QUESTÃO 161 - O LIVRO DOS
ESPÍRITOS
Parte
Segunda
Do mundo
espírita ou mundo dos Espíritos
CAPÍTULO
III
DA VOLTA
DO ESPÍRITO, EXTINTA A VIDA CORPÓREA, À VIDA ESPIRITUAL
Separação
da alma e do corpo
161. Em
caso de morte violenta e acidental, quando os órgãos ainda se não enfraqueceram
em conseqüência da idade ou das moléstias, a separação da alma e a cessação da
vida ocorrem simultaneamente?
“Geralmente
assim é; mas, em todos os casos, muito breve é o instante que medeia entre uma
e outra.”
FILOSOFIA ESPÍRITA -
VOLUME IV
Questão
161 comentada
CAPÍTULO
08
0161/LE
A ALMA E
A MORTE VIOLENTA
No caso de
morte violenta, a alma entra em grande perturbação espiritual, por lhe faltar o
tempo necessário para meditar no transe da desencarnação e ele não se processar
gradativamente. No entanto, há casos em que o Espírito não perde a consciência,
seja qual for a sua morte, por se encontrar em grau de evolução suficiente, o que
garante a sua lucidez espiritual. Porém, em quase todas as mortes por desastre,
a alma fica em estado de sono, como permanece ligada aos restos por tempo
variável. Há casos, também, em que a criatura padece em um leito por anos a fio
e, quando desencarna, fica ainda ligada ao corpo em estado deprimente, e quando
se desliga dele, continua a residir na própria casa, por apego aos bens
materiais.
Não se pode
fazer uma escala definitiva da desencarnação, mostrando aos homens um só
padrão, porque isso varia de pessoa para pessoa. Se queres saber o que pode
acontecer contigo na desencarnação, examina a vida que levas, que terás um
retrato do que pode ocorrer. Se desejas um desenlace suave, uma partida com
vitória para o mundo da verdade, não deixes de lado o trabalho de reforma
íntima, em que o Cristo pode despertar todos os teus valores morais, no coração
e na inteligência.
Desta
forma, meu irmão, mesmo que morras de morte violenta, estarás amparado pela tua
conduta esquecida de erros morais, onde a caridade tem o poder de te iluminar
por dentro do coração. Se queres ser feliz, faze aos outros o que desejas para
ti mesmo, que a justiça não te deixará sofrer. Entretanto, a violência
permanente que usas nos pensamentos, nas palavras e, por vezes, nas obras que fazes.
Quando as tuas palavras violam a lei de harmonia, elas tisnam o magnetismo
sublimado que Deus te deu para conversar, para pensar e para agir. Aí, sofrerás
as conseqüências da tua ignorância. Em muitos casos, a criatura pode estar
andando, trabalhando e vivendo, e estar morta, por não compreender as leis de
Deus. Quando as compreende, é necessário compreender as leis de Deus. Quando as
compreende é necessário vivê-las, para que a paz possa estabelecer a
tranqüilidade de consciência.
Se
estiveres bem contigo mesmo, no clima do amor e da caridade ensinada pelo
Cristo, em qualquer modalidade que a vida escolher para a tua desencarnação,
irás bem, por estares bem com a consciência em Jesus, sob as bênçãos do
Criador. Não fazer aos outros o que não queremos para nós é o começo da nossa
libertação espiritual. O Evangelho é o inspirador divino, que nunca erra nas
suas indicações e não nos deixa permanecer nas faltas.
Se queres
morrer bem, e no momento exato, não te esqueças do Senhor Jesus. Ele nos ajuda
em todos os transes e, para tanto, nos deixou o exemplo no próprio Calvário,
bem como em toda a Sua vida Ele exemplificou o amor em toda a Sua existência,
como garantia para a humanidade. Com o Cristo, a morte deixa de existir e
passamos a viver no céu, onde estivermos, pois Ele é a vida
Comentário de Miramez por João
Nunes Maia