“E perguntou-lhe Jesus
dizendo: Qual é
o teu nome
? E ele disse: Legião, porque tinham entrado nele
muitos demônios. “ Lc ; 8:30
Na apresentação
do livro “Desobsessão”
explicando a passagem
acima citada,
Emmanuel nos
esclarece que Jesus
ao conversar fraternalmente com
o obsesso, pergunta-lhe o nome ;
“o médium , consciente da pressão que sofria por parte das Inteligências conturbadas
e errante, informa
chamar-se ‘Legião ‘ “porque Eles eram muitos. Emmanuel esclarece que o
Cristo entendia-se de forma simultânea com o médium e as entidades comunicantes
e com isto nos mostra que : “desobsessão não é caça a fenômeno e sim trabalho
paciente do amor conjugado ao conhecimento e do raciocínio associado à
fé”. E ,continua
Emmanuel a explicação quanto
a necessidade de : “vulgarizar
a assistência sistemática aos desencarnados (...) por intermédio das equipes de
companheiros consagrados aos serviços dessa ordem.”(1).
André Luiz na apresentação desta obra também reforça esta colocação dizendo que : “Cada templo espírita deve e precisa possuir a sua equipe de servidores de desobsessão, quando não seja destinada a socorrer as vítimas da desorientação espiritual que lhe rondam as portas, para defesa e conservação de si mesma.”Allan Kardec, no Projeto 1868 nos diz que : “Um dos maiores obstáculos capazes de retardar a propagação da Doutrina seria a falta de unidade”.
Em se tratando de “prover a Sociedade de um local convenientemente situado e disposto para as reuniões e recepções”, ressalta dentre outros itens, o 3º: “Um compartimento destinado às evocações íntimas, espécie de santuário, que não seria profanado por nenhuma ocupação estranha”. (2 ) Kardec também esclarece em O livro dos médiuns-artigo 17: Regulamento da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que: “as sessões serão particulares ou gerais; nunca serão públicas”. Ele assinala que as reuniões particulares possibilitam”(...)os assuntos de estudo que mais tranquilidade e concentração reclamem, ou que ela julgue conveniente aprofundar, antes de tratá-lo em presença de pessoas estranhas. ” (3 )
Dentro deste
raciocínio André Luiz em Conduta espírita nos informa:
“Abster-se da
realização de sessões públicas para assistência a desencarnados sofredores, de
vez que semelhante procedimento é falta de caridade para com os próprios
espíritos socorridos, que sentem torturados, o comentário crescente e malsão em
torno de seu próprio infortúnio. ” ( 4 ) Segundo André Luiz, no livro Desobsessão,
cap.18 pag.77: “A desobsessão abrange em si obra hospitalar das mais sérias.
Compreenda-se que
o espaço a ela destinado, entre quatro paredes, guarda a importância de uma
enfermaria, com recursos adjacentes da Espiritualidade Maior para tratamento e
socorro das mentes desencarnadas, ainda conturbadas ou infelizes.
Arrede-se da
desobsessão qualquer sentido de curiosidade intempestiva ou de formação espetaculosa.
Coloquemo-nos no
lugar dos desencarnados em desequilíbrio e entenderemos, de pronto, a
inoportunidade da presença de qualquer pessoa estranha a obra assistencial dessa
natureza. (...) Daí nasce o impositivo de absoluto isolamento hospitalar para o
recinto dedicado a semelhantes serviços de socorro e esclarecimento, entendendo-se,
desse modo, que a desobsessão, tanto quanto possível deve ser praticada de
preferência no templo espírita, ao invés de ambientes outros, de caráter
particular. “ (5 )
No mesmo livro
cap. 21 pag.89“O serviço da desobessão não é um departamento de trabalho para
cortesias sociais que, embora respeitáveis, não se compadecem com a enfermagem
espiritual a ser desenvolvida, a benefício de irmãos desencarnados que amargas
dificuldades atormentam. Ainda assim, há casos em que companheiros da
construção espírita-cristã, quando solicitem permissão para isso, podem ter
acesso ao serviço, em caráter de observação construtiva; entretanto, é forçoso
preservar o cuidado de não acolhe-los em grande número para que o clima
vibratório da reunião não venha a sofrer mudanças inoportunas. “( 6 )
Chegada inesperada
de doente: (...) a chegada de enfermos ou de obsidiados sem aviso prévio, sejam
adultos ou crianças. Necessário que o discernimento do conjunto funcione,
ativo. (...) o doente e os acompanhantes podem ser admitidos por momentos rápidos,
na fase preparatória dos serviços programados, recebendo passes e orientação para
que se dirijam a órgãos de assistência ou doutrinação competentes (...) Findo o
socorro breve, retirar-se-ão do recinto. ( 7)
O livro dos médiuns no
cap.29 itens 331diz que: “ Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e
propriedades são a resultante das de seus membros e formam como que um feixe.
Ora, este feixe tanto mais força terá, quanto mais homogêneo for. ” ( 8 )
Segundo a obra Obsessão/ desobsessão, cap.4:-“O ministério da desobsessão só
deve ser realizado em equipe. ”-“ (...) o bom êxito dos trabalhos de desobsessão
depende muito da equipe de encarnados, que precisa estar ciente de suas
responsabilidades.-“ A equipe de encarnados tem assim funções específicas e de grande
responsabilidade, mas, ela se submete, a seu turno, àquela outra equipe-a espiritual
–que é em verdade a que dirige e orienta os trabalhos em todo o seu desenrolar.
“-“ Quando o grupo de encarnados é harmônico, isto é, quando já está afeiçoado
aos trabalhos de mediunidade socorrista e coloca-se como dócil instrumento a
serviço dos amigos Espirituais, a reunião cresce em produtividade, porque então as
duas equipes trabalharão em consonância e a programação será executada de comum
acordo. “(...)No capítulo 2 da mesma obra temos as seguintes colocações: -“O
aposento destinado à reunião de desobsessão é, dentro do Templo Espírita, o
local onde são medicadas, mais diretamente, as almas. “
Baseado na obra “Os mensageiros “de André Luiz, no cap.48 quando o autor nos fala dos desencarnados inconformados com o desencarne, Suely explica que : (...) A sala onde se realizam os trabalhos mediúnicos representa para tais seres a possibilidade de entrarem em contato com os que ainda estão na Terra e de receber destes as vibrações magnéticas que carecem.(...) Motivo pelo qual ele não é um trabalho para principiantes, visto que exige dos participantes a exata noção da gravidade dos momentos que ali serão vividos (...) Por isto é que jamais devem ser abertos ao público.
Baseado na obra “Os mensageiros “de André Luiz, no cap.48 quando o autor nos fala dos desencarnados inconformados com o desencarne, Suely explica que : (...) A sala onde se realizam os trabalhos mediúnicos representa para tais seres a possibilidade de entrarem em contato com os que ainda estão na Terra e de receber destes as vibrações magnéticas que carecem.(...) Motivo pelo qual ele não é um trabalho para principiantes, visto que exige dos participantes a exata noção da gravidade dos momentos que ali serão vividos (...) Por isto é que jamais devem ser abertos ao público.
A sala
reservada para tais atividades foi comparada por André Luiz a uma sala cirúrgica,
que requer isolamento, respeito, silêncio e assepsia, onde só entram os que se prepararam
antecipadamente. Como também é isolada de olhares indiscretos e curiosos. ( 9 )
Hermínio C. Miranda no seu livro Diálogo com as sombras, nos diz que: (...) somente
em casos excepcionais se justifica a presença de pessoas estranhas ao grupo,
nos trabalhos de desobsessão. Sob condições normais,
ela não é
necessária à tarefa que nos incumbe junto aos obsediados que buscam o socorro
de um grupo mediúnico. (...) a presença de pessoas perturbadas, no ambiente
onde se desenrola o trabalho mediúnico, pode provocar incidentes e dificuldades
insuperáveis (...) como regra geral, deve ser preservada a intimidade do
trabalho mediúnico. (...) o grupo pode perfeitamente assistir os companheiros
encarnados sob a provação da obsessão, sem introduzi-los no seu ambiente de trabalho.
(...) Os benfeitores espirituais dispõem de recursos mais seguros e eficazes
para isso, não havendo necessidade de correr riscos indevidos. (10 )
O Livro
Série: Evangelho e Espiritismo-Mediunidade-6 da UEM esclarece quanto a seguinte
pergunta : “As reuniões mediúnicas devem ou podem
ser públicas?
R: De
acordo com a Codificação não devem ser públicas e também por uma questão de segurança
e de caridade para com os necessitados. ( 11)-
Em o
livro “Recordações da mediunidade”-Yvonne Pereira
-
cap.10
item 6 diz com muita propriedade que: “ (...) Não convirá ao obsidiado assistir
às sessões realizadas a seu benefício durante o estado agudo do mal, nem o
obsessor deverá ser doutrinado por seu intermédio. (...) O obsidiado, afeito às
vibrações dominantes de seu opositor, não estará em condições de se prestar à
comunicação normal necessária, é antes um enfermo necessitado de tratamento e
não um médium, propriamente. “ ( 12 )
No
capítulo “O Psicoscópio” em o livro Nos domínios da mediunidade, o relato nos esclarece
quanto a privacidade necessária a uma reunião mediúnica: “(...) –
Esta é a
casa espírita onde encontraremos nosso ponto básico de experiências e
observações. -
Entramos.
Atravessamos
largo recinto, em que estacionavam numerosas entidades menos felizes de nosso
plano, o orientador esclareceu: -Vemos aqui o salão consagrado aos
ensinamentos públicos.
Todavia, o núcleo
que buscamos jaz situado em reduto íntimo, assim como o coração dentro do
corpo.( grifos nossos)
Escoados alguns instantes, penetramos acanhado aposento, onde se congregava reduzida assembleia, em silenciosa concentração mental.(...) Sabem que não devem abordar o mundo espiritual sem a atitude nobre e digna que lhes outorgará a possibilidade de atrair companhias edificantes...” (13 )(...)a desobsessão deve ser praticada no templo espírita, ao invés de ambientes outros, de caráter particular. No templo espírita, os instrutores desencarnados conseguem localizar recursos avançados do plano espiritual para o socorro a obsidiados e obsessores. (14 )“Uma reunião mediúnica de caráter público é um risco desnecessário, porque vêm pessoas portadoras de sentimentos os mais diversos, que irão perturbar, invariavelmente, a operação da mediunidade.”
“ A reunião mediúnica não deve ser de caráter público, porque teria feição especulativa, exibicionista, destituída de finalidade superior, atitudes tais que vão de encontro negativamente aos postulados morais da doutrina. “ ( 15 )
“Obreiros devotados, sob a direção de técnicos e diretores(...) preparavam o recinto reservado à pratica dos fenômenos (...).Enquanto isso, foi solicitada ao diretor espiritual do Centro em questão a fineza de recomendar ao diretor espiritual terreno, por via mediúnica, absolutamente não permitir assistência leiga ou desatenciosa aos trabalhos daquela noite, os quais seriam importantes e delicados...”(16)
Podemos concluir que um grupo harmonizado para o trabalho está preparado para compreender a angústia e a desarmonia dos espíritos comunicantes sem desequilibrar o andamento da tarefa. Mas uma pessoa leiga , com certeza exigirá do plano espiritual cuidados para que a sessão possa se realizar, pois muitos não estão preparados para as colocações e revelações íntimas que possam surgir. O trabalho mediúnico , principalmente a reunião de desobsessão como diz Hermínio Miranda “não é para ser divulgado, nem exibido, como espetáculo público.”
Escoados alguns instantes, penetramos acanhado aposento, onde se congregava reduzida assembleia, em silenciosa concentração mental.(...) Sabem que não devem abordar o mundo espiritual sem a atitude nobre e digna que lhes outorgará a possibilidade de atrair companhias edificantes...” (13 )(...)a desobsessão deve ser praticada no templo espírita, ao invés de ambientes outros, de caráter particular. No templo espírita, os instrutores desencarnados conseguem localizar recursos avançados do plano espiritual para o socorro a obsidiados e obsessores. (14 )“Uma reunião mediúnica de caráter público é um risco desnecessário, porque vêm pessoas portadoras de sentimentos os mais diversos, que irão perturbar, invariavelmente, a operação da mediunidade.”
“ A reunião mediúnica não deve ser de caráter público, porque teria feição especulativa, exibicionista, destituída de finalidade superior, atitudes tais que vão de encontro negativamente aos postulados morais da doutrina. “ ( 15 )
“Obreiros devotados, sob a direção de técnicos e diretores(...) preparavam o recinto reservado à pratica dos fenômenos (...).Enquanto isso, foi solicitada ao diretor espiritual do Centro em questão a fineza de recomendar ao diretor espiritual terreno, por via mediúnica, absolutamente não permitir assistência leiga ou desatenciosa aos trabalhos daquela noite, os quais seriam importantes e delicados...”(16)
Podemos concluir que um grupo harmonizado para o trabalho está preparado para compreender a angústia e a desarmonia dos espíritos comunicantes sem desequilibrar o andamento da tarefa. Mas uma pessoa leiga , com certeza exigirá do plano espiritual cuidados para que a sessão possa se realizar, pois muitos não estão preparados para as colocações e revelações íntimas que possam surgir. O trabalho mediúnico , principalmente a reunião de desobsessão como diz Hermínio Miranda “não é para ser divulgado, nem exibido, como espetáculo público.”
REFERÊNCIAS:
1-Xavier, Francisco Cândido e Vieira ,
Waldo. André Luiz(Espírito).Desobsessão. 9.ed.Rio de Janeiro .FEB.1987.
Apresentação. p.13.
2-Kardec, Allan: Obras Póstumas.37.ed.Rio
de Janeiro. FEB.2005. p.339
3-___________O Livro dos Médiuns..75.ed.Rio
de Janeiro.FEB.2005.Cap.XXX-Cap. III. Art.: 17 / 21.p.448.
4-Vieira, Waldo. Conduta Espírita . André
Luiz ( Espírito).13.ed.Rio de Janeiro. FEB.1987. Cap.24 ,p. 90
5-Xavier, Francisco Cândido e Vieira,
Waldo. André Luiz (Espírito). Desobsessão .9.ed. Rio de Janeiro.FEB.1987.Cap.
18 p.77
6-Idem , ibidem .Cap. 21 p.89
7-Idem ibidem. Cap. 23 p.95
8-Kardec, Allan: O Livro dos Médiuns.75.ed.
Rio de Janeiro.FEB.2005.Cap.29, item 331p.427.
9Schubert,Suely.Obsessão/Desobsessão.10.ed.RiodeJaneiro.FEB.1995.Terceira
Parte.Cap.4. p.134
10-Miranda, Hermínio. Diálogo com as
Sombras. 9.ed.Rio de Janeiro.FEB.1995. p.86. Os Assistentes.
11-União Espírita Mineira. Série :
Evangelho e Espiritismo-Mediunidade-6. BeloHorizonte.1986
12-Pereira,YvonneA.Recordações daMediunidade.10.ed.RiodeJaneiro.FEB.2002.p. 211,Item:6
12-Pereira,YvonneA.Recordações daMediunidade.10.ed.RiodeJaneiro.FEB.2002.p. 211,Item:6
13-Xavier, Francisco Cândido. Nos Domínios
da Mediunidade. André Luiz.( Espírito)14.ed.Rio de Janeiro.FEB.1985.Cap.2,pag.21.
14-Conselho Federativo daFederaçãoEspírita
Brasileira. Orientação ao Centro Espírita .3.ed.Brasília. FEB.1988.Reunião de
Desobsessão. Cap. 6-. Item 7 tópico “d “.
15-Franco, Divaldo e Teixeira, Raul.
Diretrizes de Segurança.5.ed. Ed.Frater. Niterói .Perg. 42. p.62
16-Pereira,Yvonne.A.Memorias de Um Suicida.14.ed.RiodeJaneiro.FEB.1987.Cap.6.p.14
Fonte:http://www.uemmg.org.br/sites/default/files/public/download/arquivo/reuniao_mediunica_privativa.pdf