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sábado, 3 de agosto de 2013
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
A psicologia da oração
A psicologia da oração
Convencionou-se,
ao longo do tempo, que a oração é um recurso emocional e psíquico para
rogar e receber benefícios da Divindade, transformando-a em instrumento
de ambição pessoal, realmente distante do seu alto significado
psicológico.
A
oração é um precioso recurso que faculta a aquisição da
autoconsciência, da reflexão, do exame dos valores emocionais e
espirituais que dizem respeito à criatura humana.
Tornando-se delicado campo de vibrações especiais, faculta a sintonia com as forças vivas do Universo, constitui veículo de excelente qualidade para a vinculação da criatura com o seu Criador.
Todos
os seres transitam vibratoriamente em faixas especiais que correspondem
ao seu nível evolutivo, ao estágio intelecto-moral em que se encontram,
às suas aspirações e aos seus atos, nos quais se alimentam e constroem a
existência.
A oração é o mecanismo sublime que permite a mudança de onda para campos mais sensíveis e elevados do Cosmo.
Orar é ascender na escala vibratória da sinfonia cósmica.
Em
face desse mecanismo, torna-se indispensável que se compreenda o
significado da prece, sua finalidade e a maneira mais eficaz pela qual
se pode alcançar o objetivo desejado.
Inicialmente,
orar é abrir-se ao amor, ampliar o círculo de pensamentos e de emoções,
liberando-se dos hábitos e vícios, a fim de criar-se novos campos de
harmonia interior, de forma que todo o ser beneficie-se das energias
hauridas durante o momento especial.
A
melhor maneira de alcançar esse parâmetro é racionalmente louvar a
Divindade, considerando a grandeza da Criação, permitindo-se vibrar no
seu conjunto, como seu filho, assimilando as incomparáveis concessões
que constituem a existência.
Considerar-se
membro da família universal, tendo em vista a magnanimidade do Pai e
Sua inefável misericórdia, enseja àquele que ora o bem-estar que
propicia a captação das energias saudáveis da vida.
Logo
depois, ampliar o campo do raciocínio em torno dos próprios limites e
necessidades imensas, predispondo-se a aceitar todas as ocorrências que
dizem respeito ao seu processo evolutivo, mas rogando compaixão e ajuda,
a fim de errar menos, acertar mais, e de maneira edificante, o passo
com o bem.
Nesse
clima emocional, evitar a queixa doentia, a morbidez dos conflitos e
exterioridades ante a magnitude das bênçãos que são hauridas,
apresentando-se desnudado das aparências e circunlóquios da
personalidade convencional.
Não
é necessário relacionar sofrimentos, nem explicitar anseios da mente e
do coração, porque o Senhor conhece a todos os Seus filhos, que são
autores dos próprios destinos e ocorrências, mediante o comportamento
mantido nas multifárias experiências da evolução.
Por
fim, iluminado pelo conhecimento da própria pequenez ante a grandeza do
Amor, externar o sentimento de gratidão, a submissão jubilosa às leis
que mantêm o arquipélago de astros e a infinitude de vidas.
* * *
Tudo
ora no Cosmo, desde a sinfonia intérmina dos astros em sua órbita,
mantendo a harmonia das galáxias, até os seres infinitesimais no
mecanismo automático de reprodução, fazendo parte do conjunto e da ordem
estabelecidos.
Em toda parte vibra a vida nos aspectos mais complexos e simples, variados e uniformes.
Sem
qualquer esforço da consciência, circula o sangue por mais de 150 mil
quilômetros de veias, vasos, artérias, em ritmo próprio para a
manutenção do organismo humano tanto quanto de todos os animais.
Funções outras mantidas pelo sistema nervoso autônomo obedecem a equilibrado ritmo que as preserva em atividade harmônica.
As
estações do tempo alternam-se facultando as variadas manifestações dos
organismos vivos dentro de delicadas ondas de luz e de calor que lhes
possibilitam a existência, a manifestação, o desabrochar, o
adormecimento, a espera.
O
ser humano, enriquecido pela faculdade de pensar e dotado do
livre-arbítrio, que lhe propicia escolher, atado às heranças do
primarismo da escala animal ancestral pela qual transitou, experiencia
mais as sensações do imediato do que as emoções da beleza, da harmonia,
da paz, da saúde integral,
Reconhece
o valor incalculável do equilíbrio, no entanto, estigmatizado pela
herança do prazer hedonista, entrega-se-lhe à exorbitância pela revolta
nos transtornos de conduta, como forma de imposição grotesca.
Ao
descobrir a oração, logo se permite exaltar falsas ou reais
necessidades, desejando respostas imediatas, soluções mágicas para
atendê-las, distantes do esforço pessoal de crescimento e de
reabilitação.
É
claro que aquele que assim procede não alcança as metas propostas, pois
que elas ainda não podem apresentar-se por nele faltarem os requisitos
básicos para o estabelecimento da harmonia interior.
A oração é campo no qual se expande a consciência e o Espírito eleva-se aos páramos da luz imarcescível do amor inefável.
Quem
ora ilumina-se de dentro para fora, tornando-se uma onda de superior
vibração em perfeita consonância com a ordem universal.
O egoísmo, os sentimentos perversos não encontram lugar na partitura da oração.
Torna-se
necessário desfazer-se desses acordes perturbadores, para que haja
sincronização do pensamento com as dúlcidas notas da musicalidade
divina.
A
psicologia da oração é o vasto campo dos sentimentos que se engrandecem
ao compasso das aspirações dignificadoras, que dão sentido e
significado à existência na Terra.
Inutilmente,
gritará a alma em desespero, rogando soluções para os problemas que lhe
compete equacionar, mesmo que atraindo os numes tutelares sempre
compadecidos da pequenez humana.
Desde
que não ocorre sintonia entre o orante e a Fonte exuberante de vida, as
respostas, mesmo quando oferecidas, não são captadas pelo transtorno da
mente exacerbada.
* * *
Quando desejares orar, acalma o coração e suas nascentes, assumindo
uma atitude de humildade e de aceitação, a fim de que possas falar
àquele que é o Pai de misericórdia, que sempre providencia todos os
recursos necessários à aquisição humana da sua plenitude.
Convidado
a ensinar aos seus discípulos a melhor maneira de expressar a oração,
Jesus foi taxativo e gentil, propondo a exaltação ao Pai em primeiro
lugar, logo após as rogativas e a gratidão, dizendo:
- Pai Nosso, que estais nos Céus...
Entrega-te,
pois, a Deus, e nada te faltará, pelo menos tudo aquilo que seja
importante à conquista da harmonia mediante a aquisição da saúde
integral.
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na manhã de 29 de
outubro de 2012, em Sydney, Austrália.
Em 24.5.2013.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na manhã de 29 de
outubro de 2012, em Sydney, Austrália.
Em 24.5.2013.
Vazio existencial
Vazio existencial
A alucinação midiática, a
serviço do mercantilismo de tudo, vem, a pouco e pouco, dessacralizando o
ser humano, que perde o sentido existencial, tombando no vazio agônico
de si mesmo.
Numa cultura eminentemente utilitarista e
imediatista, o tempo-sem-tempo favorece a fuga da autoconsciência do
indivíduo para o consumismo tão arbitrário quão perverso, no qual o
culto da personalidade tem primazia, desde a utilizaçào dos recursos de
implantes e programas de aperfeiçoamento das formas, com tratamentos
especializados e de alto custo, até os sacrifícios cirúrgicos
modificando a estrutura da organização somática.
O belo, ou aquilo que se convencionou denominar como
beleza, é um dos novos deuses do atual Olimpo, ao lado das
arbitrariedades morais e emocionais em decantado culto à liberdade, cada
vez mais libertina.
A ausência dos sentimentos de nobreza,
particularmente do amor, impulsiona o comércio da futilidade e do
ilusório, realizando-se a criatura enganosamente nos objetos e
utensílios de marca, que lhe facultam o exibicionismo e a provocação da
inveja dos menos favorecidos, disputando-se no campeonato da insensatez.
Em dias de utopia, nos quais se vale pelo que se
apresenta e não pelo que se é, o eto convencional, os ideais que
dignificam e trabalham as forças normais cedem lugar aos prazeres
ligeiros e frustrantes que logo abrem espaço a novas mentirosas
necessidades.
O cárcere do relógio, impedindo que se vivencie cada
experiência em sua plenitude e totalidade, sem saltar-se de uma para
outra apressadamente, torna os seus prisioneiros cada vez mais ávidos de
novidades, por se lhes apresentar o mundo assinalado pela sua
fugacidade.
Exige-se que todos se encontrem em intérmino banquete
de alegrias, fingindo conforto e bem-estar nas coisas e situações a que
se entregam, distantes embora da realidade e dos significados
existenciais.
A tristeza, a reflexão, o comedimento já não merecem
respeito, sendo tidos como transtornos de conduta, numa exaltação
fantasiosa e sem limite em relação aos júbilos destituídos de
fundamentos.,
Certamente, não fazemos apologia desses estados
naturais, mas eles constituem pausas necessárias para refazimento
emocional nas extravagâncias do cotidiano.
Sempre quando são recalcados e não logram
conscientização, inevitavelmente se transformam em problemas orgânicos
pelo fenômeno da somatização.
Muito melhor é a vivência da tristeza legítima e
necessária, em caráter temporário, do que a falsa alegria, a máscara da
felicidade sem conteúdos válidos.
Nesse contubérnio infeliz, tudo é muito rápido e passa quase sem deixar vestígio da sua ocorrência.
O agora, em programação de longo alcance, elaborado
ao amanhecer, logo mais, à tarde, transforma-se em passado distante, sem
recordações ou como impositivo de esquecimento para novas formulações
prazerosas.
Quando não se vivencia o presente em sua
profundidade, perdem-se as experiências que ficaram arquivadas no
passado. E todo aquele que não possui o passado nos arquivos da memória
atual é destituído de futuro, por faltarem-lhe alicerces para a sua
edificação.
Nessa volúpia hedonista, o egotismo governa as mentes
e condutas, produzindo o isolamento na multidão e a solidão nos
escaninhos da alma.
Todo prazer que representa alegria real impõe um alto
preço pela falta de espontaneidade, pela comercialização dos seus
valores e emoções.
* * *
Não seja de estranhar-se que a juventude
desorientada, sempre arrebatada pela música de mensagem rebelde e
agressiva, de conteúdo deprimente e aterrorizante, com a INTERNET
exibindo as imagens de adolescentes suicidas em demonstração de coragem e
desprezo pela vida, ignore as possibilidades de um futuro risonho, que
lhe parece falacioso.
Os esportes que os gregos cultivavam, assim como
outros povos, como meios de recreação, arte e beleza – exceção feita aos
espetáculos grosseiros nos circos de Roma imperial – vemos alguns deles
hoje transformados em campos de batalha, nos quais os seus grupos de
aficionados armam-se para rudes refregas com os opositores e em que os
atletas não têm outro vínculo com os seus clubes, senão o interesse
pelos altos rendimentos, favorecem a brutalidade e a barbárie com a
destruição de imóveis, veículos e vidas, quando um deles perde na
disputa nem sempre honorável...
Aprendendo com os adultos a negar as qualidades do
bem e da paz, na azáfama exclusiva do desfrutar, essa aturdida mocidade
entrega-se à drogadição, em busca do êxtase que logo passa trazendo-a à
realidade decepcionante. O desencanto, que se lhe instala, de imediato
deve ser diminuído no tempo e no espaço, facultando-lhe buscar novos
estimulantes ou entorpecentes para esquecer ou para gozar.
Nesse particular, a comercialização do sexo aviltado
com os ingredientes do erotismo tecnicista, exaure os seus dependentes,
consumindo-os.
É inevitável, nesta cultura pagà e perversa, a presença do vazio existencial nas criaturas humanas, suas grandes vítimas.
Apesar da ocorrência mórbida, bem mais fácil do que parece é a conquista dos objetivos da reencarnação.
Pessoa alguma encontra-se na indumentária carnal por impositivo do acaso ou por injunção de um destino cego e cruel.
Existe uma finalidade impostergável no renascimento
do Espírito na organização carnal, que se constitui da oportunidade para
o autoburilamento por colisões e atritos, qual ocorre com as
gemas preciosas que necessitam da lapidação para libertar a luminosidade
adormecida no seu interior.
Uma releitura atenta dos códigos de ética e de
justiça de todos os tempos proporciona o reencontro com os reais valores
que devem nortear a vida humana.
O tecido social ora esgarçado e tênue ante uma
revisão sistêmica dos objetivos de elevação moral em favor da aquisição
da alegria real, sem as máscaras da mistificação, adquiriria resistência
para os enfrentamentos, abrindo espaço para a justiça social, para o
auxílio recíproco.
Esse ser biopsicossocial é, antes de tudo, imortal, criado por Deus para viver em plena harmonia durante a viagem orgânica.
Indispensável, pois, se torna a elaboração de programas educacionais e labores que propiciem a autoconsciência.
As conquistas tecnológicas e midiáticas são neutras
em si mesmas, considerando-se os inestimáveis benefícios oferecidos à
sociedade terrestre, que saiu da treva e da ignorância para a luz e o
conhecimento.
A ganância e os tormentos interiores de alguns dos
seus executivos e multiplicadores de opinião respondem pela fabricação
de líderes da alucinação, de exibidores da rebeldia, de fanáticos da
agressividade e da promiscuidade.
Usadas de maneira adequada, encaminhariam com
saudável conduta os milhões de vítimas que arrasta, especialmente na
inexperiência da juventude rica de sonhos que se transformam em hórridos
pesadelos.
O vazio existencial consome o ser e atira-o na depressão, empurrando-o para o suicídio.
Em uma cultura saudável, a alegria nào impede a
tristeza, nem essa atormenta, por constituir-se um fenômeno psicológico
natural do ser, profundo em si mesmo.
* * *
Se experimentas esse vazio interior, desmotivado para
viver ou para laborar em favor do bem-estar pessoal, abre-te ao amor e
deixa-te conduzir pelas suas desconhecidas emoções que te plenificarão
com legítimas aspirações, oferecendo-te um alto significado psicológico e
humano.
Reflexiona, pois, na correria louca para lugar nenhum
e considera a vida a oportunidade de sorrir e produzir, descobrindo-te
útil a ti mesmo e à comunidade.
Mas, se insistir essa estranha sensação, faze mais e
melhor, esquecendo-te de ti mesmo, auxilia outrem a lograr aquilo por
que anela, e descobrirás que, ao fazê-lo feliz, preenchido de paz,
estarás ditoso também.
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira
Franco, do Espírito Joanna de Ângelis, na reunião mediúnica de 29 de
outubro de 2008, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador,
Bahia.
Em 26.02.2009.
Em 26.02.2009.
Mães abnegadas, filhos ingratos
Mães abnegadas, filhos ingratos
Entre
os graves comportamentos destrutivos que caracterizam a inferioridade
humana, a ingratidão destaca- se, infeliz, sendo, porém, a dos filhos em
relação aos pais, uma ulceração moral das mais perturbadoras.
A gratidão é o sentimento nobre que enriquece o Espírito de bênçãos, proporcionando-lhe saúde e bem-estar.
Exorna
o caráter com os valiosos tesouros da fidelidade e da alegria de viver,
facultando a visão otimista para uma existência de eloquente
significado. A ingratidão é chaga moral que decompõe os sentimentos,
trabalhando-os no processo degenerativo.
Pergunta-se:
por que mães abnegadas, cujas existências são assinaladas pela ternura e
devotamento, padecem a crueza de filhos ingratos que as crucificam nas
traves invisíveis do martírio?
Essas
carinhosas genitoras, mesmo sem o conhecimento consciente, identificam,
nesses rebeldes rebentos da sua carne, seres que necessitam de amor, e,
por mais sejam maltratadas, não diminuem, pelo contrário, aumentam a
capacidade de resignação e de sacrifício para com eles.
São,
esses filhos ingratos, aves que tiveram no passado as asas cortadas pela
crueldade de parceiros infiéis, que os atiraram ao abismo do desespero e
da loucura.
Algumas
outras mães trazem inscritos na consciência os remorsos e as culpas
defluentes de delitos cometidos contra eles em existências pregressas,
de que não se reabilitaram, assinalando-os com mágoas e sentimentos
doentios, de que hoje se utilizam para encontrarem uma paz mentirosa.
Certamente,
a conduta odienta a que se entregam, em processo de vingança, não
encontra justificativa em relação ao delito de que foram vítimas na
anterior oportunidade, porque é da Lei divina o impositivo do perdão, e
quando isso não seja possível, prevalece o dever de compreensão em
referência à queda moral do seu próximo.
Elas,
no entanto, durante a lucidez recuperada na Espiritualidade,
conscientizando-se do clamoroso erro praticado, suplicam a Deus a
oportunidade de recebê-los como filhos, sabendo que somente o poder do
amor será suficiente para sanar-lhes as mágoas profundas e neles
edificar os dons da amizade e do devotamento verdadeiros.
Santa
Mônica, por exemplo, a cristã modelo, maltratada pelo filho ingrato,
Agostinho de Hipona, suportou as suas diatribes e agressões, orando por
ele e o amando sem cessar, por vinte e sete longos anos, até o momento
em que aconteceu a conversão que o levou a Jesus.
O
algoz acalmou-se e a mãe feliz retornou à pátria ditosa, legando o
cristão invulgar encarregado de servir à Humanidade desde o recuado
século IV.
À sua
semelhança, incontáveis mães sofridas conseguiram erguer os filhos
rebeldes dos abismos aos quais se atiraram até às elevadas esferas do
amor e da alegria de viver.
Mães
abnegadas! Tende coragem e mantende a fé na divina Justiça,
perseverando, animosas, ao lado desses filhos ingratos. Eles estão
enfermos e preferem ignorá-lo.
Sois a luz na treva da desdita em que se debatem, recusando- -se à claridade libertadora.
Não vos aflijais em demasia, tendo em conta que eles são também filhos de Deus como vós próprias e não estão esquecidos...
Filhos! Refleti enquanto ao vosso lado se encontra o anjo maternal dando-vos amparo e carinho.
Se o
desdenhais hoje e a vossa arrogância o pune injustamente, amanhã, quando
ele houver partido da Terra, valorizá-lo-eis tardiamente no percurso
solitário pelo deserto do arrependimento e da angústia.
Recomponde
a paisagem mental e cuidai de aproveitar a santa oportunidade do
convívio com o seu amor, a fim de vos encontrardes a vós próprios.
No
jubiloso dia dedicado às mães, na Terra, embora todos os dias lhes
pertençam, sede felizes, mulheres abnegadas, evocando e refugiando-vos
na incomparável Mãe de Jesus, tornada sublime genitora de todas as
criaturas!
Anália Franco
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão
mediúnica da noite de 13 de março de 2013, no Centro Espírita
Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão
mediúnica da noite de 13 de março de 2013, no Centro Espírita
Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 27.5.2013.
Vida e Valores (Conflitos existenciais)
Vida e Valores (Conflitos existenciais)
Uma
das coisas mais comuns no ser humano é a insatisfação. Esse espinho da
insatisfação acompanha o homem, desde as mais longínquas idades e
costuma gerar conflitos.
Mas,
ao lado da insatisfação, existem dúvidas que geram insatisfações. Há
ansiedades em função das insatisfações. Em verdade, percebemos na
criatura humana, um número muito grande de conflitos.
Esses conflitos vazam da intimidade do ser e acabam contaminando as coisas feitas por esse ser.
Encontramos
nas criaturas humanas, em cada um de nós, os mais variados tipos de
conflitos, que costumam se manifestar nas intensidades mais diversas.
Encontramos aqueles que têm, por exemplo, conflitos relativamente ao seu biótipo.
Há
pessoas que se acham feias e, porque se acham feias, passam a se punir,
a se castigar ou a buscar uma série de supostas atenuantes para sua
suposta feiura.
Por
causa desse sentimento de feiura, elas têm autoestima baixa, porque a
criatura que se julga feia, não tem coragem de sair, de se arrumar, de
encontrar um namorado, uma namorada, de ir a festas porque estará sempre
supondo que alguém não gosta da sua expressão.
Há
aqueloutros que sofrem conflitos, que vivem conflitos, ainda por causa
do biótipo, não propriamente por se acharem feios, mas por se acharem
gordos, magros demais, baixos demais, altos demais.
Por mais incrível que isso possa parecer, os indivíduos se atormentam por quaisquer dessas situações.
Aqueles
que são gordos demais ou que se acham gordos demais poderiam bem
imaginar-se numa outra situação. Entre as classes melhor aquinhoadas,
não se diz que alguém está gordo, se diz que alguém está forte e a
simples palavra mudada de gordo para forte dá uma outra expressividade.
Aquelas
criaturas que se acham gordas demasiadamente passam a usar preto, se
vestem de preto, porque se diz nos mundos da moda, nos campos da moda,
que preto emagrece.
Se
isso fosse verdade não se venderiam outras cores no mundo. Em
realidade, a cor escura diminui a visão do contorno, mas a criatura
continua portando a mesma massa.
Desse modo por que se atormentar porque o corpo é maior do que o convencional?
Mas,
qual é o convencional? Estabelecemos que o convencional é ser magro e
aí temos os problemas das anorexias com as modelos, com os modelos.
Encontramos tantos problemas porque as pessoas desejam ser magras e
outras porque são magras.
Quem
é magro se acaba de tomar substâncias, de comer alimentos, na tentativa
de mudar o processamento glandular, celular e engordar.
E quem é gordo se acaba de fazer dietas da lua, do sol, da água, de Beverly Hills para perder massa.
Os
conflitos são os mais variados. Mas há aqueles que têm conflitos porque
são baixinhos e usam saltos tenebrosos. Saltos que lhes deformam a
coluna vertebral, que lhes causam problemas gravíssimos de postura.
Aqueles
que são altos ficam tão complexados que começam a se envergar. Na
Inglaterra, uma familiar real mandou cortar parte dos ossos das pernas
para baixar um pouco a sua estatura. Conflitos.
Contudo,
esses conflitos estão ao nível do corpo, das coisas externas, daquilo
que se vê, daquilo que se observa, mas há diversos outros conflitos que
estouram no íntimo da alma, se manifestam nas atitudes das criaturas e
que ninguém sabe como é que eles nascem, de onde é que eles vêm e o que é
que provocarão.
* * *
Nesse
território dos conflitos, encontramos conflitos de outras ordens.
Imaginemos o que vem a ser o conflito sexual nas pessoas. Terrível.
É
muito comum que os indivíduos se debatam e isso é uma característica da
Humanidade em geral, entre as pressões da sua libido, as pressões da
sua imaginação, das suas fantasias, as pressões do seu passado, das suas
bagagens, do seu passado espiritual, da sua bagagem ético-moral. Há
aqueles que vivem o conflito da definição quanto à sua orientação
sexual. Sentem pressões internas para a homossexualidade, mas têm horror
porque a sociedade castiga a homossexualidade.
Pretendem
ficar no território da heterossexualidade, mas fazendo fantasias
homossexuais, bissexuais, multissexuais. Porque tudo isso corresponde a
etapas no desenvolvimento da criatura humana.
Não é feio ser hetero, ser homo, ser bi. A criatura se encaixa no seu momento evolutivo.
Não é bonito ser hetero, ser homo, ser bi. O importante é que dirijamos a própria mente para o que precisamos fazer na Terra.
A
dignidade, a honestidade, o trabalho por nós mesmos, a ajuda às pessoas
e vamos disciplinando da maneira como conseguimos, como nos é mais
fácil a expressividade da sexualidade.
É
muito comum imaginar-se que a sexualidade está na genitália, na
expressão genital. A sexualidade é uma força que está na mente, na alma,
no íntimo das criaturas.
Muita
gente que se manifesta exteriormente segundo uma característica sexual,
digamos, da heterossexualidade, na sua fantasia interna onde a verdade
existe, ela vibra em outra sintonia, lida com outras realidades e isso
lhe gera conflito.
Devo ficar no armário? Como se diz popularmente, devo sair do armário? Devo me apresentar na praça pública? Pintar-me, não pintar-me, vestir-me opostamente?
Nada
disso é sexualidade. Tudo isso faz parte do exibicionismo das pessoas.
Porque há mulheres que se vestem de homens, há homens que se vestem de
mulheres. Tudo isso faz parte do seu gosto por se fantasiar.
A nossa roupa é uma fantasia, é uma maneira que se escolhe para se apresentar no mundo.
Eu
quero me vestir de roxo, de preto, de amarelo. Eu quero com mangas
compridas, com mangas curtas. Eu quero com dez botões, com quinze botões. São fantasias.
A
realidade mais verdadeira é a que pulsa dentro do ser. Os conflitos
sexuais vão desde os problemas meramente psicológicos, que um analista
ajudaria resolver, aos homicídios, aos suicídios, à suposição de que
está sendo violado, de que está sendo traído, de que está sendo
enganado.
Há os conflitos de ordem religiosa: Eu devo ou não
devo ser religioso? O que é ser religioso? Adoto a religião A, a
religião B ou a C? Curvo-me aos meus líderes religiosos, faço o que eles
me mandam fazer e perco a minha liberdade de escolha? Será que eles de
fato conversam com Deus?
Será
que realmente eles são intermediários entre mim e Deus? Afinal de
contas, devo repetir o que se diz na minha crença ou devo pensar por mim
mesmo e ter a minha cabeça baseando-me na minha crença? Os conflitos.
Devo
ser fanático? Aqueles que não creem como eu estão no inferno, estão
perdidos? Mas os outros que creem diferente de mim alegam que eu também
estou perdido. Em que patamar eu fico? Em que patamar me estabeleço?
É
muito importante pensar nesses conflitos. De acordo com sua
intensidade, eles precisam de um socorro, de uma ajuda. Às vezes, de uma
ajuda profissional, de um psicólogo bem recomendado, bem estruturado,
porque há vários muito desestruturados.
Precisamos
do apoio de um médico, de um psiquiatra. O psiquiatra não é médico de
loucos, é um médico que nos ajuda a não ficar loucos ou a tratar a
insanidade que surja.
Muitas
vezes, precisamos de um apoio do nosso líder religioso, uma conversa,
um diálogo para que ele nos ajude a equilibrar as próprias tensões
internas. No mundo, não há uma única pessoa que não viva conflitos, de
quaisquer ordens.
Há aqueles conflitos que são do cotidiano: se como ou se não como, se vou ou se não vou.
Mas há conflitos de ordem grave, que exigem uma resposta séria, uma
busca por solução, seja em nível médico, em nível social, em nível
psicológico mas, fundamentalmente, que seja uma resolução dentro de nós.
Transcrição
do Programa Vida e Valores, de número 160, apresentado por Raul
Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa
gravado em julho de 2008. Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia
22.11.2009.
Em 31.01.2010.
Vida e Valores (A televisão)
Vida e Valores (A televisão)
Na
Universidade do Texas, em Austin, o notável doutor Daniel Buss,
desenvolveu um estudo muito interessante a respeito da televisão e dos
meios de comunicação de massa.
E
nesses estudos, o professor Buss se deu conta de que a televisão tem o
condão de modificar os critérios de status e de prestígio no mundo.
Consegue criar ídolos instantaneamente. Transformar pessoas insignificantes em heróis, da noite para o dia.
Ao mesmo tempo a televisão é capaz de derrubar líderes, ídolos com esse mesmo poder de interferir na mentalidade coletiva.
Ao
mesmo tempo em que a televisão foi capaz, e vem sendo capaz de produzir
essa fenomenologia social, psicossocial, também altera os padrões de
vivência psicológica das criaturas. Passa a aumentar a autoestima baixa
dos indivíduos porque, cada vez que a criatura vê na telinha um artista,
um dos seus ídolos, de determinada maneira vestido, penteado, com o
corpo mais ou menos emagrecido, esculturado, malhado, sarado, o
telespectador vai se sentindo humilhado por aquele estado de coisas. Ele
vai sentindo necessidade de se igualar, de se equiparar ao seu ídolo.
Por
causa disso nós vemos que, se numa telenovela, por exemplo, um
personagem aparecer vestido de determinada forma, o comércio impõe às
massas usar aquela mesma vestimenta.
Determinada
joia, corte de cabelo, penteado e lá está a população perfeitamente
entrosada com seus ídolos. E a televisão então vai moldando os
caracteres dos indivíduos, que nela encontram as suas referências, seu
norte, seu prumo.
Por
causa disso é que vale a pena cada vez que estejamos pensando, falando
na questão televisiva, tomarmos cuidado com a influência que ela esteja
desempenhando sobre nossas vidas. Exatamente porque os meios de
comunicação visuais que nós conhecemos têm esse poder de mexer na
criatura. O índice de insatisfações vai se ampliando.
Cada
vez que eu vejo, na televisão, alguma coisa que eu ainda não sou, que
eu ainda não tenho, que eu ainda não adquiri, advém-me um desejo muito
grande de ter, de ser daquela forma, de fazer daquele modo.
Desde
as nossas crianças. Vemo-las dançando como seus ídolos da telinha,
jovens desejosos de cantar, de bailar, de fazer as mímicas, as
interpretações, em consonância com os seus ídolos. Cada qual vai
perdendo a referência de si mesmo e tomando para si a referência do
outro.
Naturalmente
que para a sociedade, para o desenvolvimento do indivíduo, isso é
pernicioso porque nem todos os exemplos, nem todos os padrões que nos
são apresentados pelos meios de comunicação visual, são salutares, são
saudáveis.
Quantas
vezes encontramos artistas falando verdadeiros impropérios contra a
honra familiar, ao narrar seus casos pessoais, quase sempre indevidos. E
vemos que há uma leva de criaturas que passa a copiá-los. Logo, há que
se ter cuidado com esse poder influenciador da televisão.
Mas, quais são as pessoas que a TV consegue influenciar com essa força?
Não
são os indivíduos bem educados emocional, moralmente, eticamente. Quase
sempre, faz parte esse contingente da leva da Humanidade que não tem
outras referências ou não fixou outros valores que não tenham sido esses
apresentados pela televisão.
* * *
Conforme os estudos do professor Daniel Buss, a televisão e as mídias visuais impõem uma maior importância à aparência física.
Ninguém
pode se apresentar diante das câmeras sem que tenha uma boa aparência
e, naturalmente, isso mobiliza mil e uma providências, a aparência
fisionômica. E surgem as necessidades plásticas, as cirurgias plásticas,
os implantes, tudo isso para melhorar a aparência.
Os
cabelos, os cortes, as tinturas, as vestimentas, as roupas, a própria
expressão do corpo físico... O indivíduo tem que ser magro para fazer
sucesso. Ou o indivíduo tem que ser gordo para fazer sucesso. Ele não
pode ser como queira, ele tem que obedecer a um padrão de sucesso.
Encontramos,
ao lado disto, a diminuição do bem estar psicológico, diz o professor
Daniel Buss. E essa diminuição da satisfação psicológica se deve a isso
que já cogitamos. Cada coisa que eu vejo que está melhor do que eu, eu a
desejo. Cada situação que o artista está vivendo e que eu nunca vivi,
eu almejo.
Desse
modo vão surgindo as possibilidades de nos enfararmos um com o outro,
no caso dos casais. Aquele modelo da telinha, homem ou mulher, começa a
falar profundamente à desarmonia que já trazemos na nossa intimidade.
Então
queremos encontrar uma pessoa com aquele padrão, conforme aquele ator,
aquela atriz, aquele cantor, aquela cantora, aquele atleta. E a nossa
infelicidade vai crescendo, tudo porque assistimos à programação
televisiva sem o devido ajustamento interior.
Não
conseguimos essa educação que nos diz que o valor não é uma coisa que
trazemos de fora. O valor é uma construção que fazemos por dentro.
Não importa se, na mídia televisiva, um artista se vista assim ou assado, eu vou me vestir como eu possa.
Não me importa se o galã seja magro ou seja gordo. Eu vou ter o corpo que eu devo ter, que eu preciso ter ou que eu posso ter.
Não
nos deve impressionar se aquele artista, aquele astro tenha olhos
azuis, verdes, amarelos para que eu me desespere para conseguir uma
lente de contato da mesma cromação.
Tudo
isso vai fazendo com que passemos a viver para fora de nós, passemos a
ver a nossa vida como alguma coisa exterior e não como uma realidade
íntima.
É
feliz na Terra, não quem está na televisão, não quem aparece na
telinha, mas quem consegue viver no mundo as Leis da vida, as Leis de
Deus, onde quer que se encontre.
É
válido que admiremos a beleza plástica desse ator, dessa atriz, desse
cantor, desse bailarino, desse ídolo. É válido. As coisas bonitas são
bonitas porque são bonitas.
No
entanto, essa educação que vamos impondo a nós próprios, vai fazendo
com que vejamos que tudo aquilo não passa de uma grande fantasia. Não
conhecemos a vida real desses indivíduos que, à frente das câmeras, são
personagens. A realidade do indivíduo que eles são nós desconhecemos
totalmente.
Por
isto, vale a pena pensarmos em quem é que faz a televisão, quem é que
organiza a sua programação, quem é que estrutura seus plantéis de astros
e estrelas, homens e mulheres atormentados no mundo como quaisquer
outros, com suas deficiências morais, com suas grandezas morais, com
suas facilidades emocionais, com suas dificuldades emocionais, com suas
carências afetivas, com seu orgulho, sua vaidade. Certamente que esse
veículo, tão importante como é a televisão, vai sofrendo os mareios ou
vai recebendo as virtudes daqueles que estão por trás da máquina que faz
tudo isso acontecer.
É
um grande teatro. Mas nós todos proviemos do grande Além para a Terra
com um compromisso, não de seguir os passos dos modelos humanos, mas os
Bons Espíritos estabelecem que o maior Espírito, que Deus deu ao mundo,
para servir de Modelo e de Guia, é o Homem de Nazaré.
Transcrição
do Programa Vida e Valores, de número 199, apresentado por Raul
Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em agosto de 2009.
Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 11 de julho de 2010.
Em 11.10.2010.
Vida e Valores (A Internet)
Vida e Valores (A Internet)
Quem poderia imaginar que o invento de Norberto Wainer desse para o mundo os resultados que vem dando.
Norberto
Wainer pensou, demoradamente, numa forma de criar uma máquina que
pudesse realizar tudo o que o cérebro humano é capaz de realizar. Com
uma vantagem: sem a inércia característica da criatura humana.
Quando
precisamos apertar um botão, por exemplo, temos a vontade, a mente
aciona o nosso sistema nervoso, que atua sobre a musculatura. Então,
apertamos o botão. É um lapso de segundo, mas o suficiente para errarmos
o alvo.
Dessa
maneira, Wainer pensou numa máquina que fizesse isso: apertasse o
botão, sem essa movimentação neurológica, até realizar o fato. Surge,
então, o cérebro eletrônico.
Válvulas,
cabos, peças diversas compuseram o primeiro cérebro eletrônico, que
ocupava quase um edifício de dois andares, para que toda aquela
parafernália mecânica pudesse funcionar.
Na
medida em que o tempo se passou, graças aos implementos que foram sendo
adicionados àquele conhecimento básico, o nosso cérebro eletrônico se
transformou no computador.
E,
hoje, qualquer criança tem o seu computador, através do qual atua no
que quiser, desde jogos, games até compras, negócios, investimentos, que
são feitos através do computador.
Tudo
graças a esse conjunto de coisas que antecederam esse progresso: o
conhecimento da eletricidade, a invenção do telefone ou o tubo de raios
catódicos, conhecido como CRT. Também a construção das redes, o
surgimento do conceito de redes e a invenção dos chips.
Quando se juntou tudo isso, passamos a conhecer a Internet.
Graças à Internet que, por sua vez, só existe por causa do computador, vivemos num mundo em que já não se imagina sem ela, Internet.
Tudo que fazemos hoje é através da Internet. Nossas inscrições em concursos, os diários universitários, tudo pela Internet.
Para
fazermos compras, para pagarmos contas, para recebermos cartas,
mandarmos cartas, mensagens variadas, tabelas, gráficos, desenhos,
programas, livros: Internet.
Num
breve lapso de tempo, nos comunicamos com o outro lado do mundo,
imageticamente. Passamos a usar determinadas câmeras, as famosas Webcam,
para projetar para quem se comunica conosco onde quer que esteja, a
nossa imagem, a imagem do que quisermos e os outros nô-las remeterem.
Fazemos reuniões empresariais, estudantis, políticas, através da Internet. A partir disso, o mundo é outro mundo.
Percebemos
como, gradativamente, a Divindade, que ama a Terra e os terrestres, vai
permitindo que se abram portas de progressos inimagináveis antes.
Como é que nós vivemos tanto tempo sem a Internet?
Não
sentíamos falta dela. O gênio de um homem é que começou a maquinar que,
sem a ajuda de um aparelho que suprimisse a nossa inércia, seria muito
difícil continuar a fazer coisas grandes no mundo.
A Internet vem sendo um instrumento que, à semelhança do poder, do ouro, do dinheiro, é usado a nosso bel prazer.
Por causa disso, vale a pena considerar como usamos a Internet.
* * *
Esse
instrumento notável que é a Internet, bênção de Deus para o nosso
progresso humano, também vem sendo usado por muita gente de má índole.
A Internet permite o anonimato. Não somos obrigados a aparecer, de rosto nu, nas telas que nos registram as mensagens.
Acompanhamos
a ação de indivíduos inteligentes, que poderiam trabalhar para o bem,
mas preferem prestar serviço ao mal, ao equívoco, ao desequilíbrio, à
treva humana.
Temos
os hackers, por exemplo, que são verdadeiros gênios da
eletroeletrônica, da informática e que poderiam usar esses conhecimentos
para fins nobilitantes. Contudo, usam-no para delinquir, para penetrar
indevidamente em programas alheios.
Ao
lado disso, encontramos os que se valem da Internet para o cometimento
de crimes variados, para a calúnia. O indivíduo joga na rede misérias,
horrores do pensamento, incriminando pessoas, atirando na lama nomes,
covardemente, porque pode se valer de um pseudônimo. Não precisa assinar
a mensagem, pode fazer de conta que é quem não é, em verdade.
Quantos
problemas com crianças, adolescentes têm sido criados na Internet,
exatamente porque o adulto se faz passar por outra criança ou
adolescente, usa seu jargão, fala sua linguagem e aí estão os crimes de
pedofilia... pela Internet.
Crianças
são seduzidas a darem endereços, nome dos pais, dados pessoais e, na
sua ingenuidade, desorientadas pelos próprios pais, vão passando,
imaginando que estejam conversando com outra criança.
Os problemas de bullying,
quando crianças escolares, alunos são bombardeados por colegas ou por
professores, diminuindo a sua autoestima, determinando problemas
psicológicos ou mesmo psiquiátricos de grave repercussão.
Mas, encontramos aqueles que fazem bom uso porque, graças à Internet, podemos entrar nos conhecimentos da Ciência, dos filósofos, no mundo das artes, da cultura em geral.
Podemos
viajar, através de programas que nos levam a conhecer as ruas e
avenidas do mundo. Podemos encontrar telas de museus, os mais famosos,
penetrar nos salões notáveis desses museus e contemplar a beleza que ali
é exposta para quem viaja, para vê-los.
A Internet, nas mãos do bem, tem patrocinado cursos acadêmicos, cursos escolares à distância, com rigor, com controles.
É
claro que há também pilhérias, brincadeiras de mau gosto, chamadas de
cursos. No entanto, há coisas sérias, coisas graves, coisas belas,
realizadas via Internet.
Dessa
maneira, nos damos conta de que todas as bênçãos que Deus permite
chegar ao mundo, a criatura humana, na sua impetuosidade, no seu estilo
excitado de ser, deseja lançar mão, deseja se assenhorear. E, porque o
nosso lado ético-moral não anda assim tão bem desenvolvido, muitos
querem tirar proveito, ainda que por meios escusos, dessas bênçãos que
Deus nos envia. A Internet não escapou disto.
Cabe a você, cabe a todos nós, a observância da ética, da moralidade, no uso desse veículo importante para a nossa vida social.
Sabermos
que aquilo que estamos plantando na Internet e que se espalha pelo
mundo inteiro, de bom ou de ruim, um dia, mais cedo ou mais tarde,
teremos que voltar para recolher.
Se
forem coisas boas, recolheremos esses frutos doces da felicidade. Se
negativas, teremos que amargar a reconstrução do bem na Terra.
Transcrição
do Programa Vida e Valores, de número 206, apresentado por Raul
Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em agosto de 2009.
Em 24.01.2011.
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Vida e Valores (A importância da educação)
Há
uma questão fundamental, na vida da sociedade, que tem sido alvo de
muitas discussões, tanto em nível de família, em nível governamental, em
nível geral. Essa questão é a
que se relaciona à educação. Ninguém pode imaginar que uma sociedade se
construa e se mantenha em boas bases, longe dos princípios educacionais.
Mas,
o que temos visto costumeiramente é que a educação não tem sido bem
trabalhada, bem desenvolvida por aqueles responsáveis por ela.
Exatamente por uma deficiência básica, uma questão conceitual. O que se
vem chamando de educação? O que é que nós entendemos por educação? O que
as classes sociais admitem seja a educação?
A
partir dessa questão conceptiva, todas as coisas começam a ganhar mais
ou menos expressividade. Quando pensamos em educação, costumeiramente
pensamos em instrução. As tradições culturais norteamericanas e
europeias trataram de chamar de educação ao aprendizado intelectual.
Uma
criatura muito bem instruída, dizia-se e afirma-se, ainda hoje, que é
muito bem educada. Por terem estudado nos melhores colégios, por terem
tido excelentes professores, por terem feito bons cursos, diz-se que
essas pessoas têm ou tiveram uma boa educação.
Não
resta dúvida que a questão educacional passa por esse viés
instrucional, mas educação não é propriamente a instrução. Se a
instrução representasse a educação, a Humanidade estaria um pouco
melhor. Mas há dúvidas relativamente a isso exatamente porque, quando se
fala em educação, se está referindo a essa arte ou a esse ofício de
plasmar o caráter dos indivíduos.
Sempre
que se trabalha o caráter das pessoas se está trabalhando a sua
educação. Educar é a arte de moldar ou de formar os caracteres. Se se
pensa a partir disso, temos que admitir que teremos boa educação e
teremos má educação.
Se
é a arte de formar o caráter dos indivíduos, encontramos indivíduos
cujo caráter é muito mal formado. Ele foi educado para isso, recebeu
implementos para isso, obteve incrementos para isso. Uma criança mal
educada quase sempre nós dizemos que é sem educação. Ninguém é sem
educação. Pode ter uma má educação mas tem educação.
É
aquela criança que foi recebendo no seu habitat, no seu meio ambiente,
de seus pais, dos adultos, das pessoas que com ela conviveram esses
elementos que reforçaram as deficiências próprias. Cada vez que um pai,
que uma mãe diga para o seu filho: Não me traga desaforo para casa, se apanhou bata também, está criando um violento deseducado. Não me traga desaforos para casa é crucial porque seria importante que os pais dissessem: Traga para casa, porque em casa conversamos, dialogamos, explicamos e desaguamos as pressões, as tensões daquilo que se viveu na rua.
Os antigos diziam que Quando um não quer dois não brigam.
Essa é uma verdade. Então, é muitíssimo importante que verifiquemos que
essa criatura violenta, muitas vezes aprendeu a ser violenta na
contextualidade da sua família ou do seu grupo social.
São
muitos os pais que ensinam aos filhos a tirar vantagem de tudo, a
explorar as pessoas parvas, as pessoas tolas. Isso começa de casa,
quando os próprios pais contratam servidores domésticos de baixo nível
intelectual para lhes pagar salários de fome. A criatura
trabalha como um boi ladrão, trabalha como um animal de tração e ganha
salários de fome. Essa exploração, que as crianças vão aprendendo, desde
sua própria casa, é deseducação ou, se quisermos, uma má educação.
Estaremos
formando os nossos pequenos, nossos jovens para que sejam adultos
exploradores. Daí começarmos a pensar, a refletir maduramente na
importância do fenômeno educativo. Jamais teremos uma sociedade bem
posta, jamais encontraremos uma sociedade bem estruturada, bem ordenada
sócio- politicamente, sócioeconomicamente, sócio-políticoeconomicamente,
longe das bases da educação.
* * *
A
partir do momento que se der atenção ao fenômeno educacional,
começaremos a plasmar uma nova estrutura da sociedade. Os nobres guias
da Humanidade estabeleceram que, enquanto as instituições não mudarem
seus valores estruturais, não adotarem posturas éticas, ético-morais de
boa qualidade, será muito difícil que a Humanidade se modifique, uma vez
que tudo conspira para manutenção do egoísmo.
A
fim de que o egoísmo bata em retirada e que possamos pensar numa
sociedade plural, com pessoas diferentes, de variados níveis, de
variadas culturas, de múltiplos interesses, ao respeitarem-se
reciprocamente, o fenômeno educacional ter-se-á implantado.
Uma
das grandes deficiências do processo educativo está no educador. O
educador, seja pai, mãe, professor, seja quem for é uma pessoa que
carrega em si seus próprios conflitos, suas aberrações, suas
insanidades, suas perversões. É muito difícil não deixar que essas
coisas vazem, no momento ou durante o processo em que se elabore a
educação.
Como
é que se vai educar crianças ou jovens sem que esses valores estejam
devidamente assentados na sua própria intimidade? Quando se falar para a
criança ou para o jovem a respeito desses elementos educativos não se
falará com verdade, não se falará com convicção, não se terá a crença
necessária para que o ouvinte admita e assimile.
Será
fácil para o educando ler na voz, na tremura da voz, no desvio do olhar
do educador que aquilo que ele está propondo, aquilo que ele está
falando, aquilo que ele está dizendo, não corresponde à verdade. Daí, a
educação precisar trabalhar desde a figura do educador para que haja
transparência na relação educador - educando, para que haja verdade, uma
vez que temos entregue aos nossos jovens, às nossas crianças uma
herança discurso muito bonita porque todos os governantes candidatos
falam na grandeza, na importância da educação.
Ainda
que eles estejam pensando na escolaridade, ainda que estejam admitindo
essa educação escola, ainda assim é um discurso vazio porque eles não
acreditam que a educação valha, porque uma vez que as comunidades
estejam bem educadas nunca mais votarão neles. Uma vez que as
comunidades estejam devidamente bem formadas, não aceitarão as
falcatruas, as corrupções, toda essa vilania que estamos encontrando no
mundo, nas estruturas sócio- políticas, econômicas, religiosas a que
temos acesso.
É
muito importante o fenômeno da educação, mas a educação mais eficaz não
pode ser admitida, não pode ser tida como um mero verniz social. Não é
educada a pessoa que fala manso, que dobra o pescoço para falar, que tem
um monte de maneirismos, de trejeitos, de salamaleques ou de mis em scène.
Essa
é uma pessoa maneirosa. A pessoa educada é aquela que vive de maneira
educada, que imprime essa boa educação à sua vida, à sua relação com
seus filhos, à sua relação com seu esposo, à sua relação com a família
como um todo e, gradativamente, à sua relação com a sociedade.
É muito triste, é lamentável mesmo encontrarmos pessoas bem formadas academicamente, intelectualmente, mas que dizemos que tem pavio curto.
Elas não conseguem ouvir nenhuma discordância, são incapazes de
suportar alguém que não as aplauda, que não lhes apoie as ideias.
Não
adianta ter uma boa cultura acadêmica se não consegue fazer bom uso
dessa cultura acadêmica. Daí encontramos médicos, pneumologistas
tabagistas! Como é que ele passa a verdade para o seu paciente ao
pedir-lhe para que pare de fumar?
Encontramos
pessoas que dão classe de moral, cuja língua é uma verdadeira chibata
do comportamento alheio, da vida alheia. Encontramos pessoas que têm um
discurso completamente alienado, distanciado do curso de sua vida.
A
importância da educação é que para que banhemos o outro com as suas
águas cristalinas é indispensável que nos banhemos primeiro. A educação é
profundamente importante, por isso precisamos enfatizar que, sem as
bases de uma educação - mudança de comportamento, uma educação que nos
ensine a viver na Terra e a nos relacionar com os outros, muito
dificilmente a nossa sociedade encontrará o desfecho feliz a que faz jus
e que espera.
Transcrição
do Programa Vida e Valores, de número 159, apresentado por Raul
Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em julho de 2008.
Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 21.02.2010.
Em 05.04.2010.
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