O Aprendiz Desapontado
Um menino que desejava ardentemente residir no Céu, numa
bonita manhã, quando se encontrava no campo, em companhia de
um burro, recebeu a visita de um Bom Espírito.
Reconheceu, depressa, o emissário de Cima, pelo sorriso bondoso
e pela veste resplandecente.
O rapazelho gritou:
- Mensageiro de Jesus, quero o paraíso! Que fazer para chegar até
lá?!
O Espírito respondeu com gentileza:
- O primeiro caminho para o Céu é a obediência e, o segundo, é o
trabalho.
O pequeno, que não parecia muito diligente, ficou pensativo.
O enviado de Deus então disse:
- Venho a este campo, a fim de auxiliar a Natureza que tanto nos
dá.
- o menino ficou pensativo. E o Espírito convidou:
- Queres ajudar-me a limpar o chão, carregando estas pedras para
o fosso vizinho?
O menino respondeu:
- Não posso.
O emissário celeste se dirigiu ao burro:- Você quer ajudar-me?
O animal pacientemente,transportou tudo.
O Espírito passou a dar ordens: - Abramos um caminho.
- Eu não! Disse o menino.
- Ajudarei... prontificou-se o burro.
-Vamos mover o arado. Sugeriu o Espírito.
-Safa! Não quero nada , disse o menino.
-Eu ajudo... apresentou-se o burro
Durante a sementeira, o pequeno repousava e o burro trabalhava.
Abriram um filete de água.
O jovem, cheio de saúde e de leveza, permanecia amuado,
choramingando sem razão.
No fim do dia, o campo estava lindo.
Canteiros bem desenhados surgiam ao centro, ladeados por fios
de água benfeitora.
As árvores pareciam orgulhosas de proteger os canteiros. O vento
parecia um sopro divino no matagal.
A Lua espalhou intensa claridade.
O Espírito abraçou o obediente animal.
- Deus abençoe sua contribuição, meu amigo, disse o Espírito.
O menino viu que o mensageiro se punha de volta, gritou,
ansioso:
- Espírito querido, quero seguir contigo, quero ir para o Céu!...
O emissário divino respondeu, porém:
- O paraíso não foi feito para gente preguiçosa.
E o emissário informou:
Se você deseja encontrá-lo, aprende primeiramente a obedecer
com o burro que soube ser disciplinado e educado também.
E assim esclarecendo subiu para as estrelas, deixando o rapazinho
desapontado, mas disposto a mudar de vida.
A Vida Fala.
Néio Lúcio/Chico Xavier
Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!
sábado, 15 de dezembro de 2012
O Aprendiz Desapontado:..."- O primeiro caminho para o Céu é a obediência e, o segundo, é o trabalho..."
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O Poder Da Gentileza:..."O exemplo é mais vigoroso que a argumentação. A gentileza está revestida, em toda parte, de glorioso poder."
O Poder Da Gentileza
Eminente professor negro, interessado em fundar uma escola num
bairro pobre, onde centenas de crianças desamparadas cresciam
sem o benefício das letras, foi recebido pelo prefeito da cidade.
O prefeito ouvir-lhe o plano e disse-lhe:
- A lei e a bondade nem sempre podem estar juntas. Organize uma
casa e autorizaremos a providência.
O benfeitor dos meninos desprotegidos considerou:
- Mas doutor, não dispomos de recursos... Que fazer?
- De qualquer modo, cabe-nos amparar os pequenos analfabetos.
Diante de sua figura humilde, o prefeito disse:
- O senhor não pode intervir na administração.
O professor muito triste, retirou-se e passou a tarde e a noite
daquele sábado, pensando, pensando...
Domingo, muito cedo saiu a passear, sob as grandes árvores, na
direção de antigo mercado.
Ia comentando, na oração silenciosa:
- Meu Deus como agir? Não receberemos um pouso para as
criancinhas, Senhor?
Absorvido na meditação, atingiu o mercado e entrou.
O movimento era enorme. Muitas compras. Muita gente.
Certa senhora, de apresentação distinta, aproximou-se dele e
tomando-o por servidor vulgar, de mãos desocupadas e cabeça
vazia, exclamou:
- Meu velho, venha cá.
O professor acompanhou-a sem vacilar.
À frente dum saco enorme, em que se amontoavam mais de trinta
quilos de verdura, a matrona recomendou:
- Traga-me esta encomenda.
Colocou ele o fardo às costas e seguiu-a.
Caminharam seguramente uns quinhentos metros e penetraram
elegante vivenda, onde a senhora voltou a solicitar:
- Tenho visitas hoje. Poderá ajudar-me no serviço geral?
- Perfeitamente – respondeu o interpelado -, dê suas ordens.
Ela indicou pequeno pátio e determinou-lhe a preparação de meio
metro de lenha para o fogão.
Empunhando o machado, o educador, com esforço, rachou
algumas toras.
Em seguida, foi chamado para retificar a chaminé. Consertou-a
com sacrifício da própria roupa.
Sujo de pó escuro, da cabeça aos pés, recebeu ordens de buscar
um peru assado. Pôs-se a caminho, trazendo o grande prato em
pouco tempo. Logo mais, atirou-se à limpeza de extenso recinto
em que se efetuaria lauto almoço.
Nas primeiras horas da tarde, sete pessoas davam entrada no
fidalgo domicílio. Entre elas, relacionava-se o prefeito que anotou
a presença do visitante da véspera, apresentado ao seu gabinete
por autoridades respeitáveis.
Reservadamente, indagou sua irmã, que era a dona da casa,
quanto ao novo conhecimento, conversando ambos na surdina.
Ao fim do dia, a matrona distinta e autoritária, com visível
desapontamento, veio ao servo improvisado e pediu o preço dos
trabalhos.
- Não pense nisto – respondeu com sinceridade -, tive muito
prazer em ser-lhe útil.
No dia imediato, contudo, a dama da véspera procurou-o, na sua
casa modesta em que se hospedava e, depois de rogar-lhe
desculpas, anunciou-lhe a concessão de amplo edifício, destinado
à escola que pretendia estabelecer. As crianças usariam o
patrimônio à vontade e o prefeito autorizaria a providência com
satisfação.
O professor teve os olhos úmidos a alegria e o reconhecimento... e
agradecendo e beijou-lhe as mãos, respeitoso.
A bondade dele vencera os impedimentos legais.
O exemplo é mais vigoroso que a argumentação.
A gentileza está revestida, em toda parte, de glorioso poder.
Livro : A Vida Fala
Néio Lúcio/ Chico Xavier
Eminente professor negro, interessado em fundar uma escola num
bairro pobre, onde centenas de crianças desamparadas cresciam
sem o benefício das letras, foi recebido pelo prefeito da cidade.
O prefeito ouvir-lhe o plano e disse-lhe:
- A lei e a bondade nem sempre podem estar juntas. Organize uma
casa e autorizaremos a providência.
O benfeitor dos meninos desprotegidos considerou:
- Mas doutor, não dispomos de recursos... Que fazer?
- De qualquer modo, cabe-nos amparar os pequenos analfabetos.
Diante de sua figura humilde, o prefeito disse:
- O senhor não pode intervir na administração.
O professor muito triste, retirou-se e passou a tarde e a noite
daquele sábado, pensando, pensando...
Domingo, muito cedo saiu a passear, sob as grandes árvores, na
direção de antigo mercado.
Ia comentando, na oração silenciosa:
- Meu Deus como agir? Não receberemos um pouso para as
criancinhas, Senhor?
Absorvido na meditação, atingiu o mercado e entrou.
O movimento era enorme. Muitas compras. Muita gente.
Certa senhora, de apresentação distinta, aproximou-se dele e
tomando-o por servidor vulgar, de mãos desocupadas e cabeça
vazia, exclamou:
- Meu velho, venha cá.
O professor acompanhou-a sem vacilar.
À frente dum saco enorme, em que se amontoavam mais de trinta
quilos de verdura, a matrona recomendou:
- Traga-me esta encomenda.
Colocou ele o fardo às costas e seguiu-a.
Caminharam seguramente uns quinhentos metros e penetraram
elegante vivenda, onde a senhora voltou a solicitar:
- Tenho visitas hoje. Poderá ajudar-me no serviço geral?
- Perfeitamente – respondeu o interpelado -, dê suas ordens.
Ela indicou pequeno pátio e determinou-lhe a preparação de meio
metro de lenha para o fogão.
Empunhando o machado, o educador, com esforço, rachou
algumas toras.
Em seguida, foi chamado para retificar a chaminé. Consertou-a
com sacrifício da própria roupa.
Sujo de pó escuro, da cabeça aos pés, recebeu ordens de buscar
um peru assado. Pôs-se a caminho, trazendo o grande prato em
pouco tempo. Logo mais, atirou-se à limpeza de extenso recinto
em que se efetuaria lauto almoço.
Nas primeiras horas da tarde, sete pessoas davam entrada no
fidalgo domicílio. Entre elas, relacionava-se o prefeito que anotou
a presença do visitante da véspera, apresentado ao seu gabinete
por autoridades respeitáveis.
Reservadamente, indagou sua irmã, que era a dona da casa,
quanto ao novo conhecimento, conversando ambos na surdina.
Ao fim do dia, a matrona distinta e autoritária, com visível
desapontamento, veio ao servo improvisado e pediu o preço dos
trabalhos.
- Não pense nisto – respondeu com sinceridade -, tive muito
prazer em ser-lhe útil.
No dia imediato, contudo, a dama da véspera procurou-o, na sua
casa modesta em que se hospedava e, depois de rogar-lhe
desculpas, anunciou-lhe a concessão de amplo edifício, destinado
à escola que pretendia estabelecer. As crianças usariam o
patrimônio à vontade e o prefeito autorizaria a providência com
satisfação.
O professor teve os olhos úmidos a alegria e o reconhecimento... e
agradecendo e beijou-lhe as mãos, respeitoso.
A bondade dele vencera os impedimentos legais.
O exemplo é mais vigoroso que a argumentação.
A gentileza está revestida, em toda parte, de glorioso poder.
Livro : A Vida Fala
Néio Lúcio/ Chico Xavier
A TENTAÇÃO DO REPOUSO
Num campo de lavoura, grande quantidade de vermes desejava destruir
um velho arado de madeira, muito trabalhador, que lhes perturbava os planos
e, em razão disso, certa ocasião se reuniram ao redor dele e começaram a
dizer:
— Por que não cuidas de ti? Estás doente e cansado...
— Afinal, todos nós precisamos de algum repouso ...
— Liberta-te do jugo terrível do lavrador!
— Pobre máquina! A quantos martírios te submetes!...
O arado escutou... escutou... e acabou acreditando.
Ele, que era tão corajoso, que nem sentia o mais leve incômodo nas mais
duras obrigações, começou a queixar-se do frio da chuva, do calor do Sol, da
aspereza das pedras e da umidade do chão.
Tanto clamou e chorou, implorando descanso, que o antigo companheiro
concedeu-lhe alguns dias de folga, a um canto do milharal.
Quando os vermes o viram parado, aproximaram-se em massa, atacandoo
sem compaixão.
Em poucos dias, apodreceram-no, crivando-o de manchas, de feridas e de
buracos.
O arado gemia e suspirava pelo socorro do lavrador, sonhando com o
regresso às tarefas alegres e iluminadas do campo...
Mas, era tarde.
Quando o prestimoso amigo voltou para utilizá-lo, era simplesmente um
traste inútil.
A história do arado é um aviso para nós todos.
A tentação do repouso é das mais perigosas, porque, depois da
ignorância, a preguiça é a fonte escura de todos os males.
Jamais olvidemos que o trabalho é o dom divino que Deus nos confiou
para a defesa de nossa alegria e para a conservação de nossa própria saúde.
O PROBLEMA DA TENTAÇÃO
O educador, em aula, tentava explicar aos meninos que o móvel das
tentações reside em nós mesmos; contudo, como os aprendizes mostravam
muita dificuldade para compreender, ele se fez acompanhar pelos alunos até
ao grande pátio do colégio.
Ai chegando, mandou trazer uma bela espiga de milho e perguntou aos
rapazes:
— Qual de vocês desejaria devorar esta espiga tal como está?
Os jovens sorriram, zombeteiramente, e um deles exclamou:
— Ora vejam!... quem se animaria a comer milho cru?
O professor então mandou vir à presença deles um dos cavalos que
serviam à escola, instalou alguns obstáculos à frente do animal e colocou a
espiga ao dispor dele, sobre pequena mesa.
O grande eqüino saltou, lépido, os impedimentos e avançou, guloso, para
o bocado.
O professor benevolente e amigo esclareceu, então, bondosamente, ante
os alunos surpreendidos:
— A tentação nos procura, segundo os sentimentos que trazemos no
campo íntimo. Quando cedemos a alguma fascinação indigna, é que a nossa
vontade permanece fraca, diante dos nossos desejos inferiores. As forças que
nos tentam correspondem aos nossos próprios impulsos. Não podemos imaginar
ou querer aquilo que desconhecemos. Por esse motivo, necessitamos
vigiar o cérebro e o coração, a fim de selecionarmos as sugestões que nos
visitam o pensamento.
E, terminando, afirmou:
— As situações boas ou más, fora de nós, são iguais aos propósitos bons
ou maus que trazemos conosco.
Meimei/Chico Xavier
Livro : Pai Nosso
O EFEITO DA CÓLERA
Um velho judeu, de alma torturada por pesados remorsos, chegou, certo
dia, aos pés de Jesus, e confessou-lhe estranhos pecados.
Valendo-se da autoridade que detinha no passado, havia despojado
vários amigos de suas terras e bens, arremessando-os à ruína total e
reduzindo-lhes as famílias a doloroso cativeiro. Com maldade premeditada,
semeara em muitos corações o desespero, a aflição e a morte.
Achava-se, desse modo, enfermo, aflito e perturbado... Médicos não lhe
solucionavam os problemas, cujas raízes se perdiam nos profundos labirintos
da consciência dilacerada.
O Mestre Divino, porém, ali mesmo, na casa de Simão Pedro, onde se
encontrava, orou pelo doente e, em seguida, lhe disse:
— Vai em paz e não peques mais.
O ancião notou que uma onda de vida nova lhe penetrara o corpo,
sentiu-se curado, e saiu, rendendo graças a Deus.
Parecia plenamente feliz, quando, ao atravessar a extensa fila dos
sofredores que esperavam pelo Cristo, um pobre mendigo, sem querer, pisoulhe
num dos calos que trazia nos pés.
O enfermo restaurado soltou um grito terrível e atacou o mendigo a
bengaladas.
Estabeleceu-se grande tumulto.
Jesus veio à rua apaziguar os ânimos.
Contemplando a vítima em sangue, abeirou-se
do ofensor e falou:
— Depois de receberes o perdão, em nome de Deus, para tantas faltas,
não pudeste desculpar a ligeira precipitação de um companheiro mais desventurado
que tu?
O velho judeu, agora muito pálido, pôs as mãos sobre o peito e bradou
para o Cristo:
— Mestre, socorre-me!... Sinto-me desfalecer de novo... Que será isto?
Mas, Jesus apenas respondeu, muito triste:
- Isso, meu irmão, é o ódio e a cólera que outra vez chamaste ao próprio
coração.
E, ainda hoje, isso acontece a muitos que, por falta de paciência e de
amor, adquirem amargura, perturbação e enfermidade.
Meimei/Chico Xavier.
Livro :Pai Nosso
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
CÓLERA E NÓS: ..."se não dispomos suficientemente de humildade e compaixão, eis que a altivez ferida se assemelha em nós ao estopim afogueado de que a cólera irrompe em fuzilaria de pensamentos descontrolados, arruinando-nos preciosas edificações espirituais do presente e do futuro..."
Emmanuel
Tema
– Prejuízos da Irritação.
Não farias explodir
uma bomba dentro e casa, comprometendo a vida daqueles que mais amas. No
entanto, por vezes, não vacilamos em detonar a dinamite da cólera, aniquilando
as energias dos companheiros que nos trazem apoio e cooperação.
Nesse
sentido, vale destacar que cada um de nós desempenha papel determinado na
construção do benefício comum; e se contamos, na execução dos nossos deveres,
com amigos abnegados, capazes do mais alto sacrifício em nosso favor, temos,
ainda, nas linhas da existência, aqueles espíritos que se erigem à condição de
nossos credores, com os quais ainda não nos quitamos, de todo, no terreno das
contas pessoais, transferidas à contabilidade de hoje pelo saldo devedor de
passadas reencarnações. Ocultos na invisibilidade, por efeito da diferença
vibratória no estado específico da matéria sutil em que se localizam, quando
desencarnados, ou mesmo revestidos na armadura de carne e osso, no plano
físico, eles se instalam na sombra da antipatia sistemática ou da perseguição
gratuita, experimentando-nos com persistência admirável os propósitos e
testemunhos de melhoria interior.
É
assim que vamos vencendo em exames diversos, opondo valores morais entesourados
na alma ao assédio das provas, como sejam paciência na adversidade resistência
na dor, fé nos instantes de incerteza e generosidade perante as múltiplas
solicitações do caminho... Chega, porém, o dia em que somos intimados ao teste
da dignidade pessoal. Seja pelo dardo do insulto ou pelo espinho da
desconsideração, somos alvejados no amor-próprio, e, se não dispomos
suficientemente de humildade e compaixão, eis que a altivez ferida se assemelha
em nós ao estopim afogueado de que a cólera irrompe em fuzilaria de pensamentos
descontrolados, arruinando-nos preciosas edificações espirituais do presente e
do futuro.
Estejamos
alertas contra semelhante poder fulminativo, orando e abençoado, servindo e
desculpando, esquecendo o mal e restaurando o bem.
Decerto,
nem sempre a doçura pode ser a marca de nosso verbo ou de nossa atitude
porquanto, momentos surgem nos quais o bem geral reclama a governança da
providência rija ou da frase salgada de advertência, mas, é preciso não olvidar
que a cólera a nada remedeia, em tempo algum, e que, além de tudo, ela
estabelece fácil ganho de causa a todos aqueles que, por força de nossa
evolução deficitária, ainda se nos alinham, nas trilhas da existência, à conta
de nossos inimigos e obsessores.
Livro
Encontro Marcado - Francisco Cândido Xavier
Ante a Cólera
Emmanuel
"Finalmente,
sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos,
misericordiosos, humildes."- Pedro (I Pedro, 3:8).
misericordiosos, humildes."- Pedro (I Pedro, 3:8).
Justo
figuremos a cólera, titulando-a com algumas definições, como sejam:
Força
descontrolada.
Precipitação
em doença.
Acesso de
loucura.
Queda em
desequilíbrio.
Tomada para a
obsessão.
Impulso à
desencarnação prematura.
Perigo de
criminalidade.
Introdução à
culpa.
Descida ao
remorso.
Explosão de
orgulho.
Tempestade
magnética.
Fogo mental.
Pancadaria vibratória
Desagregação
de energias.
Perda de
tempo.
Indubitavelmente,
todos nós - as criaturas encarnadas e desencarnadas, em evolução na Terra -
estamos ainda sujeitos a essa calamidade do mundo íntimo, razão pela qual toda
vez em que nos sintamos ameaçados por irritação ou azedume, é prudente nos
recolhamos a recanto pacífico, a fim de refletir nas necessidades do próximo e
lavar os pensamentos nas fontes da oração.
CÓLERA: ''— Meu filho, tenha cuidado contra a irritação" // ..."Naquele instante, Sobreira, recordando as palavras de sua mãe, não pôde sofrear as lágrimas de arrependimento..."
CÓLERA
Hilário Silva
Antônio Sobreira, a caminho da garagem
onde mantinha pequena frota de caminhões, foi ver a mãezinha doente, que lhe
pediu, logo após rápidos instantes de conversa:
— Meu filho, tenha cuidado contra a
irritação. Em nossa reunião espírita de ontem à noite, nosso velho amigo
Silvério Barcas, desencarnou num ato de imprudência, conclamou a todos
trabalhassem contra a cólera. E você tem estado muito nervoso...
— Não se aflija, mãe — respondeu
sorrindo.
Entretanto, mal dera alguns passos na
rua, foi procurado por um motorista, que lhe disse:
— “Seu” Antônio, venha depressa. O
Avelino, seu irmão, atropelou o seu filho.
Indignado, Sobreira entrou no veículo,
como fera, e daí a minutos estava, de novo, à frente de casa.
Aglomerava-se o povo em torno de larga
mancha de sangue.
Avelino, o seu irmão, dirigiu-se para ele
e rogou, transtornado:
— Antônio, perdoe-me! Vinha passando em
marcha regular, quando o Antoninho atravessou... Foi questão de um segundo...
— Onde está meu filho? — gritou Sobreira.
Uma senhora logo afirmou que o menino
acidentado fora conduzido no colo materno para o hospital, junto de dois
médicos que haviam passado, momentos antes.
— Você pagará tudo — falou Sobreira, aos
berros para o irmão. — Arranjei o caminhão para você, a fim de matar a fome
de sua família, e você mata o meu filho?! Mas você hoje me pagará tudo...
E sem ouvir mais nada, avançou para o
pobre motorista, aos murros, deixando-o no chão com várias escoriações e
equimoses.
Em seguida, cego de fúria, toma o
automóvel, mas, atingindo o hospital, encontra na portaria a esposa
sorridente, com o filhinho feliz.
— Graças a Deus — diz ela ao esposo —,
nada aconteceu. Antoninho não teve um arranhão.
E o sangue no asfalto? — pergunta
Sobreira, varado de assombro e remorso.
Somente então veio a saber que o sangue
pertencia ao cachorro de estimação — o Totó, que acompanhava o menino, e que
os médicos que haviam atendido, de passagem, eram ambos veterinários.
Naquele instante, Sobreira, recordando as
palavras de sua mãe, não pôde sofrear as lágrimas de arrependimento...
Livro: “Almas em Desfile” Psicografia:
Francisco C. Xavier e Waldo Vieira Espírito: Hilário Silva
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Carta Paterna: (...)"Ah! meu filho quando a impaciência te visita o espírito, recorda que o monstro da ira indesejável te bate à porta do coração. E quando a ele te entregas, imprevidente, tuas conquistas mais elevadas tremem nos alicerces..."
.
CARTA PATERNA
CARTA PATERNA
Neio
Lúcio
Meu
filho, não tinhas razão em favor da cólera.
Vi,
perfeitamente, quando o velhinho se aproximou para servir-te.
Trazia um coração
amoroso e atento que não soubeste compreender.
Deste
uma ordem que o pobrezinho não ouviu tão bem, quanto desejavas. Repetiste-a e,
porque novamente te perguntasse qualquer coisa, proferiste palavras feias, que
lhe feriram as fibras mais íntimas.
Como
foste injusto!...
Quando
nasceste, o antigo servidor já vencera muitos invernos e servira a muita gente.
Enfraqueceram-se-lhe
os ouvidos, ante as imperiosas determinações alheias.
Nunca
refletiste na neblina que lhe enevoa o olhar? Adquiriu-a trabalhando à noite,
enquanto dormias, despreocupado.
Sabes
porque traz ele as pernas trêmulas? Devorou muitas léguas a pé, solucionando
problemas dos outros.
Irritas-te,
quando se demora a movimentar-se a teu mando. Contudo, exiges o automóvel para
a viagem de dois quilômetros.
Em
muitas ocasiões, queixas-te contra ele. É relaxado aos teus olhos, tem as mãos
descuidadas e a roupa não muito limpa. Entretanto, nunca imaginaste que o
apagado servidor jamais encontrou oportunidades iguais às que recebeste. Além
disto, não lhe oferecem o ensinamento amigo e nem tempo para cogitar das
próprias necessidades espirituais.
Reclamas
longos dias para examinar pequenina questão, referente ao teu bem-estar;
todavia, não lhes consagra nem mesmo uma hora por semana, ajudando-o a
refletir...
Respondes,
enfadado, quando o velho companheiro te pede alguns níqueis, mais não vacilas
em despender pequenas fortunas com amigos ociosos, em noitadas alegres, nas
quais te mergulhas em fantasioso contentamento.
Interrogas,
ingrato : – que fizeste do dinheiro que te dei?
Esqueces
que o servidor de fronte enrugada não dispôs de tempo e recurso para calcular,
com exatidão, os processos de ganhar além do necessário e não conseguiu ensejo
de ilustrar o raciocínio com o refinamento que caracteriza o teu.
Ah!
meu filho quando a impaciência te visita o espírito, recorda que o monstro da
ira indesejável te bate à porta do coração. E quando a ele te entregas,
imprevidente, tuas conquistas mais elevadas tremem nos alicerces. Chego a
desconhecer-te, porque a fúria dos elementos interiores te alteram a
individualidade aos meus olhos e eu não sei se passas à condição de criança ou
de demônio!...
Se
não podes conter, ainda, os movimentos impulsivos de sentimentos perturbadores,
chegado o instante do testemunho, cala-te e espera.
A
cólera nada edifica e nada restaura... apenas semeia desconfiança e temor, ao
redor de teus passos.
Não
ameaces com a voz, nem te insurjas contra ninguém.
É
provável que guardes alguma reclamação contra mim, teu pai, porque eu também
sou ainda humano. No entanto, filho, acima de nós ambos permanece o Pai
Supremo, e que seria de ti e de mim, se Deus, um dia, se encolerizasse contra
nós?
Do livro “alvorada Cristã”.Espírito de Neio Lúcio.
Psicografia de Francisco C. Xavier.
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