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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Conhecendo o Livro O Céu e o Inferno : "Espíritos Endurecidos"Lapomemeray

LAPOMMERAY

Castigo pela luz
Em uma das sessões da Sociedade de Paris, durante a qual se discutira a perturbação que geralmente acompanha a morte, um Espírito, ao qual ninguém fizera alusão e muito menos se pretendera evocar, manifestou-se espontaneamente pela seguinte comunicação, que, conquanto não assinada, se reconheceu como sendo de um grande criminoso recentemente atingido pela justiça humana:
"Que dizeis da perturbação? Para que essas palavras ocas? Sois sonhadores e utopistas. Ignorais redondamente o assunto do qual vos ocupais. Não, senhores, a perturbação não existe, a não ser nos vossos cérebros. Estou bem morto, tão morto quanto possível e vejo claro em mim, ao derredor de mim, por toda parte!... A vida é uma comédia lúgubre! Insensatos os que se retiram da cena antes que o pano caia. A morte é terror, aspiração ou castigo, conforme a fraqueza ou a força dos que a temem, afrontam ou imploram. Mas é também para todos amarga irrisão.
"A luz ofusca-me e penetra, qual flecha aguda, a sutileza do meu ser. Castigaram-me com as trevas do cárcere e acreditavam castigar-me ainda com as trevas do túmulo, senão com as sonhadas pelas superstições católicas...
"Pois bem, sois vós que padeceis da obscuridade, enquanto que eu, degredado social, me coloco em plano superior. Eu quero ser o que sou!... Forte pelo pensamento, desdenhando os conselhos que zumbem aos meus ouvidos... Vejo claro... Um crime! É uma palavra! O crime existe em toda parte. Quando executado pelas massas, glorificam-no, e, individualizado, consideram-no infâmia. Absurdo!
"Não quero que me deplorem... nada peço... lutarei por mim mesmo, só, contra esta luz odiosa. Aquele que ontem era um homem."
Analisada esta comunicação na assembléia seguinte, reconheceu-se no próprio cinismo da sua linguagem um profundo ensinamento, patenteando na situação desse infeliz uma nova fase do castigo que espera o culpado. Efetivamente, enquanto alguns são imersos em trevas ou num absoluto insulamento, outros sofrem por longos anos as angústias da extrema hora, ou acreditam-se ainda encarnados.
Para estes, a luz brilha, gozando o Espírito, e plenamente, das suas faculdades, sabendo-se morto e não se lastimando, antes repelindo qualquer assistência e afrontando ainda as leis divinas e humanas. Quererá isto dizer que escapassem à punição? De modo algum; é que a justiça de Deus completa-se sob todas as formas, e o que a uns causa alegria é para outros um tormento. A luz faz o suplício desse Espírito, e é ele próprio que o confessa, em que pese ao seu orgulho, quando diz que lutará por si mesmo, só, contra essa luz odiosa. E ainda nesta frase: - "a luz ofusca-me e penetra, qual flecha aguda, a sutileza do meu ser".
Essas palavras: - "sutileza do meu ser", são características, dando a entender que sabe que o seu corpo e fluídico e penetrável à luz, à qual não pode escapar, luz que o penetra qual aguda flecha. Este Espírito aqui está colocado entre os endurecidos, em razão do muito tempo que levou, antes que manifestasse arrependimento - o que é também um exemplo a mais para provar que o progresso moral nem sempre acompanha o progresso intelectual. Entretanto, pouco a pouco se foi corrigindo, e deu mais tarde ditados instrutivos e sensatos. Hoje, ele poderá ser colocado entre os Espíritos arrependidos. Convidados a emitirem a sua apreciação a respeito, os nossos guias espirituais ditaram as três seguintes comunicações, aliás dignas da mais séria atenção.

I

Sob o ponto de vista das existências, os Espíritos na erraticidade podem considerar-se inativos e na expectativa; mas, ainda assim, podem expiar, uma vez que o orgulho e a tenacidade formidável dos seus erros não os tolham no momento da progressiva ascensão. Tivestes disso um exemplo terrível na última comunicação desse criminoso impenitente, debatendo-se com a justiça divina a constringi-lo depois da dos homens.
Neste caso a expiação ou, antes, o sofrimento fatal que os oprime, ao invés de lhes ser útil, inculcando-lhes a profunda significação de suas penas, exacerba-os na rebeldia, e dá azo às murmurações que a Escritura em sua poética eloqüência denomina ranger de dentes.
Esta frase, simbólica por excelência, é o sinal do sofredor abatido, porém insubmisso, isolado na própria dor, mas bastante forte ainda para recusar a verdade do castigo e da recompensa! Os grandes erros perduram no mundo espiritual quase sempre, assim como as consciências grandemente criminosas. Lutar, apesar de tudo, e desafiar o infinito, pode comparar-se à cegueira do homem que, contemplando as estrelas, as tivesse por arabescos de um teto, tal como acreditavam os gauleses do tempo de Alexandre.
O infinito moral existe! E miserável e mesquinho é quem, a pretexto de continuar as lutas e imposturas abjetas da Terra, não vê mais longe no outro mundo, do que neste.
Para esse a cegueira, o desprezo alheio, o egoístico sentimento da personalidade, são empecilhos ao seu progresso. Homem! é bem verdade que existe um acordo secreto entre a imortalidade de um nome puro, legado à Terra, e a imortalidade realmente conservada pelos Espíritos nas suas sucessivas provações. Lamennais.

II

Precipitar um homem nas trevas ou em ondas de luz não dará o mesmo resultado? Num como noutro caso, esse homem nada vê do que o cerca, e habituar-se-á mesmo mais facilmente à sombra do que à monótona claridade elétrica, na qual pode estar submerso. O Espírito manifestado na última sessão exprime bem a verdade quando diz: "Oh! eu saberei libertar-me dessa odiosa luz." De fato, essa luz é tanto mais terrível, horrorosa, quanto ela o penetra completamente e lhe devassa os pensamentos mais recônditos. Aí está uma das circunstâncias mais rudes de tal castigo espiritual. O Espírito encontra-se, por assim dizer, na casa de vidro pedida por Sócrates. Disso decorre ainda um ensinamento, visto como o que seria alegria e consolo para o sábio, transforma-se em punição infamante e contínua para o perverso, para o criminoso, para o parricida, sobressaltado em sua própria personalidade. Meus filhos, calculai o sofrimento, o terror dos hipócritas que se compraziam em toda uma existência sinistra a planejar, a combinar os mais hediondos crimes no seu foro íntimo, quais feras refugiadas no seu antro, e que hoje, expulsas desse covil intimo, não se podem furtar à investigação dos seus pares...
Arrancada que lhe seja a máscara da impassibilidade, todos os pensamentos se lhe estampam na fronte! Sim, e além de tudo nenhum repouso, nada de asilo para esse formidando criminoso. Todo pensamento mau - e Deus sabe se a sua alma o exprime -se lhe trai por fora e por dentro, como impelido por choque elétrico irresistível. Procura esquivar-se à multidão, e a luz odiosa o devassa continuamente. Quer fugir, e desanda numa carreira infrene, desesperada, através dos espaços incomensuráveis, e por toda a parte luz, olhares que o observam. E corre, e voa novamente em busca da sombra, em busca da noite, e sombra e noite não mais existem para ele! Chama pela morte... Mas a morte não é mais que palavra sem sentido. E o infeliz foge sempre, a caminho da loucura espiritual - castigo tremendo, dor horrível, a debater-se consigo para se desembaraçar de si mesmo, porque tal é a lei suprema para além da Terra, isto é: o culpado busca por si mesmo o seu mais inexorável castigo.
Quanto tempo durará esse estado? Até o momento em que a vontade, por fim vencida, se curve constrangida pelo remorso, humilhada a fronte altiva ante os Espíritos de justiça e ante as suas vítimas apaziguadas.
Notai a lógica profunda das leis imutáveis; com isso o Espírito realizará o que escrevia nessa altaneira comunicação tão clara, tão lúcida, tão desconsoladoramente egoística, comunicação que vos deu na sexta-feira passada, redigindo-a por um ato da sua própria vontade. Éraste.

III

A justiça humana não faz distinção de individualidades, quanto aos seres que castiga; medindo o crime pelo próprio crime, fere indistintamente os infratores, e a mesma pena atinge o paciente sem distinção de sexo, qualquer que seja a sua educação. De modo diverso procede a justiça divina, cujas punições correspondem ao progresso dos seres aos quais elas são infligidas. Igualdade de crimes não importa, de fato, igualdade individual, visto como dois homens culpados, sob o mesmo ponto de vista, podem separar-se pela dessemelhança de provações, imergindo um deles na opacidade intelectiva dos primeiros círculos iniciadores, enquanto que o outro dispõe, por haver ultrapassado esses círculos, da lucidez que isenta o Espírito da perturbação. E nesse caso não são mais as trevas a puni-lo, mas a agudeza da luz espiritual que vara a inteligência terrena e lhe faz sentir as dores de uma chaga viva.
Os seres desencarnados que presenciam a representação material dos seus crimes, sofrem o choque da eletricidade física: padecem pelos sentidos. E aqueles que pelo Espírito estejam desmaterializados sofrem uma dor muito superior que lhes aniquila, por assim dizer, em seus amargores, a lembrança dos fatos, deixando subsistir a noção de suas respectivas causas.
Assim, pode o homem, a despeito da sua criminalidade, possuir um progresso interno e elevar-se acima da espessa atmosfera das baixas camadas, isto pelas faculdades intelectuais sutilizadas, embora tivesse, sob o jugo das paixões, procedido como um bruto. A ausência de ponderação, o desequilíbrio entre o progresso moral e o intelectual, produzem essas tão freqüentes anomalias nas épocas de materialismo e transição. A luz que tortura o Espírito é, portanto e precisamente, o raio espiritual inundando de claridades os secretos recessos do seu orgulho e descobrindo-lhe a inanidade do seu fragmentário ser. Aí estão os primeiros sintomas, as primeiras angústias da agonia espiritual, e que prenunciam a dissolução dos elementos intelectuais e materiais componentes da primitiva dualidade humana, e que devem desaparecer na unidade grandiosa do ser acabado. Jean Reynaud.
Além de se completarem reciprocamente, estas três comunicações, obtidas simultaneamente, apresentam o castigo debaixo de um novo prisma, aliás eminentemente filosófico e racional. É provável que os Espíritos, querendo tratar do assunto de acordo com um exemplo, tivessem provocado a manifestação do culpado
Ao lado deste quadro vivo, baseado sobre um fato, eis, para estabelecer um paralelo, este que um pregador de Montreuil-sur-Mer, em 1864, por ocasião da quaresma, traçou do inferno:
"O fogo do inferno é milhões de vezes mais intenso que o da Terra, e se acaso um dos corpos que lá se queimam, sem se consumirem, fosse lançado ao planeta, empestá-lo-ia de um a outro extremo! O inferno é vasta e sombria caverna, eriçada de agudas pontas de lâminas de espadas aceradas, de lâminas de navalhas afiadíssimas, nas quais são precipitadas as almas dos condenados." (Ver a Revue Spirite, julho de 1864, pág. 199.)

ANGÈLE, nulidade sobre a Terra

(Bordéus, 1862)
Com este nome, um Espírito se apresentou espontaneamente ao médium.
1. - Arrependei-vos das vossas faltas? - R. Não. - P. Então por que me procurais? - R. Para experimentar. - P. Acaso não sois feliz? - R. Não. - P. Sofreis? - R. Não. - P. Que vos falta, pois? - R. A paz.
Nota - Sob este nome, um Espírito se apresenta espontaneamente ao médium, habituado a este gênero de manifestações, pois sua missão parece ser a de assistir os Espíritos inferiores que o seu guia espiritual lhe conduz, no duplo propósito da sua própria instrução e do progresso deles.
- P. Quem sois? Este nome é de homem ou de mulher? - R. De homem, e tão infeliz quanto possível. Sofro todos os tormentos do inferno.
- P. Mas se o inferno não existe, como podeis sofrer-lhe as torturas? - R. Pergunta inútil. - P. Compreendo, mas outros precisam de explicações... - R. Isso pouco me incomoda.
- P. O egoísmo não será uma das causas do vosso sofrimento? - R. Pode ser.
- P. Se quiserdes ser aliviado, começai repudiando as más tendências ... - R. Não te incomodes com o que não é da tua conta; principia orando por mim, como praticas com os outros, e depois veremos.
- P. A não me auxiliardes com o vosso arrependimento, a prece pouco valor poderá ter. - R. Mas falando, em vez de orares, menos ainda me adiantarás.
- P. Então desejais adiantar-vos? - R. Talvez... não sei. Vejamos o essencial, isto é, se a prece alivia os sofrimentos.
- P. Unamos então os nossos pensamentos com a firme vontade de obter o vosso alívio. - R. Vá lá.
- P. (Depois da prece.) Estais satisfeito? - R. Não como fora para desejar.
- P. Mas o remédio, aplicado pela primeira vez, não pode curar imediatamente um mal antigo... - R. É possível...
- P. Quereis voltar? - R. Se me chamares...
O guia da médium. - Filha, terás muito trabalho com este Espírito endurecido, mas o maior mérito não advém de salvar os não perdidos. Coragem, perseverança, e triunfarás afinal. Não há culpados que se não possam regenerar por meio da persuasão e do exemplo, visto como os Espíritos, por mais perversos, acabam por corrigir- se com o tempo. O fato de muitas vezes ser impossível regenerá-los prontamente, não importa na inutilidade de tais esforços. Mesmo a contragosto, as idéias sugeridas a tais Espíritos fazem-nos refletir. São como sementes que, cedo ou tarde, tivessem de frutificar. Não se arrebenta a pedra com a primeira marretada.
Isto que te digo pode aplicar-se também aos encarnados e tu deves compreender a razão por que o Espiritismo não faz imediatamente homens perfeitos, mesmo entre os adeptos mais crentes.
A crença é o primeiro passo; vindo em seguida a fé e a transformação a seu turno; mas, além disso, força é que muitos venham revigorar-se no mundo espiritual.
Entre os Espíritos endurecidos, não há só perversos e maus. Grande é o número dos que, sem fazer o mal, estacionam por orgulho, indiferença ou apatia. Estes, nem por isso, são menos infelizes, pois tanto mais os aflige a inércia quanto mais se vêem privados das mundanas compensações.
Intolerável, por certo, se lhes torna a perspectiva do infinito, porém eles não têm nem a força nem a vontade para romper com essa situação. Referimo-nos a esses indivíduos que levam uma existência ociosa, inútil a si como ao próximo, acabando muita vez no suicídio, sem motivos sérios, por aborrecimento da vida.
Em regra, tais Espíritos são menos passíveis de imediata regeneração, do que os positivamente maus, visto como estes ao menos dispõem de energia, e, uma vez doutrinados, votam-se ao bem com o mesmo ardor que lhes inspirava o mal.
Aos outros, muitas encarnações se fazem precisas para que progridam, e isto pouco a pouco, domados pelo tédio, procurando, para se distraírem, qualquer ocupação que mais tarde venha transformar-se em necessidade.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 122

 

 

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 121

 
 
Os anjos e os Espíritos mais elevados, dos quais temos notícias, também passaram por diversos problemas, caindo e se levantando no grande aprendizado universal. Não chegaram à escala em que se encontram por simples atitudes, ou por quererem ser bons; sofreram na pele as agressões da própria vida, para o devido despertamento das suas qualidades. Essa é a verdade: em um pé de fruta podemos observar quantas amadureceram primeiro, por terem nascido primeiro; as que amadurecem por último nasceram, obviamente, por último. Alma alguma cresce sem o guante da dor, sem o sacrifício de si mesma, e sem variados problemas, que se transmutam em qualidades espirituais. Todos passamos pelos testemunhos necessários ao nosso adiantamento espiritual. O que é bom hoje não foi bom ontem, e o que é ruim hoje, amanhã será bom. Ninguém foge desta lei, que nos ampara a todos.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 120

 
 
Na resposta à pergunta aqui focalizada, “Pela fieira do mal, não; pela fieira da ignorância”, o Espírito suprime, com sabedoria, a palavra mal, por não ter ela existência nas qualidades naturais da vida. A ignorância é um estado do Espírito primitivo, que desconhece as leis de Deus. Para respeitá-las é necessário esforço, trabalho e sacrifício, e o ignorante, como já dissemos, é atraído para as coisas fáceis. Eis aí o porque da alma entrar pelos caminhos largos, porque por eles, os Espíritos, aparentemente, despertam seus valores com mais facilidade. O sofrimento, entretanto, os predispõe a procurar a verdadeira saúde e o verdadeiro entendimento, voltando à casa paterna, pelo esforço de uma boa procura. Não existe mal algum, na nossa grande viagem de despertamento espiritual. O livre arbítrio nos foi dado para testar no que já aprendemos, na escola de Deus, e se o aprendizado não foi completo, entramos em caminhos que nos irão ensinar o que precisamos, essa é a verdade.

Miramez psicografado por João Nunes Maia

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 119

 
 
Afirmamos com toda a alegria que não existe imperfeição onde quer que seja, na grande casa da divindade. Tudo se encontra perfeitamente bem, na mais alta harmonia. O que se passa na nossa linha de ascensão espiritual, os processos estabelecidos ante as nossas necessidades, são como que despertamento das qualidades que carregamos nos centros sensíveis da consciência. Se o Senhor nos criasse já despertados, não precisaria ter nos criado; ficaríamos onde estávamos, nos segredos da existência, gozando da eternidade absoluta, ficando e fazendo parte da luz inextinguível. Mas, a Vontade poderosa não quis que assim fosse, individualizando Seus filhos, criando igualmente leis que pudessem nos dirigir e orientar, nos dando uma consciência, para cuidarmos de nós mesmos, naquilo que deveríamos realizar, deixou por fazer a nossa parte, como sendo a nossa conquista e para tanto, nos foram dados os meios de despertarmos os tesouros da perfeição que conduzimos conosco desde a nossa origem.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

RUSGAS DOMÉSTICAS

RUSGAS  DOMÉSTICAS

 
Emmanuel
De pequena rusga doméstica pode nascer extensa caudal de rixas e aversões.
Aprender a ouvir sem contradizer, para aclarar qualquer ponto obscuro em momento
adequado, é sinal evidente de compreensão e sabedoria.
Auxilia à criança, não apenas a sorrir, mas também a se educar.
Respeitar os parentes do coração, que se nos ligam nas experiências terrestres, é valioso
preservativo contra desajustes positivamente desnecessários.
Evita criticar essa ou aquela minudência menos agradável no ambiente caseiro, cooperando
em silêncio para que os senões desapareçam.
Nada censures, colaborando para que os problemas sejam resolvidos sem alterações
e reproches.
Silenciar sobre questões nevrálgicas em família impede a explosão de conversas ofensivas
ou inúteis.
Não revivas os mal-entendidos de ontem ou de qualquer fase do passado, para que faltas e erros no lar sejam realmente esquecidas.
Aprendamos a não gritar e sim conversemos.
Não te esqueças: a união começa de casa, mas a calma geral começa em ti mesmo.

CALMA -  FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER  (EMMANUEL)
 

ORIENTAÇÕES PRECIPITADAS


 Emmanue
 
“Como é que eu vou dar opinião, se não faço parte da equipe de vocês?!
 
         “Para opinar, precisaria participar do grupo.
          Resolvam entre vocês mesmos. Troquem idéias e chegarão a uma conclusão.”
         Estas palavras foram ditas pelo Chico, numa tarde ao ar livre, na vila dos passistas que o procuraram, pedindo-lhe orientação para o trabalho de passes que realizam num hospital de atendimento a cancerosos.
         Registramos esse ensinamento, por que julgamos ser útil a muitos grupos espíritas que ficam na dependência de orientações de guias espirituais ou de pessoas estranhas ao trabalho que realizam, esquecendo-se que, com o diálogo entre os elementos da equipe, solucionariam os problemas encontrados.
         Ele é válido também para qualquer um que queira precipitadamente orientar atividades alheias, sem bases no espírito de fraternidade legítima.
 
         Dentro do assunto, recolhemos a seguinte orientação de Emmanuel, intitulada: “Agindo, saberás”(*)
         Se trabalhas com fé em Deus na Seara do Bem, não precisas articular muitas perguntas acerca daquilo que te compete fazer”.
 
(*) Emmanuel/”Livro de Respostas – Editora Cultural Espírita União – SP
 
Psicografia Chico Xavier – Espírito Emmanuel – Livro “Além da Alma”

Jovem Obsediado

JOVEM  OBSEDIADO
 Emmanuel
 
Um moço, visivelmente desequilibrado, abeira-se de Chico e pede-lhe orientação para seu caso.
 
         Notamos, ao ouvir a narrativa daquele jovem em processo obsessivo, a acurada atenção do médium orientador, o qual lhe indaga:
         - Você está trabalhando?
         - Não! Não consigo – respondeu-lhe o moço. Sinto-me muito mal quando tento trabalhar...
         E contemplava-o com os olhos fixos e confiantes, aguardando-o do médium uma palavra amiga esclarecedora.
         - Isso não!...Você precisa trabalhar; não pode ficar sem fazer nada!
         Logo após, envolvendo-o com semblante paternal, amorosamente concluiu:
         - Procure um serviço qualquer. Limpa, o chão com um pano molhado, espanar movéis, lavar uma privada...É preciso ocupar seu tempo! Você deve orar e tomar passes, mas é necessário o trabalho.
         Aproveitando, talvez, uma pausa que se fez mais longa, indagou-lhe o jovem:
         - Penso ir para a roça...O que o senhor acha?
         - Faça o que o seu coração pedir – ajuntou –, mas trabalhe! Qualquer serviço na fazenda lhe fará muito bem.
         Tentando infundir coragem ao solicitante e atestando a todos nós, que seguíamos aquele dialogo aquele dialogo, sua espontânea simplicidade, continuou sereno o abnegado servidor:
         - Um dos meus primeiros serviços na Fazenda Modelo, em Pedro Leopoldo, foi o de lavar a escarradeira do chefe! Naquela época, usavam-se esses vasilhames nos escritórios e eu tinha o dever de lavá-los!
         Passeando em nós seu olhar muito lúcido, conclui:
         - Todo trabalho, por mais insignificante, quando feito com responsabilidade, dá paz e alegria ao nosso coração.


Psicografia Chico Xavier – Espírito Emmanuel – Livro “Além da Alma”

O PODER DA GENTILEZA

O  PODER  DA  GENTILEZA
Neio Lúcio
 
Eminente professor negro, interessado em fundar uma escola num bairro pobre, onde centenas de crianças desamparadas cresciam sem o benefício das letras, foi recebido pelo prefeito da cidade.
 
O prefeito ouvir-lhe o plano e disse-lhe:
 
- A lei e a bondade nem sempre podem estar juntas. Organize uma casa e autorizaremos a providência.
 
O benfeitor dos meninos desprotegidos considerou:
 
- Mas doutor, não dispomos de recursos... Que fazer?
 
- De qualquer modo, cabe-nos amparar os pequenos analfabetos.
 
Diante de sua figura humilde, o prefeito disse:
 
- O senhor não pode intervir na administração.
 
O professor muito triste, retirou-se e passou a tarde e a noite daquele sábado, pensando, pensando...
 
Domingo, muito cedo saiu a passear, sob as grandes árvores, na direção de antigo mercado.
 
Ia comentando, na oração silenciosa:
 
- Meu Deus como agir? Não receberemos um pouso para as criancinhas, Senhor?
 
Absorvido na meditação, atingiu o mercado e entrou.
 
O movimento era enorme. Muitas compras. Muita gente.
 
Certa senhora, de apresentação distinta, aproximou-se dele e tomando-o por servidor vulgar, de mãos desocupadas e cabeça vazia, exclamou:
 
- Meu velho, venha cá.
 
O professor acompanhou-a sem vacilar.
 
À frente dum saco enorme, em que se amontoavam mais de trinta quilos de verdura, a matrona recomendou:
 
- Traga-me esta encomenda.
 
Colocou ele o fardo às costas e seguiu-a.
 
Caminharam seguramente uns quinhentos metros e penetraram elegante vivenda, onde a senhora voltou a solicitar:
 
- Tenho visitas hoje. Poderá ajudar-me no serviço geral?
 
- Perfeitamente – respondeu o interpelado -, dê suas ordens.
 
Ela indicou pequeno pátio e determinou-lhe a preparação de meio metro de lenha para o fogão.
 
Empunhando o machado, o educador, com esforço, rachou algumas toras.
Em seguida, foi chamado para retificar a chaminé. Consertou-a com sacrifício da própria roupa.
Sujo de pó escuro, da cabeça aos pés, recebeu ordens de buscar um peru assado. Pôs-se a caminho, trazendo o grande prato em pouco tempo. Logo mais, atirou-se à limpeza de extenso recinto em que se efetuaria lauto almoço.
 
Nas primeiras horas da tarde, sete pessoas davam entrada no fidalgo domicílio. Entre elas, relacionava-se o prefeito que anotou a presença do visitante da véspera, apresentado ao seu gabinete por autoridades respeitáveis.
Reservadamente, indagou sua irmã, que era a dona da casa, quanto ao novo conhecimento, conversando ambos na surdina.
 
Ao fim do dia, a matrona distinta e autoritária, com visível desapontamento, veio ao servo improvisado e pediu o preço dos trabalhos.
 
- Não pense nisto – respondeu com sinceridade -, tive muito prazer em ser-lhe útil.
 
No dia imediato, contudo, a dama da véspera procurou-o, na sua casa modesta em que se hospedava e, depois de rogar-lhe desculpas, anunciou-lhe a concessão de amplo edifício, destinado à escola que pretendia estabelecer. As crianças usariam o patrimônio à vontade e o prefeito autorizaria a providência com satisfação.
 
O professor teve os olhos úmidos a alegria e o reconhecimento... e agradecendo e beijou-lhe as mãos, respeitoso.
 
A bondade dele vencera os impedimentos legais.
 
O exemplo é mais vigoroso que a argumentação.
 
A gentileza está revestida, em toda parte, de glorioso poder.
 
 
 
 Do livro A Vida Fala I. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
 
 



O Problema da Liberdade(...)"Só a educação pode produzir o milagre da regeneração comum, porque, sem o Homem Renovado para o Infinito Bem, o mal se aproveitará de nossa desorientada independência para ampliar a infinita penúria...


 

Emmanuel

Em verdade, o direito vem libertando os cidadãos da escura nódoa do cativeiro, no vasto círculo dos povos...
                                                                     *
Decretos e proclamações glorificam a liberdade...
Entretanto, o Homem, privilegiado herdeiro da inteligência, no mundo, ainda continua escravo adentro de si mesmo...
                                                                     *
Pesados grilhões acorrentam-no à inferioridade e à sombra, convertendo-o em fantasma de dor e treva, quando poderia erguer-se à condição de semeador de alegria e de luz...
                                                                     *
Mais que o rebenque dilacerante dos antigos capatazes de fazenda, a ira enrijece-lhe o coração, a avareza enregela-lhe o íntimo, a crueldade aguilhoa-lhe o sentimento, a incompreensão vergasta-lhe a alma e a ignorância espanca-o infatigável, ferindo-lhe a mente e a carne com os azorragues de seu nefasto domínio...
                                                                     *
Não valem ordenações t terrestres de liberdade para os instintos desabridos e será sempre perigoso ditar direitos humanos para seres racionais que se bestializam...
                                                                     *
Só a educação pode produzir o milagre da regeneração comum, porque, sem o Homem Renovado para o Infinito Bem, o mal se aproveitará de nossa desorientada independência para ampliar a infinita penúria...
                                                                     *
Não hesitaremos.
A única propriedade inalienável da criatura é a sua própria alma à frente do Criador e Pai.
                                                                     *
Somos aquilo que criamos em nós próprios.
                                                                     *
Temos o que detemos, assim como recolhemos o que semeamos.
                                                                     *
Liberemos nossas forças para a estruturação de novos destinos sob a Inspiração de Jesus.
                                                                     *
Enquanto o amor e a humildade não estabelecerem o seu império sobre nós, seremos invariavelmente vítimas potenciais do ódio e do orgulho, ameaçando a nossa própria felicidade pala auto-escravização no sofrimento.
                                                                     *
Não nos esqueçamos de que os grandes missionários emancipam as nações, mas somente nós mesmos poderemos redimir nossa alma cativa na Terra para o vôo sublime à gloriosa e definitiva libertação.

Da Obra “A Verdade Responde” – Espíritos: Emmanuel E André Luiz – Médium: Francisco Cândido Xavier
Digitado por: Lúcia Aydir