Jesus percorria pela
derradeira vez os caminhos da Palestina. Deixando a Galileia,
dirigira-se ao território da Judeia, além do Jordão.1 Nessa viagem,
quando já próxima a hora extrema do Gólgota, encontra-se com Zaqueu
às portas de Jericó.
Descrita no Velho Testamento como a
Cidade das Palmeiras,2 Jericó foi edificada numa das mais ricas zonas
agrícolas de todo o Oriente Médio.3 Verdadeiro oásis no deserto,
cercada por quilômetros de terra árida e rochosa, exibe –
contrastando com os seus arredores – campos floridos,
árvores balsâmicas, amendoeiras, romãzeiras, tamareiras, sicômoros, e,
sobretudo, palmeiras. Tornou-se célebre nos tempos de Jesus. Clima
mitigado pela abundância de águas canalizadas, esplêndidos jardins e
belas construções fizeram dela a cidade invernal da aristocracia
de Jerusalém, preferência de Herodes Magno.4
Passagem obrigatória a caravanas de
mercadores e peregrinos religiosos, Jericó alcançou grande importância
econômica, contando com estabelecimentos bancários, várias lojas
comerciais e diversos armazéns providos de toda mercadoria.
Diariamente, desde as primeiras horas da manhã, negociantes,
proprietários, lavradores, agentes e cambistas fervilhavam em suas ruas,
entre discussões, compras, vendas e assinaturas de contratos, num
febril vaivém. Somente com as primeiras sombras da noite, costumava
diminuir o bulício na Cidade das Palmeiras.
Israel vivia então sob o
senhorio romano, sujeito aos ditames do grande império. Como todos os
povos conquistados pelos césares, pagava-lhes pesados tributos,
destinados ao luxo do patriciado e à manutenção da máquina
governamental, cujos exércitos, sempre crescentes, requeriam gastos mais
e mais elevados.
Os judeus, mesmo oprimidos, não
declinavam de suas crenças, cultivando-as com intenso ardor. Arrimados à
fé dos seus patriarcas, consolidada ao longo dos séculos, mantinham-se
coesos como nação, ainda quando exilados, vivendo em terras estranhas. O
governo romano, então, normalmente adotava política de tolerância para
com as práticas religiosas dos povos dominados.
Naqueles dias, os israelitas se
preparavam para a páscoa, comemoração à sua libertação do jugo egípcio.
Numerosos viajores cruzavam as estradas e caminhos do país, na
direção de Jerusalém. Jericó, mais que outras localidades,
regurgitava de passantes.
Jesus, com os doze, igualmente se
encaminhava à capital da Judeia.5 Vencida quase toda a distância entre
Cafarnaum e Jerusalém – contornando ao leste o território samaritano6 –
chegou às cercanias de Jericó.
Pelos caminhos, ensinava a
Boa-Nova, consolava os aflitos e curava os enfermos; verdadeira
multidão o acompanhava desde a Galileia.
Jericó, como já dito, constituía rota
obrigatória para mercadores e peregrinos. Movimentado comércio local
e acentuada circulação de riquezas em suas fronteiras garantiam- lhe
elevada arrecadação tributária; despertava o interesse dos governantes e
a ambição dos publicanos.
Conforme as regras estatuídas então,
cabia aos publicanos coletar os impostos. Desde Caio Graco, Tribuno da
Plebe nos anos 123 a.C. e 122 a.C., nova forma de concessão para
arrecadação tributária fora estabelecida nas províncias asiáticas, sendo
mais tarde aplicada às demais possessões romanas.
Os tributos passaram a
ser recolhidos mediante contrato firmado, pelo prazo de cinco anos,
entre o vencedor da hasta pública e o tesouro romano, devendo o vencedor
antecipar o pagamento desses tributos ao Estado. Os participantes
desses leilões, naturalmente, eram homens muito ricos, com fortuna
pessoal mínima de quatrocentos mil sestércios, segundo
alguns historiadores.
A adoção desse sistema de arrecadação
tributária, conquanto eficiente, teve graves consequências.
Os
publicanos, livres para cobrar quanto quisessem, exorbitavam nas taxas
exigidas, multiplicando suas fortunas vertiginosamente. Movidos por
indisfarçável ânsia lucrativa, tornaram-se símbolo de avidez e
desonestidade, sendo detestados pela população em geral.
Zaqueu era rico publicano, chefe dos publicanos em Jericó.
Em concorrência pública, como ditava o
costume, arrematara o direito à cobrança de impostos na urbe
famosa. Além dos interesses da alfândega, dirigia outros
negócios particulares, todos muito rentáveis; contava com grande número
de empregados.
Os judeus olhavam-no com desdém, como faziam a todos
os publicanos, considerando-o traidor da pátria, por transigir com
os romanos invasores.
Raros lhe dirigiam a palavra e, quando o
faziam, quase sempre o faziam obrigados pelas circunstâncias, não
disfarçando o íntimo desprezo que lhe votavam.
Ouvira falar de Jesus!
As notícias que lhe chegavam davam conta
de sua amorosa mensagem, portadora de fé e esperança. Da boca
popular, escutava referências a seus muitos milagres e soubera
que exprobrava a conduta de fariseus e saduceus, exortando os homens ao
bom caminho. Tinha conhecimento de que Ele se fazia acompanhar,
sobretudo, dos simples e deserdados, que não desprezava a
ninguém, considerando a todos como irmãos. Ouvira dizer, até, que entre
os seus mais próximos seguidores, havia um que fora conhecido publicano.
Queria ver o novo Messias, quem sabe, falar ao Mestre nazareno.
Sua alma sonhava novos
horizontes, cansada das coisas do mundo. De há muito, acalentava secreto
desejo de conhecer aquele de quem se falava tantas maravilhas.
Caía a tarde na velha cidade do vale do
Jordão. Seus estabelecimentos comerciais cerravam as portas, seus
habitantes regressavam aos lares e os peregrinos procuravam pernoite.
Desusado movimento agitava Jericó. Nos últimos dias, muito aumentara o
fluxo local de caravanas com destino à Cidade Santa.
Zaqueu também findara seu trabalho,
rumava para casa. Romeiros de variadas procedências anunciavam a chegada
do Rabi galileu. Excitados, gesticulavam muito, diziam que Ele curara o
cego Bartimeu.7
Não longe, compacta muralha humana
cercava o carpinteiro galileu. Rápido, Zaqueu se acercou da multidão,
empolgado pela possibilidade do ambicionado encontro. De
pequena estatura, contudo, por mais tentasse, não conseguia ver
Jesus. Tomado de resolução – temia perder a oportunidade há
tanto esperada – correu à frente do povaréu, subiu num velho sicômoro e
aguardou a passagem do Mestre.
Logo divisou a sua figura augusta,
sentiu-se invadir de paz intraduzível. Atraído pelo seu amoroso
magnetismo, acompanhava-lhe os menores gestos, apurava os ouvidos para
escutá-lo.
Que pensamentos acudiam nessa hora a
Zaqueu? Que sentimentos dominavam seu coração? Que visões
contemplava seu Espírito? Talvez passasse em revista sua existência,
reexaminasse os valores que lhe vinham norteando as
decisões, vislumbrasse nesgas do caminho espiritual. Decerto que
experimentava íntima e estranha inquietação; chegara o instante glorioso
do seu encontro com a Verdade.
Aproximando-se da árvore em que se
alojara o publicano, Jesus ergueu os olhos, fitando-o, e disse-lhe:
“Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa”.8 Zaqueu
deu-se pressa em descer, recebendo-o com muita alegria. “À vista desse
fato – anota o evangelista – murmuravam todos, dizendo: Foi hospedar-se
na casa de um homem pecador!”.
Entrementes, Zaqueu se levantou e disse
ao Senhor: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e,
se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo-lhe o
quádruplo”. Então, Jesus lhe disse: “Hoje, houve salvação nesta casa,
pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio
buscar e salvar o que estava perdido”.9
Zaqueu exultava de alegria, sentia-se no
limiar de um novo mundo. Vivera até ali como os comuns de sua época,
preocupado com as aquisições materiais, escravo das coisas ilusórias.
Chegava agora a novo estágio evolutivo. Quais os caminhos do
seu despertar espiritual? Quais os degraus superados até alcançar a
condição de amigo íntimo de Jesus?
Acompanhando a sua marcha ascensional,
naquilo que podemos apreciar, concluímos que muito peregrinou
nas sombras dos enganos e vacilações, antes de penetrar a
porta estreita, rumo à Espiritualidade superior.
Dedicou os primeiros anos de sua
existência às conquistas mundanas – dinheiro, fama, status, poder –
dominado pelas exigências dos prazeres egoístas, conquanto, desde antes,
almejasse respirar noutra atmosfera. A alma humana nessa etapa de
aprendizado, quando não nega a paternidade divina, costuma ignorá-la
propositadamente, como se temesse as consequências desse
reconhecimento.
Intui secretamente as responsabilidades que daí advirão,
e, como a dormideira, recolhe-se em si mesma, preferindo manter-se
alienada acerca da existência de Deus.
A saciedade proporcionada pelas
conquistas inferiores, todavia, carece de perenidade, possui existência
efêmera. Não demora e a alma sente vazio inexprimível, vítima da
impermanência das coisas deste mundo. Até alcançar os bens eternos,
sofrerá crises periódicas desse vazio.
O filósofo pessimista alemão, Arthur
Schopenhauer, observando o cotidiano do homem comum, diz que a vida é um
pêndulo que oscila entre o sofrimento e o tédio. Sofremos enquanto não
conseguimos o que desejamos e, quando conseguimos o que desejamos,
sentimos tédio. É então que elegemos novo objeto de desejo
para, novamente, oscilarmos entre o sofrimento e o tédio, numa
infinita alternância.
Zaqueu vivia essa alternância, pendulando entre o pesar e o fastio.
Saturado do que é
transitório, experimenta invencível fascínio pelo transcendente,
impulsionado pelo que podemos chamar de tropismo divino; é o início da
sua busca espiritual, termo da sua alienação de Deus.
Talvez ninguém lhe tivesse notado a mudança, nem mesmo os mais próximos, muitíssimo engolfados
nos assuntos da matéria. Jesus, porém, atento às mais
discretas manifestações de nossa alma, identifica os primeiros clarões
de sua luz interior e lhe vêm à procura. Zaqueu buscava Jesus,
Jesus buscava Zaqueu. Entre eles uma multidão, símbolo dos obstáculos
que o publicano necessitava transpor para alcançar o Mestre. Do alto da
figueira, Zaqueu espia Jesus. Encontrara o que procurava, segredava-lhe a
consciência. De repente, ouve surpreso: Zaqueu, desce depressa, pois
me convém ficar hoje em tua casa.
Desde quando anelava semelhante dádiva?
Que fizera para merecer tamanha bênção? Humilde, cria-se indigno de
hospedar o Messias. Mas, depressa, desce e vai correndo preparar-lhe
régia ceia e as melhores acomodações de sua rica residência.
A cena nos sugere oportunas reflexões.
O sicômoro ou
figueira doida, 10 como também é conhecido, com suas raízes profundas, folhas ásperas e frutos de inferior qualidade, oferece singular imagem
das riquezas materiais, cuja aparência de viço, solidez e perpetuidade
engana o observador menos percuciente.
Zaqueu no alto da figueira, acima da
multidão, traduz o homem içado aos mais proeminentes postos
o mundo. O desce depressa nos fala da imperiosidade de abandonarmos as convenções meramente
humanas, para encontrarmos o Cristo.
Zaqueu transbordava alegria.
Límpidos raciocínios agora iluminavam
seu espírito; trilhava os primeiros passos na senda. As posses materiais
e os favores de sua elevada posição social não o haviam impedido de
chegar a Jesus. Sabia-se, contudo, longe da completa
emancipação espiritual, preciso era prosseguir.
À mesa, com o sublime visitante, ouvia-o
com deleite, considerava quanto estivera distanciado do verdadeiro
caminho. Imerso em doce onda de amor, priva pela primeira vez da
intimidade de Jesus. É aí que se resolve a dar metade dos seus bens aos
pobres e a restituir em quádruplo a quem haja defraudado.
…É a fase da entrega!… É a fase da consagração!
Vencida a alienação, realizada a busca,
Zaqueu se entrega àquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida. Esvazia-se
das coisas deste mundo, disposto a preencher-se das coisas
celestes. Abre mão de sua riqueza… Distribui seus bens aos
pobres… Indeniza a quem prejudicou… Abdica de sua posição
social… Reconhece que mesmo sem o saber, sempre buscara o Cristo de
Deus. Enlevado, despe sua alma, lavando com lágrimas as lembranças de
suas defecções, para ouvir do Senhor:
Hoje, houve salvação nesta casa, pois
que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e
salvar o que estava perdido.9
Selada estava eterna aliança entre Zaqueu e Jesus.
E ali na casa de Zaqueu, ainda naquela
noite, Jesus contou a parábola das dez minas– para a maioria dos
exegetas – uma variante da parábola dos talentos, apesar das diferenças
textuais havidas entre as duas narrativas.11
Zaqueu é uma daquelas
personagens bíblicas sobre quem muito pouco se sabe. Além do episódio
relatado por Lucas, não encontramos nas páginas evangélicas qualquer
outra referência ao publicano de Jericó. Estudiosos do Novo
Testamento, todavia, hão sustentado que tudo deixou para seguir a Jesus.
Clemente de Roma afirma que ele se
tornou companheiro de viagens de Simão Pedro, sendo, mais tarde,
nomeado Bispo de Cesareia Marítima, pelo Pescador de
Cafarnaum.12 Clemente de Alexandria sugere que adotou o nome
Matias, induzindo muitos à falsa inferência de que haja
substituído Judas Iscariotes no Colégio dos Doze.13 O legendário
medieval o identifica como Santo Amador, considerado o fundador
do santuário francês de Rocamadour.Modernos pesquisadores da história
do Cristianismo – alguns com decênios dedicados ao assunto – comungam
com muito dessas tradições.
Devemos,contudo,escoimar essas tradições –
todas tardias, e por isso, pálidas de valor histórico – daquilo que
faleça a mais severo exame.
Hoje, alguns poucos ainda pretendem que
Zaqueu seja Matias, o 13º Apóstolo. Diríamos que essa é uma
opinião insustentável, dado que não resiste à mais leve análise,
quando na presença dos textos testemunhais desses eventos.
Atos dos Apóstolos (1:15, 21, 22, 23 e 26) registra:
Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos – o número das pessoas reunidas era de mais ou menos cento e vinte e disse:
“É necessário, pois, que, dentre estes
homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em
nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi
arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição”.
Apresentaram então dois: José, chamado
Barsabás e cognominado Justo, e Matias. Lançaram a sorte sobre eles, e a
sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os onze
apóstolos.
A leitura acima não exige mais grave
meditação para infirmar a ideia de que Zaqueu seja o 13º apóstolo.
Declara, literalmente, que, desde o início, tanto um quanto outro – José
e Matias – tomou parte ativa na vida messiânica de Jesus. Zaqueu, como é
sabido, somente o conheceria na última viagem do Mestre a Jerusalém.14
Além disso, caminhando nessa direção, assevera Eusébio de Cesareia:
E um documento ensina também que Matias –
o que foi juntado à lista dos apóstolos em substituição a Judas – e o
outro que com ele teve a honra de disputar a sorte foram dignos de serem
dos setenta. […]15
E, mais adiante, diz: O primeiro, pois,
que a sorte designou para o apostolado em substituição a Judas, o
traidor, foi Matias, que também tinha sido um dos discípulos do
Salvador, como já foi provado.15
De acordo, pois, com o texto ora
transcrito, José e Matias pertenciam ao grupo dos setenta, 16 episódio
anterior ao encontro entre Jesus e Zaqueu. Logo, conclui-se: Zaqueu não
é Matias, o 13º apóstolo.
Ademais, ainda que evocado por alguns,
como fonte favorável a esse entendimento, Clemente de Alexandria –
longe de estear tal juízo – escreve, simplesmente:
Diz-se, portanto, que Zaqueu, ou,
segundo alguns, Matias, o chefe dos publicanos, ao ouvir que o Senhor se
dignou a Brasivir a ele, disse: Senhor, e se eu defraudei alguém em
alguma coisa, restituo-lhe o quádruplo. E o Senhor disse, por sua vez: o
Filho do homem vindo aqui, encontrou o que estava perdido.17
E, ainda, para alguns
historiadores, Natanael18 foi quem tomou o lugar de Judas
Iscariotes, embora habitualmente o identifiquem como o
apóstolo Bartolomeu.19
À margem das dissensões históricas –
válidas, mas não essenciais – subsiste a convicção da aliança entre
Zaqueu e Jesus. Ditados e revelações espirituais – transmitidos a
medianeiros de reconhecida credibilidade – reforçam esse pensamento.
Humberto de Campos enfatiza que Zaqueu,
desde muitos anos, procurava empregar o dinheiro a benefício de todos
à sua volta, voluntariamente hipotecando-se ao Mestre.20
Amélia Rodrigues conta que, com
frequência, ele socorria o cego Bartimeu. Gostava de acudir a miséria
alheia e suavizar as dores do próximo. Mais tarde, assistido por Jesus,
foi dirigir florescente igreja cristã em terras de Cesareia.21
Léon Tolstoi declara tê-lo ouvido discursar no mundo espiritual:
– A bondade do Mestre galileu… […] tocou-me para sempre o coração […]. E conquistou-me assim, por toda a consumação dos séculos…
[…] Não, eu não o abandonei jamais,
desde aquele dia em que passou por Jericó! […] Soube, é certo, da
ressurreição que a todos revigorou de esperanças… Mas não logrei
tornar a ver e ouvir o Mestre […]. Ele só se apresentou, depois
da ressurreição, aos discípulos – homens e mulheres – e aos Apóstolos…22
Affonso Soares, amigo e confidente de
Yvonne do Amaral Pereira, disse-me que a notável médium fluminense
repetia sempre que Zaqueu fora o venerável Bezerra de Menezes.23
Zaqueu venceu antigas vacilações e
transpôs densas barreiras, para, naquele dia memorável, tornar-se amigo
íntimo de Jesus, lembrando as letras de Apocalipse (3:20):
Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele, e ele comigo.
Referências:
1 Mateus, 19:1; Marcos, 10:1; e
Lucas, 9:51-53. (Para os textos evangélicos utilizamos a Bíblia Sagrada,
tradução de João Ferreira de Almeida, e a Bíblia de Jerusalém.)
2 Deuteronômio, 34:1 a 3; e 2 Crônicas, 28:15.
3 Vale do Jordão. Situada a
quase trezentos metros abaixo do nível do mar, numa das maiores
depressões absolutas do planeta, Jericó é considerada a mais antiga
cidade do mundo. Pesquisas arqueológicas apontam sua fundação entre nove
e dez mil anos atrás.
4 Herodes e seu filho Arquelau
embelezaram Jericó. Entre as construções mais famosas contavam-se o
anfiteatro da cidade e o castelo de Kypros. Este último, construído e
batizado em homenagem à mãe de Herodes.
5 Lucas, 18:31 a 34.
6 Lucas, 9:51 a 56. – Não
encontrando guarida em uma das vilas da Samaria, Jesus decidiu fazer o
mais longo trajeto entre as duas cidades. Possivelmente tomou a direção
de Decápole e atravessou a Pereia, antes de alcançar Jericó. Dali
seguiria para Betânia e Jerusalém.
7 Patronímico traduzido por filho
de Timeu, conforme Marcos (10:46 a 52). Os demais evangelistas –
Mateus (20:29 a 34); e Lucas (18:35 a 43) – não mencionam o nome do cego
de Jericó. Diferente de Lucas, que situa esse episódio à entrada
da cidade, Marcos e Mateus o descrevem como ocorrido à saída de
Jericó, com este último anotando que foram dois os cegos ali curados
por Jesus.
8 Jesus visitou algumas casas
durante sua atividade messiânica. Revelam os evangelhos que esteve
nas casas de Pedro, Levi, Jairo, Simão, Lázaro, Zaqueu e nas Bodas de
Caná. Parece-nos que sempre a convite dos seus moradores, exceção feita
à sua visita ao publicano de Jericó.
9 Lucas, 19:1 a 10.
10 Ficus sycomorus – Atinge 20 metros de altura.
11 Lucas, 19:11 a 27; e Mateus, 25:14 a 30.
12 Homilia III, 59 a 72.
13 Stromateis IV, cap. 6, § 35.
14 Lucas, 19:1 a 10.
15 CESAREIA, Eusébio. História
eclesiástica. Wolfgang Fischer. São Paulo (SP): Novo Século, 2002. liv.
I, cap. XII – Dos discípulos de nosso Salvador, it. 3. p. 28; e liv. II,
cap. I – Da vida dos apóstolos depois da ascensão do Cristo, it. 1, p.
33. Disponível em:
<pt.slideshare.net/OBREIRO/histria-eclesistica-eusbio-de-cesaria>.
16 Missão dos setenta discípulos – Lucas, 10:1 a 13.
17 Stromateis IV, cap. 6, § 35.
18 Referido em João, 1:45 a 51 e 21:1 e 2.
19 MCKENZIE, John L. Dicionário
bíblico. Álvaro Cunha, Elsa Maria Berredo Peixoto, Gaspard
Gabriel Neerick, I. F. L. Ferreira, Josué Xavier. 10. ed. São Paulo:
Paulus, 2011. p. 589.
20 XAVIER, Francisco C. Boa nova. Pelo Espírito Humberto de Campos. 37. ed. 4. imp. Brasília: FEB, 2014. cap. 23, p. 149.
21 FRANCO, Divaldo P. Primícias do reino. Pelo Espírito Amélia Rodrigues. 4. ed. Salvador: LEAL, 1987. p. 144, 145 e 149.
22 PEREIRA, Yvonne do Amaral.
Ressurreição e vida. Pelo Espírito Léon Tolstoi. 12. ed. 2.
imp. Brasília: FEB, 2014. cap. 1, p. 20-21.
23 Affonso Borges Gallego Soares,
diretor da Federação Espírita Brasileira. Pedro Camilo traz essa
revelação em sua obra, Yvonne Pereira: uma heroína silenciosa.
BAUCKHAM, Richard. Jesus e as testemunhas oculares. São Paulo: Paulus, 2011. p. 151-152.
CORASSIN, Maria Luiza. A reforma agrária na Roma Antiga. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 62-63.
NICOLET, Claude. Un ensayo de
historia social: el Orden Ecuestre en las postrimerias de la Republica
Romana. In: Ordenes, estamentos y classes: Coloquio de historia social
Saint-Cloud, 24-25 de mayo de 1967. Madrid: Siglo-Veintiuno, 1978. p.
36-51.
Samuel Nunes Magalhães
Fonte: http://www.souleitorespirita.com.br/reformador/noticias/zaqueu-amigo-intimo-de-jesus/