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sexta-feira, 5 de julho de 2013

DEZ APONTAMENTOS DE PAZ

DEZ  APONTAMENTOS  DE  PAZ
 André Luiz
 
1º Aprenda a desculpar infinitamente para que os seu erros, à frente dos outros, sejam esquecidos e perdoados.
2º Cale-se, diante do escárnio e da ofensa, sustentando o silêncio edificante, capaz de ambientar-lhe a palavra fraterna em momento oportuno.
3º Não cultive desafetos, recordando que a aversão por determinada criatura é, quase sempre, o resultado da aversão que lhe impuseste.
4º Não permita que o egoísmo e a vaidade, o orgulho e a discórdia se enraízem no seu coração, lembrando que toda a idéia de superstimação dos próprios valores é adubo nos espinheiros da irritação e do ódio.
5º Perante o companheiro que se rendeu às tentações de natureza inferior, deixe que a compaixão lhe ilumine os pontos de vista, pensando que, em outras circunstâncias, poderia você ocupar-lhe a indesejável situação e o lugar triste.
6o Não erga a sua voz demasiado e nem tempere a sua frase com fel para que a sua palavra não envenene as chagas do próximo.
7º Levante-se, cada dia, com a disposição de servir sem a preocupação de ser servido, de auxiliar sem retribuição e cooperar sem recompensa, para que a solidariedade espontânea te favoreça com os créditos e recursos da simpatia.
8º Esqueça a calúnia e a maledicência, a perversidade e as aflições que lhe dilaceram a alma, entendendo nas dores e obstáculos do mundo as suas melhores oportunidades de redenção.
9º Lembre-se de que os seus credores estão registrando a linguagem de seus exemplos e perdoar-lhe-ão as faltas e os débitos, à medida que você se fizer o benfeitor desinteressado de muitos.
10º Não julgue que o serviço da paz seja mero problema da boca mas, sim, testemunho de amor renúncia, regeneração e humildade da própria vida, porque, somente ao preço de nosso próprio suor, na obra do bem, é que conseguiremos reconciliar-nos, mais depressa, com os nossos adversários, segundo a lição do Senhor.
Se vos internardes pelo terreno baldio da queixa, em breve, vos achareis mergulhados no charco de compridos lamentações.
 
LIVRO:  MENTORES E SEAREIROS  -  Francisco Cândido Xavier e Autores Diversos
 

CAUSAS ESPIRITUAIS DAS DOENÇAS

CAUSAS ESPIRITUAIS  DAS DOENÇAS
Emmanuel
1-O que estrutura espiritualmente o corpo de carne?
 
-O corpo espiritual ou perispírito é o corpo básico, constituído de matéria sutil, sobre o qual se organiza o corpo de carne.
 
2-O erro de uma encarnação passada pode incluir na encarnação presente, predispondo o corpo físico às doenças? De que modo?
 
         -A grande maioria das doenças tem a sua causa profunda na estrutura semimaterial do corpo espiritual. Havendo o espírito agido erradamente, nesse ou naquele setor da experiÊncia evolutiva, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios ou distonias, que o predispõem à instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido.
 
3-Quais os dois aspectos da Justiça?
 
         -A Justiça na Terra pune simplesmente a crueldade manifesta, cujas conseqüências transitam nas áreas do interesse público, dilapidando a vida e induzindo à criminalidade; entretanto, esse é apenas o seu aspecto exterior, porque a Justiça é sempre manifestação constante da Lei Divina, nos processos da evolução e nas atividades da consciência.
 
4-Qual a relação existente entre doenças e a Justiça?
 
         -No curso das enfermidades, é imperioso venhamos a examinar a Justiça, funcionando com todo o seu poder regenerativo, para sanar os males que acalentamos.
 
5-O que faz o Espírito, antes de reencarnar-se visando à própria melhoria?
 
         -Antes da reencarnação, nós mesmos, em plenitude de responsabilidade, analisamos os pontos vulneráveis da própria alma, advogando em nosso próprio favor a concessão dos impedimentos físicos que, em tempo certo, nos imunizem, ante a possibilidade de reincidência nos erros em que estamos incursos.
 
6-Que pedem, para regenerar-se, os intelectuais que conspurcaram os tesouros da alma?
 
         -Artífices do pensamento, que malversamos os patrimônios do espírito, rogam empeços cerebrais, que se façam por algum tempo alavancas coercitivas, contra as nossas tendências ao desequilíbrio intelectual.
 
 
7-Que medidas de reabilitação rogam os artistas que corromperam a inteligência?
 
         -Artistas, que intoxicamos a sensibilidade alheia com os abusos da representação viciosa, imploramos moléstias ou mutilações, que nos incapacitem para a queda em novas culpas.
 
8-Que emendas solicitam os oradores e pessoas que influenciaram negativamente pela palavra?
 
         -Tarefeiros da palavra, que nos prevalecemos dela para caluniar ou para ferir, solicitamos as deficiências dos aparelhos vocais e auditivos, que nos garantam a segregação providencial.
 
9-Que providências retificadoras pedem para si próprios aqueles que abraçaram graves compromissos do sexo?
 
         -Criaturas dotadas de harmonia orgânica, que arremessamos os valores do sexo ao terreno das paixões aviltantes, enlouquecendo corações e fomentando tragédias, suplicamos as doenças e as inibições genésicas que em nos humilhando, servem por válvulas de contenção dos nossos impulsos inferiores.
 
10-Todas as enfermidades conhecidas foram solicitadas pelo Espírito do próprio enfermo, antes de renascer?
 
         -Nem sempre o Espírito requisita deliberadamente determinadas enfermidades de vez que, em muitas circunstâncias quais aqueles que se verificam no suicídio ou na delinqüência, caímos, de imediato, na desagregação ou na insanidade das próprias forças, lesando o corpo espiritual, o que nos constrange a renascer no berço físico, exibindo defeitos e moléstias congênitas, em aflitivos quadros expiatórios.
 
11-Quais são os casos mais comuns de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina?
 
         -Encontramos numerosos casos de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina, na maioria das criaturas que trazem as provações da idiotia ou da loucura, da cegueira ou da paralisia irreversíveis, ou ainda, nas crianças-problemas, cujos corpos, irremediavelmente frustrados, durante todo o curso da reencarnação, mostram-se na condição de celas regenerativas, para a internação compulsória daqueles que fizeram jus a semelhantes recursos drásticos da Lei. Justo acrescentar que todos esses companheiros, em transitórias, mas duras dificuldades, renascem na companhia daqueles mesmos amigos e familiares de outro tempo que, um dia, se cumpliciaram com eles na prática das ações reprováveis em que delinqüiram.
 
12-A mente invigilante pode instalar doenças no organismo? E o que pode provocar doenças de causas espirituais na vida diária?
 
         -A mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmonias do que todas as bactérias e vírus conhecidos.
         Necessário, pois, considerar igualmente, que desequilíbrios e moléstias surgem também da imprudência e do desmazelo, da revolta e da preguiça. Pessoas que se embriagam a ponto de arruinar a saúde; que esquecem a higiene até se tornarem presas de parasitas destruidores; que se encolerizam pelas menores razões, destrambelhando os próprios nervos; os que passam, todas as horas em redes e leitos, poltronas e janelas, sem coragem de vencer a ociosidade e o desânimo pela movimentação do trabalho, prejudicando a função dos órgãos do corpo físico, em razão da própria imobilidade, são criaturas que geram doenças para si mesmas, nas atitudes de hoje mesmo, sem qualquer ligação com causas anteriores de existências passadas.
 
13-Qual a advertência de Jesus para que nos previnamos dos males do corpo e da alma?
 
         -Assinalando as causas distantes e próximas das doenças de agora, destacamos o motivo por que os ensinamentos da Doutrina Espírita nos fazem considerar, com mais senso de gravidade, a advertência do Mestre: “Orai e vigiai, para não cairdes em tentação”.
 
 
Da Obra “Leis Do Amor” -  Espírito: Emmanuel –
Psicografias:  De Francisco Cândido Xavier Dos Capítulos Pares
E Waldo Vieira, Dos Capítulos Ímpares.
Digitado Por: Lúcia Aydir.
 

O TRATAMENTO DAS DOENÇAS E O ESPIRITISMO

O TRATAMENTO DAS DOENÇAS
E O ESPIRITISMO
 
Emmanuel
 
1-O Espiritismo pode contribuir par ao tratamento das doenças?
 
         -A doutrina Espírita, expressando o Cristianismo Redivivo, não apenas descortina os panoramas radiantes da imortalidade, ante o grande futuro, mas é igualmente luz para o homem, a clarear-lhe o caminho; desse modo, desempenha função específica no tratamento das doenças que fustigam a Humanidade, por ensinar a medicina da alma, em bases no amor construtivo e reedificante.
         -Nas trilhas da experiência terrestre, realmente, a cada trecho, surpreendemos desequilíbrios, a se exprimirem por enfermidades individuais ou coletivas.
 
2-Existe uma patologia da alma?
 
         -Mágoas, ressentimentos, desesperos, atritos e irritações entretecem crises do pensamento, estabelecendo lesões mentais que culminam em processos patológicos, no corpo e na alma, quando não se convertem, de pronto, em pábulo da loucura ou em sombra da morte.
 
3-Por que acontece assim?
 
         -Isso acontece porque milhões de criaturas, repostas no lar, recapitulam amargosas e graves experiências, junto àqueles que atormentaram outrora ou que outrora lhes foram implacáveis verdugos; metamorfoseados em companheiros que, às vezes, trazem o nome de pais e figuram-se adversários intransigentes; responderam por filhos e mais se assemelham a duros algozes dos corações afetuosos que lhes deram o tesouro do berço; carregam a certidão de esposos e parecem forçados, em algemas duplas na pedreira do sofrimento; fazem-se conhecidos por titulares da parentela e exibem-se, à feição de carrascos tranqüilos.
 
4-Como classificar o reduto doméstico, onde se reúnem sob os mesmos interesses e sob o mesmo sangue os inimigos de existências passadas?
 
         -Do ponto de vista mental,os adversários do pretérito, reencarnados no presente, expandem entre si tamanha carga vibratória de crueldade e rebeldia, que transfiguram o ninho familiar em furna, minado por miríades de raios destrutivos de azedume e aversão.
 
5-Qual o papel dos princípios espíritas diante dos conflitos familiares?
 
         -Diante dos conflitos familiares, surgem os princípios espíritas por medicação providencial.
 
6-Qual o ponto fundamental do socorro espírita nos males de origem doméstica?
 
         Claramente, na educação individual e, evidenciando a reencarnação, destaca o impositivo da tolerância mútua, por terapêutica espiritual imediata, a fim de que os pontos nevrálgicos do indivíduo ou do grupo sejam definitivamente sanados.
 
7-Como classificam a Doutrina Espírita as pessoas difíceis da convivência ou da consanguinidade?
         -A Doutrina Espírita, proclamando o entendimento fraterno por medida inalienável, perante os ajustes precisos, cataloga os irmãos transviados na ficha dos enfermos carecentes de compaixão e socorro.
 
8-Como funcionam os ensinamentos espíritas na cura dos males que infelicitam as criaturas humanas?
         -Os ensinamentos espíritas, despertando a mente para a necessidade do trabalho e do estudo espontâneo, preparam a criatura em qualquer situação, para a obra do aperfeiçoamento próprio e desvelando a continuidade da vida, para lá da morte, patenteiam ao raciocínio de cada um que a individualidade não encontrará, além-túmulo, qualquer prerrogativa e sim a felicidade ou o infortúnio que construiu para si mesma, através daquilo que fez aos semelhantes.
 
9-A caridade pode auxiliar nas curas dos males humanos?
         -Fácil verificar, assim, que a Doutrina Espírita encerra a filosofia do pensamento reto, por agente preservativo da saúde moral, e consubstancia a religião natural do bem, cujas manifestações definem a caridade por terapêutica de alívio e correção de todos os males que afligem a existência.
 
10-Em que fórmulas essenciais se baseiam a terapêutica espírita?
         -Com os ensinamentos espíritas aprendemos que os atos de bondade, ainda os mais apagados e pequeninos, são plantações de alegrias eternas e que o perdão incondicional das ofensas é a fórmula santificante para supressão da dor e renovação do destino.
 
11-Quais são os medicamentos do espírito?
         -Nas atividades espíritas, colhemos do magnetismo sublimados benefícios imediatos, seja no clima do passe, sob o influxo da oração, ou no culto sistemático do Evangelho no lar, por intermédio dos quais, benfeitores e amigos desencarnados nos reequilibram as forças, através da inspiração elevada, apaziguando-nos os pensamentos, ou se valem de recursos mediúnicos esparsos no ambiente, a fim de nos propiciarem socorro à alma aflita ou às energias exaustas.
         -Se abraçastes, pois, a Doutrina Espírita, perlustra-lhes os ensinos e compreenderás que a humildade e a benevolência, o serviço e a abnegação, a paciÊncia e a esperança, a solidariedade e o otimismo são medicamentos do Espírito, transformando lutas em lições e dificuldades em bênçãos, porque no fundo de cada esclarecimento e de cada mensagem consoladora, que te fluem da inspiração, ouvirás a palavra do Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
 
 
Da Obra “Leis Do Amor” -  Espírito: Emmanuel –
Psicografias:  De Francisco Cândido Xavier Dos Capítulos Pares
E Waldo Vieira, Dos Capítulos Ímpares.

Conversação edificante acerca de nosso perispírito, doenças da alma."...O instinto e a inteligência pouco a pouco se transformam em conhecimento e responsabilidade e semelhante renovação outorga ao ser mais avançados equipamentos de manifestação..."

CONVERSAÇÃO  EDIFICANTE

 André Luiz

XXI
Enquanto regressávamos ao nosso círculo de trabalho e de estudo, para articular novas providências de auxílio, em favor dos protagonistas da história que a vida estava escrevendo, concluí que não me cabia perder a oportunidade de mais amplo entendimento com o nosso orientador, com alusão aos esclarecimentos que nos fornecera, acerca do perispírito
Assim como o homem comum mal conhece o veículo em que se movimenta, ignorando a maior parte dos processos vitais de que se beneficia e usando o corpo de carne à maneira de um inquilino estranho à casa em que reside, também nós, os desencarnados, somos compelidos a meticulosas meditações para analisar a vestimenta de que nos servimos, de modo a conhecer-lhe a intimidade.
Efetivamente, em novas condições na vida espiritual, passamos a apreciar, com mais segurança, o corpo abandonado à Terra, penetrando os segredos de sua formação e desenvolvimento, sustentação e desintegração, mas somos desafiados pelos enigmas do novo instrumento que passamos a utilizar. Lidamos, na Vida Maior, com o carro sutil da mente, pelo menos, na esfera em que nos situamos, acentuando, pouco a pouco, os nossos conhecimentos, quanto às peculiaridades que lhe dizem respeito.
Reparei que Hilário, pela expressão dos olhos, demonstrava não menor anseio de saber. E, encorajado pela atitude do companheiro, desfechei a primeira questão, considerando:
‑ Inegavelmente, será difícil alcançar o grande equilíbrio que nos outorgará o trânsito definitivo para as eminências do Espírito Puro.
‑ Ah! sim – concordou o Ministro, com grace entono ‑, para que tivéssemos na Crosta Planetária um vaso tão aprimorado e tão belo, quanto o corpo humano, a Sabedoria Divina despendeu milênios de séculos, usando os multiformes recursos da Natureza, no campo imensurável das formas ... Para que venhamos a possuir o sublime instrumento da mente em planos mais elevados, não podemos esquecer que o Supremo Pai se vale do tempo infinito para aperfeiçoar e sublimar a beleza e a precisão do corpo espiritual que nos conferirá os valores imprescindíveis à nossa adaptação à Vida Superior.
‑ Compete-nos, então – observou Hilário, atencioso ‑, atribuir importante papel às enfermidades na esfera humana. Quase todas estarão no mundo, desempenhando expressivo papel na regeneração das almas.
‑ Exatamente.
‑ Cada «centro de força» ‑ ponderei – exigirá absoluta harmonia, perante as Leis Divinas que nos regem, a fim de que possamos ascender no rumo do Perfeito Equilíbrio ...
‑ Sim – confirmou Clarêncio ‑, nossos deslizes de ordem moral estabelecem a condensação de fluidos inferiores de natureza gravitante, no campo electromagnético de nossa organização, compelindo-nos a natural cativeiro em derredor das vidas começantes às quais nos imantamos.
Hilário, conduzindo mais longe as próprias divagações, perguntou:
‑ Imaginemos, contudo, um homem puramente selvagem, a situar-se em plena ignorância dos Desígnios Superiores, que se confia a delitos indiscriminados ... Terá nos tecidos sutis da alma as lesões cabíveis a um europeu supercivilizado, que se entrega à indústria do crime?
Clarêncio sorriu, compreensivo, e acentuou:
‑ Sigamos devagar. Comentávamos, ainda há pouco, o problema da evolução. Assim como o aperfeiçoado veículo do homem nasceu das formas primárias da Natureza, o corpo espiritual foi iniciado também nos princípios rudimentares da inteligência. É necessário não confundir a semente com a árvore ou a criança com o adulto, embora surjam na mesma paisagem da vida. O instrumento perispirítico do selvagem deve ser classificado como protoforma humana, extremamente condensado pela sua integração com a matéria mais densa. Está para o organismo aprimorado dos Espíritos algo enobrecidos, como um macaco antropomorfo está para o homem bem-posto das cidades modernas. Em criaturas dessa espécie, a vida moral está começando a aparecer e o perispírito nelas ainda se encontra enormemente pastoso. Por esse motivo, permanecerão muito tempo na escola da experiência, como o bloco de pedra rude sob marteladas, antes de oferecer de si mesmo a obra-prima ... Despenderão séculos e séculos para se rarefazerem, usando múltiplas formas, de modo a conquistarem as qualidades superiores que, em lhes sutilizando a organização, lhes conferirão novas possibilidades de crescimento consciencial. O instinto e a inteligência pouco a pouco se transformam em conhecimento e responsabilidade e semelhante renovação outorga ao ser mais avançados equipamentos de manifestação ... O prodigioso corpo do homem na Crosta Terrestre foi erigido pacientemente, no curso dos séculos, e o delicado veículo do Espírito, nos planos mais elevados, vem sendo construído, célula a célula, na esteira dos milênios incessantes ...
E, com um olhar significativo, Clarêncio concluiu:
‑ ... até que nos transfiramos de residência, aptos a deixar, em definitivo, o caminho das formas, colocando-nos na direção das esferas do Espírito Puro, onde nos aguardam os inconcebíveis, os inimagináveis recursos da suprema sublimação.
Calara-se o instrutor, mas o assunto era por demais importante para que eu me desinteressasse dele apressadamente.
Recordei os inúmeros casos de moléstia obscuras de meu trato pessoal e aduzi:
‑ Decerto a Medicina escreveria gloriosos capítulos na Terra, sondando com mais segurança os problemas e as angústias da alma ...
‑ Gravá-los-á mais tarde – confirmou Clarêncio, seguro de si. – Um dia, o homem ensinará ao homem, consoante as instruções do Divino Médico, que a cura de todos os males reside nele próprio. A percentagem quase total das enfermidades humanas guarda origem no psiquismo.
Sorridente, acrescentou:
‑ Orgulho, vaidade, tirania, egoísmo, preguiça e crueldade são vícios da mente, gerando perturbações e doenças em seus instrumentos de expressão.
No objetivo de aprender, observei:
‑ É por isso que temos os vales purgatoriais, depois do túmulo ... a morte não é redenção ...
‑ Nunca foi – esclareceu o Ministro, bondoso. – O pássaro doente não se retira da condição de enfermo, tão só porque se lhe arrebente a gaiola. O inferno é uma criação de almas desequilibradas que se ajuntam, assim como o charco é uma coleção de núcleos lodacentos, que se congregam uns aos outros. Quando de consciência inclinada para o bem ou para o mal perpetramos esse ou aquele delito no mundo, realmente podemos ferir ou prejudicar a alguém, mas, antes de tudo, ferimos e prejudicamos a nós mesmos. Se eliminamos a existência do próximo, nossa vítima receberá dos outros tanta simpatia que, em breve, se restabelecerá, nas leis de equilíbrio que nos governam, vindo, muita vez, em nosso auxílio, muito antes que possamos recompor os fios dilacerados de nossa consciência. Quando ofendemos a essa ou àquela criatura, lesamos primeiramente a nossa própria alma, de vez que rebaixamos a nossa dignidade de espíritos eternos, retardando em nós sagradas oportunidades de crescimento.
‑ Sim – concordei ‑, tenho visto aqui aflitivas paisagens de provação que me constrangem a meditar ...
‑ A enfermidade, como desarmonia espiritual – atalhou o instrutor ‑, sobrevive no perispírito. As moléstias conhecidas no mundo e outras que ainda escapam ao diagnóstico humano, por muito tempo persistirão nas esferas torturadas da alma, conduzindo-nos ao reajuste. A dor é o grande e abençoado remédio. Reeduca-nos a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instrumentação e polindo os fulcros anímicos de que se vale a nossa inteligência para desenvolver-se na jornada para a vida eterna. Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execução não poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos.
Nosso domicílio, porém, estava agora à vista.
Os raios dourados da manhã varriam o horizonte longínquo.
Despediu-se o Ministro, paternal.
Aquele era um dos momentos em que, desde muito, se devotava ele à oração.

Fonte: Livro “Entre a Terra e o Céu” – Psicografia de Francisco Cândido Xavier pelo Espírito de André Luiz

Divaldo na Casa da Prece - Uberaba


Raul Teixeira: A Razão e o Querer ( Excelente palestra)


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Entrevistando Haroldo Dutra