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quinta-feira, 16 de novembro de 2017
Divaldo entrevista Haroldo Dutra Dias ---Dentre os interessantes assuntos questionados, a grande missão do trabalho de tradução de obras espíritas foi explicada por Haroldo. De forma detalhada, ele conta os passos dessa missão com muitos conhecimentos para os que assistem.(...)Durante a entrevista, Haroldo responde a relevância de seus estudos aos conhecimentos de Emmanuel, e Divaldo, por sua vez, amplia esses conhecimentos com sua sabedoria sobre o assunto. Ainda, Haroldo compartilha experiências de sua vida profissional e conta o grande deficit da sociedade com os valores morais e explica que o caminho das pessoas e da família está no amor.
Fonte: FEBTV pelo site:https://www.youtube.com/watch?v=0gekdYkTWzg
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
Reflexões de Dom Pedro II e o advento da República ( 49 anos) —(...) Não tenho o direito de criticar a República, mesmo porque todos os fenômenos políticos e sociais do nosso país tiveram os seus pródromos no mundo espiritual(...). Apenas quero dizer que não só os republicanos, mas também nós, os da monarquia, estávamos redondamente enganados. O erro da nossa visão, quando na Terra, foi supor no Brasil o mesmo espírito anglo-saxônio que a Inglaterra legara aos norte-americano(...)em nossa terra, prevaleciam outros fatores mesológicos e, até agora, não temos sabido conciliar os interesses da nação com esses imperativos. A ausência de tradição nos elementos de nossa origem, como povo, estabeleceu uma descentralização de interesses, prejudicial ao bem coletivo do pais. Para a formação nacional, não vieram da metrópole os espíritos mais cultos. Pesando, de um lado, os africanos, revoltados com o cativeiro, e, de outro, os índios, revoltados com a invasão do estrangeiro na terra que era propriedade deles, a balança da evolução(...)Considere que, examinando a minha consciência, não me lembro de haver fortalecido nenhum sentimento de rebeldia nos meus tempos de governo; entretanto, muito sofri, verificando que eu poderia ter suavizado a luta entre os nossos estadistas e os políticos da América espanhola. Outra forma de ação poderíamos ter empregado no caso de Rosas e de Oribe e mesmo em face do próprio Solano López, cuja inconsciência nos negócios do povo ficou evidentemente patenteada. E note-se que o problema se constituía de graves questões internacionais. O nosso mal foi sempre o desconhecimento da realidade brasileira. Os nossos períodos históricos têm sofrido largamente os reflexos da vida e da cultura europeias
Do livro Novas Mensagens no
capítulo 2, D.Pedro II nos traz suas reflexões sobre os seus enganos, quanto a
peculiaridade do povo brasileiro, da proclamação
da República, sobre a economia e o momento político daquele período em que foi
publicado a obra. Segue abaixo trechos da conversa entre Humberto de Campos e
Dom Pedro II
Acerquei-me
da sua individualidade, com um misto de curiosidade e de profundo respeito,
procurando improficuamente identificar os dois companheiros que o rodeavam.
—
Majestade! — tentei chamar-lhe a atenção com a minha palavra humilde e obscura.
—
Aproximem-se, meus amigos! — respondeu-me com benevolência e carinho. — Aqui
não existe nenhuma expressão de majestade. Cá estão, fraternalmente comigo, o
Afonso
e o Luís,
como três irmãos, sentindo eu muito prazer na companhia de ambos. Se o mundo
nos irmana sobre a Terra, a morte nos confraterniza no Espaço infinito, sob as
vistas magnânimas do Senhor.
E, fazendo uma pausa, como quem reconhece que
há tempo de falar e tempo de ouvir, conforme nos aconselha a sabedoria da
Bíblia, exclama o Imperador com bondade:
— A que
devo o obséquio da sua interpelação?
— Majestade! — respondi,
confundido com a sua delicadeza — desejara colher a vossa opinião com respeito
ao Brasil e aos brasileiros. Estamos no limiar do cinquentenário de República e
seria interessante ouvir o vosso conselho paternal para os vivos de boa
vontade. Que pensais destes quarenta e tantos anos de novo regime?(...) Do
Plano Invisível, para o mundo, prosseguimos no mesmo labor de construção da
nacionalidade. As convenções políticas
dos homens não atingem os Espíritos desencarnados. O exílio termina sempre na
sepultura, porque a única realidade é o amor, e o amor, eliminando todas as
fronteiras, nos ligou para sempre ao torrão brasileiro. Não tenho o direito de
criticar a República, mesmo porque todos os fenômenos políticos e sociais do
nosso país tiveram os seus pródromos no mundo espiritual, considerando-se a
missão do Brasil dentro do Evangelho. Apenas quero dizer que não só os
republicanos, mas também nós, os da monarquia, estávamos redondamente
enganados. O erro da nossa visão, quando na Terra, foi supor no Brasil o mesmo
espírito anglo-saxônio que a Inglaterra legara aos norte-americanos. Eu também
fui apaixonado pelo liberalismo, mas a verdade é que, em nossa terra,
prevaleciam outros fatores mesológicos e, até agora, não temos sabido conciliar
os interesses da nação com esses imperativos. A ausência de tradição
nos elementos de nossa origem, como povo, estabeleceu uma descentralização de
interesses, prejudicial ao bem coletivo do pais. Para a formação nacional, não
vieram da metrópole os espíritos mais cultos. Pesando, de um lado, os
africanos, revoltados com o cativeiro, e, de outro, os índios, revoltados com a
invasão do estrangeiro na terra que era propriedade deles, a balança da
evolução geral ficou seriamente comprometida. Sentimentos excessivos de
liberdade não nos permitiram um refinamento de educação política. Todos querem
mandar e ninguém se sente na obrigação de obedecer. Quando no Império, possuíamos a autoridade centralizadora
da Coroa, prevalecendo sobre as ambições dos grupos partidários que povoavam os
nossos oito milhões e meio de quilômetros quadrados; mas, quando os
republicanos sentiram de perto o peso das responsabilidades que tomaram à sua
conta, os espíritos mais educados reconheceram o desacerto das nossas
concepções administrativas. Enquanto as nações da Europa e os Estados
Unidos podiam empregar livremente em nosso país os seus capitais, a título de
empréstimos vultosos que desbaratavam compulsoriamente a nossa economia, o
Brasil podia descansar na monocultura, fazer a política dos partidos e adiar a
solução dos seus problemas para o dia seguinte, dentro de um regime para o qual
não se achava preparado em 1889. Mas,
quando se manifestou a crise mundial de 1929, todas as instituições políticas
sofreram as mais amplas renovações, dentro dos movimentos revolucionários de
1930. Os capitais estrangeiros não puderam mais canalizar suas disponibilidades
para a nossa terra, controlados pelos governos autárquicos dos tempos que
correm, e o Brasil acordou para a sua própria realidade. Aliás, nós, os
desencarnados há muito tempo procuramos auxiliar os vivos na sua tarefa. — Quer dizer que também tendes inspirado
os labores dos estadistas brasileiros?
— Sim, de modo indireto, pois
não podemos interferir na liberdade deles. Há alguns anos, procurei auxiliar
Alberto Torres nas suas elucubrações de ordem social e política. Em geral, nós,
os desencarnados, buscamos influenciar, de preferência, os organismos mais
sensíveis à nossa ação e Torres era o instrumento de nossas verdades para a
administração. A realidade, porém, é que ele falou como Jeremias [Oh!
Jerusalém!…]. Somente a gravidade da situação conseguiu despertar o espírito
nacional para novas realizações.
—
Majestade, as vossas palavras me dão a entender que aprovais o novo estado de
coisas do Brasil. Aplaudistes, então, a queda da denominada república velha,
sob as vibrações revolucionárias de 1930?
— Com as minhas palavras —
disse ele bondosamente — não desejo exaltar a vaidade de quem quer que seja,
nem deprimir o esforço de ninguém. Não posso aplaudir nenhum movimento de
destruição, pois entendo que, sobre a revolução, deve pairar o sentimento nobre
da evolução geral de todos, dentro da maior concórdia espiritual. Considere que, examinando a minha consciência,
não me lembro de haver fortalecido nenhum sentimento de rebeldia nos meus
tempos de governo; entretanto, muito sofri, verificando que eu poderia ter
suavizado a luta entre os nossos estadistas e os políticos da América
espanhola. Outra forma
de ação
poderíamos ter empregado no caso de Rosas e de Oribe e mesmo em face do próprio
Solano López, cuja inconsciência nos negócios do povo ficou evidentemente
patenteada. E note-se que o problema se constituía de graves questões
internacionais. O nosso mal foi sempre o desconhecimento da realidade
brasileira. Os nossos períodos históricos têm sofrido largamente os reflexos da
vida e da cultura europeias. Nos tempos do Império, procurei saturar-me dos
princípios democráticos da política francesa, tentando aplicá-los, amplamente,
ao nosso meio, longe das nossas realidades práticas. Os republicanos, como
Benjamim Constant, Deodoro, etc., deram-se a estudar a “República Americana”,
de Bryce, distantes dos nossos problemas essenciais. Quando
regressei das lutas terrestres, procurei imediatamente colaborar na
consolidação do novo regime, a fim de que a divisão e os desvarios de muitos
dos seus adeptos não terminassem no puro e simples desmembramento do País.
Graças a Deus, conseguimos conduzir Prudente de Morais ao poder constitucional,
para acabarmos reconhecendo agora as nossas realidades; mais fortes. Devo, todavia, fazer-lhe
sentir que não me reconheço com o direito de opinar sobre os trabalhos dos
homens públicos do País. Cabe-me, sim, rogar a Deus que os inspire, no
cumprimento de seus austeros deveres, diante da pátria e do mundo. O grande
caminho da atualidade é a organização da nossa Economia, em matéria de
política, e o desenvolvimento da Educação, no que concerne ao avanço
sociológico dos tempos que passam. Os demais elementos de nossas expressões
evolutivas dependem de outros fatores de ordem espiritual, longe de todas as
expressões transitórias da política dos homens.
A essa altura, notei que a minha curiosidade
jornalística começava a magoar a venerável entidade e mudei repentinamente de
assunto.
— Majestade, que dizeis da
grande figura hoje lembrada?
— O vulto de José Bonifácio
foi sempre objeto de meu respeito e de minha amizade. E olhe que foi ele o mais
sensato organizador da nacionalidade brasileira, cujo progresso acompanha,
carinhosamente, com a sua lealdade sincera. Hoje, que se comemora o centenário
de sua desencarnação, devemos relembrar o seu regresso de novo ao Brasil, em
meados do século passado, tendo sido uma das mais elevadas expressões de
cultura, na Constituinte de 1891.(...) mas o Imperador, acompanhado
de amigos, retirava-se quase que abruptamente da nossa companhia,
correspondendo fraternalmente a outros apelos sentimentais.(...) Daí a momentos, o meu companheiro
quebrava o silêncio de minha meditação:
— Humberto, os monarquistas
tinham razão!… Este velho é um poço de verdade e de experiência da vida! Você
deve registar esta entrevista, oferecendo aos vivos estas palavras quentes de
conhecimento e de sabedoria!
Fonte : Novas Mensagens - Humberto de Campos por Chico Xavier
A proclamação da República e as considerações de Ismael -“Irmãos, a Pátria do Evangelho atinge agora a sua maioridade coletiva. Profundas transições assinalarão a sua existência social e política(...). Necessário é separemos agora o organismo político do Brasil dos alvitres permanentes e constantes do mundo espiritual, para que todos os seus empreendimentos sejam devidamente valorizados. À maneira dos indivíduos, as pátrias têm, igualmente, direito à mais ampla liberdade de ação, uma vez atingido o plano dos seus raciocínios próprios(...)“No capítulo das instituições humanas, os esforços que despendemos até agora estão mais ou menos encerrados; compete-nos, todavia, em todos os dias do porvir, conservar e desenvolver a “melhor parte”, espiritualizando essas mesmas instituições”
Do Livro Brasil Coração do
Mundo Pátria do Evangelho dedica o capítulo 27 a proclamação da República em
que o Espírito Ismael revela a nova etapa em que nossa nação terá que vivenciar
ao conquistar sua maioridade coletiva na ordem política e social sendo apartir
daquele momento responsáveis diretos “por todos os atos comuns” e como cita
Ismael seria :”o último acontecimento político, que se verificaria com o seu
amparo direto e que constituiria a proclamação da República” e mais adiante
exalta a figura de Dom Pedro II que não
permitiu que derramassem sangue, não oferecendo reação, retirando se do país
confortado pelas luzes do Alto , segue na íntegra trechos do capítulo:
“Se a monarquia, embora todas
as liberdades públicas que desenvolvera, espíritos avançados do Brasil a
consideravam como a derradeira recordação da influência portuguesa(...)Essa
ideia, genuinamente nativista, alcançara todas as inteligências, e a garantia
do seu êxito se patenteara aos olhos de todos, após a Lei de 13 de Maio,que
ferira os interesses particulares de todas as classes conservadoras.
Por essa razão os anos de 1888 e 1889
assinalaram os derradeiros tempos do único império das plagas americanas. Por
toda parte e em todos os ambientes civis e militares acendiam-se os fachos do
idealismo republicano, sob o pálio da generosidade da Coroa.
No mundo invisível, reúne o Senhor as falanges
benditas de Ismael e dos seus dedicados colaboradores(...)falou a sua voz, como
no crepúsculo admirável do Sermão da Montanha: (Lc)
—(Ismael) “Irmãos, a Pátria do
Evangelho atinge agora a sua maioridade coletiva. Profundas transições
assinalarão a sua existência social e política. Uma nação que
alcança a sua maioridade é a responsável legítima e direta por todos os atos
comuns que pratica, no concerto dos povos do planeta. Necessário é separemos
agora o organismo político do Brasil dos alvitres permanentes e constantes do
mundo espiritual, para que todos os seus empreendimentos sejam devidamente
valorizados. À maneira dos indivíduos, as pátrias têm,
igualmente, direito à mais ampla liberdade de ação, uma vez atingido o plano
dos seus raciocínios próprios. Acompanharemos, indiretamente, o Brasil, onde as
sementes do Evangelho foram jorradas a mancheias, a fim de que o seu povo,
generoso e fraternal, possa inscrever mais tarde a sua gloriosa missão
espiritual nas mais belas páginas da civilização, em o livro de ouro dos
progressos do mundo. Seus votos evolutivos, no que se refere às
instituições sociais e políticas, serão carinhosamente observados por nós, de
maneira a não serem obstadas as deliberações das suas autoridades
administrativas no plano tangível da matéria terrestre; mas, como o reino do
amor integral e da verdade pura ainda não é do orbe terreno, urge reformemos também
as nossas atividades, concentrando-as na obra espiritual da evangelização de
todos os espíritos localizados na região do Cruzeiro.
“Consolidareis
o templo de Ismael, para que do seu núcleo possam expandir-se, por toda a
extensão territorial da pátria brasileira, as claridades consoladoras da minha
doutrina de redenção, de piedade e de misericórdia. Ensinareis aos meus novos
discípulos encarnados a paciência e a serenidade, a humildade e o amor, a paz e
a resignação, para que a luta seja vencida pela luz e pela verdade. Abrireis
para a caravana do Evangelho, que marcha ao longo dos caminhos da sombra, a
estrada da revolução interior, cujo objetivo único é a reforma de cada um, sob
o fardo das provas, sem o recurso à indisciplina perante as leis estatuídas no
mundo e sem o auxílio das armas homicidas.
“A Nova Revelação não é dada para que se opere
a conversão compulsória de César às coisas de Deus, mas para que César
esclareça o seu próprio coração, edificando-se no exemplo dos seus subordinados
e tornando divina a sua imperfeita obra terrestre. Conduzireis, portanto, aos
meus discípulos encarnados o estandarte da fé e da caridade, com o programa da
renúncia e do desprendimento dos bens humanos, dentro dos sagrados imperativos
da sua grandiosa missão.
“A proclamação da República Brasileira, como
índice da maioridade coletiva da nação do Evangelho, há-de fazer-se sem
derramamento de sangue, como se operaram todos os grandes acontecimentos que
afirmaram, perante o mundo, a Pátria do Cruzeiro, os quais se desenvolveram sob
a nossa imediata atenção. Doravante, o Brasil político será entregue à sua
responsabilidade própria. As transições se realizarão acima de todos os cultos
religiosos, para que todas as conquistas se verifiquem fora de qualquer eiva de
sectarismo.
Os
discípulos do Evangelho sofrerão, certamente, os efeitos dolorosos da borrasca
em perspectiva; estaremos, porém, a postos, sustentando o Brasil espiritual,
que, de ora em diante, passará a ser o nosso precioso patrimônio. Articularemos
todas as possibilidades e energias em favor do Evangelho, no país inteira, e a
obra de Ismael derramará as bênçãos fulgurantes do Céu sobre todos os corações,
na estrada de todos os felizes e de todos os tristes da Terra.
“Acordemos a alma brasileira
para a luminosa alvorada desse novo dia!
“No capítulo das instituições humanas, os
esforços que despendemos até agora estão mais ou menos encerrados; compete-nos,
todavia, em todos os dias do porvir, conservar e desenvolver a “melhor parte”,
espiritualizando essas mesmas instituições, dentro das grandes finalidades de
todos os labores das esferas elevadas do plano espiritual.
“Bem-aventurados todos os
trabalhadores da seara divina da verdade e do amor, pois deles é o reino
imortal da suprema ventura!”
As
falanges do Infinito, sob as bondosas determinações do Divino Mestre preparam,
então, o último acontecimento político, que se verificaria com o seu amparo
direto e que constituiria a proclamação da República. (...)O grande imperador recebe a notícia com
amarga surpresa. Deodoro, que era íntimo do seu coração e da sua casa,
voltava-se agora contra as suas mãos generosas e paternais. Todos os ambientes
monárquicos pesam esse ato de ingratidão clamorosa; mas, a verdade é que todos
os republicanos eram amigos íntimos de D. Pedro; quem não lhe devia, no
Brasil, o patrimônio de cultura e liberdade?
Os
instantes de surpresa, contudo, foram rápidos.
O
nobre monarca repeliu todas as sugestões que lhe eram oferecidas pelos
espíritos apaixonados da Coroa, no sentido da reação.
Confortado
pelas luzes do Alto, que o não abandonaram em toda a vida,
D. Pedro II não permitiu que se derramasse uma gota de sangue
brasileiro, no imprevisto acontecimento.
Preparou,
rapidamente, sua retirada com a família imperial para a Europa, obedecendo às
imposições dos revolucionários e, com lágrimas nos olhos, rejeita as elevadas
somas de dinheiro que o Tesouro Nacional lhe oferece, para aceitar somente um
travesseiro de terra do Brasil, a fim de que o amor da Pátria do Cruzeiro lhe
santificasse a morte, no seu exílio de saudade e pranto.
Jesus, porém,
consoante à sua promessa, lhe santificaria os cabelos brancos. Uma tranquila
paciência caracterizou o seu inenarrável martírio moral.
O
grande imperador retirou-se do Brasil deixando, não um império perecível e
transitório do mundo, mas uma família ilimitada, que hoje [1938] atinge a soma
de quase cinquenta milhões de almas.
Livro : Brasil,coração do mundo, pátria do Evangelho
Humberto de Campos psicografado por Chico Xavier
Humberto de Campos psicografado por Chico Xavier
terça-feira, 15 de agosto de 2017
Discurso de Estevão
[...]Moisés foi a porta, o Cristo é a chave.[...]Então, compreenderemos que o Evangelho é a resposta de Deus aos nossos apelos, em face da Lei de Moisés[...]O Cristo é a substância da nossa liberdade.Dia virá em que o seu reino abrangerá os filhos do Oriente e do Ocidente, num amplexo de fraternidade e de luz.Então, compreenderemos que o Evangelho é a resposta de Deus aos nossos apelos, em face da Lei de Moisés. A Lei é humana; o Evangelho é divino.Moisés é o condutor; O Cristo,Salvador.Os profetas foram mordomos fiéis; Jesus, porém, é o Senhor da Vinha.
Emmanuel em “Paulo e Estevão”, psicografia de Chico Xavier:
[...] “Meus caros, eis que chegados são os tempos em que o Pastor vem reunir as ovelhas em torno do seu zelo sem limites. Éramos escravos das imposições pelos raciocínios, mas hoje somos livres pelo Evangelho do Cristo Jesus.
Nossa raça guardou, de épocas imemoriais, a luz do Tabernáculo e Deus nos enviou seu Filho sem mácula. Onde estão, em Israel, os que ainda não ouviram as mensagens da Boa Nova? Onde os que ainda não se felicitaram com as alegrias da nova fé ? Deus enviou sua resposta divina aos nossos anseios milenários, a revelação dos Céus aclara os nossos caminhos. Consoante as promessas da profecia de todos quantos choraram e sofreram por amor ao Eterno, o Emissário Divino veio até ao antro de nossas dores amargas e justas, para iluminar a noite de nossas almas impenitentes, para que se nos desdobrassem os horizontes da redenção.
O Messias atendeu aos problemas angustiosos da criatura humana, com a solução do amor que redime todos os seres e purifica todos os pecados.
Mestre do trabalho e da perfeita alegria da vida, suas bênçãos representam nossa herança.
Moisés foi a porta, o Cristo é a chave.
Com a coroa do martírio adquiriu, para nós outros, a láurea imortal da salvação. Éramos cativos do erro, mas seu sangue nos libertou. Na vida e na morte, nas alegrias de Canaã, como nas angústias do calvário, pelo que fez e por tudo que deixou de fazer em sua gloriosa passagem pela Terra, Ele é o filho de Deus iluminando o caminho.
Acima de todas as cogitações humanas, fora de todos os atritos das ambições terrestres, seu reino de paz e luz esplende na consciência das almas redimidas. Ó Israel! tu que esperaste por tantos séculos, tuas angústias e dolorosas experiências não foram vãs!...
Enquanto outros povos se debatiam nos interesses inferiores, cercando os falsos ídolos de falsa adoração e promovendo, simultaneamente, as guerras de extermínio com requintes de perversidade, tu, Israel, esperaste o Deus justo. Carregaste os grilhões da impiedade humana, na desolação e no deserto; converteste em cânticos de esperança as ignomínias do cativeiro; sofreste o opróbrio dos poderosos da Terra; viste os teus varões e as tuas mulheres, os teus jovens e as tuas crianças exterminados sob o guante das perseguições, mas nunca descreste da justiça dos Céus! Como o Salmista, afirmaste com teu heroísmo que o amor e a misericórdia vibram em todos os teus dias! Choraste no caminho longo dos séculos, com as tuas amarguras e feridas.
Como Job, viveste da tua fé, subjugada pelas algemas do mundo, mas já recebeste o sagrado depósito de Jeová - O Deus único!...
Oh! esperanças eternas de Jerusalém, cantai de júbilo, regozijai-vos, embora não tivéssemos sido fiéis inteiramente à compreensão, por conduzir o Cordeiro Amado aos braços da cruz. Suas chagas, todavia, nos compraram para o céu, com o alto preço do sacrifício supremo!...
Isaías o contemplou, vergado ao peso de nossas iniquidades, florescendo na aridez dos nossos corações, qual flor do céu num solo adusto, mas, revelou também, que, desde a hora da sua extrema renúncia, na morte infamante, a sagrada causa divina prosperaria para sempre em suas mãos.
Amados, onde andarão aquelas ovelhas que não souberam ou não puderam esperar?
Procuremo-las para o Cristo, como dracmas perdidas do seu desvelado amor!
Anunciemos a todos os desesperados as glórias e os júbilos do seu reino de paz e de amor imortal!...
A lei nos retinha no espírito de nação, sem conseguir apagar de nossa alma o desejo humano de supremacia na Terra. Muitos de nossa raça hão esperado um príncipe dominador, que penetrasse em triunfo a cidade santa, com os troféus sangrentos de uma batalha de ruína e morte; que nos fizesse empunhar um cetro odioso de forças e tirania. Mas o Cristo nos libertou para sempre. Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma Moisés, quando recomenda o amor a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração e entendimento, acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou.
Seu reino é o da consciência reta e do coração purificado ao serviço de Deus. Suas portas constituem o maravilhoso caminho da redenção espiritual, abertas de par em par aos filhos de todas as nações.
Seus discípulos amados virão de todos os quadrantes.
Fora de suas luzes haverá sempre tempestade para o viajor vacilante da Terra que, sem o Cristo, cairá vencido nas batalhas infrutuosas e destruidoras das melhores energias do coração. Somente o seu Evangelho confere paz e liberdade. É o tesouro do mundo.
Em sua glória sublime os justos encontrarão a coroa de triunfo, os infortunados o consolo, os tristes a fortaleza do bom ânimo, os pecadores a senda redentora dos resgates misericordiosos.
É verdade que o não havíamos compreendido. No grande testemunho, os homens não entenderam sua divina humildade e os mais afeiçoados o abandonaram.
Suas chagas clamaram pela nossa indiferença criminosa.
Ninguém poderá eximir-se dessa culpa, visto sermos todos herdeiros das suas dádivas celestiais. Onde todos gozam do benefício, ninguém pode fugir à responsabilidade.
Essa a razão por que respondemos pelo crime do Calvário. Mas, suas feridas foram a nossa luz, seus martírios o mais ardente apelo de amor, seu exemplo o roteiro aberto para o bem sublime e imortal.
Vinde, pois, comungar conosco à mesa do banquete divino!
Não mais as festas do pão putrescível, mas o eterno alimento da alegria e da vida...
Não mais o vinho que fermenta, mas o néctar confortante da alma, diluído nos perfumes do amor imortal.
O Cristo é a substância da nossa liberdade.
Dia virá em que o seu reino abrangerá os filhos do Oriente e do Ocidente, num amplexo de fraternidade e de luz.
Então, compreenderemos que o Evangelho é a resposta de Deus aos nossos apelos, em face da Lei de Moisés.
A Lei é humana; o Evangelho é divino.
Moisés é o condutor; O Cristo, o Salvador.
Os profetas foram mordomos fiéis; Jesus, porém, é o Senhor da Vinha.
Com a Lei, éramos servos; com o Evangelho, somos filhos livres de um Pai amoroso e justo!...”
Trecho do Livro Paulo e Estevão , pág. 87 à 90
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