"Maligna
é esta geração; ela pede um sinal, e não lhe será
dado
outro sinal senão o sinal do profeta Jonas." - (Lucas, 11:29)
outro sinal senão o sinal do profeta Jonas." - (Lucas, 11:29)
Niníve,
capital da antiga Assíria, situada à margem do rio Tigre, era,
na Antiguidade, uma cidade muito importante, com uma população
superior a 120 mil habitantes. Como ocorria com apreciável parte das
grandes cidades do passado, ela vivia mergulhada na corrupção,
e entre os habitantes reinavam costumes dissolutos e numerosos desregramentos.
O
profeta Jonas, devidamente instruído, via mediúnica, dirigiu-se
àquela cidade e ali fez com que seus habitantes se compenetrassem do
erro em que estava incorrendo. Durante 40 dias, o profeta fez as suas pregações;
então, suas palavras foram acolhidas e, desde o próprio rei até
o mais humilde servidor, todos se decidiram a levar a sério aquelas admoestações;
assim, como forma de penitência, conforme o costume da época, todos
cobriram-se com sacos e se assentaram sobre a cinza.
Com
essa demonstração de arrependimento, a cidade foi poupada pela
Justiça Divina, evitando-se a destruição que se avizinhava.
Quando Jesus desempenhava o seu Messiado, foi procurado por um grupo de escribas,
fariseus e saduceus, e dentre eles alguns estrangeiros, que lhe pediram um sinal
dos Céus, para que vissem e acreditassem.
A
resposta do Mestre foi peremptória: "Maligna é esta geração;
ela pede um sinal, e não lhe será dado outro sinal senão
o sinal de Jonas." Jesus Cristo proferiu estas palavras angustiado pela
incompreensão e dureza dos corações humanos. Ele havia
descido à Terra, para o cumprimento da promessa sobre o advento do Messias
Redentor.
No
desenvolvimento de sua transcendental missão, Ele havia propiciado os
mais autênticos sinais: a leprosos, restaurando a vista de cegos, levantando
paralíticos e, sobretudo, trazendo uma verdade nova que vinha iluminar
a mente dos homens e os horizontes sombrios do mundo. Não obstante todas
essas manifestações, ali estava o segmento de um povo que se considerava
"eleito de Deus", que se mantinha profundamente empedernido, "duro
de cerviz e incircunciso de coração.
Aquele grupo de pessoas foi pedir-lhe um sinal dos Céus, entretanto, os sinais estavam sendo dados diuturnamente; por isso, a sua resposta foi negativa. O sinal de Jonas deveria ser o suficiente para abalar as consciências endurecidas daqueles homens. Diante da personalidade de Jesus Cristo, Jonas não passava de um profeta de projeção relativamente pequena. No entanto, dirigindo-se à população de Nínive, apregoou que a cidade seria destruída por Deus se o seu povo não mudasse de comportamento. Todos receberam as palavras do profeta e, receosos da provável destruição, mudaram radicalmente o modo de vida.
Jesus Cristo, o maior Espírito dentre os que desceram fez persistente e profusa pregação entre os homens, mostrando-lhes como seus corações estavam endurecidos; desmascarou a hipocrisia dos escribas e dos fariseus, demonstrando a precariedade dos seus ensinos e a recalcitrância em obedecer às verdades que emanavam dos Céus, através dos profetas. Não obstante, suas palavras não foram aceitas por muitos e Ele foi condenado e crucificado. Em virtude dessa obstinação e da maldade reinante nos corações desses homens, "a Jerusalém que matava os seus profetas, que apedrejava todos aqueles que lhe eram enviados, foi destruída, dela não restando pedra sobre pedra". (Lucas, 13:34-35).
Aquele grupo de pessoas foi pedir-lhe um sinal dos Céus, entretanto, os sinais estavam sendo dados diuturnamente; por isso, a sua resposta foi negativa. O sinal de Jonas deveria ser o suficiente para abalar as consciências endurecidas daqueles homens. Diante da personalidade de Jesus Cristo, Jonas não passava de um profeta de projeção relativamente pequena. No entanto, dirigindo-se à população de Nínive, apregoou que a cidade seria destruída por Deus se o seu povo não mudasse de comportamento. Todos receberam as palavras do profeta e, receosos da provável destruição, mudaram radicalmente o modo de vida.
Jesus Cristo, o maior Espírito dentre os que desceram fez persistente e profusa pregação entre os homens, mostrando-lhes como seus corações estavam endurecidos; desmascarou a hipocrisia dos escribas e dos fariseus, demonstrando a precariedade dos seus ensinos e a recalcitrância em obedecer às verdades que emanavam dos Céus, através dos profetas. Não obstante, suas palavras não foram aceitas por muitos e Ele foi condenado e crucificado. Em virtude dessa obstinação e da maldade reinante nos corações desses homens, "a Jerusalém que matava os seus profetas, que apedrejava todos aqueles que lhe eram enviados, foi destruída, dela não restando pedra sobre pedra". (Lucas, 13:34-35).
Quando
o Mestre asseverou que nenhum sinal seria dado àquela geração
adúltera, infiel, mas apenas o sinal do profeta Jonas, Ele pretendeu
dizer que, se o povo fosse mais dócil, mais humilde, mais razoável,
teria recebido as suas palavras, assim como o fez o povo de Nínive.
Na
realidade, o sinal de Jonas era do conhecimento de todos, pois os escribas liam
para o povo o livro do profeta Jonas, e, obviamente, a atitude do povo da capital
da Assíria, acatando as suas admoestação e arrependendo-se
de suas faltas, era notória para todos. Amargurado diante da incompreensão
do seu povo, proclamou Jesus Cristo: "A rainha do sul se levantará
no dia do juízo contra os homens desta geração, e os condenará,
pois dos confins da Terra ela veio para ouvir a sabedoria de Salomão;
eis aqui está quem é maior do que Salomão.
Os
homens de Nínive se levantarão no dia do juízo contra esta
geração e a condenarão, pois se converteram com a pregação
de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas." (Lucas,
11:31-32)
O
apego dos escribas e fariseus aos preceitos das leis antigas era apenas aparente.
Eles não aceitavam o sinal de Jonas e muito menos o de Jesus. Não
se preocupavam com os sinais dados pelos antigos profetas, o que levou o Mestre
a exclamar muito judiciosamente: "Não cuidadeis que sou eu que vos
hei de acusar diante de meu Pai. Há um que vos acusa: Moisés,
em que vós esperais.
Porque,
se vós crêsseis em Moisés, certamente creríeis também
em mim, pois de mim escreveu ele. Mas, se não credes nos seus escritos,
como crereis nas minhas palavras?" (João, 5:45 a 47). A pregação
de Jesus Cristo foi feita num clima de brandura, de persuasão. Dizia
Ele: "já vos não chamarei servos, porque o servo não
sabe a vontade do seu senhor. Mas tenho vos chamado amigos, porque tudo quanto
ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer." (João, 15:15) Não
obstante tudo isso, Ele não era aceito, nem na aparência, nem na
realidade, pelos mentores do povo de Israel.
A
corroboração desta assertiva encontramo-la em (João, 12:37-38):
"E ainda que Ele tendo feito tantos milagres diante deles, não criam
nele, para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, quando disse:
"Senhor, quem acreditou em vossa pregação? E a quem foi revelado
o braço do Senhor?"
Da
mesma forma como os Espíritos dos homens são submetidos a penosos
resgates individuais, quando malbaratam o legado precioso que Deus lhes concedeu,
as cidades também experimentam quedas e dores, quando não dão
guarida aos ensinos que, de um modo ou de outro, são proporcionados à
sua população pelos mensageiros dos Céus.
As
cidades de Sodoma e Gomorra foram destruídas em consequência de
seus inúmeros desregramentos; no entanto, segundo a própria expressão
de Jesus Cristo, menos rigor haverá para elas, no julgamento divino,
do que para Corozaim, Betsaída, Cafarnaum e Jerusalém, onde autênticos
sinais foram produzidos pela interferência do Mestre, sem que houvesse
acontecido o devido aproveitamento.
Paulo
A. de Godoy