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sábado, 6 de julho de 2013
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Entre Chamados e Escolhidos. "... para que te faças escolhido como sustentáculo na obra da luz e do amor, não basta te consagres a longas plataformas verbais ou a preciosas promessas da boca, vazias de substância e sentido...."
Entre Chamados e Escolhidos
Emmanuel
Apreciando aquele
ensinamento dos “chamados e escolhidos”, a destacar-se da palavra do Senhor, nas
lições do Evangelho, mentalizemos o assunto, transferindo-o a uma oficina
terrestre.
Em favor da produção de
serviço, são aí admitidos colaboradores de variada procedência, escalonados em
classes diversas.
Todos são chamados pela obra a
fazer, a fim de conjugarem esforços dentro das finalidades da instituição a que
se ajustam.
Entretanto, raros se portam à
altura dos compromissos que assumem.
Muitos deles devoram o tempo,
renovando indagações incessantes acerca dos problemas comezinhos da casa, a
pretexto de recolherem esclarecimentos e diretrizes.
São os servos ociosos.
Outros muitos confiam-se à
irascibilidade e à cólera, arrojando de si os fluídos empestados da indisciplina
com que espalham o fogo da rebelião e o gelo do desânimo, anulando máquinas e
desencorajando os companheiros.
São os servos revoltados.
Muitos ainda entregam-se ao
culto da lisonja, abandonando as obrigações que lhes cabem, para tecerem elogios
venenosos à pessoa dos dirigentes, com o fim de lhes subornarem a consciência, à
cata de vantagens materiais.
São os servos bajuladores.
Muitos se refugiam nos
programas extensos, salientando o futuro com discursos brilhantes, nos quais se
reportam a imaginárias realizações, abominando os deveres humildes que
consideram indignos da inteligência que lhes é própria.
Mas há um tipo de cooperador
que indaga pouco e age muito, que cultua a dignidade pessoal sem descer aos
desvarios do orgulho, que sustenta o respeito devido à ordem sem se render à
adulação e que traça diretivas de trabalho para cumpri-las, cada dia, ao preço
do próprio amor e da própria renúncia.
Servos desses são aqueles que
o serviço elege por seus diretores, sem qualquer recurso a caprichos
particulares.
Assim, para que te faças
escolhido como sustentáculo na obra da luz e do amor, não basta te consagres a
longas plataformas verbais ou a preciosas promessas da boca, vazias de
substância e sentido.
Antes de tudo, é
imprescindível saibamos escolher a própria luz e o próprio amor como normas de
nossa vida, porque assim, através do constante serviço aos outros, edificaremos
o verdadeiro serviço a nós mesmos em abençoada e permanente ascensão.
F É, P A Z E A M O R - Francisco Cândido Xavier - Emmanuel
Transcrição : Valéria
A importância da palavra na doutrinação e em nosso dia a dia...
( Alguns trechos foram subtraídos para não tornar tão extenso)
IRMÃ CLARA
IRMÃ CLARA
André Luiz
XXII
(...)Por que motivo
rogaria ele o concurso de outrem, quando se dirigira com tanto êxito à
mente de Esteves e Armando, reencarnados? não lhes favorecera o retrocesso
da memória, até os recuados dias da luta no Paraguai? porque não
conseguiria doutrinar também a desditosa irmã enferma?
O Ministro ouviu-me,
tolerante, e redargüiu:
‑ Iludes-te. Nem
sempre doutrinar será transformar. Efetivamente, guardo alguma força
magnética suficientemente desenvolvida, capaz de operar sobre a mente de
nossos companheiros em recuperação; no entanto, ainda não disponho de
sentimento sublimado, suscetível de garantir a renovação da alma. Sem
dúvida, dentro de minhas limitações, estou habilitado a falar à
inteligência, mas não me sinto à altura de redimir corações. Para esse
fim, para decifrar os complicados labirintos do sofrimento moral, é
imprescindível haver atingido mais elevados degraus na humana compreensão.
Dispunha-me a
desfechar novo interrogatório, contudo, nosso orientador indicou-nos bela
edificação próxima.
Cercada de arvoredo,
que servia de enfeite a espaçosos canteiros de flores, a residência de
Clara figurou-se-nos pequeno colégio ou gracioso internato de moças.
Até certo ponto, não
nos enganáramos.
A nossa anfitriã não
morava num estabelecimento de ensino, entretanto, mantinha em casa um
verdadeiro educandário, tão grandes e luzidas eram as assembléias
instrutivas que sabia organizar.
Recebeu-nos em
extenso salão, onde era atenciosamente ouvida por quatro dezenas de alunos
de variadas condições, que se instalavam à vontade, em grupos diversos,
sem qualquer idéia de escola assinalando o ambiente em sua feição
exterior.
De olhos rasgados e
lúcidos a lhe marcarem magnificamente o semblante com os traços
aristocráticos do rosto emoldurados pela basta cabeleira, Clara parecia
uma jovem madona, detida entre os melhores dons da mocidade e da madureza.
Estendeu-nos as mãos pequenas e finas, respondendo-nos às saudações com
alegria sincera.
Nosso orientador
rogou excusas, pela nossa interferência no trabalho.
‑ Não se incomodem –
acentuou a interlocutora, encantadoramente natural ‑, achamo-nos num curso
rápido, acerca da importância da voz a serviço da palavra. Podem
partilhá-lo conosco. Nossa aula é uma simples conversação ...
Fitando bondosamente
o Ministro, rematou:
‑ Sentem-se. Sou eu
quem pede perdão por fazê-los esperar mais um pouco. Em breves instantes,
todavia, entraremos em nosso entendimento mais íntimo.
E, voltando à
poltrona que nada tinha de cátedra, sem qualquer atitude professoral, tão
grande era o doce ambiente de maternidade que sabia irradiar de si,
começou a dizer para os aprendizes:
‑ Conforme estudamos
na noite de hoje, a palavra, qualquer que ela seja, surge invariavelmente
dotada de energias elétricas específicas, libertando raios de natureza
dinâmica. A mente, como não ignoramos, é o incessante gerador de força,
através dos fios positivos e negativos do sentimento e do pensamento,
produzindo o verbo que é sempre uma descarga electromagnética, regulada
pela voz. Por isso mesmo, em todos os nossos campos de atividade, a voz
nos tonaliza a exteriorização, reclamando apuro de vida interior, de vez
que a palavra, depois do impulso mental, vive na base da criação; é por
ela que os homens se aproximam e se ajustam para o serviço que lhes
compete e, pela voz, o trabalho pode se favorecido ou retardado, no espaço
e no tempo.
Dentro da pausa
ligeira que se fizera espontânea, simpática senhora interrogou:
‑ Mas, para que
tenhamos a solução do problema, é indispensável jamais nos encolerizarmos?
‑ Sim – elucidou a
instrutora, calma ‑, indiscutivelmente, a cólera não aproveita a ninguém,
não passa de perigoso curto-circuito de nossas forças mentais, por defeito
na instalação de nosso mundo emotivo, arremessando raios destruidores, ao
redor de nossos passos ...
Sorrindo bem
humorada, acrescentou:
‑ Em tais ocasiões,
se não encontramos, junto de nós, alguém com o material isolante da oração
ou da paciência, o súbito desequilíbrio de nossas energias estabelece os
mais altos prejuízos à nossa vida, porque os pensamentos desvairados, em
se interiorizando, provocam a temporária cegueira de nossa mente,
arrojando-a em sensações de remoto pretérito, nas quais como que descemos
quase sem perceber a infelizes experiências da animalidade inferior. A
cólera,segundo reconhecemos, não pode e nem deve comparecer em nossas
observações, relativas à voz. A criatura enfurecida é um dínamo em
descontrole, cujo contato pode gerar as mais estranhas perturbações.
Um moço, com
evidente interesse nas lições, argumentou:
‑ E se
substituíssemos o termo «cólera» pelo termo «indignação»?
Irmã Clara pensou
alguns instantes e redarguiu:
‑ Efetivamente, não
poderíamos completar os nossos apontamentos, sem analisar a indignação
como estado dalma, por vezes necessário. Naturalmente é imprescindível
fugir aos excessos. Contrariar-se alguém a propósito de bagatelas e a
todos os instantes do dia será baratear os dons da vida, desperdiçando-os,
de modo inconseqüente, sem o mínimo proveito para si mesmo ou para os
outros. Imaginemos a indignação por subida de tensão na usina de nossos
recursos orgânicos, criando efeitos especiais à eficiência de nossas
tarefas. Nos casos de exceção, em que semelhante diferença de potencial
ocorre em nossa vida íntima, não podemos esquecer o controle da inflexão
vocal. Assim como a administração da energia elétrica reclama atenção para
a voltagem, precisamos vigiar a nossa indignação principalmente quando
seja imperioso vertê-la através da palavra, carregando a nossa voz tão
somente com a força suscetível de ser aproveitada por aqueles a quem
endereçamos a carga de nossos sentimentos. É indispensável modular a
expressão da frase, como se gradua a emissão elétrica...
E, ante a assembléia
que lhe registrava os ensinamentos com justificável respeito, prosseguiu,
depois de ligeiro intervalo:
‑ Nossa vida pode
ser comparada a grande curso educativo, em cujas classes inumeráveis damos
e recebemos, ajudamos e somos ajudados. A serenidade, em todas as
circunstâncias, será sempre a nossa melhor conselheira, mas, em alguns
aspectos de nossa luta, a indignação é necessária para marcar a nossa
repulsa contra os atos deliberados de rebelião ante as Leis do Senhor.
Essa elevada tensão de espírito, porém, nunca deve arrojar-se à violência
e jamais deve perder a dignidade de que fomos investidos, recebendo da
Divina Confiança a graça do conhecimento superior. Basta, dentro dela, a
nossa abstenção dos atos que intimamente reprovamos, porque a nossa
atitude é uma corrente de indução magnética. Em torno de nós, quem
simpatiza conosco geralmente faz aquilo que nos vê fazer. Nosso exemplo,
em razão disso, é um fulcro de atração. Precisamos, assim, de muita
cautela com a palavra, nos momentos de tensão alta do nosso mundo emotivo,
a fim de que a nossa voz não se desmande em gritos selvagens ou em
considerações cruéis que não passam de choques mortíferos que infligimos
aos outros, semeando espinheiros de antipatia e revolta que nos
prejudicarão a própria tarefa.
Um amigo que
acompanhava os ensinamentos, com interesse invulgar, perguntou,
respeitoso:
‑ Irmã Clara, como
devemos interpretar as perturbações da voz, como, por exemplo, a gaguez e
a diplofonia?
‑ Sem dúvida –
informou a instrutora, solícita ‑, os órgãos vocais experimentam
igualmente lutas e provações quando reclamam reajuste. Por intermédio da
voz, praticamos vários delitos de tirania mental e, através dela, nos cabe
reparar os débitos contraídos. As enfermidades dessa ordem compelem-nos ao
trabalho de recuperação no silêncio, de vez que, sofrendo a alheia
observação, aprendemos pouco a pouco a governar os próprios impulsos,
afeiçoando-os ao bem.
A orientadora, que
falava com absoluta simplicidade e à maneira de um anjo maternal
dirigindo-se aos filhinhos, comentou, ainda por alguns minutos, o tema
singular com surpreendente primor de definição.
Depois, finda a
aula, permaneceram no belo domicílio tão somente algumas jovens que
encontravam em nossa anfitriã desvelada benfeitora.
Clara convidou-nos a
pequena peça contígua e o Ministro deu-lhe a conhecer o objetivo de nossa
visitação. Alguém na Terra precisava ouvi-la, a fim de modificar-se. A
interlocutora perguntou, com carinho, quanto às particularidades do
serviço que pretendíamos realizar.
Clarêncio resumiu o
drama que nos empolgava a atenção.
Quando se inteirou
de que amargurada mulher devia renunciar ao companheiro que permanecia na
Terra, vimos imensa compaixão se lhe estampar no rosto. Seus olhos
enevoaram-se de lágrimas que não chegaram a cair ...
Compreendi que a
nobre instrutora, aureolada de soberanos valores morais, trazia consigo
profundas mágoas imanifestas. Certamente, buscávamos reconforto para um
coração infeliz num coração que talvez estivesse padecendo ainda mais ...
‑ Pobre criatura! –
disse a orientadora, comovida.
E, afirmando-se com
tempo bastante para ausentar-se, acolheu-nos o apelo e dispôs-se a
seguir-nos generosamente.
Fonte: Livro “Entre
a Terra e o Céu” – Psicografia de Francisco Cândido Xavier pelo Espírito
de André Lui
EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO
Emmanuel
Amparar a infância é
auxiliar a sementeira.
Orientar a mocidade
para o bem é a auxiliar a floração.
A felicidade e a paz
constituem serviço de aprimoramento.
Transposto o escuro
portal da morte, reconhecemos que o professor detém no mundo o cetro do
mais alto sacerdócio.
A escola é santuário da
revelação Divina.
Dentro dela a mente
humana retoma os tesouros do passado e entra em contato com as grandes
vozes da sabedoria para a sublime ascensão no amor.
E nos altares
invisíveis de que se enriquece de Luz, a alma que ensina participa, com o
Senhor, do júbilo de criar.
O mestre é, por isso, o
oleiro milagroso das imagens, descerrando novos horizontes à vida e
abrindo preciosas oportunidades de elevação.
Ó vós, que buscastes na
fonte do Espiritismo com Jesus um campo diferente de ação, vós, cujas
antenas de fé viva conseguiram captar a palavra da Verdade Vitoriosa,
contemplai conosco a paisagem atormentada e escura da experiência humana !
...
Em toda parte, a
aflição clama por segurança, a dor espera lenitivo, a sombra pede luz e a
desarmonia roga paz.
É imprescindível nos
devotemos todos à obra regenerativa do Bem, recompondo destinos e sanando
males aparentemente irremediáveis.
Não nos fixemos, porém,
na breve existência de um dia ! ...
Procuremos a vida, a
Vida Imperecível, que sobrepaira além do tempo e da morte.
Na criança jaz o
recomeço.
No jovem surge a base.
Centralizar os nosso
esforços no aperfeiçoamento, é dever de quantos abraçaram na Terra o
idealismo de soerguimento e sublimação.
Não desejamos, com
semelhantes enunciados, sentenciar a velhice ao abandono. A senectude
dolorida ou desprezada é sempre credora de compaixão. O lar dos deserdados
é serviço que não podemos esquecer.
Reportamo-nos, contudo,
à madureza, da qual devemos aguardar os melhores testemunhos de aplicação
do Evangelho Salvador.
Curto é o período de
possibilidades substanciais de trabalho, para a criatura de passagem na
Terra. Aproveitar esses dias rápidos, na missão do Bem, é impositivo da
lei, que necessitamos respeitar se não desejamos os duros ensinamentos do
reinicio.
E se sabemos que a
reencarnação, por divino instituto de aperfeiçoamento, nos abre
incessantemente as portas abençoadas de novas realizações, não será lícito
olvidar que o serviço prestado à infância e à juventude é obra de caridade
e proteção a nós mesmos.
Ressurgiremos, amanhã,
dos pais que hoje estamos formando.
Integrados no
conhecimento de semelhante realidade, saibamos preparar o caminho
iluminado e feliz para as crianças e para os moços do presente.
Ninguém está exonerado
da cooperação de boa vontade em favor das gerações renascentes.
Quem consagra a Jesus
Cristo aprende a legar um mundo melhor aos que lhe seguem os passos,
através do concurso fraterno ao próximo e da bondade para com a vida de
que comunga nas lides habituais.
O Evangelho não é um
livro simplesmente. É um templo de idéias infinitas – miraculosa escola
das almas – estabelecendo a Nova Humanidade.
Para isso, gera santos
e heróis, artistas e trabalhadores que, em se espalhando no mundo, nele
determinam, de século a século, fecundas renovações para a glória do Amor
Universal.
De certo, estamos ainda
longe do tipo biológico habilitado a refletir integralmente a inspiração
do Cristo, mas, atendendo aos imperativos da educação, reduziremos a longa
e porfiada luta.
Reconduzir para a
dignificação, distribuir a cultura e o trabalho edificantes, animar a
chama dos ideais redentores e proclamar os méritos da fraternidade é a
maneira mais elevada e mais fácil de apagar as trevas do passado e
inflamar os horizontes do futuro.
Tocados pela claridade
da sublimação, ao esplendor da Verdade, pelo conhecimento da sobrevivência
além da morte, uni aos nossos os vossos braços e corações e construamos o
Reino de Deus com as sementes divinas da escola, coroada de luz e
compreensão, segurança e solidariedade.
A técnica prosseguirá
levantando cidades e monumentos, traçando estradas e comunicações,
ajustando máquinas e inventos, materializando a facilidade e o conforto
para a civilização, mas só o amor garantirá no mundo a alegria de viver.
Façamos da oração a
nossa escada de intercâmbio com o Céu, socorramos a enfermidade e
aliviemos o desespero, repartamos o pão e o remédio com os famintos e
doentes, ergamos teto acolhedor aos que vagueiam sem rumo e consolemos a
dor que nos aparece de mil modos, cada dia, nas sendas do mundo, mas não
nos esqueçamos de que Jesus, acima de tudo, é o nosso Divino Mestre e de
que o Cristianismo é serviço de educação.
Levante-se, a cada dia,
com a disposição de servir sem a preocupação de ser servido, de auxiliar
sem retribuição e cooperar sem recompensa, para que a solidariedade
expontânea te favoreça com os créditos e recursos da simpatia.
LIVRO: MENTORES E
SEAREIROS - Francisco Cândido Xavier e Autores Diversos
DEZ APONTAMENTOS DE PAZ
DEZ APONTAMENTOS DE PAZ
André
Luiz
1º Aprenda a
desculpar infinitamente para que os seu erros, à frente dos outros, sejam
esquecidos e perdoados.
2º Cale-se,
diante do escárnio e da ofensa, sustentando o silêncio edificante, capaz
de ambientar-lhe a palavra fraterna em momento oportuno.
3º Não
cultive desafetos, recordando que a aversão por determinada criatura é,
quase sempre, o resultado da aversão que lhe impuseste.
4º Não
permita que o egoísmo e a vaidade, o orgulho e a discórdia se enraízem no
seu coração, lembrando que toda a idéia de superstimação dos próprios
valores é adubo nos espinheiros da irritação e do ódio.
5º Perante o
companheiro que se rendeu às tentações de natureza inferior, deixe que a
compaixão lhe ilumine os pontos de vista, pensando que, em outras
circunstâncias, poderia você ocupar-lhe a indesejável situação e o lugar
triste.
6o Não erga
a sua voz demasiado e nem tempere a sua frase com fel para que a sua
palavra não envenene as chagas do próximo.
7º
Levante-se, cada dia, com a disposição de servir sem a preocupação de ser
servido, de auxiliar sem retribuição e cooperar sem recompensa, para que a
solidariedade espontânea te favoreça com os créditos e recursos da
simpatia.
8º Esqueça a
calúnia e a maledicência, a perversidade e as aflições que lhe dilaceram a
alma, entendendo nas dores e obstáculos do mundo as suas melhores
oportunidades de redenção.
9º Lembre-se
de que os seus credores estão registrando a linguagem de seus exemplos e
perdoar-lhe-ão as faltas e os débitos, à medida que você se fizer o
benfeitor desinteressado de muitos.
10º Não
julgue que o serviço da paz seja mero problema da boca mas, sim,
testemunho de amor renúncia, regeneração e humildade da própria vida,
porque, somente ao preço de nosso próprio suor, na obra do bem, é que
conseguiremos reconciliar-nos, mais depressa, com os nossos adversários,
segundo a lição do Senhor.
Se vos internardes pelo
terreno baldio da queixa, em breve, vos achareis mergulhados no charco de
compridos lamentações.
LIVRO: MENTORES E
SEAREIROS - Francisco Cândido Xavier e Autores Diversos
CAUSAS ESPIRITUAIS DAS DOENÇAS
CAUSAS ESPIRITUAIS DAS
DOENÇAS
Emmanuel
1-O que estrutura espiritualmente o
corpo de carne?
-O corpo espiritual ou perispírito é o corpo básico, constituído de
matéria sutil, sobre o qual se organiza o corpo de carne.
2-O erro de uma encarnação passada pode incluir na encarnação presente,
predispondo o corpo físico às doenças? De que modo?
-A grande maioria das doenças tem a sua causa profunda na
estrutura semimaterial do corpo espiritual. Havendo o espírito agido
erradamente, nesse ou naquele setor da experiÊncia evolutiva, vinca o
corpo espiritual com desequilíbrios ou distonias, que o predispõem à
instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido.
3-Quais os dois aspectos da Justiça?
-A Justiça na Terra pune simplesmente a crueldade manifesta,
cujas conseqüências transitam nas áreas do interesse público, dilapidando
a vida e induzindo à criminalidade; entretanto, esse é apenas o seu
aspecto exterior, porque a Justiça é sempre manifestação constante da Lei
Divina, nos processos da evolução e nas atividades da consciência.
4-Qual a relação existente entre
doenças e a Justiça?
-No curso das enfermidades, é imperioso venhamos a examinar a
Justiça, funcionando com todo o seu poder regenerativo, para sanar os
males que acalentamos.
5-O que faz o Espírito, antes de
reencarnar-se visando à própria melhoria?
-Antes da reencarnação, nós mesmos, em plenitude de
responsabilidade, analisamos os pontos vulneráveis da própria alma,
advogando em nosso próprio favor a concessão dos impedimentos físicos que,
em tempo certo, nos imunizem, ante a possibilidade de reincidência nos
erros em que estamos incursos.
6-Que pedem, para regenerar-se, os
intelectuais que conspurcaram os tesouros da alma?
-Artífices do pensamento, que malversamos os patrimônios do
espírito, rogam empeços cerebrais, que se façam por algum tempo alavancas
coercitivas, contra as nossas tendências ao desequilíbrio intelectual.
7-Que medidas de reabilitação rogam os artistas que corromperam a
inteligência?
-Artistas, que intoxicamos a sensibilidade alheia com os abusos
da representação viciosa, imploramos moléstias ou mutilações, que nos
incapacitem para a queda em novas culpas.
8-Que emendas solicitam os oradores e pessoas que influenciaram
negativamente pela palavra?
-Tarefeiros da palavra, que nos prevalecemos dela para caluniar
ou para ferir, solicitamos as deficiências dos aparelhos vocais e
auditivos, que nos garantam a segregação providencial.
9-Que providências retificadoras pedem para si próprios aqueles que
abraçaram graves compromissos do sexo?
-Criaturas dotadas de harmonia orgânica, que arremessamos os
valores do sexo ao terreno das paixões aviltantes, enlouquecendo corações
e fomentando tragédias, suplicamos as doenças e as inibições genésicas que
em nos humilhando, servem por válvulas de contenção dos nossos impulsos
inferiores.
10-Todas as enfermidades conhecidas foram solicitadas pelo Espírito do
próprio enfermo, antes de renascer?
-Nem sempre o Espírito requisita deliberadamente determinadas
enfermidades de vez que, em muitas circunstâncias quais aqueles que se
verificam no suicídio ou na delinqüência, caímos, de imediato, na
desagregação ou na insanidade das próprias forças, lesando o corpo
espiritual, o que nos constrange a renascer no berço físico, exibindo
defeitos e moléstias congênitas, em aflitivos quadros expiatórios.
11-Quais são os casos mais comuns de
doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina?
-Encontramos numerosos casos de doenças compulsórias, impostas
pela Lei Divina, na maioria das criaturas que trazem as provações da
idiotia ou da loucura, da cegueira ou da paralisia irreversíveis, ou
ainda, nas crianças-problemas, cujos corpos, irremediavelmente frustrados,
durante todo o curso da reencarnação, mostram-se na condição de celas
regenerativas, para a internação compulsória daqueles que fizeram jus a
semelhantes recursos drásticos da Lei. Justo acrescentar que todos esses
companheiros, em transitórias, mas duras dificuldades, renascem na
companhia daqueles mesmos amigos e familiares de outro tempo que, um dia,
se cumpliciaram com eles na prática das ações reprováveis em que
delinqüiram.
12-A mente invigilante pode instalar
doenças no organismo? E o que pode provocar doenças de causas espirituais
na vida diária?
-A mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmonias do
que todas as bactérias e vírus conhecidos.
Necessário, pois, considerar igualmente, que desequilíbrios e
moléstias surgem também da imprudência e do desmazelo, da revolta e da
preguiça. Pessoas que se embriagam a ponto de arruinar a saúde; que
esquecem a higiene até se tornarem presas de parasitas destruidores; que
se encolerizam pelas menores razões, destrambelhando os próprios nervos;
os que passam, todas as horas em redes e leitos, poltronas e janelas, sem
coragem de vencer a ociosidade e o desânimo pela movimentação do trabalho,
prejudicando a função dos órgãos do corpo físico, em razão da própria
imobilidade, são criaturas que geram doenças para si mesmas, nas atitudes
de hoje mesmo, sem qualquer ligação com causas anteriores de existências
passadas.
13-Qual a advertência de Jesus para
que nos previnamos dos males do corpo e da alma?
-Assinalando as causas distantes e próximas das doenças de agora,
destacamos o motivo por que os ensinamentos da Doutrina Espírita nos fazem
considerar, com mais senso de gravidade, a advertência do Mestre: “Orai e
vigiai, para não cairdes em tentação”.
Da Obra “Leis Do Amor” - Espírito:
Emmanuel –
Psicografias: De Francisco Cândido Xavier
Dos Capítulos Pares
E Waldo Vieira, Dos Capítulos Ímpares.
Digitado Por: Lúcia Aydir.
O TRATAMENTO DAS DOENÇAS E O ESPIRITISMO
O
TRATAMENTO DAS DOENÇAS
E O
ESPIRITISMO
Emmanuel
1-O Espiritismo pode contribuir par ao
tratamento das doenças?
-A doutrina Espírita, expressando o Cristianismo Redivivo, não
apenas descortina os panoramas radiantes da imortalidade, ante o grande
futuro, mas é igualmente luz para o homem, a clarear-lhe o caminho; desse
modo, desempenha função específica no tratamento das doenças que fustigam
a Humanidade, por ensinar a medicina da alma, em bases no amor construtivo
e reedificante.
-Nas trilhas da experiência terrestre, realmente, a cada trecho,
surpreendemos desequilíbrios, a se exprimirem por enfermidades individuais
ou coletivas.
2-Existe uma patologia da alma?
-Mágoas, ressentimentos, desesperos, atritos e irritações
entretecem crises do pensamento, estabelecendo lesões mentais que culminam
em processos patológicos, no corpo e na alma, quando não se convertem, de
pronto, em pábulo da loucura ou em sombra da morte.
3-Por que acontece assim?
-Isso acontece porque milhões de criaturas, repostas no lar,
recapitulam amargosas e graves experiências, junto àqueles que
atormentaram outrora ou que outrora lhes foram implacáveis verdugos;
metamorfoseados em companheiros que, às vezes, trazem o nome de pais e
figuram-se adversários intransigentes; responderam por filhos e mais se
assemelham a duros algozes dos corações afetuosos que lhes deram o tesouro
do berço; carregam a certidão de esposos e parecem forçados, em algemas
duplas na pedreira do sofrimento; fazem-se conhecidos por titulares da
parentela e exibem-se, à feição de carrascos tranqüilos.
4-Como classificar o reduto doméstico,
onde se reúnem sob os mesmos interesses e sob o mesmo sangue os inimigos
de existências passadas?
-Do ponto de vista mental,os adversários do pretérito,
reencarnados no presente, expandem entre si tamanha carga vibratória de
crueldade e rebeldia, que transfiguram o ninho familiar em furna, minado
por miríades de raios destrutivos de azedume e aversão.
5-Qual o papel dos princípios
espíritas diante dos conflitos familiares?
-Diante dos conflitos familiares, surgem os princípios espíritas
por medicação providencial.
6-Qual o ponto fundamental do socorro
espírita nos males de origem doméstica?
Claramente, na educação individual e, evidenciando a
reencarnação, destaca o impositivo da tolerância mútua, por terapêutica
espiritual imediata, a fim de que os pontos nevrálgicos do indivíduo ou do
grupo sejam definitivamente sanados.
7-Como classificam a Doutrina Espírita
as pessoas difíceis da convivência ou da consanguinidade?
-A Doutrina Espírita, proclamando o entendimento fraterno por
medida inalienável, perante os ajustes precisos, cataloga os irmãos
transviados na ficha dos enfermos carecentes de compaixão e socorro.
8-Como funcionam os ensinamentos
espíritas na cura dos males que infelicitam as criaturas humanas?
-Os ensinamentos espíritas, despertando a mente para a
necessidade do trabalho e do estudo espontâneo, preparam a criatura em
qualquer situação, para a obra do aperfeiçoamento próprio e desvelando a
continuidade da vida, para lá da morte, patenteiam ao raciocínio de cada
um que a individualidade não encontrará, além-túmulo, qualquer
prerrogativa e sim a felicidade ou o infortúnio que construiu para si
mesma, através daquilo que fez aos semelhantes.
9-A caridade pode auxiliar nas curas
dos males humanos?
-Fácil verificar, assim, que a Doutrina Espírita encerra a
filosofia do pensamento reto, por agente preservativo da saúde moral, e
consubstancia a religião natural do bem, cujas manifestações definem a
caridade por terapêutica de alívio e correção de todos os males que
afligem a existência.
10-Em que fórmulas essenciais se
baseiam a terapêutica espírita?
-Com os ensinamentos espíritas aprendemos que os atos de bondade,
ainda os mais apagados e pequeninos, são plantações de alegrias eternas e
que o perdão incondicional das ofensas é a fórmula santificante para
supressão da dor e renovação do destino.
11-Quais são os medicamentos do
espírito?
-Nas atividades espíritas, colhemos do magnetismo sublimados
benefícios imediatos, seja no clima do passe, sob o influxo da oração, ou
no culto sistemático do Evangelho no lar, por intermédio dos quais,
benfeitores e amigos desencarnados nos reequilibram as forças, através da
inspiração elevada, apaziguando-nos os pensamentos, ou se valem de
recursos mediúnicos esparsos no ambiente, a fim de nos propiciarem socorro
à alma aflita ou às energias exaustas.
-Se abraçastes, pois, a Doutrina Espírita, perlustra-lhes os
ensinos e compreenderás que a humildade e a benevolência, o serviço e a
abnegação, a paciÊncia e a esperança, a solidariedade e o otimismo são
medicamentos do Espírito, transformando lutas em lições e dificuldades em
bênçãos, porque no fundo de cada esclarecimento e de cada mensagem
consoladora, que te fluem da inspiração, ouvirás a palavra do Cristo:
“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Da Obra “Leis Do Amor” - Espírito:
Emmanuel –
Psicografias: De Francisco Cândido Xavier
Dos Capítulos Pares
E Waldo Vieira, Dos Capítulos Ímpares.
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