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sábado, 28 de julho de 2012

Eu não merecia ( Livro Renovando Atitudes)


Eu não merecia

Capítulo 5, item 3 ( Evangelho Segundo o Espiritismo)

“... Por que uns nascem na miséria e outros na opulência, sem nada terem feito para justificar essa posição? Por que para uns nada dá certo, enquanto que para outros tudo parece sorrir?...”
“... As vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa. Eis do que cada um deve compenetrar-se bem...”
(Capítulo 5. item 3.)
Assumir total responsabilidade por todas as coisas que acontecem em nossa vida, incluindo sentimentos e emoções, é um passo decisivo em direção a nossa maturidade e crescimento interior.
A tendência em acusar a vida, as pessoas, a sociedade, o mundo enfim, é tão antiga quanto o gênero humano; e muitos de nós crescemos aprendendo a raciocinar assim, censurando todos e tudo, nunca examinando o nosso próprio comportamento, que na verdade decide a vida em nós e fora de nós.
Assimilamos o ―mito do vitimismo nas mais remotas religiões politeístas, vivenciadas por todos nós durante as várias encarnações, quando os deuses temperamentais nos premiavam ou castigavam de conformidade com suas decisões arbitrárias. Por termos sido vítimas nas mãos dessas divindades, é que passamos a usar as técnicas para apaziguar as iras divinas, comercializando favores com oferendas a Júpiter no Olimpo, a Netuno nas atividades do oceano, a Vênus nas áreas afetivas e a Plutão, deus dos mortos e dos infernos.
Aprendemos a justificar com desculpas perfeitas os nossos desastres de comportamento, dizendo que fomos desamparados pelos deuses, que a conjunção
dos astros não estava propícia, que a lua era minguante e que nascemos com uma má estrela.
Ainda muitos de nós acreditamos ser vítimas do pecado de Adão e Eva e da crença de um deus judaico que privilegia um povo e despreza os outros, surgindo assim a idéia da hegemonia divina das nações.
As pessoas que acreditam ser ―vítimas da fatalidade continuam a apontar o mundo exterior como culpado dos seus infortúnios. Recusam absolutamente reconhecer a conexão entre seus modos de pensar e os acontecimentos exteriores. São influenciadas pelas velhas crenças e se dizem prejudicadas pela força dos hábitos, pelas cargas genéticas e pela forma como foram criadas, afirmando que não conseguem ser e fazer o que querem. Não sabem que são arquitetos de seu destino, nem se conscientizam de que o passado determina o presente, o qual, por sua vez, determina o futuro.
A vítima sente-se impotente e indefesa em face de um destino cruel. Sem força nem capacidade de mudar, repetidas vezes afirma: ―Eu não merecia isto, ―A vida é injusta comigo, nunca lhe ocorrendo, porém, que o seu jeito de ser é que materializa pessoas e situações em sua volta.
Defendem seus gestos e atitudes infelizes dizendo: ―Meus problemas são causados por meu lar, ―Os outros sempre se comportam desta forma comigo. Desconhecem que as causas dos problemas somos nós e que, ao renascermos, atraímos esse lar para aprendermos a resolver nossos conflitos. São os nossos comportamentos interiores que modificam o comportamento dos outros para conosco. Se somos, pois, constantemente maltratados é porque estamos constantemente nos maltratando e ou maltratando alguém.
Ninguém pode fazer-nos agir ou sentir de determinada maneira sem a nossa permissão.
Outras pessoas ou situações poderão estimular-nos a ter certas reações, mas somente nós mesmos determinaremos quais serão e como serão essas reações. As formas pelas quais reagimos foram moldadas pelas experiências em várias vidas e sedimentadas pela força de nossas crenças interiores - mensagens gravadas em nossa alma.
Portanto, precisamos assumir o comando de nossa vida e sair do posicionamento infantil de criaturas mimadas e frágeis, que reclamam e se colocam como ―vítimas do destino.
Admitir a real responsabilidade por nossos atos e atitudes é aceitar a nossa realidade de vida - as metas que alteram a sina de nossa existência.
Em vez de atribuirmos aos outros e ao mundo nossas derrotas e fracassos, lembremo-nos de que ―as vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa.

Livro : Renovando Atitudes
pelo Espírito Hammed
Médium: Francisco do Espírito Santo Neto

ORGULHO-Francisco do Espírito Santo Neto pelo espírito Hammed

Orgulho
Na vida nada está perdido; aliás, existe a época certa para cada um saber o que é preciso para se desenvolver..
Desprezar é sentir ou manifestar desconsideração por alguém ou por alguma coisa; portanto, é uma atitude sempre inadequada nas estradas de nossa existência evolutiva. Menosprezar é um sentimento pelo qual nos colocamos acima de tudo e de todos, avaliando com arrogância os acontecimentos e os fatos do alto da “torre do castelo” de nosso orgulho.
A nenhuma coisa ou criatura deve-se atribuir o termo “desprezível”, pois tudo o que existe sobre a Terra é criação divina; logo, útil e proveitosa, mesmo que agora não possamos compreender seu real significado.
Talvez não entendamos de imediato nosso papel na vida, mas podemos ter a certeza de que todos somos importantes e todos fomos convocados a dar nossa contribuição ao Universo.
A cada instante, estamos criando impressões muito fortes na atmosfera espiritual, emocional, mental e física da comunidade onde vivemos. Todo envolvimento na vida tem um propósito determinado cujo entendimento, além de esclarecer nosso valor pessoal, favorecerá o amor, o respeito e a aceitação de cada um de nossos semelhantes.
Frequentemente, dizemos que certas pessoas são indispensáveis e que muitos indivíduos são improdutivos, e perguntamos mais além: qual o propósito da vida para com estas criaturas ociosas?
Não julguemos, com nossos conceitos apressados, os acontecimentos em nosso derredor; antes, aguardemos com calma e façamos uma análise mais profunda da situação. Assim agindo, poderemos avaliar melhor todo o contexto vivencial.
“Desempenham função útil no Universo os Espíritos inferiores e imperfeitos. Todos têm deveres a cumprir. Para a construção de um edifício, não concorre tanto o último dos serventes de pedreiro, como o arquiteto?”
Nenhuma ocorrência, fato ou pensamento deverá ser sentido ou analisado separadamente, pois o “Grande Sistema”, que nos rege, age de forma interdependente.
Apesar de sermos únicos, todos fomos criados para contribuir coletivamente no mundo e para usar as possibilidades de nossa singularidade.
Para tudo há um sentido e uma explicação no Universo. Sempre estará implícita uma mensagem proveitosa para nosso progresso espiritual, muitas vezes, porém, de forma inarticulada e silenciosa.
Nunca nos esqueçamos de que a vida sempre agirá em nosso benefício, quer nos setores da solidão, quer nos de muitas companhias, ou seja, entre encontros, desencontros e reencontros. A aflição também é um benefício: “Todo sofrimento é um ato importantíssimo de conhecimento e aprendizagem.”
Se bem entendermos, no entanto, as verdadeiras intenções das lições a nós apresentadas, retiraremos tesouros imensos de progresso e amadurecimento espiritual.
As dificuldades que a vida nos apresenta têm sempre um caráter educativo. Mesmo que as vejamos agora como castigo ou punição, mais tarde tomaremos consciência de que eram unicamente produtos de nosso limitado estado de compreensão e discernimento evoluído.
Descobrir a vida como um todo será sempre um constante processo de trabalho dos homens. Efetivamente, a vida é trabalho e movimento, e para fazermos nosso aprendizado evolutivo há um certo “tempo de gestação”, se assim podemos dizer. Na vida nada está perdido; aliás, existe a época certa para cada um saber o que é preciso para se desenvolver.
Nosso orgulho quer transformar-nos em super-homens, fazendo-nos sentir “heroicamente estressados”, induzindo-nos a ser cuidadosos e juízes dos métodos de evolução da Vida Excelsa e, com arrogância, nomear os outros como desprezíveis, ociosos, improdutivos e inúteis.
Poderemos “agir no processo” de formação e progresso das criaturas, nunca “forçar o processo” ou criticar o seu andamento.
“A pretensão do orgulhoso leva-o a acreditar que existe uma “santidade desvinculada da realidade humana”, ou seja, organizada e estruturada de forma diferente dos princípios pertencentes” Natureza; portanto, não é de ordem divina, mas é da mentalidade deturpada de alguns místicos do passado.
Nada é inútil no Universo. A Divindade age sem cessar em solicitude e consideração a cada uma de suas criaturas e criações. O progresso da humanidade é inevitável. Todos estão progredindo e crescendo, ainda que, algumas vezes, não nos apercebamos disso.
Espírito: HAMMED
Médium: Francisco do Espírito Santo Neto – As dores da alma.
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ALÉM DO SONO

Nota do Blog: Muito importante refletir nesta mensagem em que os recursos de desprendimento ocorrido na hora do sono pode reverter em benefício desde que usamos este tempo para edificação de valores que venham contribuir para nossa melhoria . Nos atenta que a maneira de vivermos no dia a dia  poderá nos conduzir a lugares indesejosos e a companhias perniciosas nos levando a vícios durante o nosso sono físico, e geralmente ao despertarmos do sono físico levantamos cansados, irritados devido a nossa visitas e companhias em lugares nada recomendáveis.... Pensemos nisto, o quanto é importante estarmos trabalhando para o nosso aperfeiçoamento no plano espiritual durante o sono físico.
Negy




ALÉM DO SONO
A nossa reunião na noite de 17 de fevereiro de 1955 foi assinalada por
verdadeiro regozijo. É que, através dos recursos psicofônicos do médium,
nosso grupo recebeu pela primeira vez a palavra direta do Instrutor Espiritual
Calderaro (1), cuja presença nos sensibilizou muitíssimo. Em sua alocução
aborda alguns apontamentos alusivos à nossa conduta espiritual durante o
sono físico, estudo esse que consideramos de real valor para a nossa
edificação.
De passagem por nosso templo, rogo vênia para ocupar-lhes a atenção com
alguns apontamentos ligeiros, em torno de nossas tarefas habituais.
Dia e noite, no tempo, simbolizam existência e morte na vida.
Não há morte libertadora sem existência edificante.
(1) Trata-se do Instrutor Espiritual a que se reporta André Luiz, em seu livro
“No Mundo Maior”. — Nota do organizador.
Não há noite proveitosa sem dia correto.
Vocês não ignoram que a atividade espiritual da alma encarnada estende-se
além do sono físico; no entanto, a invigilância e a irresponsabilidade, à frente de
nossos compromissos, geram em nosso prejuízo, quando na Terra, as alucinações
hipnogógicas, toda vez que nos confiamos ao repouso.
É natural que o dia mal vivido exija a noite mal assimilada.
O espírito menos desperto para o serviço que lhe cabe, certamente encontrará,
quando desembaraçado da matéria densa, trabalho imperioso de reparação a
executar.
Por esse motivo, grande maioria de companheiros encarnados gasta as horas
de sono exclusivamente em esforço compulsório de reajuste.
Mas, se o aprendiz do bem atende à solução dos deveres que a vigília lhe
impõe, torna-se, como é justo, além do veículo físico, precioso auxiliar nas
realizações da Esfera Superior.
Convidamos, assim, a vocês, tanto quanto a outros amigos a quem nossas
palavras possam chegar, à tarefa preparatória do descanso noturno, através do dia
retamente aproveitado, a fim de que a noite constitua uma província de reencontro
das nossas almas, em valiosa conjugação de energias, não somente a benefício de
nossa experiência particular, mas também a favor dos nossos irmãos que sofrem.
Muitas atividades podem ser desdobradas com a colaboração ativa de quantos
ainda se prendem ao instrumento carnal, principalmente na obra de socorro aos enfermos
que enxameiam por toda parte.
Vocês não desconhecem que quase todas as moléstias rotineiras são doenças
da idéia, centralizadas em coagulações de impulsos mentais, e somente idéias
renovadoras representam remédio decisivo.
Por ocasião do sono, é possível a ministração de amparo direto e indireto às
vítimas dos labirintos de culpa e das obsessões deploráveis, por intermédio da
transfusão de fluidos e de raios magnéticos, de emanações vitais e de sugestões
salvadoras que, na maior parte dos casos, somente os encarnados, com a assistência da Vida Superior, podem doar a outros encarnados.
E benfeitores da Espiritualidade vivem a postos, aguardando os enfermeiros de
boa-vontade, samaritanos da caridade espontânea, que, superando inibições e obstáculos,
se transformem em cooperadores diligentes na extensão do bem.
Se vocês desejam partilhar semelhante concurso, dediquem alguns momentos à
oração, cada noite, antes do mergulho no refazimento corpóreo.
Contudo, não basta a prece formulada só por só.
É indispensável que a oração tenha bases de eficiência no dia bem aproveitado,
com abstenção da irritabilidade, esforço em prol da compreensão fraterna, deveres
irrepreensivelmente atendidos, bons pensamentos, respeito ao santuário do corpo,
solidariedade e entendimento para com todos os irmãos do caminho, e, sobretudo,
com a calma que não chegue a ociosidade, com a diligência que não atinja a
demasiada preocupação, com a bondade que não se torne exagero afetivo e com a
retidão que não seja aspereza contundente.
Em suma, não prescindimos do equilíbrio que converta a oração da noite numa
força de introdução à espiritualidade enobrecida, porque, através da meditação e da
prece, o homem começa a criar a consciência nova que o habilita a atuar
dignamente fora do corpo adormecido.
Consagrem-se à iniciação a que nos referimos e estaremos mais juntos.
É natural não venham a colher resultados, de imediato, nas faixas mnemônicas
da recordação, mas, pouco a pouco, nossos recursos associados crescerão,
oferecendo-nos mais alto sentido de integração com a vida verdadeira e
possibilitando-nos o avanço progressivo no rumo de mais amplas dimensões nos
domínios do Universo.
Aqui deixamos assinalada nossa lembrança que encerra igualmente um apelo
ao nosso trabalho mais intensivo na aplicação prática ao ideal que abraçamos,
porque a alma que se devota à reflexão e ao serviço, ao discernimento e ao estudo,
vence as inibições do sono fisiológico e, desde a Terra, vive por antecipação na sublime
imortalidade.
Calderaro

Livro: Instruções psicofônicas

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Vida e Valores (Educação religiosa dos filhos)

Vida e Valores (Educação religiosa dos filhos)

Nem sempre nós observamos que os nossos filhos são seres espirituais.
Nossos filhos são Espíritos. Não importa qual seja nossa crença, não importa se não tenhamos crença religiosa, o fato é que os nossos filhos são os filhos de Deus, emprestados aos nossos cuidados, durante um tempo mais ou menos longo na Terra.
Quando pensamos nisso, nos vem à mente a razão pela qual a Divindade situa esses filhos junto a nós. Situa Seus filhos junto a outros filhos que já estejam a mais tempo na encarnação.
Quando pensamos nisso, temos que levar em conta que há razões bastante ponderáveis, bastante plausíveis para que nós recebamos, por parte do Criador, um ou mais de Seus filhos sob os nossos cuidados.
A partir daí então, pensar o que é que Deus quer de nós com relação a esses filhos postos sob nossas mãos.
Sem qualquer dúvida, qualquer de nós que chega à Terra para uma nova existência, para uma nova experiência, ou se quisermos, para uma nova encarnação, vem com o propósito de evoluir. Como um aluno que vai cada dia à classe, cada dia volta à escola para ir complementando o aprendizado.
Ninguém consegue fazer o aprendizado de um curso inteiro numa única aula, num único mês, num único semestre, nem num único ano.
Por isso, quando nós olhamos para os nossos filhos, é bom que tenhamos essa percepção de que eles são nossos filhos biológicos, porque lhes demos um corpo físico. Mas, em realidade, eles são filhos de Deus como nós. Vieram do grande Rei, do grande Pai, do grande Senhor do Universo.
E, como nem sempre nós chegamos à Terra zerados, com relação aos valores atormentados que acumulamos, muitos chegamos cumulados de tormentos, de angústias, de problemas trazidos de outras existências, de fobias, de crimes, que precisamos acertar com a consciência.
Nossos filhos são assim. Muitas vezes são crianças inteligentíssimas, espertas, cheias de brilho, de viço, capazes de captar rapidamente tudo quanto nós lhes ensinamos e, às vezes, coisas que não lhes ensinamos.
O lado intelectual está maravilhoso, mas o que aprendemos dos bons anjos, dos Espíritos guias, é que a maior parte dos nossos filhos vêm à Terra para ajustar exatamente o que lhes faltou no passado, o lado moral, o lado espiritual, o lado ético.
Muitos deles têm muita facilidade de aprender coisas que mexam com o intelecto. Rapidamente aprendem música, aprendem a tocar instrumentos de ouvido, aprendem a cantar, são dançantes, bailarinos. Jogar, praticar esportes dos mais variados, tudo eles aprendem com muita facilidade.
Mas há um lado que relutam sempre. É o lado que se relaciona com as coisas de Deus.
É muito comum que as crianças não queiram ir à sua Igreja, ao Centro Espírita, à Sinagoga. É muito comum que as crianças reajam. E caberá aos pais não forçá-las de modo violento, mas persuadi-las, a partir de vários recursos, para que elas passem a gostar de participar dessa vida social religiosa da família.
Não sabemos, em realidade, de onde vêm nossos filhos. Jesus Cristo estabeleceu, ao conversar com Nicodemos, que o Espírito sopra onde quer. Nós não sabemos de que realidades eles vêm, nem para que realidades eles vão.
Por causa disso, vale a pena levar nossos filhos para a experiência da fé religiosa. Para a vivenciação da fé religiosa.
Como é que vamos fazer isto?
Aquela religião que nos alimenta, que nos nutre, que nos faz pessoas felizes... Essa mesma, vamos procurar oferecer aos nossos filhos.
Não importa se, mais tarde, quando se tornem independentes, eles mudem de crença, eles mudem de religião, eles adotem outro sistema filosófico de crer em Deus.
Mas, enquanto estiverem sob nossos cuidados, enquanto forem nossos dependentes, nós os levaremos para aquele ambiente, aquele espaço de crença, de cultivo das idéias Divinas que nos faz feliz, que nos alimenta, que nos nutre a alma.
Será importantíssimo que nós verifiquemos nesses Espíritos, nesses filhos nossos, aqueles seres que precisam urgentemente dessa luz religiosa.
Vale a pena pensar que, se os nossos filhos não são nossos filhos essencialmente, são os filhos e filhas da vida por si mesma, como disse o poeta Kalil Gibran.
Em linguagem religiosa, eles são os filhos de Deus emprestados aos nossos cuidados, para que saibamos reencaminhá-los.
* * *
Quando se fala em levar os filhos para a vida religiosa, é porque cabe aos pais redimensionar a vida desses filhos, reencaminhando esses Espíritos para Deus.
É natural pensar que nós encaminhamos nossos filhos para Deus por diversas estradas. Eles deverão aprender a estudar, aprender a aprender. Deverão ser boas pessoas, honestas, dignas criaturas mas, fundamentalmente, aprender elas próprias, nossas crianças, a manter contato com o Pai Criador.Aprender a se elevar através do pensamento. A desenvolver dentro de si a sua oração, a ter mais confiança nos poderes sublimes da vida.
Isso tudo é uma riqueza incomensurável que os pais podemos colocar na alma dos nossos filhos.
Mas, quando falamos em dar uma religião aos nossos filhos, é importante que não os transformemos em pessoas religiosistas, acostumadas a irem ao templo, como quem vai ao clube social.
Será importantíssimo que criemos nos nossos filhos a alma de religiosidade. Aquela reverência profunda e honesta ao Criador da vida.
Não importa qual seja essa crença, mas deverá ser uma crença que não possa ser desmentida pelos fatos, desmentida pelo progresso da Ciência. Porque, todas as vezes que ensinarmos aos nossos filhos coisas que logo mais a Ciência demonstrará em contrário, que os fatos do cotidiano os levem a entender diferente e a constatar diferente, eles deixarão de crer naquilo que nós lhes estamos apresentando. Também deixarão de crer em tudo quanto diga respeito à religião.
Vale a pena levar nossos filhos para uma religião amadurecida, cujos princípios estejam assentados nas Leis da Natureza, para o que as descobertas da Ciência, as vozes da Ciência sirvam de reforço, de embasamento, de instrumentalização.
Por isso, saber que nossos filhos são Espíritos nos ajuda muito, nessa proposta de orientá-los para o bem. Jamais apresentar a eles os maus exemplos de nossa conduta ou apresentar-lhes como bons exemplos os maus exemplos dos outros.
Levar nossos filhos a entender que o mau exemplo de alguém jamais deverá ser seguido por nós, por mais que esse alguém nos seja próximo, nos seja familiar, nos seja uma pessoa amiga.
Mas, o erro não pode servir de padrão para as nossas vidas. E é a partir disto, que nós verificaremos que o sentimento religioso é vida e, como Jesus Cristo nos veio dizer que nos trouxera vida abundante, será sempre importante vivenciar junto aos nossos filhos, esses princípios que queremos que eles aprendam, vivenciar junto a eles aquilo que queremos que eles vivenciem na sociedade, vivenciem junto aos outros.
Será um valor, um tesouro, uma herança que os nossos filhos jamais perderão.Vale a pena, dessa maneira, pensar na instrução religiosa. Levar nossos filhos ao templo. Ensinar aos nossos filhos a prática da oração. Mas, fundamentalmente, levá-los a vivenciar a prática do amor, a resistência ao mal, às tentações do mal, resistir a todas as intempéries morais que se abatem sobre a Terra.
Para isto, não basta freqüentar uma casa religiosa. É preciso ter aprendido a verdade ensinada por Jesus Cristo, seja qual for a interpretação, desde que esta interpretação nos eleve, nos amadureça, nos transforme em homens e mulheres de bem e os nossos filhos aos quais amamos tanto, serão convertidos igualmente em homens e mulheres de bem.
A religião não deve ser uma arma, uma esgrima com a qual digladiamos com os outros. E Jesus Cristo não pode ser transformado por nós, numa muralha divisória entre as criaturas. Jesus terá que ser um toldo de unidade, de fraternidade.
Se estivermos elegendo para nossos filhos uma educação não cristã, se estivermos nas práticas Muçulmanas, nas práticas do Judaísmo, do Taoísmo, do Budismo, não importa. Todas essas práticas levam à proposta do bem, induzem os indivíduos à prática do bem.
Por isso, será fundamental que trabalhemos com eles a importância da vivência do bem, não importa qual seja a religião.
Se formos cristãos, deveremos ter em Jesus Cristo o nosso Modelo, o nosso Padrão, o Guia da Humanidade. E, somente a partir dos Seus ensinamentos é que conseguiremos entender que o sentimento religioso é um sentimento de vida, e Ele, que veio para que tivéssemos vida em abundância, certamente veio nos ensinar a viver uma religiosidade abundante, uma religiosidade que, de fato, nos colocasse nos caminhos que nos endereçassem ao nosso Criador.
Educar os nossos filhos sob todos os aspectos, mas principalmente, ensinar-lhes a buscar no íntimo de si mesmos, a figura do nosso Pai Celeste.
Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 114, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em outubro de 2007. Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 15 de junho de 2008.
Em 26.05.2008.

Flagelos naturais na Terra

 
                                                  Flagelos naturais na Terra

Emaranhados de acontecimentos
São sempre a marca da existência humana.
A humanidade, a vida e sua inana
A fustigarem nossos pensamentos.

Nosso planeta é muito novo ainda.
Sobre sua crosta é onde toda a gente
Constrói moradas e planta sementes,
Fazendo da Terra uma obra linda.

Sobre as camadas rígidas nós temos
Arranha-céus, viadutos, temos mares
Que são berços de vidas que, aos milhares,
São surpresa que empana o que sabemos.

Por ser novo, há matéria liquefeita
Na parte mais central da nossa Terra.
Tudo é tão grande, e coisa alguma aberra
Quando o planeta se move e se ajeita.

Na Terra temos emissões carbônicas
A perturbar toda a massa de ozônio.
Tudo se agita em grave pandemônio,
Quando se mexem as placas tectônicas.

Maremotos, terremotos, tufões,
Tissunames, vulcões e tempestades
Arrastam multidões, varrem cidades.
Há medo quando surgem furacões.

Urge um maior cuidado com a Terra,
P’ra que a consciência jamais nos condene.
Mas, a ganância por dinheiro, infrene,
Traz miséria, doença e a dor da guerra.

Quem cumpre sobre o mundo o seu dever,
E ama esse mundo, como ama o seu lar,
De alma feliz, é fatal acertar,
E um tempo novo faz por merecer.



Por que na Terra o Senhor nos situa,
Se o orbe é um locus cheio de aflições,
De tormentas e tantas destruições?
Só quem entende essas razões estua.

Quem vive sobre o mundo é porque deve
Às leis de Deus e precisa acertar
Os passos no bem, buscando expiar,
P’ra que entre angústia e lágrimas se eleve.

Quem deve às leis de Deus segue pendente
Das provações que surgem pela senda,
Até que própria luz o ser acenda,
P’ra iluminar a profundez da mente.

Ninguém viva em suspenso ou assustado,
A imaginar o próximo flagelo.
Vale viver nesse mundo tão belo,
Junto aos irmãos, crescendo lado a lado.

Segue vibrante e vive sem temores,
Chuvas, enchentes, tremores ou ventos
Nunca arrastam quem deles está isento,
Quem fez do bem seu canteiro de amores.

                          André Fernandes
Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 13.01.2010,
                                                            na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ.
Em 10.09.2010..

Nossos Filhos Especiais

Nossos Filhos Especiais

Qual deve ser o comportamento dos pais perante o filho que nasce portando deficiências físicas ou mentais? É possível desenvolver-se uma vida saudável ao lado dessas criaturas?
Embora as compreensíveis frustrações que costumam invadir a alma dos pais de filhos portadores de deficiências quaisquer, a certeza divina deve ser para eles o grande arrimo, o indispensável consolo.
Conscientes de que não há injustiçados pelas leis de Deus sobre a Terra, o problema com que seus filhos se acham assinalados está na pauta da lei de causalidade. Na certeza de que "o Pai não dá pedra ao filho que pede pão", reconhecerá que se essas crianças renasceram sob seus cuidados pater-maternais, é porque eles, os ajudaram na marcha dos equívocos, de múltiplas formas, ou porque prometeram no mundo espiritual dar-lhes amparo, orientação, mão amiga, a fim de que atravessassem as estradas das expiações com real aproveitamento das limitações.
Importante é que esses pais, com filhos seriamente limitados, por isto profundamente dependentes de cuidados, sensibilizem-se perante os filhinhos carentes e muito amados, interpretando-os como pedras preciosas que o Criador colocou sob seus cuidados, sob seus desvelos, de modo a transformá-las em gemas rutilantes, valiosas, glorificando a vida.
Pais existem que são levados pelas leis da vida ao sacrifício, profundamente doloroso, de atuarem junto a filhos com inclinações criminosas, outros viciosos, outros atormentados da sexualidade transformando a reencarnação num escândalo, e outros mais em que se reúnem todos esses infelizes traços. Como falar-se de problemas de filhos lesados biológica ou mentalmente, perto desses outros pais que têm herdeiros de corpos perfeitos, às vezes de linhas modelares, de almas corroídas e ações corrompidas, contudo?
Como cada pai e mãe defrontam seus compromissos ante as augustas leis de Deus? A vida junto aos filhos portadores de deficiência se mostrará tão normal quanto o permitam a maturidade e a visão do mundo que tenham; serão tão felizes quanto se sintam cooperadores de Deus, enquanto crescem, a seu turno, para o Grande Amanhã, quando se encontrarão em plenitude de saúde e harmonia com os filhos redimidos, sadios, felizes.

Espírito: Camilo
Psicografado por Raul Teixeira

Ao Médium Psicógrafo

Ao Médium Psicógrafo

Sob o clima da prece, arreda da mente qualquer preocupação.

Sustente o lápis, confiando.

Procure "ouvir" os pensamentos que ecoam nos seus...

Assim como o bom grão deve ser separado do joio, busque discernir o que seja útil daquilo que não trará benefício algum para você e para os que possam ler o que grafa no papel, impulsionado pela inspiração.

Não ofereça resistência, porque a dúvida não tem nenhuma razão de ser, quando apenas o Bem é a nossa preocupação primeira.

Se você indagar demasiadamente sobre a origem das idéias que fluem da sua mente, provavelmente elas passarão sem que consiga retê-las.

Não espere que o Espírito Amigo tome o seu braço por inteiro como se houvesse semelhante necessidade para que o intercâmbio se concretize.

Não raras vezes, preferimos atuar no campo das emoções e dos pensamentos, deixando a você a responsabilidade de vestir com os próprios recursos gramaticais o resultado da combinação de nossos esforços.

Ao erguer o lápis, pense em Jesus, procurando senti-lo no intimo da alma, porque assim se isolará das "formas pensamento" que vagueiam em busca de sintonia ...

Se algum espírito se aproximar de você, solicitando auxilio para endereçar algumas frases de consolo a um ente querido, coloque o escrúpulo de lado, nem receie a incompreensão de terceiros ou coisa que o valha, porque o seu compromisso não é com o mundo e, sim com a Verdade.

No exercício da psicografia, como em qualquer campo da mediunidade, o importante é a perseverança.

Certamente que você ainda não é um médium perfeito e talvez nem seja por agora o médium ideal, mas, com absoluta certeza, é o companheiro de que necessitamos para que possamos nos manifestar na exaltação da imortalidade.

Pára nós, você é muito importante.

Quanto possível, estude, alargando os horizontes da imaginação, porque assim os obstáculos entre nós diminuirão...

Nós também nos preparamos para trabalhar na mediunidade, porque, se cabe ao médium assimilar as nossas idéias, cabe a nós refletir com precisão o pensamento das Esferas Superiores, de onde promana toda a luz.

Meu irmão médium psicógrafo, a inconsciência tem o seu lado positivo, sem dúvida; no entanto é muito maior o saldo negativo, porquanto preferimos tê-lo como um instrumento ansioso por colaborar do que um "autômato" que nos cabe comandar...

Medite nisto.

E quando o lápis principiar a deslizar no papel, tenha a convicção de que estamos tutelando-lhe a tarefa, porque o Senhor determina que, onde uma voz se erga para, exaltar o Bem ou uma mão se movimente para colocá-lo em ação, aí estejamos em Seu nome.

Com o tempo, você acabará por observar que a renúncia e a abnegação, a disciplina e a dor, valeram a pena, porque você se transformou em pedra importante no edifício que ora se constrói na Terra, que é o Reino Celestial.

Autor Espiritual: Dr.Odilon Fernandes
Psicografado por Carlos Baccelli

Insensatez

Insensatez

"Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo espírito, acabeis agora pela carne?" - (Gálatas, cap. 3 - v.3)


Quando Paulo fez esta severa advertência aos gálatas, muitos estavam debandando da fé, entregando-se à sensualidade.

Estavam percorrendo o caminho de modo inverso, ou seja, após terem-se consagrado às coisas do espírito, acabavam por satisfazer as paixões da carne.

Comportamento insensato semelhante ao dos gálatas surpreendemos entre muitos cristãos da atualidade.

Após esforço imenso para domar inclinações de ordem inferior, entregam-se a elas, sem mais nem menos...

Depois de terem perseverado anos a fio, resistindo às tentações, desencantados por esta ou por aquela razão, consentem em satisfazê-las.

Após uma vida inteira de renúncia e exemplos nobilitantes, quase perto de triunfarem em definitivo, rendem-se aos prazeres transitórios da existência...

Depois de terem semeado, abandonam a lavoura no justo instante de colher, alegando que carecem de recuperar para o corpo o tempo cedido em vão ao espírito...

Que se passaria com os companheiros que sucumbiram sem semelhantes provas?! Teriam perdido a fé que depositavam nos frágeis ombros dos amigos que os decepcionaram?! Apoiavam-se na fraqueza dos homens, para caminhar adiante?!...

Certamente.

Se a penas se deixassem influenciar pelos exemplos do Cristo, haveriam de perseverar na virtude, porque somente os passos Dele são retos o suficiente para que não nos desviemos dos objetivos superiores que buscamos alcançar.

Quantos concentraram as suas esperanças nos homens acabaram por desapontar-se!...

A palavra de Paulo ainda nos alerta para a necessidade de vigilância diária, enquanto mourejamos no corpo físico, porque numa longa caminhada podemos tropeçar no derradeiro passo, assim como podemos perder o equilíbrio no últ imo degrau da escada que subimos.

Escrevendo a sua primeira Carta aos Coríntios, Paulo nos adverte no capítulo 10, versículo 12: "Aquele, pois, que pensar estar em pé, veja que não caia".

Escoremo-nos na humildade, em nossa jornada, sabendo que o caminho é cheio de tribulações, dificuldades, surpresas desagradáveis, armadilhas...

Conscientes de nossas necessidades íntimas, sigamos sempre à frente, estendendo-nos mãos fraternas, mas apoiados exclusivamente Naquele que nunca nos decepcionará.

Não cometamos a loucura de desprezar a felicidade inalterável que nos aguarda além, por alguns breves minutos de alegria no corpo que a morte reduzirá a pó.

Autor Espiritual: Irmão José
Psicografado por Carlos Baccelli

Cegueira

Cegueira
"Vim a este mundo para exercer um juízo a fim de que os que não vêem, vejam e os
que vêem, se tornem cegos."
João: IX - 39,
Cegos e cegos, há-os muitos em diferentes graus e estágios.
Significativas, pois, as palavras de Jesus, sob qualquer aspecto consideradas.
Uns são cegos por ignorância, outros por presunção.
Valiosas advertências fulgem, desse modo, em cada conceito evangélico, quando
meditado e incorporado à ação, transformando-se em dinâmica salutar de valia
inestimável.
Há o que jaz na cegueira física e o que padece de cegueira espiritual.O ignorante, na sombra em que se debate, expunge o mau uso do conhecimento.
O enfermo, na agonia que experimenta, repara as peças e implementos orgânicos
que a imprevidência destroçou.
O analfabeto, ao guante da limitação constritora, reflexiona sob as nuvens
pardas do pouco discernimento os prejuízos da nefanda utilização da cultura.
O padecente da miséria econômica exercita equilíbrio, como decorrência da
malversação dos valores de que fora mordomo.
Os limitados desta ou daquela ordem, os que não sabem quando erram, transitam em
compreensível cegueira e, graças à situação em que se encontram, recebem maior
dose de entendimento, melhores recursos para a recuperação, mais amplo ensejo de
equilíbrio......
Muito judiciosos os conceitos do Senhor.
Os que conhecem, no entanto, os regulamentos do dever; quantos dispõem da
cultura, da fé e da razão; aqueles que estão informados sobre o Estatuto da
Imortalidade; os que usam o verbo para orientar, escrevendo ou falando; os que
são veículos dos Desencarnados; todos os aquinhoados com a notícia do Evangelho
não se podem permitir enganos ou dissipações, estroinices ou desgovernos morais,
competição sensualista ou desgaste orgânico nas ilusões, porque tais se
encontram dotados da responsabilidade, que representa patrimônio valioso pelo
Senhor concedido por empréstimo, para superior aplicação a benefício de si
mesmos e das coletividades onde se encontram.
Os que vêem, têm menos justificativas quando erram, tropeçam e caem, do que
aqueloutros, os que não fruem da visão.
Convidado ao trabalho inapreciável da renovação da Terra, não te escuses,
relacionando dificuldades inexistentes ou problemas irreais.
Refunde propósitos, seleciona valores e não te detenhas. Assimilando as lições
preciosas através da comunicação dos Espíritos, clareia a senda com a luz da
ação enobrecida, porquanto os que vêem e não atuam, sofrerão cegueira, enquanto
os que agem, embora os percalços e limites que experimentam, verão.
Cegos e cegueira nestes dias marcham em consonância com as conquistas
tecnológicas, aumentando o número dos que não querem ver porque lhes não convém
enxergar, a fim de não mudarem a tônica enganosa da vida transitória que logo
mais se esfumará.
Perfeitamente necessário, portanto, que medites em profundidade e despertes em
definitivo porque sofre de "pior cegueira aquele que não quer enxergar." Assim,
abre os olhos e segue ditoso.

Livro: Celeiro de Bençãos
Joana de Angelis/ Divaldo

Sofredores

Sofredores
"O reino não é deste mundo."
JOÃO: 18-36.
Um sem número deles transitam, ainda, pelas faixas do instinto, adquirindo
melhores experiências para o sentimento.
Trazem na face os profundos sulcos da miséria em que rebolcam, assinalados pelo
desinteresse de progredir, e, assoberbados pelas prementes necessidades da
sensação, brutalizados, se demoram...
Expressiva quantidade expunge os equívocos em que se comprazeram, padecendo as
necessárias limitações de que precisam para avançar e crescer.
Outros tantos recebem as conseqüências da imprudência da atualidade mesma,
passando a sofrer as constrições a que fazem jus por indisciplina e leviandade.
Todos, porém, estão ansiosos por adquirir paz e sequiosos de encontrar socorro.
Passam e assinalam a senda com as pegadas da tristeza ou do desespero, como se
constituíssem infinita legião de desventurados.
Raros, somente, conseguem alcançar os valores da resignação e da fé, de modo a
sustentarem as forças debilitadas, nos sublimes requisitos da coragem em forma
de humildade e resistência na luta.
A larga maioria, sem os tesouros do amor que lhes falta, deixa-se arrastar às
trilhas do desconforto moral ou cai nos abismos da revolta em que se aniquilam,
demandando o túmulo em lamentável estado espiritual...
Não constituem, apenas, sofredores, os que estão nas fileiras dos colhidos pela
miséria econômica. Também os que experimentam enfermidades de vária ordem, os
que suportam aflições morais, os que aspiram a ideais nobilitantes e deparam
empecilhos, os que amam e não encontram resposta afetiva...
Sem dúvida mais sobrecarregados de agonias, e, todavia, convidados a avançar,
desdobrar recursos de progresso onde estejam e para onde sigam...
De alguma forma estás incurso no programa dos sofredores da Terra.
Ninguém se encontra em clima de exceção. Espírito algum vive em caráter
especial.
Sendo a Terra o "planeta das provas e expiações", os que nos vinculamos às suas
matrizes, constituindo a sua humanidade, estamos sob o crivo de mil necessidades que nos impelem a seguir, buscando libertação.
O sofrimento, pela nossa própria responsabilidade, faz-se o aguilhão que
desperta o espírito e o impele a marcha.
Enquanto o amor discretamente convida e inspira, a dor realiza esse mister
imediato, em chamado urgente para a realidade espiritual.
Por isso, os sofredores se encontram em regime de felicidade, enquanto os que
fomentam o sofrimento, comandam as condições que geram a dor e se constituem
fatores de aflição, transformam-se, verdadeiramente, em desventurados.
Faze, porém, a tua parte, a melhor que te está destinada.
Disse Jesus: "O meu reino não é deste mundo." No entanto, aqui se encontram os
recursos valiosos e inapreciáveis para a vida futura, na qual, libertado das
constrições afligentes, a felicidade será a plenitude do teu espírito, passando
o sofrimento a ser lembrança ditosa, graças ao qual conseguirás a vitória.

Livro : Celeiro de bençãos
Joana de Angelis/ Divaldo