Vigia a Palavra
"Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disso passar vem do maligno."- Mateus 5-37
Não utilizes a palavra a esmo e não deixes de ser transparente em tuas opiniões.
O sofisma é sempre uma artimanha das trevas para ocultar a Verdade.
Jesus falava com simplicidade e, porventura, quando os apóstolos não revelavam imediata compreensão das parábolas, dispunha-se a explicá-las para que não lhes sobrepairasse qualquer dúvida no espírito.
A palavra é a expressão do pensamento que, por sua vez, em última análise, é tua própria identidade.
O verbo excessivo, por mais eloqüente e erudito, confunde, ao invés de esclarecer.
O Mestre foi claro quando sentenciou: "Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno."
A palavra é o instrumento do entendimento humano; os conflitos armados, a violência, e toda e qualquer expressão do mal entre os homens costumam ser antecedidos por ela.
Fala sempre modulando a tua voz em vibrações de paz.
Não converses além do que te seja necessário para confortar e esclarecer.
A palavra tem poder de indução hipnótica e de sugestão, capaz de induzir à ação os que ainda não lograram suficiente discernimento.
A responsabilidade de quem fala é quase compatível com a responsabilidade de quem faz e, não raro, chega mesmo a superá-la.
Os espíritos pseudo-sábios escondem a sua ignorância com discursos brilhantes.
Tanto quanto se faz indispensável vigiar a palavra em teus lábios, vigia os teus ouvidos...
Não ofertes sintonia ao verbo que não esteja a serviço do bem.
A palavra, através dos séculos, verbalizada ou escrita, tem sido cativeiro para a Humanidade, em seus anseios de conhecimento da verdade que liberta.
Pondera o que dizes e não te faças, consciente ou inconscientemente, instrumento do "maligno".
Haverás também de responder, mais tarde, pela menor palavra que pronunciaste de maneira inconseqüente e invigilante.
Irmão José psicografado por Carlos Baccelli
Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!
segunda-feira, 31 de março de 2014
Não desanimar
Não desanimar
Cabe-nos
não desanimar; prosseguir com o espírito voltado para o bem, de tal
forma, que as paixões primitivas cedam lugar às peregrinas virtudes
descendentes do amor.
Desesperada,
a criatura humana suplica misericórdia, e os céus generosos fazem
chover sobre a terra as messes de misericórdia e de encorajamento para a
vida.
Não
vos deixeis contaminar pelos desequilíbrios que grassam, pelo vírus do
horror, que leva a vida aos patamares mais sofridos. Erguei-vos em
pensamentos e em ação Àquele que nos prometeu estar conosco em qualquer
circunstância para que pudéssemos ter vida e vida em abundância.
Filhos
da alma, vossos guias espirituais adejam ao vosso lado como aves
sublimes de ternura, aguardando a oportunidade de manter convosco
intercâmbio iluminativo.
Não
vos permitais o luxo da negativa às suas inspirações gloriosas. Não
recalcitreis ante o espinho cravado nas carnes da alma de que
necessitais momentaneamente.
Desde
quando conhecestes Jesus, tendes o descer de demonstrar-lhe fidelidade e
amor, basta-vos abrir os sentimentos de fraternidade e de misericórdia
para com todos aqueles que sofrem, perdoando-vos os equívocos e
perdoando as agressões que vos chegam ameaçadoras.
Ninguém a sós, em nome desses espíritas, que comparecem a este evento há cinquenta e nove anos sucessivamente.
Nós
vos conclamamos à diretriz de segurança para uma existência de paz.
Amar! Sede vós aqueles que amam. Rejeitados, menosprezados e até
perseguidos, aureolai-vos no amor para que se exteriorizem os
sentimentos sublimes do Cordeiro de Deus e em breve possamos ver bebendo
no mesmo córrego, o lobo e o cordeiro, os bons e os ainda maus,
fascinados pela água pura do Evangelho libertador.
Ide em paz, meus filhos, retornai aos vossos lares e buscai a luz da verdade que dissipa a ignorância e que anula a treva.
Jesus
conta convosco na razão direta em que com Ele contamos. Abençoe-nos o
incomparável amigo Jesus e dê-nos a sua bênção de paz.
Com muito carinho, o servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra.
Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, na conferência de
encerramento da 59ª Semana Espírita de Vitória da Conquista, em 9.9.2012.
Em 24.1.2014.
Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, na conferência de
encerramento da 59ª Semana Espírita de Vitória da Conquista, em 9.9.2012.
Em 24.1.2014.
domingo, 30 de março de 2014
Iluminação de Consciências"(...)O Filho do Homem, por isso mesmo, não é um remendão irresponsável, que sobre tecidos velhos e gastos costura pedaços novos, danificando mais a parte rasgada com um dilaceramento maior. A mensagem do Reino, mais do que uma promessa para o futuro, é uma realidade para o presente...."
Iluminação de Consciências
Natanael Ben Elias, o paralítico de Cafarnaum, acabara de ser completamente curado por Jesus, voltando a andar.
Todos estavam em festa, exceto o Mestre, que meditava seriamente.
Simão, buscando romper o silêncio de Jesus, então pergunta:
Por que dizes que não Te compreendemos, Rabi? Estamos todos tão felizes!
Simão, neste momento, enquanto consideras o Reino de Deus pelo que viste, Natanael, com alegria infantil, comenta o acontecimento entre amigos embriagados e mulheres infelizes.
Outros que recobraram o ânimo ou recuperaram a voz, entre exclamações de contentamento, precipitam-se nos despenhadeiros da insensatez, acarretando novos desequilíbrios, desta vez, irreversíveis.
Não creias que a Boa Nova traga alegrias superficiais, dessas que o desencanto e o sofrimento facilmente apagam.
O Filho do Homem, por isso mesmo, não é um remendão irresponsável, que sobre tecidos velhos e gastos costura pedaços novos, danificando mais a parte rasgada com um dilaceramento maior.
A mensagem do Reino, mais do que uma promessa para o futuro, é uma realidade para o presente.
Penetra o íntimo e dignifica, desvelando os painéis da vida em deslumbrantes cores...
Eu sei, porém, que Me não podeis entender, tu e eles, por enquanto. E assim será por algum tempo.
Mais tarde, quando a dor produzir amadurecimento maior nos Espíritos, Eu enviarei alguém em Meu nome para dar prosseguimento ao serviço de iluminação de consciências.
As sepulturas quebrarão o silêncio que guardam e vozes, em toda parte, clamarão, lecionando esperanças sob os auspícios de mil consolações.
Séculos se passaram depois destes dizeres preciosos.
A dor amadureceu muitos corações desnorteados, e novamente a Humanidade suplicou a Jesus pela cura de suas mazelas.
Os sepulcros foram rompidos. O silêncio dos aparentemente mortos foi quebrado, e os descobrimos vivos, imortais e reluzentes.
Sim, as estrelas caíram dos céus. Estrelas de primeira grandeza espiritual se uniram em uma constelação admirável, e voltaram seu feixe de luz poderoso para aTerra.
Os Espíritos falaram, ensinaram, provaram que a vida futura prometida por Jesus é real.
A iluminação de consciências, proposta por Jesus, ganhou uma dimensão nova e maior.
A mensagem do Cristo se faz novamente presente como uma proposta para o presente, para a renovação imediata, urgente.
Na grande transição que o planeta atravessa, são eles, os Missionários do Mestre, que semeiam a verdade em todos os povos.
O amor volta a tomar seu lugar de evidência, nas propostas elevadas que são apresentadas aqui e acolá.
Atiramos as roupas velhas no tempo, e vestimos a roupagem do ESPIRITISMO, entendendo que a vida do Espírito, esta sim, é a verdadeira.
O Consolador - o Espiritismo - já está entre nós... Escutemo-Lo!
Do livro: Primícias do Reino, Médium: Divaldo Franco
Amélia Rodrigues
http://www.caminhosluz.com.br/detalhe.asp?txt=6050
Natanael Ben Elias, o paralítico de Cafarnaum, acabara de ser completamente curado por Jesus, voltando a andar.
Todos estavam em festa, exceto o Mestre, que meditava seriamente.
Simão, buscando romper o silêncio de Jesus, então pergunta:
Por que dizes que não Te compreendemos, Rabi? Estamos todos tão felizes!
Simão, neste momento, enquanto consideras o Reino de Deus pelo que viste, Natanael, com alegria infantil, comenta o acontecimento entre amigos embriagados e mulheres infelizes.
Outros que recobraram o ânimo ou recuperaram a voz, entre exclamações de contentamento, precipitam-se nos despenhadeiros da insensatez, acarretando novos desequilíbrios, desta vez, irreversíveis.
Não creias que a Boa Nova traga alegrias superficiais, dessas que o desencanto e o sofrimento facilmente apagam.
O Filho do Homem, por isso mesmo, não é um remendão irresponsável, que sobre tecidos velhos e gastos costura pedaços novos, danificando mais a parte rasgada com um dilaceramento maior.
A mensagem do Reino, mais do que uma promessa para o futuro, é uma realidade para o presente.
Penetra o íntimo e dignifica, desvelando os painéis da vida em deslumbrantes cores...
Eu sei, porém, que Me não podeis entender, tu e eles, por enquanto. E assim será por algum tempo.
Mais tarde, quando a dor produzir amadurecimento maior nos Espíritos, Eu enviarei alguém em Meu nome para dar prosseguimento ao serviço de iluminação de consciências.
As sepulturas quebrarão o silêncio que guardam e vozes, em toda parte, clamarão, lecionando esperanças sob os auspícios de mil consolações.
Séculos se passaram depois destes dizeres preciosos.
A dor amadureceu muitos corações desnorteados, e novamente a Humanidade suplicou a Jesus pela cura de suas mazelas.
Os sepulcros foram rompidos. O silêncio dos aparentemente mortos foi quebrado, e os descobrimos vivos, imortais e reluzentes.
Sim, as estrelas caíram dos céus. Estrelas de primeira grandeza espiritual se uniram em uma constelação admirável, e voltaram seu feixe de luz poderoso para aTerra.
Os Espíritos falaram, ensinaram, provaram que a vida futura prometida por Jesus é real.
A iluminação de consciências, proposta por Jesus, ganhou uma dimensão nova e maior.
A mensagem do Cristo se faz novamente presente como uma proposta para o presente, para a renovação imediata, urgente.
Na grande transição que o planeta atravessa, são eles, os Missionários do Mestre, que semeiam a verdade em todos os povos.
O amor volta a tomar seu lugar de evidência, nas propostas elevadas que são apresentadas aqui e acolá.
Atiramos as roupas velhas no tempo, e vestimos a roupagem do ESPIRITISMO, entendendo que a vida do Espírito, esta sim, é a verdadeira.
O Consolador - o Espiritismo - já está entre nós... Escutemo-Lo!
Do livro: Primícias do Reino, Médium: Divaldo Franco
Amélia Rodrigues
http://www.caminhosluz.com.br/detalhe.asp?txt=6050
Brandos e Pacíficos "...Antes de outra atitude é necessário que nos pacifiquemos intimamente, a fim de que a brandura se exteriorize do nosso coração em forma de bênção....
Brandos e Pacíficos
A
azáfama do dia cedera lugar a terna e suave tranqüilidade. As
atividades fatigantes alongaram-se até as primeiras horas da noite, que
se recamara de astros alvinitentes. Os últimos corações atendidos, à
margem do lago, após a formosa pregação do entardecer, demandaram os
seus sítios facultando que eles, a seu turno, volvessem à casa de Simão.
Depois do repasto simples, o Mestre acercou-se da praia em companhia do apóstolo afeiçoado e, porque o percebesse tristonho, interrogou com amabilidade:
- Que aflição tisna a serenidade da tua face, Simão, encobrindo-a com o véu de singular tristeza?
Havia na indagação carinhoso interesse e bondade indisfarçável.
Convidado diretamente à conversação renovadora, o velho pescador contestou com expressiva entonação de voz, na qual se destacava a modulação da amargura:
- Cansaço, Senhor. Sinto-me muitas vezes descoroçoado, no ministério abraçado... Não fosse por ti...
Não conseguiu concluir a frase. As lágrimas represadas irromperam afogando o trabalhador devotado em penosa agonia. E como o silêncio se fizesse espontâneo, ante o oscular da noite que os acalentava em festival de esperança, o companheiro, sentindo-se compreendido e, passado o volume inicial da emotividade descontrolada, prosseguiu:
- Não ignoro a própria inferioridade e sei que teu amor me convocou à boa nova a fim de que me renovasse para a luz e pudesse crescer na direção do amor de nosso Pai. Todavia, deparo-me a cada instante com dificuldades que me dilaceram os sentimentos, inquietando-me a alma.
Ante o olhar dúlcido e interrogativo do Amigo discreto adiu:
- É verdade que devemos perdoar todas as ofensas, no entanto, como suportar a agressividade que nos fere, quando pretende admoestar e que humilha, quando promete ajudar?
- Guardando a paz do coração - redargüiu o divino Benfeitor.
- Todavia - revidou o discípulo sensibilizado -, como conservar a paz, estando sitiado pela hipocrisia de uns, pela suspeita pertinaz de outros, sob o olhar severo das pessoas que sabemos em pior situação do que a nossa?
- Mantendo a brandura no julgamento - respondeu o Senhor.
- Concordo que a mansuetude é medicamento eficaz - redargüiu Pedro - , não obstante, não seria de esperarmos que os companheiros afeiçoados à luz nova também a exercitassem por sua vez? Quando a dúvida sobre nossas atitudes parte de estranhos, quando a suspeição vem de fora da grei, quando a agressividade nos chega dos inimigos da fé, podemos manter a brandura e a paz íntimas. Entrementes, sofrer as dificuldades apresentadas por aqueles que nos dizem amar, tomando parte no banquete do Evangelho, convém consideremos ser muito mais difícil e grave o cometimento...
Percebendo a angústia que se apossara do servo querido, o Mestre, paciente e judicioso, explicou:
- Antes de esperarmos atitudes salutares do próximo, cabe-nos o dever de oferecê-las. Porque alguém seja enfermo pertinaz e recalcitrante no erro, impedindo que a luz renovadora do bem o penetre e sare, não nos podemos permitir o seu contágio danoso, nem nos é lícito cercear-lhe a oportunidade de buscar a saúde. Certamente, dói-nos mais a impiedade de julgamento que parte do amigo e fere mais a descortesia de quem nos é conhecido. Ignoramos, porém, o seu grau de padecimento interior e a sua situação tormentosa. Nem todos os que nos abraçam fazem-no por amor, bem o sabemos... Há os que, incapazes de amar, duvidam do amor do próximo; os que mantendo vida e atitudes dúbias descrêem da retidão alheia; os que tropeçando e tombando descuram de melhorar a estrada para os que vêm atrás... Necessário compreendê-los todos e amá-los, sem exigir que sejam melhores ou piores, convivendo sob o bombardeio do azedume deles sem nos tornar-nos displicentes para com os nossos deveres ou amargos em relação aos outros...
- Ante a impossibilidade de suportá-los -sindicou o pescador com sinceridade -, sem correr o perigo de os detestar, não seria melhor que os evitássemos, distanciando-nos deles?
- Não, Simão - esclareceu Jesus. - Deixar o enfermo entregue a si mesmo será condená-lo à morte; abandonar o revel significa torná-lo pior... Antes de outra atitude é necessário que nos pacifiquemos intimamente, a fim de que a brandura se exteriorize do nosso coração em forma de bênção.
“Na legislação da montanha foi estabelecido que são bem-aventurados os brandos e pacíficos...
“A bem-aventurança é o galardão maior. Para consegui-lo é indispensável o sacrifício, a renúncia, a vitória sobre o amor-próprio, o triunfo sobre as paixões.
“Amar aos bons é dever de retribuição, mas servir e amar aos que nos menosprezam e de nós duvidam é caridade para eles e felicidade para nós próprios.”
Como o céu continuasse em cintilações incomparáveis e o canto do mar embalasse a noite em triunfo, o Mestre silenciou como a aspirar as blandícias da Natureza.
O discípulo, desanuviado e confiante, com os olhos em fulgurações, pensando nos júbilos futuros do Evangelho, repetiu quase num monólogo, recordando o Sermão da Montanha:
“Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra.
“Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.”
E deixou-se penetrar pela tranqüilidade, em clima de elevadas reflexões.
Depois do repasto simples, o Mestre acercou-se da praia em companhia do apóstolo afeiçoado e, porque o percebesse tristonho, interrogou com amabilidade:
- Que aflição tisna a serenidade da tua face, Simão, encobrindo-a com o véu de singular tristeza?
Havia na indagação carinhoso interesse e bondade indisfarçável.
Convidado diretamente à conversação renovadora, o velho pescador contestou com expressiva entonação de voz, na qual se destacava a modulação da amargura:
- Cansaço, Senhor. Sinto-me muitas vezes descoroçoado, no ministério abraçado... Não fosse por ti...
Não conseguiu concluir a frase. As lágrimas represadas irromperam afogando o trabalhador devotado em penosa agonia. E como o silêncio se fizesse espontâneo, ante o oscular da noite que os acalentava em festival de esperança, o companheiro, sentindo-se compreendido e, passado o volume inicial da emotividade descontrolada, prosseguiu:
- Não ignoro a própria inferioridade e sei que teu amor me convocou à boa nova a fim de que me renovasse para a luz e pudesse crescer na direção do amor de nosso Pai. Todavia, deparo-me a cada instante com dificuldades que me dilaceram os sentimentos, inquietando-me a alma.
Ante o olhar dúlcido e interrogativo do Amigo discreto adiu:
- É verdade que devemos perdoar todas as ofensas, no entanto, como suportar a agressividade que nos fere, quando pretende admoestar e que humilha, quando promete ajudar?
- Guardando a paz do coração - redargüiu o divino Benfeitor.
- Todavia - revidou o discípulo sensibilizado -, como conservar a paz, estando sitiado pela hipocrisia de uns, pela suspeita pertinaz de outros, sob o olhar severo das pessoas que sabemos em pior situação do que a nossa?
- Mantendo a brandura no julgamento - respondeu o Senhor.
- Concordo que a mansuetude é medicamento eficaz - redargüiu Pedro - , não obstante, não seria de esperarmos que os companheiros afeiçoados à luz nova também a exercitassem por sua vez? Quando a dúvida sobre nossas atitudes parte de estranhos, quando a suspeição vem de fora da grei, quando a agressividade nos chega dos inimigos da fé, podemos manter a brandura e a paz íntimas. Entrementes, sofrer as dificuldades apresentadas por aqueles que nos dizem amar, tomando parte no banquete do Evangelho, convém consideremos ser muito mais difícil e grave o cometimento...
Percebendo a angústia que se apossara do servo querido, o Mestre, paciente e judicioso, explicou:
- Antes de esperarmos atitudes salutares do próximo, cabe-nos o dever de oferecê-las. Porque alguém seja enfermo pertinaz e recalcitrante no erro, impedindo que a luz renovadora do bem o penetre e sare, não nos podemos permitir o seu contágio danoso, nem nos é lícito cercear-lhe a oportunidade de buscar a saúde. Certamente, dói-nos mais a impiedade de julgamento que parte do amigo e fere mais a descortesia de quem nos é conhecido. Ignoramos, porém, o seu grau de padecimento interior e a sua situação tormentosa. Nem todos os que nos abraçam fazem-no por amor, bem o sabemos... Há os que, incapazes de amar, duvidam do amor do próximo; os que mantendo vida e atitudes dúbias descrêem da retidão alheia; os que tropeçando e tombando descuram de melhorar a estrada para os que vêm atrás... Necessário compreendê-los todos e amá-los, sem exigir que sejam melhores ou piores, convivendo sob o bombardeio do azedume deles sem nos tornar-nos displicentes para com os nossos deveres ou amargos em relação aos outros...
- Ante a impossibilidade de suportá-los -sindicou o pescador com sinceridade -, sem correr o perigo de os detestar, não seria melhor que os evitássemos, distanciando-nos deles?
- Não, Simão - esclareceu Jesus. - Deixar o enfermo entregue a si mesmo será condená-lo à morte; abandonar o revel significa torná-lo pior... Antes de outra atitude é necessário que nos pacifiquemos intimamente, a fim de que a brandura se exteriorize do nosso coração em forma de bênção.
“Na legislação da montanha foi estabelecido que são bem-aventurados os brandos e pacíficos...
“A bem-aventurança é o galardão maior. Para consegui-lo é indispensável o sacrifício, a renúncia, a vitória sobre o amor-próprio, o triunfo sobre as paixões.
“Amar aos bons é dever de retribuição, mas servir e amar aos que nos menosprezam e de nós duvidam é caridade para eles e felicidade para nós próprios.”
Como o céu continuasse em cintilações incomparáveis e o canto do mar embalasse a noite em triunfo, o Mestre silenciou como a aspirar as blandícias da Natureza.
O discípulo, desanuviado e confiante, com os olhos em fulgurações, pensando nos júbilos futuros do Evangelho, repetiu quase num monólogo, recordando o Sermão da Montanha:
“Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra.
“Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.”
E deixou-se penetrar pela tranqüilidade, em clima de elevadas reflexões.
Amélia Rodrigues
Psicografia de Divaldo Pereira Franco
Fonte: Blog Manancial de Luz
O Cristão que Voltou "...Não procures Jesus como admirador apaixonado, mas inútil... Torna ao plano terrestre, luta, chora, sofre e ajuda no círculo dos outros homens..."
O Cristão que Voltou
Conta-se que certo cristão de recuados tempos, após reconhecer a grandeza do Evangelho, tomou-se de profunda ansiedade pela completa integração com o Senhor. Ouvia, seguidos de paz celeste, as preleções dos missionários da Revelação Divina e, embora tropeçasse nos caminhos ásperos da Terra, permanecia em perene contemplação do Céu, repetindo:
Jamais serei como os outros homens, arruinados e falidos na fé! Oh! meu Salvador, suspiro pela eterna união contigo!
De fato, conquanto não guardasse o fingimento do fariseu, em pronunciando semelhantes palavras, fixava as lutas e fraquezas do próximo, com indisfarçável horror.
Assombravam-no os conflitos humanos e as experiências alheias repercutiam-lhe na alma angustiosamente. Não seria razoável refugiar-se na oração e aguardar o encontro divino?
Figurava-se-lhe o mundo velho campo lodoso, ao qual era indispensável fugir.
Concentrado em si mesmo, adotou o isolamento como norma a seguir no trato com os semelhantes. Desligado de todos os interesses do trabalho humano, vivia em prece contínua, na expectativa de absoluta identificação com o Mestre. Se alguma pessoa lhe dirigia a palavra, respondia receoso, utilizando monossílabos apressados. Pesados tributos de sofrimento exigia a vida de bocas levianas e insensatas e, por isso, temia oferecer opiniões e pareceres. Nas assembléias de oração, quase nunca era visto em companhia de outrem. Desviara-se de tudo e de todos na sua sede de Jesus Cristo. À noite, sonhava com a sublime união e, durante o dia, consagrava-se a longos exercícios espirituais, absorvidos na preparação do dia glorioso.
Nem por isso, contudo, a vida deixada de acenar-lhe ao espírito, convidando-lhe o coração ao esforço ativo. No lar, no templo, na via pública, o mundo chamava-o a pronunciamento em setores diversos. Entretanto, mantinha-se inflexível. Detestava as uniões terrestres, desdenhava os laços afetivos que unem os seres e, zombava de todas as realizações planetárias e punha toda a sua esperança na rápida integração com o Salvador. Se encontrava companheiros cogitando de serviços políticos, recordava os tiranos e os exploradores da confiança pública, asseverando que semelhantes atividades constituíam um crime. À frente de obrigações administrativas, afirmava que a secura e a dureza caracterizam a atitude dos que dirigem as obras terrenas e, perante os servidores leais em ação, classificava-os à conta de bajuladores e escravos inúteis. Examinando a arte e a beleza, desfazia-se em acusações gratuitas, definindo-as por elemento de
exaltação condenável da carne transitória e, observando-a ciência, menoscabava-lhe as edificações. Unir-se-ia a Jesus, - ponderava sempre – e jamais entraria em acordo com a existência no mundo.
Se companheiros abnegados lhe pediam colaboração em serviços terrestres, perguntava:
Para quê?
E acrescentava:
Os felizes são bastante endurecidos para se aproveitarem de meu concurso, e os infelizes bastante desesperados, merecendo, por isso mesmo, a purificação pela dor. Não perturbarei meu trabalho, seguirei ao encontro de meu Senhor. E de tal modo viveu apaixonado pela glória do encontro celeste que se retirou, um dia, do corpo, pela influência da morte, revestido de pureza singular. Na leveza das almas tranqüilas, subiu, orgulhoso de sua vitória, para ter com o Senhor e com Ele identificar-se para sempre.
No esforço de ascensão, passou por velhos desiludidos, mães atormentadas, pois sofredores, jovens sem rumo e espíritos informados de todas sorte... Não lhes deu atenção, todavia. Suspirava por Cristo, pretendia-lhe a convivência para a eternidade.
Peregrinou dias e noites, procurando ansiosamente, até que, em dado instante, lhe surgiu aos olhos maravilhados um palácio deslumbrante. Luzes sublimes banhavam-no todo e, lá dentro harmonias celestes se fazem ouvir em deliciosa surdina.
O crente ajoelhou-se e chorou de júbilo intenso. Palpita-lhe descompassado o coração amante. Ia, enfim, concretizar o longo sonho.
Contudo, antes que se dispusesse a bater junto à portaria resplandecente, apareceu-lhe um anjo, diante do qual se prosterna, extasiado e feliz. Quis falar, mas não pôde. A emoção embargava-lhe a voz, todavia, o mensageiro afagou-lhe a fronte e exclamou compassivo:
Jesus compadeceu-se de ti e mandou-me ao teu encontro.
Estamos no Reino do Senhor? – inquiriu, afinal, o crente venturoso.
Sim, respondeu o emissário angélico, - temos à frente o início de vasta região bem-aventurada do Reino.
Posso entrar? – indagou o cristão contente.
O anjo fixou nele o olhar melancólico e informou.
Ainda não meu amigo.
E ante o interlocutor, profundamente decepcionado, continuou:
Realizaste a fiel adoração do Mestre, mas não executaste o trabalho do Pai. Teu coração em verdade palpitou pelo Cristo, entretanto, Jesus não se enfeita de admiradores apaixonados como as árvores que se adornam de orquídeas. Não pede cortejadores para a sua glória e sim espera que todos os seus aprendizes sejam também glorificados. Por isso, em sua passagem pela Terra nunca se afirmou proprietário do mundo ou doador das bênçãos. Antes, atendeu a todos os sublimes deveres do serviço comum e convidou os homens a cumprir os superiores desígnios do nosso Eterno Pai. Não deixou os discípulos diretos, aos quais chamou amigos, na qualidade de flores ornamentais de sua doutrina e sim na categoria de sal da Terra destinado à glorificação do gosto de viver. Estabelecera-se longa pausa que o mísero desencarnado não ousou interromper. O mensageiro, porém, acariciando-o, com bondade, observou ainda:
Volta, meu amigo, e completa a realização espiritual! Não procures Jesus como admirador apaixonado, mas inútil... Torna ao plano terrestre, luta, chora, sofre e ajuda no círculo dos outros homens! A dor conferir-te-á dons divinos, o trabalho abrir-te-á portas benditas de elevação, a experiência encher-te-á o caminho de infinita luz e a cooperação entregar-te-á tesouros de valor imortal! Não necessitarás, então, procurar o Senhor, como quem busca um ídolo, porque o Senhor te procurará como amigo fiel! Volta e não temas!
Nesse momento, algo aconteceu de inesperado e doloroso. Desapareceram o palácio, o anjo e a paisagem de luz... Estranha escuridão pesou no ambiente e, quando o pobre desencarnado tornou a sentir o beijo da luz nos olhos lacrimosos, encontrava-se, no mesmo lar modesto de onde havia saído, ansioso agora por retomar o trabalho da realização divina noutra forma carnal.
Livro: Coletâneas do Além- Irmão X psicografado por Francisco Cândido Xavier
Fonte: http://www.caminhosluz.com.br/detalhe.asp?txt=6340
Conta-se que certo cristão de recuados tempos, após reconhecer a grandeza do Evangelho, tomou-se de profunda ansiedade pela completa integração com o Senhor. Ouvia, seguidos de paz celeste, as preleções dos missionários da Revelação Divina e, embora tropeçasse nos caminhos ásperos da Terra, permanecia em perene contemplação do Céu, repetindo:
Jamais serei como os outros homens, arruinados e falidos na fé! Oh! meu Salvador, suspiro pela eterna união contigo!
De fato, conquanto não guardasse o fingimento do fariseu, em pronunciando semelhantes palavras, fixava as lutas e fraquezas do próximo, com indisfarçável horror.
Assombravam-no os conflitos humanos e as experiências alheias repercutiam-lhe na alma angustiosamente. Não seria razoável refugiar-se na oração e aguardar o encontro divino?
Figurava-se-lhe o mundo velho campo lodoso, ao qual era indispensável fugir.
Concentrado em si mesmo, adotou o isolamento como norma a seguir no trato com os semelhantes. Desligado de todos os interesses do trabalho humano, vivia em prece contínua, na expectativa de absoluta identificação com o Mestre. Se alguma pessoa lhe dirigia a palavra, respondia receoso, utilizando monossílabos apressados. Pesados tributos de sofrimento exigia a vida de bocas levianas e insensatas e, por isso, temia oferecer opiniões e pareceres. Nas assembléias de oração, quase nunca era visto em companhia de outrem. Desviara-se de tudo e de todos na sua sede de Jesus Cristo. À noite, sonhava com a sublime união e, durante o dia, consagrava-se a longos exercícios espirituais, absorvidos na preparação do dia glorioso.
Nem por isso, contudo, a vida deixada de acenar-lhe ao espírito, convidando-lhe o coração ao esforço ativo. No lar, no templo, na via pública, o mundo chamava-o a pronunciamento em setores diversos. Entretanto, mantinha-se inflexível. Detestava as uniões terrestres, desdenhava os laços afetivos que unem os seres e, zombava de todas as realizações planetárias e punha toda a sua esperança na rápida integração com o Salvador. Se encontrava companheiros cogitando de serviços políticos, recordava os tiranos e os exploradores da confiança pública, asseverando que semelhantes atividades constituíam um crime. À frente de obrigações administrativas, afirmava que a secura e a dureza caracterizam a atitude dos que dirigem as obras terrenas e, perante os servidores leais em ação, classificava-os à conta de bajuladores e escravos inúteis. Examinando a arte e a beleza, desfazia-se em acusações gratuitas, definindo-as por elemento de
exaltação condenável da carne transitória e, observando-a ciência, menoscabava-lhe as edificações. Unir-se-ia a Jesus, - ponderava sempre – e jamais entraria em acordo com a existência no mundo.
Se companheiros abnegados lhe pediam colaboração em serviços terrestres, perguntava:
Para quê?
E acrescentava:
Os felizes são bastante endurecidos para se aproveitarem de meu concurso, e os infelizes bastante desesperados, merecendo, por isso mesmo, a purificação pela dor. Não perturbarei meu trabalho, seguirei ao encontro de meu Senhor. E de tal modo viveu apaixonado pela glória do encontro celeste que se retirou, um dia, do corpo, pela influência da morte, revestido de pureza singular. Na leveza das almas tranqüilas, subiu, orgulhoso de sua vitória, para ter com o Senhor e com Ele identificar-se para sempre.
No esforço de ascensão, passou por velhos desiludidos, mães atormentadas, pois sofredores, jovens sem rumo e espíritos informados de todas sorte... Não lhes deu atenção, todavia. Suspirava por Cristo, pretendia-lhe a convivência para a eternidade.
Peregrinou dias e noites, procurando ansiosamente, até que, em dado instante, lhe surgiu aos olhos maravilhados um palácio deslumbrante. Luzes sublimes banhavam-no todo e, lá dentro harmonias celestes se fazem ouvir em deliciosa surdina.
O crente ajoelhou-se e chorou de júbilo intenso. Palpita-lhe descompassado o coração amante. Ia, enfim, concretizar o longo sonho.
Contudo, antes que se dispusesse a bater junto à portaria resplandecente, apareceu-lhe um anjo, diante do qual se prosterna, extasiado e feliz. Quis falar, mas não pôde. A emoção embargava-lhe a voz, todavia, o mensageiro afagou-lhe a fronte e exclamou compassivo:
Jesus compadeceu-se de ti e mandou-me ao teu encontro.
Estamos no Reino do Senhor? – inquiriu, afinal, o crente venturoso.
Sim, respondeu o emissário angélico, - temos à frente o início de vasta região bem-aventurada do Reino.
Posso entrar? – indagou o cristão contente.
O anjo fixou nele o olhar melancólico e informou.
Ainda não meu amigo.
E ante o interlocutor, profundamente decepcionado, continuou:
Realizaste a fiel adoração do Mestre, mas não executaste o trabalho do Pai. Teu coração em verdade palpitou pelo Cristo, entretanto, Jesus não se enfeita de admiradores apaixonados como as árvores que se adornam de orquídeas. Não pede cortejadores para a sua glória e sim espera que todos os seus aprendizes sejam também glorificados. Por isso, em sua passagem pela Terra nunca se afirmou proprietário do mundo ou doador das bênçãos. Antes, atendeu a todos os sublimes deveres do serviço comum e convidou os homens a cumprir os superiores desígnios do nosso Eterno Pai. Não deixou os discípulos diretos, aos quais chamou amigos, na qualidade de flores ornamentais de sua doutrina e sim na categoria de sal da Terra destinado à glorificação do gosto de viver. Estabelecera-se longa pausa que o mísero desencarnado não ousou interromper. O mensageiro, porém, acariciando-o, com bondade, observou ainda:
Volta, meu amigo, e completa a realização espiritual! Não procures Jesus como admirador apaixonado, mas inútil... Torna ao plano terrestre, luta, chora, sofre e ajuda no círculo dos outros homens! A dor conferir-te-á dons divinos, o trabalho abrir-te-á portas benditas de elevação, a experiência encher-te-á o caminho de infinita luz e a cooperação entregar-te-á tesouros de valor imortal! Não necessitarás, então, procurar o Senhor, como quem busca um ídolo, porque o Senhor te procurará como amigo fiel! Volta e não temas!
Nesse momento, algo aconteceu de inesperado e doloroso. Desapareceram o palácio, o anjo e a paisagem de luz... Estranha escuridão pesou no ambiente e, quando o pobre desencarnado tornou a sentir o beijo da luz nos olhos lacrimosos, encontrava-se, no mesmo lar modesto de onde havia saído, ansioso agora por retomar o trabalho da realização divina noutra forma carnal.
Livro: Coletâneas do Além- Irmão X psicografado por Francisco Cândido Xavier
Fonte: http://www.caminhosluz.com.br/detalhe.asp?txt=6340
A Fatalidade e Pressentimentos
Revista Espírita março de 1858
INSTRUÇÕES DADAS POR SÃO LUÍS
INSTRUÇÕES DADAS POR SÃO LUÍS
Um dos nossos correspondentes escreveu-nos o seguinte:
“Em
setembro último, um barco ligeiro, fazendo a travessia de Dunquerque a
Ostende, foi surpreendido por um temporal durante a noite. O barco virou
e pereceram quatro dos oito homens que compunham a tripulação. Os
outros quatro, em cujo número eu me achava, conseguiram manter-se sobre a
quilha. Ficamos a noite inteira nessa horrível posição, sem outra
perspectiva senão a morte, que se nos afigurava inevitável e da qual já
sentíamos todas as angústias. Ao romper do dia, o vento nos empurrou
para a costa e pudemos ganhar a terra a nado.
“Por que, nesse perigo, igual para todos,
apenas quatro sucumbiram? Note que, a meu respeito, é a sexta ou sétima
vez que escapo a um perigo tão iminente e mais ou menos nas mesmas
condições. Sou realmente levado a pensar que mão invisível me protege.
Que fiz eu para isso? Não sei muito; sou uma criatura sem importância e
sem utilidade neste mundo e não me gabo de valer mais que os outros;
longe disto: entre as vítimas do acidente havia um digno eclesiástico,
modelo de virtude evangélica, e uma venerável irmã da congregação de São
Vicente de Paulo, que ia cumprir uma santa missão de caridade cristã.
Parece que a fatalidade representa um grande papel em meu destino. Os
Espíritos não se achariam ali para alguma coisa? Seria possível
conseguir deles uma explicação a respeito, perguntando-lhes, por
exemplo, se são eles que provocam ou contornam os perigos que nos
ameaçam?...”
Conforme
o desejo de nosso correspondente, dirigimos as seguintes perguntas ao
Espírito de São Luís, que se comunica de boa vontade, sempre que há uma
instrução útil a ministrar.
1.
─ Quando um perigo iminente ameaça alguém, é um Espírito que dirige o
perigo e, quando dele escapa, é outro Espírito que o desvia?
─
Quando um Espírito se encarna, escolhe uma prova; escolhendo-a, cria-se
uma espécie de destino que não pode conjurar, desde que a ele se
submeteu. Falo das provas físicas. Conservando seu livre-arbítrio sobre o
bem e o mal, o Espírito é sempre livre de suportar ou rejeitar a prova.
Vendo-o fraquejar, um bom Espírito pode vir em seu auxílio, mas não
pode influir sobre ele de modo a dominar sua vontade. Um Espírito mau,
isto é, inferior, mostrando-lhe e exagerando o perigo físico, pode
abalá-lo e apavorá-lo, mas nem por isso a vontade do Espírito encarnado
fica menos livre de qualquer entrave.
2.
─ Quando um homem está na iminência de ser vítima de um acidente,
parece-me que o livre-arbítrio nada vale. Pergunto, pois, se é um mau
Espírito que provoca tal acidente, do qual de algum modo é a causa e, no
caso em que escape do perigo, se um bom Espírito veio em seu auxílio.
─
Os bons ou os maus Espíritos não podem sugerir senão pensamentos bons
ou maus, segundo sua natureza. O acidente está marcado no destino do
homem. Quando tua vida é posta em perigo, é sinal que tu mesmo o
desejaste, a fim de te desviares do mal e te tornares melhor. Quando
escapas ao perigo, ainda sob a influência do perigo que correste, pensas
mais ou menos fortemente, conforme a ação mais ou menos forte dos bons
Espíritos, em te tornares melhor. Sobrevindo um mau Espírito (e digo mau
subentendendo o mal que nele ainda existe), pensas que igualmente
escaparás a outros perigos e novamente te entregarás às tuas paixões
desenfreadas.
3. ─ A fatalidade que parece presidir aos destinos materiais de nossa vida seria, então, um efeito de nosso livre-arbítrio?
─
Tu mesmo escolheste a tua prova; quanto mais rude for e melhor a
suportares, tanto mais te elevas. Os que passam a vida na abundância e
na felicidade humana são Espíritos fracos, que ficam estacionários.
Assim, o número dos infortunados ultrapassa de muito o dos felizes deste
mundo, de vez que em geral os Espíritos escolhem a prova que lhes dê
mais frutos. Eles veem muito bem a futilidade de vossas grandezas e de
vossos prazeres. Além disto, mesmo a vida mais feliz é sempre agitada,
sempre perturbada, mesmo quando não o seja por meio da dor.
4.
─ Compreendemos perfeitamente esta doutrina, mas isto não explica se
certos Espíritos têm uma ação direta sobre a causa material do acidente.
Suponhamos que no momento em que um homem passa por uma ponte, a ponte
desmorona. Quem levou o homem a passar por essa ponte?
─
Quando um homem passa por uma ponte que deve cair não é um Espírito que
o impele. É o instinto de seu destino que o leva para ela.
5. ─ Quem faz a ponte desmoronar?
─
As circunstâncias naturais. A matéria tem em si as causas da
destruição. No caso vertente, se o Espírito tiver necessidade de
recorrer a um elemento estranho à sua natureza para mover as forças
materiais, recorrerá de preferência à intuição espiritual. Assim,
devendo desmoronar aquela ponte, tendo a água desajustado as pedras que a
compõem ou a ferrugem roído as correntes que a sustentam, o Espírito,
digamos, insinuará ao homem que passe por essa ponte, em vez de romper
uma outra no momento em que ele passa. Aliás, tendes uma prova material
do que digo: seja qual for o acidente, ocorre sempre naturalmente, isto
é, as causas se ligam uma às outras e o produzem insensivelmente.
6.
─ Tomemos um outro caso, em que a destruição da matéria não seja a
causa do acidente. Um homem mal intencionado dá-me um tiro; a bala
apenas passa de raspão. Teria sido desviada por um bondoso Espírito?
─ Não.
7.
─ Podem os Espíritos advertir-nos diretamente de um perigo? Eis um fato
que parece confirmá-lo: Uma senhora sai de casa e segue pela avenida.
Uma voz íntima lhe diz: Volta para casa. Ela vacila. A mesma voz faz-se
ouvir várias vezes. Então ela volta, mas, refazendo-se, exclama: Mas...
que vim fazer em casa? Vou sair mesmo. Sem dúvida isto é efeito de minha
imaginação. Então retoma o caminho. Dados alguns passos, uma viga que
tiravam de uma casa bate-lhe na cabeça e ela cai desacordada. Que voz
era aquela? Não era um pressentimento do que lhe ia acontecer?
─ Era o instinto. Aliás, nenhum pressentimento tem essas características: são sempre vagos.
8. ─ Que entendeis por voz do instinto?
─
Entendo que, antes de encarnar-se, o Espírito tem conhecimento de todas
as fases de sua existência. Quando essas fases têm um caráter
essencial, ele conserva uma espécie de impressão em seu foro íntimo e
tal impressão, despertando ao aproximar-se o instante, torna-se
pressentimento.
NOTA:
As explicações acima se referem à fatalidade dos acontecimentos
materiais. A fatalidade moral é tratada de maneira completa em O Livro
dos Espíritos.
Fonte: http://www.ipeak.com.br/site/estudo_janela_conteudo.php?origem=521&idioma=1
Fonte: http://www.ipeak.com.br/site/estudo_janela_conteudo.php?origem=521&idioma=1
Objetivos da Revista , por Kardec
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Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 148
148. Não é estranho que o materialismo seja uma conseqüência de estudos que deveriam, ao contrário, mostrar ao homem a superioridade da inteligência que governa o mundo? Deve-se concluir que esses estudos são perigosos?
— Não é verdade que o materialismo seja uma conseqüência desses estudos. É o homem que deles tira uma falsa conseqüência, pois ele pode abusar de tudo, mesmo das melhores coisas. O nada, aliás, os apavora mais do que eles se permitem aparentar, e os espíritos fortes são quase sempre mais fanfarrões do que valentes. A maior parte deles são materialistas porque não dispõem de nada para preencher o vazio. Diante desse abismo que se abre ante eles, mostrai-lhes uma tábua de salvação, e a ela se agarrarão ansiosamente.
Por uma aberração da inteligência, há pessoas que não vêem nos seres orgânicos nada mais que a ação da matéria, e a esta atribuem todos os nossos atos. Não vêem no corpo humano senão a máquina elétrica; não estudaram o mecanismo da vida senão no funcionamento dos órgãos; viram-na extinguir-se muitas vezes pela ruptura de um fio, e nada mais perceberam além desse fio; procuraram descobrir o que restava, e como não encontraram mais do que a matéria inerte, não viram a alma escapar-se e nem puderam pegá-la, concluíram que tudo estava nas propriedades da matéria, e que, portanto, após a morte, o pensamento se reduz ao nada. Triste conseqüência, se assim fosse: porque então o bem e o mal não teriam sentido, o homem estaria certo ao não pensar senão em si mesmo e ao colocar acima de tudo a satisfação dos prazeres materiais; os laços sociais estariam rompidos e os mais santos afetos destruídos para sempre. Felizmente, essas idéias estão longe de ser generalizadas; pode-se mesmo dizer que estão muito circunscritas, não constituindo mais do que opiniões individuais, porque em parte alguma foram erigidas em doutrina. Uma sociedade fundada sobre essa base traria em si mesma os germes da dissolução, e os membros se despedaçariam entre si, como animais ferozes.
O homem tem instintivamente a convicção de que tudo não se acaba para ele com a vida; tem horror ao nada; é em vão que se obstina contra a idéia da vida futura, e quando chega o momento supremo, são poucos os que não perguntam o que deles vai ser, porque a idéia de deixar a vida para sempre tem qualquer coisa de pungente. Quem poderia, com efeito, encarar com indiferença uma separação absoluta e eterna de tudo o que ama? Quem poderia ver, sem terror, abrir-se à sua frente o imenso abismo do nada, pronto a tragar para sempre todas as nossas faculdades, todas as nossas esperanças, e ao mesmo tempo dizer: — Qual! Depois de mim, nada, nada, nada mais que o nada; tudo se apagará da memória dos que sobreviverem a mim; dentro em breve nenhum traço haverá de minha passagem pela terra; o bem mesmo que eu fiz será esquecido pelos ingratos a quem servi; e nada para compensar tudo isso, nenhuma perspectiva, a não ser a do meu corpo devorado pelos vermes!
Este quadro não tem qualquer coisa de horroroso e de glacial? A religião nos ensina que não pode ser assim, e a razão o confirma. Mas uma existência futura, vaga e indefinida, nada tem que satisfaça o nosso amor do positivo. E é isso que, para muitos, engendra a dúvida. Está certo que tenhamos uma alma; mas o que é a nossa alma? Tem ela uma forma, alguma aparência? É um ser limitado ou indefinido? Dizem alguns que é um sopro de Deus; outros, que é uma centelha, outros, uma parte do Grande Todo, o princípio da vida e da inteligência. Mas o que é que tudo isso nos oferece? Que nos importa ter uma alma, se depois da morte ela se confunde com a imensidade, como as gotas d'água no oceano? A perda da nossa individualidade não é, para nós, o mesmo que o nada? Diz-se ainda que ela é imaterial. Mas uma coisa imaterial não pode ter proporções definidas, e para nós equivale ao nada. A religião nos ensina também que seremos felizes ou desgraçados, segundo o bem ou o mal que tenhamos feito. Mas qual é esse bem que nos espera no seio de Deus? É uma beatitude, uma contemplação eterna, sem outra ocupação que a de cantar louvores ao Criador? As chamas do inferno são uma realidade ou apenas um símbolo? A própria Igreja as compreende nesse último sentido; mas, então, que sofrimentos são esses? Onde se encontra o lugar de suplício? Em uma palavra, o que se faz e o que se vê, nesse mundo que nos espera a todos?
Ninguém, costuma-se dizer, voltou de lá para nos dar conta do que existe. Isto, porém, é um erro, e a missão do Espiritismo é precisamente a de nos esclarecer sobre esse futuro, a de nos fazer, até certo ponto, vê-lo e tocá-lo, não mais pelo raciocínio, mas através dos fatos. Graças às comunicações espíritas, isto não é mais uma presunção, uma probabilidade sobre a qual cada um pinta à vontade, que os poetas embelezam com suas ficções ou enfeitam de imagens alegóricas que nos seduzem. É a realidade que nos mostra a sua face, porque são os próprios seres de além-túmulo que nos vêm contar a sua situação, dizer-nos o que fazem, permitir-nos assistir, por assim dizer, a todas as peripécias da sua nova vida, e, por esse meio, nos mostram a sorte inevitável que nos está reservada, segundo os nossos méritos ou os nossos delitos. Há nisso alguma coisa de anti-religioso? Bem pelo contrário, pois os incrédulos aí encontram a fé, e os tíbios uma renovação do fervor e da confiança. O Espiritismo é o mais poderoso auxiliar da religião. E se assim acontece é porque Deus o permite, e o permite para reanimar as nossas esperanças vacilantes e nos conduzir ao caminho do bem, pelas perspectivas do futuro.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Comentários do Livro Filosofia Espírita volume 3 por Miramez:
46. O ESTUDO E O PROGRESSO
0148/LE
O estudo sério não leva o homem ao materialismo; pelo contrário, quem pesquisa com sinceridade a vida, encontra a verdade. E para provar o que mencionamos, podemos constatar,nos bastidores da História Universal, maior quantidade de sábios espiritualistas do que o contrário. O homem de inteligência, frio no que toca ao Espírito, às vezes teme a pesquisa, ou
lhe falam mais alto o orgulho e a vaidade; não pode aceitar que alguém invisível esteja lhe inspirando a fazer algo de especial no que refere à
humanidade. Não sabe ele que ninguém descobre nada; tudo já se encontra às vistas de tod os, tudo já se encontra feito por Deus na programação universal da vida. Somos apenas instrumentos da Sua bondade, e muitas
descobertas feitas no mesmo instante em vários pontos do globo, por homens diferentes,provam esta afirmativa.
As verdades estão disseminadas, como que escritas nos fluídos cósmicos oriundos deDeus. O nosso progresso é filho do estudo permanente. Assim, Deus nos fez e nos ajuda acompreender Suas leis espirituais e eternas. Os homens que estudam e continuam a negar as suas procedências desvalorizam a si mesmos, mas, nem por isso deixam de ser eternos, na
eternidade do Criador. O tempo falar-lhes-á mais alto e, com a cooperação desse tempo,haverão de sentir e agradecer o despertamento para
a vida imortal. Futuramente, serão os mais sinceros propagadores desta verdade absoluta, da existência de Deus e da continuação
da vida.
No que tange à reencarnação, é o mesmo homem negando porque, sendo sábio do mundo e da nobreza reconhecida pela Terra, não dese
ja voltar a ela como um desconhecido.
Quer, mesmo sendo sábio, repetir o ato da criança quando faz um malfeito: esconder-se atrás da porta para não ser visto pelos pais. Ficará pres
o pelas suas próprias idéias até descobrir a verdade que o libertará da ignorância que o iludiu por tanto tempo.
É certo que o homem sem instrução pode possuir mais fé que o douto, por lhe faltar mais conhecimento e viver mais pela credibilidade.
A razão é, pois, uma transição perigosa em cada criatura, que ele quase sempre usa para o negativismo até a maturidade, quando começa
a surgir à intuição divina, fundindo na consciência a certeza da luz e a confiança nos poderes superiores.
A razão é falha, quando aparece o Espírito investido em modalidades diferentes do que é a matéria. É a mesma matéria quintessenciada, sob
as bênçãos de Deus. É o progresso da alma senão o despertamento, ascendendo para a Luz maior. É Deus em nós e nós em Deus,
sentindo a respirando a glória da vida.
Quem já despertou para a existência da alma, confirmada pela fé, não pode ser atingido pelas influências do materialismo e deixa Deus confirmar-se em seu coração pela presença do Cristo e vive com a consciência inundada de alegria e o coração irradiando amor.
Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 147
Capítulo II
III - Materialismo
147. Por que os anatomistas, os fisiologistas, e em geral os que se aprofundam nas Ciências Naturais, são geralmente levados ao materialismo?
— O fisiologista refere tudo ao que vê. Orgulho dos homens, que tudo crêem saber, não admitindo que alguma coisa possa ultrapassar o seu entendimento. Sua própria ciência os torna presunçosos. Pensam que a Natureza nada lhes pode ocultar.
Tradução Herculano Pires-Lake
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Comentário do Livro Filosofia Espírita volume 3 por Miramez:
45. DUALIDADE
0147/LE
Existem dois pólos que não se tocam, na visão humana que desconhece a vida do Espírito. Faltam ao moralismo sentidos que registram a existência do Espírito. O homem materialista vive e se preocupa somente com a vida
física. Mesmo que em sua mente surjam alguns pensamentos, como avisos de que a vida continua depois do túmulo, ele passa para o
esquecimento essas idéias, pelo medo ou orgulho, vaidade ou desinteresse, sem seconscientizar da sublime verdade de que ninguém morre, que a vida continua em todos os rumos da criação de Deus, A dualidade é norma da
segurança universal.
segurança universal.
Para que a vida física se negamos a vida do Espírito? Concitamos os materialistas a se aprofundarem nas pesquisas, nos estudos espiritualistas, como que batendo às portas dasabedoria para que, ao serem abertas, encontrem umreino fabuloso de conhecimentos sobre asobrevivência da alma. “Conhece-te a ti mesmo”, recomenda um grande filósofo. Para
conhecermos a nós mesmos, necessário se faz aprofundarmo-nos em todas as ciências,principalmente na ciência da vida, naquilo que se encontra por detrás do visível. Os próprios sábios modernos já constataram que o que não se vê é o mais real.
Negar o que não se compreende é conduta dos néscios; estudar o que
não se sabe é dever dos Espíritos inteligentes. Os que amam a música e se entregam à conquista desta harmonia somente o fazem pelos processos onde a persistência e o estudo sério é a meta que não podem desconhecer.
não se sabe é dever dos Espíritos inteligentes. Os que amam a música e se entregam à conquista desta harmonia somente o fazem pelos processos onde a persistência e o estudo sério é a meta que não podem desconhecer.
Os homens que estudam o corpo humano, que desejam conquistar esse saber ondeestão tão visíveis os traços da inteligência suprema, deixam-se, quase sempre, ser tomadospelo orgulho e nada querem ver além da matéria. Quando descobrem algo que a humanidade desconhecia sobre as leis que governam a argamassa fisiológica, o orgulho os impede de reconhecer aí as mãos do Criador e a vaidade deixa de lado os sentimentos que falam da
paternidade que criou, de uma Sabedoria Suprema que
nos governa a todos. Desejam, por amor próprio, ficar somente nos efeitos, esquecendo a causa primária de todas as coisas. Mas,Deus, sendo todo bondade e amor, ainda assim os ajuda nos seus trabalhos que podem
auxiliar a humanidade e espera que, mais tarde, eles, os que dormem no que se refere aoEspírito, venham a acordar como tantos outros recon
hecendo o Sol da vida, a Central de luz que chamamos de Pai.
A existência de Deus e de todos os Espíritos criados por Ele se evidencia para quem a quer ver e sentir, em todos os fenômenos da naturez
a. Não pode existir a matéria sem o Espírito, nem o Espírito sem a matéria; a dualidade se completa para a glória da vida imortal.
De onde saiu o Espírito? Certamente que respondemos: de Deus.
De onde saiu a matéria? A resposta deve ser a mesma. Portanto, somos todos ir mãos, e desse princípio deve nascer o respeito e, nas mesmas linhas, o Amor. Certamente, somente o tempo pode abrir-nos os olhos,no sentido de conhecermos a verdade, aquela força que liberta todas as almas, fazendo-assentir no céu da consciência, a vida de Deus.
De onde saiu a matéria? A resposta deve ser a mesma. Portanto, somos todos ir mãos, e desse princípio deve nascer o respeito e, nas mesmas linhas, o Amor. Certamente, somente o tempo pode abrir-nos os olhos,no sentido de conhecermos a verdade, aquela força que liberta todas as almas, fazendo-assentir no céu da consciência, a vida de Deus.
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