ato que não vise aperfeiçoar a alma, não poderá desviá-la do mal. S. Luís.

Conhecendo o Livro Céu e o Inferno " Espíritos Sofredores" parte 8

François Riquier

Era um velho celibatário, avarento e muito popular, falecido em C..., em 1857, legando aos parentes colaterais considerável fortuna. Em tempo fora locador de uma inquilina, que mais tarde o esquecera completamente, ignorando até se ainda, ou não, vivia. Em 1862, uma filha desta senhora, sujeita a crises de catalepsia seguidas de espontâneo sono magnético e também bom médium escrevente, viu, num desses sonos, o Sr. Riquier, o qual, assegurava, pretendia dirigir-se à sua mãe.
Passados alguns dias, uma vez que se manifestara espontaneamente confirmando aquele intuito, entretiveram com ele a seguinte conversação:
- P. Que pretendeis de nós?
- R. O dinheiro do qual se apossaram, os miseráveis, a fim de o repartirem! Venderam fazendas, casas, tudo para se locupletarem! Desbarataram meus bens como se não mais me pertencessem. Fazei que se me faça justiça, já que a mim me não ouvem, e não quero presenciar infâmias tais. Dizem que eu era usurário, e guardaram-me o cobre. Por que não mo querem restituir? Acharão que foi mal ganho?
- P. Mas vós estais morto, meu caro senhor, e não tendes mais necessidade alguma de dinheiro. Implorai a Deus para vos conceder uma nova existência de pobreza a fim de expiardes a usura desta última.
- R. Não, eu não poderei viver na pobreza. Preciso do meu dinheiro, sem o qual não posso viver. Demais, não preciso de outra existência, porque vivo estou atualmente.
- P. (Foi-lhe feita a seguinte pergunta no intuito de chamá-lo à realidade.) Sofreis?
- R. Oh! sim. Sofro piores torturas que as da mais cruel enfermidade, pois é minha alma quem as padece. Tendo sempre em mente a iniquidade de uma vida que foi para muitos motivo de escândalos, tenho a consciência de ser um miserável indigno de piedade, mas o meu sofrimento é tão grande que mister se faz me auxiliem a sair desta situação deplorável.
- P. Oraremos por vós.
- R. Obrigado! Orai para que eu esqueça os meus bens terrenos, sem o que não poderei arrepender-me. Adeus e obrigado. François Riquier, Rue de la Charité nº 14.
É curioso ver-se este Espírito indicar a moradia como se estivesse vivo.
A senhora deu-se pressa em verificá-la e ficou muito surpreendida por ver que era justamente a última casa que Riquier habitara. Eis como, após cinco anos, ainda ele não se considerava morto, antes experimentava a ansiedade, bem cruel para um usurário, de ver os bens partilhados pelos herdeiros. A evocação, provocada indu-bitavelmente por qualquer Espírito bom, teve por fim fazer-lhe compreender o seu estado e predispô-lo ao arrependimento.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 23

 
 
Meu irmão é mais lógico dar os primeiros passos na grande senda do aprendizado espiritual, com Jesus, para que possamos conhecer determinados segredos da natureza. O Cristo é o Mestre Incomparável; ouçamo-Lo! Todos os dias, a Sua voz se faz ouvir por todos os meios que desejarmos, basta que haja interesse em aprender com humildade. Livremo-nos do orgulho e do egoísmo e abramos a mente para a verdade, que ela nos libertará. Não queiramos saber o que é o Espírito. Por enquanto, somente basta que saibamos que o Espírito é vida, sustentado pela Vida Maior - Deus. Nosso dever maior neste momento, e na fase em que nos encontramos, é compreender as leis e obedecê-las; é ativar a harmonia dentro de nós. Estaremos sentindo, desta forma, Deus na alma e o Cristo em nós, e a luz nunca se apagará em nosso coração. Todas as vezes que surgir a idéia de conhecer Deus e o Espírito, oremos com fé, que logo veremos e sentiremos a resposta que for conveniente as nossas necessidades de saber.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 22

 
 

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 21

 
 

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 20

 
“Sim, se o julgar conveniente, Deus pode revelar o que à ciência não é dado apreender.”
 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A Criança no Mundo Espiritual


LUCY DIAS RAMOS
“Por morte da criança, readquire o Espírito, imediatamente, o seu precedente vigor?
R. – “Assim tem que ser, pois que se vê desembaraçado de seu invólucro corporal. Entretanto, não readquire a anterior lucidez, senão quando se tenha completamente separado daquele envoltório, isto é, quando mais nenhum laço exista entre ele e o corpo”. (“O Livro dos Espíritos”, de
Allan Kardec, questão 381, 80. Ed. FEB.)

Após a partida para o mundo espiritual dos seres que amamos e com os quais convivemos, ficamos indagando de seu posicionamento nessa nova dimensão da vida e rogamos a Deus para que estejam protegidos e amparados.
Quando se trata de crianças desencarnadas a nossa preocupação cresce e entregamos à Providência Divina nossas súplicas redobradas de zelo e carinho pelos entes que partiram em tenra idade.
Outrora, a Teologia clássica afirmava que os inocentes, depois da morte, ficariam no limbo, uma região neutra, sem as agruras do inferno e sem as delícias do céu. O Espiritismo, através da Codificação Kardequiana, dá-nos explicações e respostas a algumas indagações, donde concluímos que o
Espírito retornaria à plenitude de sua forma física como adulto e à lucidez mental, tão logo se desfizesse dos elos que o ligassem ao corpo físico.
Hoje, ou mais recentemente, com as obras de André Luiz, psicografadas por Francisco Cândido Xavier, complementando as assertivas do Codificador, fica bem mais claro o entendimento desta questão.
No livro “Entre a Terra e o Céu”, capítulo IX, relata-nos André Luiz que a
região onde se encontra o Lar da Bênção possui parques, lares, colégios, hospitais destinados às crianças desencarnadas. Como as suas condições variam de acordo com a evolução espiritual, são também diversas as situações e locais em que se encontram nesta nova fase da vida.
No diálogo de Hilário e Irmã Blandina, no capítulo XI do livro referido, ela
explica:
“O nosso educandário guarda mais de duas mil crianças, mas, sob
os meus cuidados, permanecem apenas doze. Somos um grande
conjunto de lares, nos quais muitas almas femininas se reajustam
para a venerável missão da maternidade e conosco multidões de
meninos encontram abrigo para o desenvolvimento que lhes é
necessário, salientando-se que quase todos se destinam ao retorno
à Terra para a reintegração no aprendizado que lhes compete”.
A criança desencarnada terá, portanto, um período variável de
permanência no mundo espiritual e, muitas vezes, longo, para que possa
demonstrar crescimento mental e perispiritual, mas há exceções e isto ocorre,
conforme André Luiz:
“(...) quando a mente já desenvolveu certas qualidades aprimorandose
em mais altos degraus de sublimação espiritual e pode arrojar-se
de si mesma os elementos indispensáveis à composição de veículos
de exteriorização de que necessita em planos que lhe sejam
inferiores (...)”
Allan Kardec na Revista Espírita (agosto/1866) relata o caso da mãe que tendo perdido o filho de 7 anos e se tornado médium, após este acontecimento, teve o próprio filho como guia e transcreve neste artigo a mensagem que o Espírito da criança teria dado à mãe através da psicografia. Contudo, esta
mensagem reflete o pensamento de um adulto. Possivelmente o Espírito já elevado moralmente conseguia projetar de si mesmo os elementos indispensáveis à exteriorização de seu pensamento para se comunicar com a mãezinha saudosa. Poderia até se mostrar nas primeiras comunicações como criança e assim facilitar a identificação, entretanto, como guia serviria, tãosomente, de sua lucidez mental. Com certeza o Espírito desta criança era evoluído e já em vida demonstrava uma precocidade intelectual, explica Kardec.
É de grande importância, e requer extremados cuidados dos encarregados da guarda de crianças desencarnadas, seu desenvolvimento espiritual. Laura, mãe de Lísias, no livro “Nosso Lar” (cap. 20), de André Luiz, explica: “- Quando o Ministério do Auxílio me confia crianças ao lar, minhas
horas de serviço são contadas em dobro (...)”.
Entendemos pelas explicações dadas pelos benfeitores espirituais, em diversas obras espíritas, que após a desencarnação, se o Espírito da criança é evoluído e pode retomar seu vigor primitivo, ele agirá no mundo espiritual e junto daqueles que com ele se comuniquem, com a forma perispiritual de adulto,
principalmente se a ele estiver confiada a orientação de um médium ou de um grupo espírita. Logicamente isto poderá ocorrer após determinado tempo, regido por leis sábias e superiores do mundo espiritual.
Em determinadas circunstâncias, a criança desencarnada poderá se comunicar com familiares que buscam o Centro Espírita ou médiuns, para dar notícias, reconforto espiritual aos seus afetos e prova de sua sobrevivência.
Somente aqueles que já perderam um entre querido e recebem a dádiva de uma comunicação espiritual podem avaliar como é grande a Misericórdia de Deus, na concessão desse benefício. Mas estas comunicações são regidas por leis da comunicação mediúnica e exigem aptidão do médium, condições adequadas, merecimento de ambas as partes e estarão sempre resguardadas por Espíritos superiores que conduzem as crianças às reuniões mediúnicas. É importante enfatizar que a criança, mesmo estando em sofrimento no mundo espiritual, recolhida em hospitais ou lares que a protegem, nunca se apresentará em
reuniões mediúnicas perturbada, perdida ou aflita, necessitada de esclarecimento ou doutrinação como ocorre com um adulto.
Existem, ainda, grupos espíritas e médiuns videntes que, habitualmente, vêem Espíritos de crianças em reuniões mediúnicas. Segundo estes médiuns e dirigentes, estes Espíritos, não raras vezes, orientam, dão conselhos e dirigem as reuniões como mentores ou guias. Entretanto, sabemos que as leis morais
que regem o mundo dos Espíritos são mais rígidas, sábias e evoluídas que as humanas. Estabelecem-se na Terra condições e normas pela faixa etária de seus habitantes, delimitação de idade para o ingresso em escolas, assembléias religiosas, casas de lazer e entretenimento, hospitais e até mesmo para
freqüência às reuniões mediúnicas. O bom senso nos indica que no mundo espiritual não será diferente e as crianças cujos Espíritos estejam, ainda, na forma perispiritual infantil não poderão estar freqüentando reuniões mediúnicas na condição de guias nem de sofredores.
Outro aspecto a abordar é o da condição espiritual da criança desencarnada.
Confundimos, às vezes, as coisas e achamos que a morte prematura dá ao Espírito a condição de elevação moral. Não é bem assim. A grande maioria das crianças que retornam ao mundo espiritual traz a mente perturbada por indisciplinas e erros de outras vidas. Comenta André Luiz:
“(...) a lei é invariável, contudo, a criança desencarnada muitas vezes
é problema aflitivo. Quase sempre dispõe de afeiçoados que a
seguem, de perto, amparando-lhe o destino, entretanto tenho
observado milhares de meninos que, pela natureza das provações
em que se envolveram, sofrem muitíssimo, à espera de
oportunidades favoráveis para a aquisição dos valores de que
necessitam”.
Allan Kardec, na questão 199-a de “O Livro dos Espíritos”, comenta:
“Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado
normal de inocência. Não se vêem crianças dotadas dos piores
instintos, numa idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido
a educação? (...) As que se revelam viciosas, é porque seus
Espíritos muito pouco hão progredido. Sofrem então, por efeito
dessa falta de progresso, as conseqüências, não dos atos que
praticam na infância, mas dos de suas existências anteriores. Assim
é que a lei é uma só para todos e que todos são atingidos pela
justiça de Deus”.
Sofreram, portanto, aqui na Terra, os dolorosos processos de reajuste e no mundo espiritual, quando desencarnam, ainda crianças, de acordo com seu nível evolutivo.
Como nos esclarece Emmanuel:
“Ontem experimentavam na Esfera Espiritual os resultados da
delinqüência na luta humana... O horror do suicídio deliberado... O
remorso do crime oculto... Os frutos da crueldade... Reintegrados no
campo do espírito, guardavam na própria alma os tristes
remanescentes da conduta ominosa”. ("Vida em Vida”, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, cap. 27, IDEAL, 1980).

Compreendemos que somente através de abençoadas reencarnações futuras serão estas mentes enfermas equilibradas e reajustadas, obtendo, assim, a cura de seus males. Vemos, então, que as crianças desencarnadas longe estão de se conduzirem com independência no mundo espiritual,
excetuando aquelas já em processo de equilíbrio e moralmente evoluídas, que
se governam a si mesmas, apresentando-se normalmente como adultas.
Se permanecem na forma infantil, dadas as condições de dependência espiritual, é porque não podem “desatar os laços que as aprisionam aos rígidos princípios que orientam o mundo das formas, e por isso, exijam longo tempo para se renovarem no justo desenvolvimento”. (André Luiz, obra citada).
Allan Kardec indaga na questão 197, de “O Livro dos Espíritos”:
“Poderá ser tão adiantado quanto o de um adulto o Espírito de uma
criança que morreu em tenra idade? R. – Algumas vezes o é muito
mais, porquanto pode dar-se que muito mais já tenha vivido e
adquirido maior soma de experiência, sobretudo se progrediu”.
E concluímos: nestas condições ele se comunicará conosco com toda a lucidez mental e com toda a sua capacidade de servir, orientar e nos guiar pelos caminhos da vida. Quanto maior seu grau evolutivo e seu desenvolvimento intelectual, maior será seu poder mental para acionar as células de seu corpo
espiritual, apresentando-o como melhor lhe aprouver.

Reformador de julho de 1999